Questões de Concurso Público IF-MT 2014 para Professor - Português/Inglês

Foram encontradas 15 questões

Q540950 Português
Os efeitos de sentido dependem da seleção e organização dos recursos linguístico-discursivos à disposição do falante/escritor. As adivinhas são exemplos disso. Leia o texto abaixo.


Um menininho tinha um gatinho chamado Tido, que toda noite dormia num cestinho. Um belo dia, o menininho foi procurá-lo e não o achou. Qual o nome do filme? O CESTO SEM TIDO


Quanto à leitura do texto, marque a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q540951 Português
... as relações entre linguagem e classe social têm, forçosamente, de estar presentes, numa escola transformadora, na definição dos objetivos do ensino da língua materna, na seleção e organização do conteúdo, na escolha de métodos e procedimentos e na determinação de critérios de avaliação da aprendizagem


(SOARES, M. Linguagem e escola: uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 1986.)


A partir da leitura do texto, sobre o ensino da língua materna, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para falsas.


( ) O uso de variedades linguísticas na escola gera discriminação, porque a realidade linguística do aluno é indispensável ao ensino de leitura e escrita.

( ) Os Parâmetros Curriculares Nacionais apontam para alternativas que minimizem as dificuldades de aprendizagem dos alunos.

( ) A diversidade linguística não deve ser usada como argumento para justificar o fracasso escolar.

( ) A avaliação, articulada à metodologia de ensino adotada, são responsáveis pela legitimação de uma norma linguística.

Assinale a sequência correta.  
Alternativas
Q540952 Português
Sobre metodologia de ensino da leitura e da escrita, de acordo com o atual paradigma de ensino de língua materna, analise as afirmativas abaixo.


I - O desenvolvimento do senso crítico e o respeito às diferentes variedades do Português são consequências do exercício da competência discursiva do aluno.

II - A atividade metalinguística deve ser instrumento principal na discussão dos aspectos da língua, já que oferece modelos de funcionamento da linguagem.

III - O estabelecimento prévio de conteúdos deve ser elaborado em plano anual, porque a aprendizagem se consolida sobre conteúdos já tematizados.

IV - A proficiência discursiva e linguística do aluno permite-lhe produzir o texto em função dos objetivos estabelecidos e do leitor a que se destina.


Estão corretas as afirmativas
Alternativas
Q540953 Português
A respeito do gênero charge, analise as afirmativas.


I - A intencionalidade e a ironia são fatores constitutivos e determinantes na produção do sentido pelo leitor.

II - A charge é um dos gêneros que servem para levar à interpretação de acontecimentos recentes do cenário sócio-político.

III - O gênero charge foi recomendado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais para a produção textual escrita, por seu valor pedagógico.

IV - No processo de leitura da charge, as experiências de leitura e de conhecimento de mundo são fundamentais para a atribuição do sentido.


Estão corretas as afirmativas  
Alternativas
Q540954 Português
Sobre a charge, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) O autor utiliza o recurso da comparação para tecer uma crítica ao mau uso do dinheiro público.

( ) O autor usa aliterações para representar o som do movimento do ioiô.

( ) O autor utiliza o recurso da explicação para mostrar a origem do nome ioiô para o brinquedo infantil.

( ) A forma correta do verbo chamar no segundo período deveria ser “chamava".

( ) Na parte verbal, são identificados, entre outros elementos, um pronome dêitico e uma conjunção condicional.


Assinale a sequência correta. 
Alternativas
Q540955 Português
De acordo com as Orientações Curriculares do Estado de Mato Grosso (MATO GROSSO, 2010, p. 100/101), “a leitura e interpretação de textos de diferentes gêneros discursivos que circulam socialmente exigem do aluno, inicialmente, reconhecer-se como interlocutor. [...] Na produção de textos o estudante precisa ser ensinado a assumir-se como autor de seus textos".


A partir dessa afirmação, analise as assertivas abaixo.


I - Somente uma concepção de leitura e escrita que leve em consideração aspectos sociais e discursivos poderá orientar o desenvolvimento da interlocução.

II - A interlocução é característica da oralidade, posto que, na escrita, deve-se observar a norma culta.

III - Para que o aluno se reconheça como interlocutor, ele precisa assumir o papel de locutor em práticas discursivas efetivas.

IV - O desenvolvimento do papel de locutor e do de autor é favorecido com o trabalho das três dimensões constitutivas do gênero: tema, estrutura composicional e estilo.


Estão corretas as assertivas  
Alternativas
Q540956 Português
Leia a propaganda abaixo.

 Imagem associada para resolução da questão


No que se refere aos recursos linguísticos empregados na elaboração da propaganda, assinale a afirmativa INCORRETA. 
Alternativas
Q540957 Português
Procuram-se estudantes  

Além do mico-leão-dourado e do lobo-guará, outro mamífero tropical parece caminhar para a extinção

Diz-se que uma espécie encontra-se ameaçada quando a população decresce a ponto de situá-la em condição de extinção. Tal processo é fruto da exploração econômica e do desenvolvimento material, e atinge aves e mamíferos em todo o planeta. Nos trópicos, esse pode ser o caso dos estudantes. Curiosamente, enquanto a população de alunos aumenta, a de estudantes parece diminuir. Paradoxo? Parece, mas talvez não seja. 

Aluno é aquele que atende regularmente a um curso, de qualquer nível, duração ou especialidade, com a suposta finalidade de adquirir conhecimento ou ter direito a um título. Já o estudante é um ser autônomo, que busca uma nova competência e pretende exercê-la, para o seu benefício e da sociedade. O aluno recebe. O estudante busca. Quando o sistema funciona, todos os alunos tendem a se tornar estudantes. Quando o sistema falha, eles se divorciam. É o que parece ocorrer entre nós: enquanto o número de alunos nos ensinos fundamental, médio e superior cresce, assombram-nos sinais do desaparecimento de estudantes entre as massas discentes. 

Alguns grupos de estudantes sobrevivem, aqui e acolá, preservados em escolas movidas por nobres ideais e boas práticas, verdadeiros santuários ecológicos. Sabe-se da existência de tais grupos nos mais diversos recantos do planeta: na Coreia do Sul, na Finlândia e até mesmo no Piauí. Entretanto, no mais das vezes, o que se veem são alunos, a agir como espectadores passivos de um processo no qual deveriam atuar como protagonistas, como agentes do aprendizado e do próprio destino.  

Alunos entram e saem da sala de aula em bandos malemolentes, sentam-se nas carteiras escolares como no sofá de suas casas, diante da tevê, a aguardar que o show tenha início. Após 20 minutos, se tanto, vêm o tédio e o sono. Incapazes de se concentrar, eles espreguiçam e bocejam. Então, recorrem ao iPhone, à internet e às mídias sociais. Mergulhados nos fragmentos comunicativos do penico digital, lambuzam-se de interrogações, exclamações e interjeições. Ali o mundo gira e o tempo voa. Saem de cena deduções matemáticas, descobertas científicas, fatos históricos e o que mais o plantonista da lousa estiver recitando. Ocupam seu lugar o resultado do futebol, o programa de quinta-feira e a praia do fim de semana.

As razões para o aumento do número de alunos são conhecidas: a expansão dos ensinos fundamental, médio e superior, ocorrida aos trancos e barrancos, nas últimas décadas. A qualidade caminhando trôpega, na sombra da quantidade. Já o processo de extinção dos estudantes suscita muitas especulações e poucas certezas. Colegas professores, frustrados e desanimados, apontam para o espírito da época: para eles, o desaparecimento dos estudantes seria o fruto amargo de uma sociedade doente, que festeja o consumismo e o prazer raso e imediato, que despreza o conhecimento e celebra a ignorância, e que prefere a imagem à substância.  
 
Especialistas de índole crítica advogam que os estudantes estão em extinção porque a própria escola tornou-se anacrônica, tentando ainda domesticar um público do século XXI com métodos e conteúdos do século XIX. Múltiplos grupos de interesse, em ação na educação e cercanias, garantem a fossilização, resistindo a mudanças, por ideologia de outra era ou pura preguiça. Aqui e acolá, disfarçam o conservadorismo com aulas-shows, tablets e pedagogia pop. Mudam para que tudo fique como está. 

Outros observadores apontam um fenômeno que pode ser causa-raiz do processo de extinção dos estudantes: trata-se da dificuldade que os jovens de hoje enfrentam para amadurecer e desenvolver-se intelectualmente. A permissividade criou uma geração mimada, infantilizada e egocêntrica, incapaz de sair da própria pele e de transcender o próprio umbigo. São crianças eternas, a tomarem o mundo ao redor como extensão delas próprias, que não conseguem perceber o outro, mergulhar em outros sistemas de pensamento e articular novas ideias. Repetem clichês. Tomam como argumentos o que copiam e colam de entradas da Wikipédia e do que mais encontram nas primeiras linhas do Google. E criticam seus mestres, incapazes de diverti-los e de fazê-los se sentir bem com eles próprios. Aprender cansa. Pensar dói.

(Por Thomaz Wood Jr. — publicado 10/04/2014 04:52, Revista Carta Capital, http://www.cartacapital.com.br/revista/794/procuram-se-estudantes-7060.html. Acesso em 16/04/2014.)
 
Segundo a Gramática Houaiss da Língua Portuguesa, paradoxo é uma figura de linguagem que consiste em uma “espécie de enunciado que vai de encontro à opinião geral ou que sugere a falsidade de seu próprio conteúdo". (AZEREDO, 2008, p. 4)


A respeito da afirmação “enquanto a população de alunos aumenta, a de estudantes parece diminuir", como é possível compreender essa figura de pensamento?  

Alternativas
Q540958 Português
Procuram-se estudantes  

Além do mico-leão-dourado e do lobo-guará, outro mamífero tropical parece caminhar para a extinção

Diz-se que uma espécie encontra-se ameaçada quando a população decresce a ponto de situá-la em condição de extinção. Tal processo é fruto da exploração econômica e do desenvolvimento material, e atinge aves e mamíferos em todo o planeta. Nos trópicos, esse pode ser o caso dos estudantes. Curiosamente, enquanto a população de alunos aumenta, a de estudantes parece diminuir. Paradoxo? Parece, mas talvez não seja. 

Aluno é aquele que atende regularmente a um curso, de qualquer nível, duração ou especialidade, com a suposta finalidade de adquirir conhecimento ou ter direito a um título. Já o estudante é um ser autônomo, que busca uma nova competência e pretende exercê-la, para o seu benefício e da sociedade. O aluno recebe. O estudante busca. Quando o sistema funciona, todos os alunos tendem a se tornar estudantes. Quando o sistema falha, eles se divorciam. É o que parece ocorrer entre nós: enquanto o número de alunos nos ensinos fundamental, médio e superior cresce, assombram-nos sinais do desaparecimento de estudantes entre as massas discentes. 

Alguns grupos de estudantes sobrevivem, aqui e acolá, preservados em escolas movidas por nobres ideais e boas práticas, verdadeiros santuários ecológicos. Sabe-se da existência de tais grupos nos mais diversos recantos do planeta: na Coreia do Sul, na Finlândia e até mesmo no Piauí. Entretanto, no mais das vezes, o que se veem são alunos, a agir como espectadores passivos de um processo no qual deveriam atuar como protagonistas, como agentes do aprendizado e do próprio destino.  

Alunos entram e saem da sala de aula em bandos malemolentes, sentam-se nas carteiras escolares como no sofá de suas casas, diante da tevê, a aguardar que o show tenha início. Após 20 minutos, se tanto, vêm o tédio e o sono. Incapazes de se concentrar, eles espreguiçam e bocejam. Então, recorrem ao iPhone, à internet e às mídias sociais. Mergulhados nos fragmentos comunicativos do penico digital, lambuzam-se de interrogações, exclamações e interjeições. Ali o mundo gira e o tempo voa. Saem de cena deduções matemáticas, descobertas científicas, fatos históricos e o que mais o plantonista da lousa estiver recitando. Ocupam seu lugar o resultado do futebol, o programa de quinta-feira e a praia do fim de semana.

As razões para o aumento do número de alunos são conhecidas: a expansão dos ensinos fundamental, médio e superior, ocorrida aos trancos e barrancos, nas últimas décadas. A qualidade caminhando trôpega, na sombra da quantidade. Já o processo de extinção dos estudantes suscita muitas especulações e poucas certezas. Colegas professores, frustrados e desanimados, apontam para o espírito da época: para eles, o desaparecimento dos estudantes seria o fruto amargo de uma sociedade doente, que festeja o consumismo e o prazer raso e imediato, que despreza o conhecimento e celebra a ignorância, e que prefere a imagem à substância.  
 
Especialistas de índole crítica advogam que os estudantes estão em extinção porque a própria escola tornou-se anacrônica, tentando ainda domesticar um público do século XXI com métodos e conteúdos do século XIX. Múltiplos grupos de interesse, em ação na educação e cercanias, garantem a fossilização, resistindo a mudanças, por ideologia de outra era ou pura preguiça. Aqui e acolá, disfarçam o conservadorismo com aulas-shows, tablets e pedagogia pop. Mudam para que tudo fique como está. 

Outros observadores apontam um fenômeno que pode ser causa-raiz do processo de extinção dos estudantes: trata-se da dificuldade que os jovens de hoje enfrentam para amadurecer e desenvolver-se intelectualmente. A permissividade criou uma geração mimada, infantilizada e egocêntrica, incapaz de sair da própria pele e de transcender o próprio umbigo. São crianças eternas, a tomarem o mundo ao redor como extensão delas próprias, que não conseguem perceber o outro, mergulhar em outros sistemas de pensamento e articular novas ideias. Repetem clichês. Tomam como argumentos o que copiam e colam de entradas da Wikipédia e do que mais encontram nas primeiras linhas do Google. E criticam seus mestres, incapazes de diverti-los e de fazê-los se sentir bem com eles próprios. Aprender cansa. Pensar dói.

(Por Thomaz Wood Jr. — publicado 10/04/2014 04:52, Revista Carta Capital, http://www.cartacapital.com.br/revista/794/procuram-se-estudantes-7060.html. Acesso em 16/04/2014.)
 
A respeito dos argumentos utilizados pelo autor do texto, em relação ao ser “aluno" e ao ser “estudante", analise as afirmativas.


I - Os argumentos arrolados no texto tendem a criar um perfil para o estudante, mamífero em “extinção", ao mesmo tempo em que desqualificam o indivíduo com perfil de aluno.

II - Na visão do autor, a tecnologia a que o jovem tem acesso hoje é parceira na falta de seu crescimento intelectual, no desenvolvimento autônomo, na aquisição de conhecimento superficial e passageiro e no comportamento individualista.

III - Segundo o texto, a presença da tecnologia na escola torna o ensino anacrônico, porque tenta ainda domesticar um público do século XXI com métodos e conteúdos do século XIX.

IV - Ao afirmar no final do texto que “aprender cansa", o autor sugere que as escolas se adaptem às novas tecnologias para facilitar o aprendizado.


Está correto o que se afirma em  
Alternativas
Q540959 Português
Procuram-se estudantes  

Além do mico-leão-dourado e do lobo-guará, outro mamífero tropical parece caminhar para a extinção

Diz-se que uma espécie encontra-se ameaçada quando a população decresce a ponto de situá-la em condição de extinção. Tal processo é fruto da exploração econômica e do desenvolvimento material, e atinge aves e mamíferos em todo o planeta. Nos trópicos, esse pode ser o caso dos estudantes. Curiosamente, enquanto a população de alunos aumenta, a de estudantes parece diminuir. Paradoxo? Parece, mas talvez não seja. 

Aluno é aquele que atende regularmente a um curso, de qualquer nível, duração ou especialidade, com a suposta finalidade de adquirir conhecimento ou ter direito a um título. Já o estudante é um ser autônomo, que busca uma nova competência e pretende exercê-la, para o seu benefício e da sociedade. O aluno recebe. O estudante busca. Quando o sistema funciona, todos os alunos tendem a se tornar estudantes. Quando o sistema falha, eles se divorciam. É o que parece ocorrer entre nós: enquanto o número de alunos nos ensinos fundamental, médio e superior cresce, assombram-nos sinais do desaparecimento de estudantes entre as massas discentes. 

Alguns grupos de estudantes sobrevivem, aqui e acolá, preservados em escolas movidas por nobres ideais e boas práticas, verdadeiros santuários ecológicos. Sabe-se da existência de tais grupos nos mais diversos recantos do planeta: na Coreia do Sul, na Finlândia e até mesmo no Piauí. Entretanto, no mais das vezes, o que se veem são alunos, a agir como espectadores passivos de um processo no qual deveriam atuar como protagonistas, como agentes do aprendizado e do próprio destino.  

Alunos entram e saem da sala de aula em bandos malemolentes, sentam-se nas carteiras escolares como no sofá de suas casas, diante da tevê, a aguardar que o show tenha início. Após 20 minutos, se tanto, vêm o tédio e o sono. Incapazes de se concentrar, eles espreguiçam e bocejam. Então, recorrem ao iPhone, à internet e às mídias sociais. Mergulhados nos fragmentos comunicativos do penico digital, lambuzam-se de interrogações, exclamações e interjeições. Ali o mundo gira e o tempo voa. Saem de cena deduções matemáticas, descobertas científicas, fatos históricos e o que mais o plantonista da lousa estiver recitando. Ocupam seu lugar o resultado do futebol, o programa de quinta-feira e a praia do fim de semana.

As razões para o aumento do número de alunos são conhecidas: a expansão dos ensinos fundamental, médio e superior, ocorrida aos trancos e barrancos, nas últimas décadas. A qualidade caminhando trôpega, na sombra da quantidade. Já o processo de extinção dos estudantes suscita muitas especulações e poucas certezas. Colegas professores, frustrados e desanimados, apontam para o espírito da época: para eles, o desaparecimento dos estudantes seria o fruto amargo de uma sociedade doente, que festeja o consumismo e o prazer raso e imediato, que despreza o conhecimento e celebra a ignorância, e que prefere a imagem à substância.  
 
Especialistas de índole crítica advogam que os estudantes estão em extinção porque a própria escola tornou-se anacrônica, tentando ainda domesticar um público do século XXI com métodos e conteúdos do século XIX. Múltiplos grupos de interesse, em ação na educação e cercanias, garantem a fossilização, resistindo a mudanças, por ideologia de outra era ou pura preguiça. Aqui e acolá, disfarçam o conservadorismo com aulas-shows, tablets e pedagogia pop. Mudam para que tudo fique como está. 

Outros observadores apontam um fenômeno que pode ser causa-raiz do processo de extinção dos estudantes: trata-se da dificuldade que os jovens de hoje enfrentam para amadurecer e desenvolver-se intelectualmente. A permissividade criou uma geração mimada, infantilizada e egocêntrica, incapaz de sair da própria pele e de transcender o próprio umbigo. São crianças eternas, a tomarem o mundo ao redor como extensão delas próprias, que não conseguem perceber o outro, mergulhar em outros sistemas de pensamento e articular novas ideias. Repetem clichês. Tomam como argumentos o que copiam e colam de entradas da Wikipédia e do que mais encontram nas primeiras linhas do Google. E criticam seus mestres, incapazes de diverti-los e de fazê-los se sentir bem com eles próprios. Aprender cansa. Pensar dói.

(Por Thomaz Wood Jr. — publicado 10/04/2014 04:52, Revista Carta Capital, http://www.cartacapital.com.br/revista/794/procuram-se-estudantes-7060.html. Acesso em 16/04/2014.)
 
No processo de textualização, procedimentos de retomadas ou antecipações são realizados a todo o momento, para garantir a presença do mesmo referente em um outro local do texto, posterior ou anterior a ele. Tais processos recebem o nome de coesão referencial. Marque o segmento do texto em que ocorre processo referencial realizado por um movimento catafórico.
Alternativas
Q540960 Português
Procuram-se estudantes  

Além do mico-leão-dourado e do lobo-guará, outro mamífero tropical parece caminhar para a extinção

Diz-se que uma espécie encontra-se ameaçada quando a população decresce a ponto de situá-la em condição de extinção. Tal processo é fruto da exploração econômica e do desenvolvimento material, e atinge aves e mamíferos em todo o planeta. Nos trópicos, esse pode ser o caso dos estudantes. Curiosamente, enquanto a população de alunos aumenta, a de estudantes parece diminuir. Paradoxo? Parece, mas talvez não seja. 

Aluno é aquele que atende regularmente a um curso, de qualquer nível, duração ou especialidade, com a suposta finalidade de adquirir conhecimento ou ter direito a um título. Já o estudante é um ser autônomo, que busca uma nova competência e pretende exercê-la, para o seu benefício e da sociedade. O aluno recebe. O estudante busca. Quando o sistema funciona, todos os alunos tendem a se tornar estudantes. Quando o sistema falha, eles se divorciam. É o que parece ocorrer entre nós: enquanto o número de alunos nos ensinos fundamental, médio e superior cresce, assombram-nos sinais do desaparecimento de estudantes entre as massas discentes. 

Alguns grupos de estudantes sobrevivem, aqui e acolá, preservados em escolas movidas por nobres ideais e boas práticas, verdadeiros santuários ecológicos. Sabe-se da existência de tais grupos nos mais diversos recantos do planeta: na Coreia do Sul, na Finlândia e até mesmo no Piauí. Entretanto, no mais das vezes, o que se veem são alunos, a agir como espectadores passivos de um processo no qual deveriam atuar como protagonistas, como agentes do aprendizado e do próprio destino.  

Alunos entram e saem da sala de aula em bandos malemolentes, sentam-se nas carteiras escolares como no sofá de suas casas, diante da tevê, a aguardar que o show tenha início. Após 20 minutos, se tanto, vêm o tédio e o sono. Incapazes de se concentrar, eles espreguiçam e bocejam. Então, recorrem ao iPhone, à internet e às mídias sociais. Mergulhados nos fragmentos comunicativos do penico digital, lambuzam-se de interrogações, exclamações e interjeições. Ali o mundo gira e o tempo voa. Saem de cena deduções matemáticas, descobertas científicas, fatos históricos e o que mais o plantonista da lousa estiver recitando. Ocupam seu lugar o resultado do futebol, o programa de quinta-feira e a praia do fim de semana.

As razões para o aumento do número de alunos são conhecidas: a expansão dos ensinos fundamental, médio e superior, ocorrida aos trancos e barrancos, nas últimas décadas. A qualidade caminhando trôpega, na sombra da quantidade. Já o processo de extinção dos estudantes suscita muitas especulações e poucas certezas. Colegas professores, frustrados e desanimados, apontam para o espírito da época: para eles, o desaparecimento dos estudantes seria o fruto amargo de uma sociedade doente, que festeja o consumismo e o prazer raso e imediato, que despreza o conhecimento e celebra a ignorância, e que prefere a imagem à substância.  
 
Especialistas de índole crítica advogam que os estudantes estão em extinção porque a própria escola tornou-se anacrônica, tentando ainda domesticar um público do século XXI com métodos e conteúdos do século XIX. Múltiplos grupos de interesse, em ação na educação e cercanias, garantem a fossilização, resistindo a mudanças, por ideologia de outra era ou pura preguiça. Aqui e acolá, disfarçam o conservadorismo com aulas-shows, tablets e pedagogia pop. Mudam para que tudo fique como está. 

Outros observadores apontam um fenômeno que pode ser causa-raiz do processo de extinção dos estudantes: trata-se da dificuldade que os jovens de hoje enfrentam para amadurecer e desenvolver-se intelectualmente. A permissividade criou uma geração mimada, infantilizada e egocêntrica, incapaz de sair da própria pele e de transcender o próprio umbigo. São crianças eternas, a tomarem o mundo ao redor como extensão delas próprias, que não conseguem perceber o outro, mergulhar em outros sistemas de pensamento e articular novas ideias. Repetem clichês. Tomam como argumentos o que copiam e colam de entradas da Wikipédia e do que mais encontram nas primeiras linhas do Google. E criticam seus mestres, incapazes de diverti-los e de fazê-los se sentir bem com eles próprios. Aprender cansa. Pensar dói.

(Por Thomaz Wood Jr. — publicado 10/04/2014 04:52, Revista Carta Capital, http://www.cartacapital.com.br/revista/794/procuram-se-estudantes-7060.html. Acesso em 16/04/2014.)
 
Uma das acepções para o vocábulo “aluno” no dicionário Houaiss é a seguinte: “indivíduo que recebe instrução ou educação em estabelecimento de ensino ou não; discípulo, estudante, escolar.” Tomando tal acepção como verdadeira, assinale a afirmativa correta no que diz respeito à distinção realizada entre os vocábulos aluno e estudante no texto.
Alternativas
Q540961 Português
Procuram-se estudantes  

Além do mico-leão-dourado e do lobo-guará, outro mamífero tropical parece caminhar para a extinção

Diz-se que uma espécie encontra-se ameaçada quando a população decresce a ponto de situá-la em condição de extinção. Tal processo é fruto da exploração econômica e do desenvolvimento material, e atinge aves e mamíferos em todo o planeta. Nos trópicos, esse pode ser o caso dos estudantes. Curiosamente, enquanto a população de alunos aumenta, a de estudantes parece diminuir. Paradoxo? Parece, mas talvez não seja. 

Aluno é aquele que atende regularmente a um curso, de qualquer nível, duração ou especialidade, com a suposta finalidade de adquirir conhecimento ou ter direito a um título. Já o estudante é um ser autônomo, que busca uma nova competência e pretende exercê-la, para o seu benefício e da sociedade. O aluno recebe. O estudante busca. Quando o sistema funciona, todos os alunos tendem a se tornar estudantes. Quando o sistema falha, eles se divorciam. É o que parece ocorrer entre nós: enquanto o número de alunos nos ensinos fundamental, médio e superior cresce, assombram-nos sinais do desaparecimento de estudantes entre as massas discentes. 

Alguns grupos de estudantes sobrevivem, aqui e acolá, preservados em escolas movidas por nobres ideais e boas práticas, verdadeiros santuários ecológicos. Sabe-se da existência de tais grupos nos mais diversos recantos do planeta: na Coreia do Sul, na Finlândia e até mesmo no Piauí. Entretanto, no mais das vezes, o que se veem são alunos, a agir como espectadores passivos de um processo no qual deveriam atuar como protagonistas, como agentes do aprendizado e do próprio destino.  

Alunos entram e saem da sala de aula em bandos malemolentes, sentam-se nas carteiras escolares como no sofá de suas casas, diante da tevê, a aguardar que o show tenha início. Após 20 minutos, se tanto, vêm o tédio e o sono. Incapazes de se concentrar, eles espreguiçam e bocejam. Então, recorrem ao iPhone, à internet e às mídias sociais. Mergulhados nos fragmentos comunicativos do penico digital, lambuzam-se de interrogações, exclamações e interjeições. Ali o mundo gira e o tempo voa. Saem de cena deduções matemáticas, descobertas científicas, fatos históricos e o que mais o plantonista da lousa estiver recitando. Ocupam seu lugar o resultado do futebol, o programa de quinta-feira e a praia do fim de semana.

As razões para o aumento do número de alunos são conhecidas: a expansão dos ensinos fundamental, médio e superior, ocorrida aos trancos e barrancos, nas últimas décadas. A qualidade caminhando trôpega, na sombra da quantidade. Já o processo de extinção dos estudantes suscita muitas especulações e poucas certezas. Colegas professores, frustrados e desanimados, apontam para o espírito da época: para eles, o desaparecimento dos estudantes seria o fruto amargo de uma sociedade doente, que festeja o consumismo e o prazer raso e imediato, que despreza o conhecimento e celebra a ignorância, e que prefere a imagem à substância.  
 
Especialistas de índole crítica advogam que os estudantes estão em extinção porque a própria escola tornou-se anacrônica, tentando ainda domesticar um público do século XXI com métodos e conteúdos do século XIX. Múltiplos grupos de interesse, em ação na educação e cercanias, garantem a fossilização, resistindo a mudanças, por ideologia de outra era ou pura preguiça. Aqui e acolá, disfarçam o conservadorismo com aulas-shows, tablets e pedagogia pop. Mudam para que tudo fique como está. 

Outros observadores apontam um fenômeno que pode ser causa-raiz do processo de extinção dos estudantes: trata-se da dificuldade que os jovens de hoje enfrentam para amadurecer e desenvolver-se intelectualmente. A permissividade criou uma geração mimada, infantilizada e egocêntrica, incapaz de sair da própria pele e de transcender o próprio umbigo. São crianças eternas, a tomarem o mundo ao redor como extensão delas próprias, que não conseguem perceber o outro, mergulhar em outros sistemas de pensamento e articular novas ideias. Repetem clichês. Tomam como argumentos o que copiam e colam de entradas da Wikipédia e do que mais encontram nas primeiras linhas do Google. E criticam seus mestres, incapazes de diverti-los e de fazê-los se sentir bem com eles próprios. Aprender cansa. Pensar dói.

(Por Thomaz Wood Jr. — publicado 10/04/2014 04:52, Revista Carta Capital, http://www.cartacapital.com.br/revista/794/procuram-se-estudantes-7060.html. Acesso em 16/04/2014.)
 
Assinale o trecho que apresenta uma oração coordenada reduzida.
Alternativas
Q540962 Português
Cuiabá é a 29ª cidade mais violenta do mundo, segundo a ONU 

Um levantamento realizado pelo Escritório sobre Drogas e Crime, da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta Cuiabá como a 29ª cidade mais violenta do mundo. A pesquisa levou em consideração o número de assassinatos ocorridos em 2012.
Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (10), em Londres, durante lançamento do Estudo Global sobre Homicídios 2013. Na ocasião, o diretor de Análise de Políticas e Assuntos Públicos da ONU, Jean-Luc Lemahieu, disse que existe uma “necessidade urgente de entender como o crime violento está afligindo os países em todo o mundo".

Outro dado alarmante é que, das 30 cidades com maiores índices de homicídios, onze estão no Brasil. Nas dez primeiras colocações figuram Maceió (5°), Fortaleza (7°) e João Pessoa (9°).

 O ranking em que o Brasil aparece com o maior número de cidades violentas para cada 100 mil habitantes ainda traz os municípios de Natal (12ª posição); Salvador (13ª); Vitória (14ª); São Luís (15ª); Belém (23ª); Campina Grande (25ª); Goiânia (28ª); e Cuiabá (29ª).

O levantamento mostra que a América Latina desbancou a África e agora figura como região mais violenta do mundo, com 36% dos 437 mil registros de assassinato. Os pesquisadores acreditam que o elevado índice de homicídios na América Latina está ligado ao crime organizado e à violência política, que persiste há décadas nos países latino-americanos.

 (Publicado em 10 abril 2014 16:44, na página http://www.circuitomt.com.br/editorias/policia/41881-cuiaba-e-a-29- cidade-mais-violenta-do-mundo-segundo-onu.html, acessada em 13/04/2014.)
Quanto aos tempos verbais utilizados no texto, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q540963 Português
Cuiabá é a 29ª cidade mais violenta do mundo, segundo a ONU 

Um levantamento realizado pelo Escritório sobre Drogas e Crime, da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta Cuiabá como a 29ª cidade mais violenta do mundo. A pesquisa levou em consideração o número de assassinatos ocorridos em 2012.
Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (10), em Londres, durante lançamento do Estudo Global sobre Homicídios 2013. Na ocasião, o diretor de Análise de Políticas e Assuntos Públicos da ONU, Jean-Luc Lemahieu, disse que existe uma “necessidade urgente de entender como o crime violento está afligindo os países em todo o mundo".

Outro dado alarmante é que, das 30 cidades com maiores índices de homicídios, onze estão no Brasil. Nas dez primeiras colocações figuram Maceió (5°), Fortaleza (7°) e João Pessoa (9°).

 O ranking em que o Brasil aparece com o maior número de cidades violentas para cada 100 mil habitantes ainda traz os municípios de Natal (12ª posição); Salvador (13ª); Vitória (14ª); São Luís (15ª); Belém (23ª); Campina Grande (25ª); Goiânia (28ª); e Cuiabá (29ª).

O levantamento mostra que a América Latina desbancou a África e agora figura como região mais violenta do mundo, com 36% dos 437 mil registros de assassinato. Os pesquisadores acreditam que o elevado índice de homicídios na América Latina está ligado ao crime organizado e à violência política, que persiste há décadas nos países latino-americanos.

 (Publicado em 10 abril 2014 16:44, na página http://www.circuitomt.com.br/editorias/policia/41881-cuiaba-e-a-29- cidade-mais-violenta-do-mundo-segundo-onu.html, acessada em 13/04/2014.)
A respeito do uso sintático dos diferentes “quês” no último parágrafo do texto, as funções sintáticas na ordem são:
Alternativas
Q540964 Português
Observe as charges a seguir.

 Imagem associada para resolução da questão


Sobre as charges, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) As charges tratam do mesmo assunto, ou seja, o respeito à variedade linguística do aluno.

( ) Na charge I, o foco é o investimento do governo na educação e na II, o foco é o fracasso do processo de escolarização.

( ) A grafia das palavras cete, porssento, educassão e xuta revela uma relação não biunívoca entre fonema e grafema própria da língua portuguesa.

( ) Lendo as charges conjuntamente, pode-se depreender que a ortografia é colocada como indicador do domínio da língua portuguesa, fruto de uma educação com altos investimentos públicos.


Assinale a sequência correta. 
Alternativas
Respostas
1: D
2: B
3: A
4: C
5: D
6: C
7: B
8: A
9: C
10: D
11: C
12: B
13: D
14: A
15: C