Questões de Concurso Público IF-PA 2016 para Médico Veterinário

A tuberculose causada pelo Mycobacterium bovis apresenta ampla ocorrência nos animais domésticos, acometendo também o homem, sendo os bovinos, caprinos, ovinos e os suínos os mais susceptíveis.

O Mycobacterium bovis é bastante resistente à dissecação, ao ácido, ao básico e à luz solar.

O Mycobacterium bovis tem como um dos mecanismos de defesa a interferência da fusão do lisossomo com o fagossoma, evitando assim sua digestão intracelular e morte, podendo dessa forma sobreviver e multiplicar-se em macrófagos.

A principal resposta imune para a tuberculose causada por Mycobacterium bovis é uma reação de hipersensibilidade antecipada e o reconhecimento de células T aos antígenos desse agente. Sendo que os linfócitos T permanecem sensibilizados por um determinado período da vida do animal o qual varia entre indivíduos.

As bactérias do gênero Mycobacterium são bastonetes esporuladores, aeróbias, Gram negativos que apresentam crescimento lento, sendo considerado como Álcool-Ácido-Resistentes.

Somente a I, III e IV estão corretos.

Somente a II, III e V estão incorretos.

Somente a I, IV e V estão corretos.

Todos os itens estão incorretos.

Todos os itens estão corretos.

O gênero Brucella spp. São bactérias Gram negativas, não são formadores de esporos, sendo imóveis, aeróbias e catalase positiva, tendo como hospedeiros preferencial da Brucella abortus os bovinos,

A Brucella abortus é um parasita intracelular facultativo capaz de se multiplicar e sobreviver dentro dos macrófagos, evadindo-se dentro dos fagolisossomo.

Reações inespecíficas, de um modo geral, são recorrentes no diagnóstico da brucelose e podem interferir no desempenho dos testes aplicados. Essas rações cruzadas são normalmente atribuídas àSalmonella urbana, Stenotrophomonas maltophiliaEscherichia coli O:116 ou O:157 e Yersinia enterocolitica O:9.

As bactérias do gênero Brucella não são inativadas pela pasteurização entre 10 e 15 segundos à temperatura de 72º C, porém não resistem ao tratamento térmico por três minutos a 62-63ºC, além de serem destruídas rapidamente pelos desinfetantes comuns como o cresol 3%, hidróxido de sódio a 2% compostos de ortofenóis 3-5%, mercuriais e álcool 70% não resistindo à luz solar e à dissecação.

A brucelose da linhagem vacinal raramente é eliminada pelo leite, porém pode causar infecção no homem, geralmente de forma leve, com período de recuperação mais curto do que infecções por cepas virulentas.

Saprozoonose, Antropozoonose e Metazoonose.

Parazoonose, Euzoonose e Saprozoonose.

Euzoonose, Amphixenosi e Parazoonose.

Ciclozoonose, Zooanthroponose e Zoonose direta.

Metazoonose, Amphixenosi e Ciclozoonose.

A sarna sarcóptica causada pelo Sarcoptes escabiei é considerada uma ectoparasitose profunda onde as fêmeas encontram-se em galerias na epiderme e os machos são encontrados somente na superfície cutânea onde fertilizam as novas fêmeas. Apresenta-selocalizada principalmente nas regiões providas de menos pelo como períneo, cauda, úbere e cabeça.

Na sarna psoróptica (Psoroptes ovis, P. cuniculi, P. equi),os ácaros vivem na superfície da pele como em galerias, dando preferência para as regiões com maior abundância de pelos, lã ou se localizando no conduto auditivo.

Nos equinos, a sarna sacóptica localiza-se preferencialmente na cabaça e no pescoço dos animais, já a sarna corióptica, causada pelo Chorioptes equi, apresenta lesões restritas às partes inferiores dos membros.

Na sarna psoróptica em ovinos (Psoroptes ovis), as lesões inicialmente restringem-se à escápula, costelas e flancos ocasionando prurido, inquietação, emagrecimento e áreas de alopecia, além da lã se desprender facilmente ao toque nas áreas afetadas. Sendo considerada de ocorrência rara em ovinos.

Os ácaros do gênero Chorioptes, assim como os do gênero Psoroptes, possuem peças bucais que não perfuram e são adaptados apenas para a mastigação, nutrindo-se de escamas soltas e outros fragmentos de pele. Essa sarna em bovinos (Chorioptes bovis) acometem principalmente o pescoço, a parte superior da cauda, o úbere e os membros.

Não é permitida a apanha das aves de corte pelos pés, asas e pescoço devido às lesões e sofrimentos que possam causar, com exceção das aves com menos de 1,8 kg que podem, excepcionalmente, ser apanhados pelas pernas, desde que o número máximo em cada mão não seja maior que três.

O manejo de debicagem, realizado nas aves de postura, é condenada na sua totalidade pelos órgãos de defesa do bem-estar animal, por causar estresse extremo, desconforto e redução da ingestão de alimento pelas aves, sendo recomendável a substituição dessa prática por outras formas de redução do canibalismo, como por exemplo, a diminuição do número de aves por gaiolas e o uso de gaiolas enriquecidas.

O fornecimento de luz artificial durante 24 horas por dia em criações de frango de corte eleva o ganho de peso médio diário, porém ocasiona desconforto, contudo os protocolos de bem-estar animal permitem essa prática somente para aves na primeira e na última semana de vida. Sendo obrigatório, no restante do período, o fornecimento de pelo menos 30 minutos de escuridão a cada ciclo de 24 horas.

A “muda forçada” é uma prática realizada em aves de postura, visando aumentar sua vida útil. O protocolo de bem-estar animal de poedeiras descreve que a mortalidade não deve exceder 1,2% durante todo o período da retirada da alimentação.

Aves que apresentem fraturas ou lesões que comprometem seu bem-estar não devem sofrer a pendura. É aceitável o deslocamento manual do pescoço desde que as aves não apresentem mais de 3kg e que seja realizado por um funcionário treinado para o abate emergencial.

A Babesia bovis é inoculada no bovino por larvas do carrapato a partir do primeiro dia de parasitismo já a Babesia bigemina somente começa a ser inoculada pelo estágio ninfal, ou seja, cerca de oito dias após a fixação das larvas.

O período de incubação da Babesia spp. varia de 10 a 20 dias, enquanto que o de Anaplasma marginale geralmente é superior a 20 dias.

O carrapato, Boophilus microplus, durante o repasto sanguíneo, inocula no hospedeiro os trofozoítos, estas formas penetram nos eritrócitos, se diferenciam em esporozoítos e multiplicam-se dando origem aos merozoítos. Estes rompem as hemácias e invadem novos eritrócitos, continuando o processo de divisão do tipo merogônica.

Os carrapatos se infectam com Babesia bigemina em todos os períodos de sua vida, contudo a infecção mais intensa ocorre nas últimas 48 horas de repasto sanguíneo quando sua tolerância à babesia tende a diminuir.

Considera-se que a transmissão biológica da anaplasmose, feita por carrapatos, é tão eficiente quanto a transmissão mecânica feita pela mosca de estábulo. Entretanto, os carrapatos machos são considerados mais importantes na transmissão da anaplasmose que as fêmeas.

Somente a II, IV e V estão incorretos.

Somente a I, III e IV estão corretos.

Todos os itens estão corretos.

Somente a I, II e III estão corretos.

Somente a IV está incorreta.

Não é recomendado o uso do hipoclorito a 2% ou da creolina a 1% para a desinfecção química de instrumentais cirúrgicos, vestuários ou do ambiente onde foi realizada a necropsia de um animal raivoso, sendo nesses casos indicado o uso do formol a 10%, glutaraldeído a 1-2%, ácido sulfúrico a 2% e fenol ou clorídrico a 5%.

Os animais primovacinados deverão ser revacinados 30 dias após a primeira vacinação. É importante ressaltar que os animais nascidos após a vacinação do rebanho deverão ser vacinados quando atingirem a idade de 4 meses recomendada.

Somente será considerada a ocorrência de um foco de raiva quando houver no mínimo dois ou mais casos da doença confirmados mediante testes laboratoriais.

Quando tomadas todas as medidas sanitárias efetivas preconizadas para o controle do foco de raiva, se tem a expectativa de que não ocorram novos casos dentro de um prazo aproximado de 45 dias, porém um foco de raiva deverá ser encerrado somente após 90 dias do último óbito ocorrido na propriedade.

Teste de inoculação em camundongo é o mais amplamente utilizado para o diagnóstico da raiva, sendo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).