Questões de Concurso Público IF Sertão - PE 2016 para Técnico em Eletrotécnica
Foram encontradas 15 questões
Leia os textos I, II e III, abaixo, para responder às questões 01, 02 e 03:
Texto I
Salão de Beleza
Zeca Baleiro
Se ela se penteia eu não sei
Se ela usa maquiagem eu não sei
Se aquela mulher é vaidosa eu não sei
Eu não sei, eu não sei
Vem você me dizer que vai a um salão de beleza
Fazer permanente massagem rinsagem
Reflexo e otras cositas más (2x)
Baby você não precisa de um salão de beleza
Há menos beleza num salão de beleza
A sua beleza é bem maior do que qualquer beleza de
qualquer salão (2x)
Mundo velho e decadente mundo
Ainda não aprendeu a admirar a beleza
A verdadeira beleza
A beleza que põe mesa
E que deita na cama
A beleza de quem come
A beleza de quem ama
A beleza do erro
Do engano
Da imperfeição
Belle belle como Linda Evangelista
Linda Linda como Isabelle Adjani
Ai bela morena ai morena bela
Quem foi que te fez tão formosa
É mais linda que a rosa
Debruçada na janela
Texto II
Revista Pasta, São Paulo: Clube de Criação de São Paulo, n. 4, p. 53, jun. / jul. 2006. | |
*Antigamente mulher bonita era avião. Hoje é ultraleve. |
Texto III
*Meninas, já selecionamos quem passou em nosso padrão de beleza... |
Os textos apresentados pertencem a gêneros distintos, embora falem do mesmo tema: padrão de beleza. As razões que explicam os diferentes padrões são várias. É como se os seres humanos não conseguissem viver sem perseguir uma forma ideal. Compare os textos e considere as asserções formuladas sobre eles:
I - Embora abordem a mesma temática, os textos apresentam visões diferentes sobre o padrão de beleza atual.
II - O texto II recorre a metáforas para divulgar um refrigerante diet e estabelecer a magreza como a perfeição da forma física.
III - O texto III “vende” a imagem de que para ser feliz e conseguir sucesso, em nossa sociedade, é imprescindível ser macérrimo.
IV - O texto I difere dos textos II e III, embora haja uma relação semântica entre eles.
V - Os textos II e III utilizam-se da linguagem denotativa e buscam influenciar o comportamento do leitor.
Podem ser consideradas CORRETAS as asserções:
Leia os textos I, II e III, abaixo, para responder às questões 01, 02 e 03:
Texto I
Salão de Beleza
Zeca Baleiro
Se ela se penteia eu não sei
Se ela usa maquiagem eu não sei
Se aquela mulher é vaidosa eu não sei
Eu não sei, eu não sei
Vem você me dizer que vai a um salão de beleza
Fazer permanente massagem rinsagem
Reflexo e otras cositas más (2x)
Baby você não precisa de um salão de beleza
Há menos beleza num salão de beleza
A sua beleza é bem maior do que qualquer beleza de
qualquer salão (2x)
Mundo velho e decadente mundo
Ainda não aprendeu a admirar a beleza
A verdadeira beleza
A beleza que põe mesa
E que deita na cama
A beleza de quem come
A beleza de quem ama
A beleza do erro
Do engano
Da imperfeição
Belle belle como Linda Evangelista
Linda Linda como Isabelle Adjani
Ai bela morena ai morena bela
Quem foi que te fez tão formosa
É mais linda que a rosa
Debruçada na janela
Texto II
Revista Pasta, São Paulo: Clube de Criação de São Paulo, n. 4, p. 53, jun. / jul. 2006. | |
*Antigamente mulher bonita era avião. Hoje é ultraleve. |
Texto III
*Meninas, já selecionamos quem passou em nosso padrão de beleza... |
Marque a alternativa que analisa INCORRETAMENTE as referências ao texto I, quanto aos aspectos linguísticos.
Leia os textos I, II e III, abaixo, para responder às questões 01, 02 e 03:
Texto I
Salão de Beleza
Zeca Baleiro
Se ela se penteia eu não sei
Se ela usa maquiagem eu não sei
Se aquela mulher é vaidosa eu não sei
Eu não sei, eu não sei
Vem você me dizer que vai a um salão de beleza
Fazer permanente massagem rinsagem
Reflexo e otras cositas más (2x)
Baby você não precisa de um salão de beleza
Há menos beleza num salão de beleza
A sua beleza é bem maior do que qualquer beleza de
qualquer salão (2x)
Mundo velho e decadente mundo
Ainda não aprendeu a admirar a beleza
A verdadeira beleza
A beleza que põe mesa
E que deita na cama
A beleza de quem come
A beleza de quem ama
A beleza do erro
Do engano
Da imperfeição
Belle belle como Linda Evangelista
Linda Linda como Isabelle Adjani
Ai bela morena ai morena bela
Quem foi que te fez tão formosa
É mais linda que a rosa
Debruçada na janela
Texto II
Revista Pasta, São Paulo: Clube de Criação de São Paulo, n. 4, p. 53, jun. / jul. 2006. | |
*Antigamente mulher bonita era avião. Hoje é ultraleve. |
Texto III
*Meninas, já selecionamos quem passou em nosso padrão de beleza... |
Observe: “Meninas, já selecionamos quem passou no nosso padrão de beleza...” (2º quadrinho). Nesse trecho, o segmento destacado tem valor semântico
Leia o texto IV para responder às questões 04 e 05.
Texto IV
Esperança
Mário Quintana
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E — ó delicioso voo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na
calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…
Assinale a alternativa em que a expressão em destaque indica o PREDICADO VERBAL da oração.
Leia o texto IV para responder às questões 04 e 05.
Texto IV
Esperança
Mário Quintana
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E — ó delicioso voo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na
calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…
Assinale a alternativa CORRETA quanto às afirmações que se encontram entre parênteses.
Leia o texto V para responder às questões 06 a 10
Texto V
A borboleta e a chama
Uma borboleta multicor voava na escuridão da noite quando viu, ao longe, uma luz. Imediatamente voou naquela direção e ao se aproximar da chama pôs-se a rodeá-la, olhando-a maravilhada. Como era bonita!
Não satisfeita em admirá-la, a borboleta resolveu aproximar-se mais da chama. Afastou-se e em seguida voou em direção à chama passando rente a ela. Viu-se subitamente caída, estonteada pela luz e muito surpresa por verificar que as pontas de suas asas estavam chamuscadas.
— Que aconteceu comigo? - pensou ela.
Mas não conseguiu entender. Era impossível crer que uma coisa tão bonita quanto à chama pudesse causar-lhe algum mal. E assim, depois de juntar um pouco de forças, sacudiu as asas e levantou voo novamente.
Rodou em círculo e mais uma vez dirigiu-se para a chama, pretendendo pousar sobre ela. E imediatamente caiu queimada, no óleo que alimentava a brilhante e pequenina chama.
— Maldita luz - murmurou a borboleta agonizante - pensei que ia encontrar em você a felicidade e em vez disso encontrei a morte. Arrependo-me desse tolo desejo, pois compreendi, tarde demais, para minha infelicidade, o quanto você é perigosa.
— Pobre borboleta - respondeu a chama - eu não sou o Sol, como você tolamente pensou. Sou apenas uma luz. E aqueles que não conseguem aproximar-se de mim com cautela são queimados.
Leonardo Da Vinci
Analise as proposições do texto em relação à tipologia e gênero textual:
1. A Fábula é uma Tipologia textual e não um gênero de texto;
2. O gênero textual fábula pertence à tipologia narrativa;
3. O Gênero e a tipologia textual se definem igualmente
4. São características que definem a fábula: os animais que falam e uma linguagem erudita
Assinale a alternativa correta:
Leia o texto V para responder às questões 06 a 10
Texto V
A borboleta e a chama
Uma borboleta multicor voava na escuridão da noite quando viu, ao longe, uma luz. Imediatamente voou naquela direção e ao se aproximar da chama pôs-se a rodeá-la, olhando-a maravilhada. Como era bonita!
Não satisfeita em admirá-la, a borboleta resolveu aproximar-se mais da chama. Afastou-se e em seguida voou em direção à chama passando rente a ela. Viu-se subitamente caída, estonteada pela luz e muito surpresa por verificar que as pontas de suas asas estavam chamuscadas.
— Que aconteceu comigo? - pensou ela.
Mas não conseguiu entender. Era impossível crer que uma coisa tão bonita quanto à chama pudesse causar-lhe algum mal. E assim, depois de juntar um pouco de forças, sacudiu as asas e levantou voo novamente.
Rodou em círculo e mais uma vez dirigiu-se para a chama, pretendendo pousar sobre ela. E imediatamente caiu queimada, no óleo que alimentava a brilhante e pequenina chama.
— Maldita luz - murmurou a borboleta agonizante - pensei que ia encontrar em você a felicidade e em vez disso encontrei a morte. Arrependo-me desse tolo desejo, pois compreendi, tarde demais, para minha infelicidade, o quanto você é perigosa.
— Pobre borboleta - respondeu a chama - eu não sou o Sol, como você tolamente pensou. Sou apenas uma luz. E aqueles que não conseguem aproximar-se de mim com cautela são queimados.
Leonardo Da Vinci
Uma das características típicas do gênero textual Fábula é a Moral da História. Poderíamos afirmar que essa Fábula não poderia ter como moral:
Leia o texto V para responder às questões 06 a 10
Texto V
A borboleta e a chama
Uma borboleta multicor voava na escuridão da noite quando viu, ao longe, uma luz. Imediatamente voou naquela direção e ao se aproximar da chama pôs-se a rodeá-la, olhando-a maravilhada. Como era bonita!
Não satisfeita em admirá-la, a borboleta resolveu aproximar-se mais da chama. Afastou-se e em seguida voou em direção à chama passando rente a ela. Viu-se subitamente caída, estonteada pela luz e muito surpresa por verificar que as pontas de suas asas estavam chamuscadas.
— Que aconteceu comigo? - pensou ela.
Mas não conseguiu entender. Era impossível crer que uma coisa tão bonita quanto à chama pudesse causar-lhe algum mal. E assim, depois de juntar um pouco de forças, sacudiu as asas e levantou voo novamente.
Rodou em círculo e mais uma vez dirigiu-se para a chama, pretendendo pousar sobre ela. E imediatamente caiu queimada, no óleo que alimentava a brilhante e pequenina chama.
— Maldita luz - murmurou a borboleta agonizante - pensei que ia encontrar em você a felicidade e em vez disso encontrei a morte. Arrependo-me desse tolo desejo, pois compreendi, tarde demais, para minha infelicidade, o quanto você é perigosa.
— Pobre borboleta - respondeu a chama - eu não sou o Sol, como você tolamente pensou. Sou apenas uma luz. E aqueles que não conseguem aproximar-se de mim com cautela são queimados.
Leonardo Da Vinci
O texto acima possui elementos coesivos que promovem sua manutenção temática. A partir dessa perspectiva, pode se afirmar que:
Leia o texto V para responder às questões 06 a 10
Texto V
A borboleta e a chama
Uma borboleta multicor voava na escuridão da noite quando viu, ao longe, uma luz. Imediatamente voou naquela direção e ao se aproximar da chama pôs-se a rodeá-la, olhando-a maravilhada. Como era bonita!
Não satisfeita em admirá-la, a borboleta resolveu aproximar-se mais da chama. Afastou-se e em seguida voou em direção à chama passando rente a ela. Viu-se subitamente caída, estonteada pela luz e muito surpresa por verificar que as pontas de suas asas estavam chamuscadas.
— Que aconteceu comigo? - pensou ela.
Mas não conseguiu entender. Era impossível crer que uma coisa tão bonita quanto à chama pudesse causar-lhe algum mal. E assim, depois de juntar um pouco de forças, sacudiu as asas e levantou voo novamente.
Rodou em círculo e mais uma vez dirigiu-se para a chama, pretendendo pousar sobre ela. E imediatamente caiu queimada, no óleo que alimentava a brilhante e pequenina chama.
— Maldita luz - murmurou a borboleta agonizante - pensei que ia encontrar em você a felicidade e em vez disso encontrei a morte. Arrependo-me desse tolo desejo, pois compreendi, tarde demais, para minha infelicidade, o quanto você é perigosa.
— Pobre borboleta - respondeu a chama - eu não sou o Sol, como você tolamente pensou. Sou apenas uma luz. E aqueles que não conseguem aproximar-se de mim com cautela são queimados.
Leonardo Da Vinci
Em “...voou em direção à chama passando rente a ela”, a crase aplicada se justifica pela mesma razão na frase:
Leia o texto V para responder às questões 06 a 10
Texto V
A borboleta e a chama
Uma borboleta multicor voava na escuridão da noite quando viu, ao longe, uma luz. Imediatamente voou naquela direção e ao se aproximar da chama pôs-se a rodeá-la, olhando-a maravilhada. Como era bonita!
Não satisfeita em admirá-la, a borboleta resolveu aproximar-se mais da chama. Afastou-se e em seguida voou em direção à chama passando rente a ela. Viu-se subitamente caída, estonteada pela luz e muito surpresa por verificar que as pontas de suas asas estavam chamuscadas.
— Que aconteceu comigo? - pensou ela.
Mas não conseguiu entender. Era impossível crer que uma coisa tão bonita quanto à chama pudesse causar-lhe algum mal. E assim, depois de juntar um pouco de forças, sacudiu as asas e levantou voo novamente.
Rodou em círculo e mais uma vez dirigiu-se para a chama, pretendendo pousar sobre ela. E imediatamente caiu queimada, no óleo que alimentava a brilhante e pequenina chama.
— Maldita luz - murmurou a borboleta agonizante - pensei que ia encontrar em você a felicidade e em vez disso encontrei a morte. Arrependo-me desse tolo desejo, pois compreendi, tarde demais, para minha infelicidade, o quanto você é perigosa.
— Pobre borboleta - respondeu a chama - eu não sou o Sol, como você tolamente pensou. Sou apenas uma luz. E aqueles que não conseguem aproximar-se de mim com cautela são queimados.
Leonardo Da Vinci
“ (...) A borboleta resolveu aproximar-se mais da chama”. Nessa frase o “ SE “:
Leia o texto VI para responder às questões 11 a 14.
Texto VI
ANTIGAMENTE – Carlos Drummond de Andrade
1 Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e
2 eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam
3 anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os
4 janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhes pé-
5 de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses
6 debaixo do balaio. E se levantam tábua, o remédio era
7 tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia.
8 As pessoas, quando corriam, antigamente, era para
9 tirar o pai da forca. Algumas jogavam verde para colher
10 maduro, e sabiam com quantos paus se faz uma canoa.
11 O que não impedia que, nesse entrementes, esse ou
12 aquele embarcasse em canoa furada. Encontravam
13 alguém que lhes passasse a manta e azulava, dando às
14 de vila-diogo. Os mais idosos, depois da janta, faziam o
15 quilo, saindo para tomar a fresca; e também tomava
16 cautela de não apanhar sereno. Os mais jovens iam ao
17 animatógrafo, e mais tarde ao cinematógrafo,
18 chupando balas de alteia. Ou sonhavam em andar de
19 aeroplano; os quais, de pouco siso, se metiam em
20 camisas de onze varas; não admira que dessem com os
21 burros n’água. (...)
.
Glossário:
Janotas = elegantes, bem vestidos
Pé-de-alferes = namorador
Debaixo do balaio = esconder
Levantam tábua = levar um fora
Qual a melhor alternativa para análise do texto VI?
Leia o texto VI para responder às questões 11 a 14.
Texto VI
ANTIGAMENTE – Carlos Drummond de Andrade
1 Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e
2 eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam
3 anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os
4 janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhes pé-
5 de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses
6 debaixo do balaio. E se levantam tábua, o remédio era
7 tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia.
8 As pessoas, quando corriam, antigamente, era para
9 tirar o pai da forca. Algumas jogavam verde para colher
10 maduro, e sabiam com quantos paus se faz uma canoa.
