Questões de Concurso Público IF-SP 2019 para História
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Historicamente, para Hobsbawm, as dificuldades para a implantação de uma indústria de bens de capital, no caso da Inglaterra, foram superadas à medida que:
“(...) confiando neste direito, e pela honra e defesa de sua Igreja, em nome de Deus Todo-Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo, pelo teu poder e autoridade, eu deponho o Rei Henrique, filho do Imperador Henrique, que se rebelou contra a tua Igreja com audácia inaudita, do governo sobre todo o reino da Alemanha e Itália, e desobrigo todos os homens cristãos da fidelidade que juraram ou possam jurar a ele, e proíbo qualquer um de servi-lo como rei. Assim fica demonstrado que aquele que ousa diminuir a glória de tua Igreja perde a glória que parece ter” (Gregório VII).
O trecho de texto atribuído ao papa Gregório VII (editado em: PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. História da Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: Unesp, 1999. p. 132), refere-se ao ato pelo qual esse Papa depõe o rei Henrique IV, em 1076. O episódio serve de indicativo para uma das bases fundamentais do poder da Igreja medieval. Marque a alternativa que a descreve:
“O que hoje é o árido, quente e inóspito deserto do Saara, no norte da África, era uma região de savanas e pradarias com alguns bosques, lar de caçadores e coletores que viviam de vários animais e plantas, sustentados por lagos permanentes e muita chuva.
Era assim numa época entre 5 mil e 10 mil anos atrás - período conhecido como do “Saara verde” ou “Saara úmido”. É difícil imaginar que o maior deserto quente do mundo, que tem uma precipitação anual entre 35 e 100 milímetros de chuva, recebia chuvas 20 vezes mais intensas há alguns milhares de anos”.
(MARQUES, William. Como era o Saara antes de se tornar o maior deserto do planeta. 2017. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/ geral-39374825. Acesso em: 28 nov. 2018).
O trecho acima, extraído de uma reportagem da BBC Brasil, descreve um Saara verde que se desertifica posteriormente. Tal processo se relaciona com
Por mais dignas de atenção que tenham sido as rebeliões nordestinas, o fato é que os rumos do país foram traçados, com menores sobressaltos e mudanças, a partir da capital e das províncias à sua volta. Foi assim na independência e seria assim no episódio da queda do primeiro imperador. Em março de 1824, Dom Pedro I dominava a cena, tendo condições políticas para dissolver a Constituinte e baixar uma Constituição. Sete anos depois, foi obrigado a abandonar o trono.
(FAUSTO, B. História do Brasil. 2.ed. São Paulo: Edusp,1995. p. 154).
Dentre os episódios ocorridos nesse intervalo de tempo, podemos apontar:
“É das tensões internas da economia cafeeira, em sua etapa de crise, que surgirão os elementos de um sistema econômico autônomo, capaz de gerar o seu próprio impulso de crescimento, concluindo-se então definitivamente a etapa colonial da economia brasileira”.
(FURTADO, C. Formação Econômica do Brasil. 32. ed. São Paulo: Cia. das Letras, 2005. p. 48).
Segundo o autor, na história nacional, a transição da economia colonial para formas mais modernas de desenvolvimento foi concretizada durante
“Ficava cada dia mais explícito entre intelectuais, industriais e defensores da racionalização do trabalho que a única maneira de aumentar o controle sobre o processo de trabalho era a simplificação das tarefas e a desqualificação da força de trabalho, o que iria permitir a rápida substituição dos trabalhadores não especializados e combativos, que recebiam altos salários, por trabalhadores não especializados”.
(WEINSTEIN, B. (Re)Formação da classe trabalhadora no Brasil (1920-1964). São Paulo: Cortez/CDAPH-IFAN/Universidade São Francisco, 2000. p. 36).
A década de 1930, no Brasil, testemunhou importantes mudanças nos setores econômico, político e, consequentemente, educacional, que se estenderam até 1945. Sobre a educação profissional do período, podemos afirmar que:
Disponível em http://movimentossociaisde1970. blogspot.com/2013/11/lei-da-anistia.html. Acesso em 17dez2018
Sobre a promulgação da Lei da Anistia, em 1979,
podemos concluir que:
Vivemos sob uma forma de governo que não se baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, servimos de modelo a alguns ao invés de imitar outros. Seu nome é democracia, pois a administração serve aos interesses da maioria e não de uma minoria.
(Trecho do discurso de Péricles, século V a. C. In: TUCÍDIDES. A guerra do Peloponeso. Adaptado).
Por esse discurso, é possível afirmar que o autor:
“Um inglês que não se sinta cheio de estima e admiração pela maneira sublime com que está agora se efetuando uma das mais importantes revoluções que o mundo jamais viu deve estar morto para todos os sentidos da virtude e da liberdade; nenhum de meus patrícios que tenham tido a sorte de presenciar as ocorrências dos últimos três dias nesta grande cidade fará mais que testemunhar que minha linguagem não é hiperbólica”.
(The Morning Post (21 de julho de 1789) sobre a queda da Bastilha. In: HOBSBAWM, E. A Era das Revoluções: Europa 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977. p. 71).
Sobre a tomada da Bastilha em 14 de julho de 1789:
Na História do futuro, livro milenarista ex-cogitado nos matos do Maranhão, o Padre Antônio Vieira dá o seu palpite sobre o assunto. Sem se embaraçar no paradoxo – porquanto para ele e seu século nada havia de paradoxal na aliança entre negreiros e missionários – Vieira define os fundamentos da reconquista de Luanda. “O Brasil vive e se sustenta de Angola, podendo-se com muita razão dizer que o Brasil tem o corpo na América e a alma na África”.
(ALENCASTRO, L. F. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 232).
O paradoxo mencionado pelo autor está relacionado:
Os movimentos sociais que ocorreram no campo, durante o período da Primeira República, podem ser divididos em três grupos distintos: 1. Os que combinaram conteúdo religioso com carência social; 2. Os que combinaram conteúdo religioso com reivindicações sociais; 3. Os que expressaram reivindicações sociais sem conteúdo religioso.
(FAUSTO, B. História do Brasil. 2.ed. São Paulo: Edusp,1995. p. 295-296. Adaptado).
O segundo grupo, citado no excerto, pode ser exemplificado em:
“[Esta foi] de longe a maior de todas as revoluções da década de 1970, e que entrará para a história como uma das grandes revoluções sociais do século XX (...) a novidade dessa revolução era ideológica”.
(HOBSBAWM, E. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 440).
A revolução mencionada pelo autor é: