Questões de Concurso Público IF-MT 2018 para Português/Inglês

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Ano: 2018 Banca: IF-MT Órgão: IF-MT Prova: IF-MT - 2018 - IF-MT - Português/Inglês |
Q2055041 Português
“[...] na concepção interacional (dialógica) da língua, os sujeitos são vistos como atores/construtores sociais, sujeitos ativos que – dialogicamente – se constroem e são construídos no texto, considerado o próprio lugar da interação dos interlocutores.” (KOCH, Ingedore Villaça e ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. p. 10-11). Desse modo, e de acordo com o foco na interação autor-texto-leitor, só NÃO podemos afirmar que:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: IF-MT Órgão: IF-MT Prova: IF-MT - 2018 - IF-MT - Português/Inglês |
Q2055042 Português
“A Linguística Textual trata o texto como um ato de comunicação unificado num complexo universo de ações humanas. Por um lado, deve preservar a organização linear que é o tratamento estritamente linguístico abordado no aspecto da coesão e, por outro, deve considerar a organização reticulada ou tentacular, não linear portanto, dos níveis de sentido e intenções que realizam a coerência no aspecto semântico e funções pragmáticas.”

(MARCUSCHI, LUIZ A. In: KOCH, Ingedore G. Villaça. A coesão textual. São Paulo: Contexto, 2001, p. 14).
A respeito do excerto em destaque, julgue as afirmativas abaixo e marque a alternativa correta:
I - Marcuschi, em sua hipótese de trabalho [da linguística textual], toma como unidade básica, ou seja, como objeto particular de investigação, não mais a palavra ou a frase, mas sim o texto, por serem os textos a forma específica de manifestação da linguagem. II - Segundo Marcuschi, a maior mudança foi que se passou a tomar o texto como objeto central do ensino, isto é, a priorizar, nas aulas de língua portuguesa, as atividades de leitura e produção de textos, levando o aluno a refletir sobre o funcionamento da língua nas diversas situações de interação verbal, sobre o uso dos recursos que a língua lhes oferece para a concretização de suas propostas de sentido, bem como sobre a adequação dos textos a cada situação. III - Podemos inferir que, para Marcuschi, o texto é a simples soma das frases (e palavras) que o compõem, não se diferenciando entre si, uma vez que a diferença entre frase e texto é meramente de ordem quantitativa e não de ordem qualitativa.
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Ano: 2018 Banca: IF-MT Órgão: IF-MT Prova: IF-MT - 2018 - IF-MT - Português/Inglês |
Q2055043 Português
“A Linguística Textual trata o texto como um ato de comunicação unificado num complexo universo de ações humanas. Por um lado, deve preservar a organização linear que é o tratamento estritamente linguístico abordado no aspecto da coesão e, por outro, deve considerar a organização reticulada ou tentacular, não linear portanto, dos níveis de sentido e intenções que realizam a coerência no aspecto semântico e funções pragmáticas.”

(MARCUSCHI, LUIZ A. In: KOCH, Ingedore G. Villaça. A coesão textual. São Paulo: Contexto, 2001, p. 14).
A partir dos pressupostos estabelecidos pela Linguística Textual, passou-se a pesquisar quais os elementos ou fatores responsáveis pela textualidade e que, segundo Beugrande & Dressler (Introduction to Textlinguisticas, London, Longman, 1981), são em número de sete e que podem ser observados na matriz de referência que objetiva avaliar as competências textuais nas redações do ENEM, conforme discriminados no quadro abaixo:

Imagem associada para resolução da questão
Dessa forma, podemos afirmar que os fatores de textualidade estão relacionados na matriz de referência do ENEM da seguinte forma:
I - A coerência está compreendida na competência 3, enquanto que a coesão é a competência 4. II - A informatividade e a intencionalidade estão relacionadas à competência 3, uma vez que aquela relaciona-se ao grau de previsibilidade do texto e esta busca selecionar argumentos em defesa de um ponto de vista, acerca de um tema proposto. III - A aceitabilidade pode ser observada em todas as competências. IV - A situacionalidade está relacionada à competência 1, enquanto que a intertextualidade pode ser observada nas competências 2 e 3.
Alternativas
Ano: 2018 Banca: IF-MT Órgão: IF-MT Prova: IF-MT - 2018 - IF-MT - Português/Inglês |
Q2055045 Português
I. AULA DE PORTUGUÊS

A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.

A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?

Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.

Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.

O português são dois; o outro, mistério.
(Carlos Drummond de Andrade)

II. Um Professor de “agramática”

Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer nas leituras não era a beleza das frases, mas a doença delas.
Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu Preceptor, esse gosto esquisito.
Eu pensava que fosse um sujeito escaleno.
– Gostar de fazer defeitos na frase é muito saudável, o Padre me disse.
Ele fez um limpamento em meus receios.
O Padre falou ainda: Manoel, isso não é doença, pode muito que você carregue para o resto da vida um certo gosto por nadas…
E se riu.
Você não é de bugre? – ele continuou.
Que sim, eu respondi.
Veja que bugre só pega por desvios, não anda em estradas –
Pois é nos desvios que encontra as melhores surpresas e os ariticuns maduros.
Há que apenas saber errar bem o seu idioma.
Esse Padre Ezequiel foi o meu primeiro professor de agramática.

(Manoel de Barros)
A partir da leitura dos textos (I) e (II), só NÃO podemos dizer que, em ambos, o ensino da língua portuguesa:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: IF-MT Órgão: IF-MT Prova: IF-MT - 2018 - IF-MT - Português/Inglês |
Q2055046 Português
I. AULA DE PORTUGUÊS

A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.

A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?

Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.

Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.

O português são dois; o outro, mistério.
(Carlos Drummond de Andrade)

II. Um Professor de “agramática”

Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer nas leituras não era a beleza das frases, mas a doença delas.
Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu Preceptor, esse gosto esquisito.
Eu pensava que fosse um sujeito escaleno.
– Gostar de fazer defeitos na frase é muito saudável, o Padre me disse.
Ele fez um limpamento em meus receios.
O Padre falou ainda: Manoel, isso não é doença, pode muito que você carregue para o resto da vida um certo gosto por nadas…
E se riu.
Você não é de bugre? – ele continuou.
Que sim, eu respondi.
Veja que bugre só pega por desvios, não anda em estradas –
Pois é nos desvios que encontra as melhores surpresas e os ariticuns maduros.
Há que apenas saber errar bem o seu idioma.
Esse Padre Ezequiel foi o meu primeiro professor de agramática.

(Manoel de Barros)
No poema de Drummond (texto I), pode-se afirmar que, entre outros temas, estabelece-se a relação entre língua(gem), e que pode ser atestada quando a defrontamos com a definição proposta em alguns trabalhos clássicos de linguístas famosos. Em razão disso, marque a alternativa que melhor definiria o posicionamento do eu-lírico a respeito desse assunto:
Alternativas
Respostas
6: D
7: C
8: E
9: D
10: E