11 O que não impedia que, nesse entrementes, esse ou
12 aquele embarcasse em canoa furada. Encontravam
13 alguém que lhes passasse a manta e azulava, dando às
14 de vila-diogo. Os mais idosos, depois da janta, faziam o
15 quilo, saindo para tomar a fresca; e também tomava
16 cautela de não apanhar sereno. Os mais jovens iam ao
17 animatógrafo, e mais tarde ao cinematógrafo,
18 chupando balas de alteia. Ou sonhavam em andar de
19 aeroplano; os quais, de pouco siso, se metiam em
20 camisas de onze varas; não admira que dessem com os
21 burros n’água. (...)
.
Glossário:
Janotas = elegantes, bem vestidos
Pé-de-alferes = namorador
Debaixo do balaio = esconder
Levantam tábua = levar um fora
Algumas palavras e expressões antigas ou em desuso são facilmente encontradas no texto VI. No entanto, outras ainda são utilizadas nos dias de hoje. Por exemplo, pode-se trocar a expressão “Jogavam verde para colher maduro” (sublinhado nas linhas 9 e 10), por:
Leia o texto VI para responder às questões 11 a 14.
Texto VI
ANTIGAMENTE – Carlos Drummond de Andrade
1 Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e
2 eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam
3 anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os
4 janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhes pé-
5 de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses
6 debaixo do balaio. E se levantam tábua, o remédio era
7 tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia.
8 As pessoas, quando corriam, antigamente, era para
9 tirar o pai da forca. Algumas jogavam verde para colher
10 maduro, e sabiam com quantos paus se faz uma canoa.
11 O que não impedia que, nesse entrementes, esse ou
12 aquele embarcasse em canoa furada. Encontravam
13 alguém que lhes passasse a manta e azulava, dando às
14 de vila-diogo. Os mais idosos, depois da janta, faziam o
15 quilo, saindo para tomar a fresca; e também tomava
16 cautela de não apanhar sereno. Os mais jovens iam ao
17 animatógrafo, e mais tarde ao cinematógrafo,
18 chupando balas de alteia. Ou sonhavam em andar de
19 aeroplano; os quais, de pouco siso, se metiam em
20 camisas de onze varas; não admira que dessem com os
21 burros n’água. (...)
.
Glossário:
Janotas = elegantes, bem vestidos
Pé-de-alferes = namorador
Debaixo do balaio = esconder
Levantam tábua = levar um fora
Para evitar repetições, o pronome “Algumas” (na linha 9) substituiu o substantivo:
Leia o texto VI para responder às questões 11 a 14.
Texto VI
ANTIGAMENTE – Carlos Drummond de Andrade
1 Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e
2 eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam
3 anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os
4 janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhes pé-
5 de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses
6 debaixo do balaio. E se levantam tábua, o remédio era
7 tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia.
8 As pessoas, quando corriam, antigamente, era para
9 tirar o pai da forca. Algumas jogavam verde para colher
10 maduro, e sabiam com quantos paus se faz uma canoa.
11 O que não impedia que, nesse entrementes, esse ou
12 aquele embarcasse em canoa furada. Encontravam
13 alguém que lhes passasse a manta e azulava, dando às
14 de vila-diogo. Os mais idosos, depois da janta, faziam o
15 quilo, saindo para tomar a fresca; e também tomava
16 cautela de não apanhar sereno. Os mais jovens iam ao
17 animatógrafo, e mais tarde ao cinematógrafo,
18 chupando balas de alteia. Ou sonhavam em andar de
19 aeroplano; os quais, de pouco siso, se metiam em
20 camisas de onze varas; não admira que dessem com os
21 burros n’água. (...)
.
Glossário:
Janotas = elegantes, bem vestidos
Pé-de-alferes = namorador
Debaixo do balaio = esconder
Levantam tábua = levar um fora
Ao apresentar a linguagem de antigamente, enfatizando suas características, podemos dizer que a tipologia predominante é:
Leia a frase com atenção: “Essa afirmação, uma vez compreendidos os símbolos, é tida como falsa”.
Assinale a palavra que substitui adequadamente a expressão grifada na frase: