Questões de Concurso Público IF-BA 2015 para Aluno
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Os negros livres e libertos preocuparam os observadores do acaso do Império português no Brasil, mas foi, sobretudo, pensando nos escravos que eles distinguiram a atuação de um “partido negro”. Um anônimo informante da Coroa portuguesa escrevería numa data entre 1822 e 1823: “(...) embora havendo no Brasil aparentemente só dois partidos [portugueses e brasileiros], existe também um terceiro: o partido dos negros e das pessoas de cor, que é o mais perigoso, pois se trata do mais forte numericamente falando. Tal partido vê com prazer e com esperanças criminosas as dissensões existentes entre os brancos, os quais dia a dia têm seus números reduzidos”.
Fonte: REIS, João José. O Jogo Duro do Dois de Julho: o “Partido Negro” da Independência da Bahia. In: REIS, João José & SILVA, Eduardo. Negociação e Conflito. A resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 79-98.
A denúncia da existência de um perigoso “partido negro”, no contexto da luta pela independência na Bahia, pode ser explicada pela:
Neste país, que se presume constitucional e onde só deverão ter ação poderes delegados, responsáveis, acontece, por defeito do sistema, que só há um poder ativo onímodo, onipotente, perpétuo, superior à lei, e à opinião, e esse é justamente o poder sagrado, inviolável e irresponsável. (Trecho do Manifesto Republicano, publicado no Jornal A República, do Rio de Janeiro, em dezembro de 1870.)
Disponível em: <http://www.historiamais.cx>m/manifesto.
htm>. Acesso em 20.09.2015.
A crítica apresentada pelo Manifesto
Republicano de 1870 pode ser associada:
Leia com atenção o texto sobre República Velha (1889-1930) e, em seguida, assinale a alternativa correta sobre esse período.
A República Velha é dividida em dois momentos: a República da Espada e a República Oligárquica. A República da Espada abrange os governos dos marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Foi durante a República da Espada que foi outorgada a Constituição que iria nortear as ações institucionais durante a Primeira República. Além disso, o período foi marcado por crises econômicas, como a do Encilhamento, e por conflitos entre as elites brasileiras, como a Revolução Federalista e a Revolta da Armada. A República Oligárquica foi marcada pelo controle político exercido sobre o Governo Federal, pela oligarquia cafeeira paulista e pela elite rural mineira, na conhecida “política do café com leite”. Foi nesse período, ainda, que se desenvolveu, mais fortemente, o coronelismo, garantindo poder político regional às diversas elites locais do país.
Disponível em: < www.brasilescola.com>. Acesso em: 23.09.2015. Adaptado
Getúlio Dorneles Vargas governou o Brasil entre 1930 a 1945. Sobre as fases em que Vargas governou o Brasil, é correto afirmar que:
Disponível em: <http://www.jblog.com.br/ hojenahistoria.
php?blogid=57&archive=2010-10>. Acesso em:
23.09.2015.
Observe a charge sobre a Ditadura Militar Brasileira (1964-1985). Em seguida, marque a alternativa correta acerca da Anistia.
Disponível em: <http://augustobier.blogspot.com. br/>,
Acesso em: 23.09.2015.
Falava-se de um "Brasil Grande", "Brasil Potência", e distribuíam-se adesivos com a inscrição "Brasil, ame-o ou deixe-o". Com bandeiras do Brasil na mão, cantava-se repetidamente: "Este é um país que vai pra frente”.
(Fonte: GASPARI, Elio. A ditadura escancarada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 207-8. Adaptado)
O contexto político-econômico em que ocorre a
situação exposta é o:
Derramou-se fraterno o sangue no Congo.
Derramou-se luminoso, escorreu-se errante.
Derramou-se farto de bravas veias pulsantes.
Derramou-se em resistência o sangue de Canudos.
Derramou-se até onde foi possível derramar.
Derramou-se Hei sem mais se guardar
O sangue milagroso e particular em meu corpo,
de alguma estranha maneira sanguinária,
tomou-se o sangue coletivo dessas memórias.
(Fonte: CORREIA, Wesley. Deus é negro: da partida, da chegada, da multiplicação: poesia. Salvador Pinaúna, 2013, p. 36)
O poeta Wesley Correia sintetiza no poema “Memória a sangue” as dores dos irmãos escravizados e apresenta, em “sangue coletivo dessas memórias” (v.9), as diferentes formas de resistência negra à condição que lhe fora imposta pelo branco dominador, entre os séculos XV ao XIX. Na História do Brasil, é possível identificar algumas formas de resistência negra, como a: