Questões de Concurso Público IF-SP 2023 para Assistente de Alunos
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O conceito de fenótipo econômico foi criado pelo epidemiologista inglês David Barker (1938- 2013) depois de observar que crianças que nasciam com peso abaixo do desejável morriam mais tarde de doenças cardiovasculares causadas por outras doenças metabólicas. Posteriormente, estudos com roedores mostraram que a exposição a baixos níveis de leptina na gestação ou logo após o nascimento, uma situação análoga à vivida por filhos de mães que passaram por privação alimentar severa, gera mudanças que favorecem o surgimento do diabetes e da obesidade na idade adulta.
CHAVES, L. R. Hormônios maternos afetam áreas
cerebrais que controlam a fome e a saciedade no feto.
Revista Pesquisa Fapesp. Ago. 2023. Disponível em:
<https://revistapesquisa.fapesp.br/hormonios-maternos
-afetam-areas-cerebrais-que-controlam-a-fome-e-a-
saciedade-no-feto/> . Acesso: 7 ago. 2023.
Assinale a alternativa que apresenta o significado
da palavra destacada em negrito.
Língua-lâmina, língua-labareda, língua-linfa, coleando, em deslizes de seda... Força inféria e divina faz com que o bem e o mal resumas, língua-cáustica, língua-cocaína, língua de mel, língua de plumas?…
Amo-te as sugestões gloriosas e funestas, amo-te como todas as mulheres te amam, ó língua-lama, ó língua-resplendor, pela carne de som que à ideia emprestas e pelas frases mudas que proferes nos silêncios de Amor! MACHADO, G. Lépida e leve. In: MORICONI, I. (Org.). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
No poema, observa-se o uso do hífen em diversas expressões junto à palavra “língua-”:, tais como Língua-lâmina, língua-labareda, língua-linfa. Assinale a alternativa correta quanto ao uso:
VERÍSSIMO, L. F. Todas as histórias do analista de Bagé [recurso digital]. Rio De Janeiro: Objetiva, 2010.
Assinale a alternativa em que a sequência de palavras esteja acentuada conforme as mesmas regras
de acentuação das palavras em destaque no texto:
As locuções destacadas podem ser substituídas por:
“Se os tubarões fossem homens”, perguntou ao sr. K. a filha da sua senhoria, “eles seriam mais amáveis com os peixinhos?” “Certamente”, disse ele. “Se os tubarões fossem homens, construiriam no mar grandes gaiolas para os peixes pequenos, com todo tipo de alimento, tanto animal como vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca, e tomariam toda espécie de medidas sanitárias. Se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana, então lhe fariam imediatamente um curativo, para que ele não lhes morresse antes do tempo. Para que os peixinhos não ficassem melancólicos, haveria grandes festas aquáticas de vez em quando, pois os peixinhos alegres têm melhor sabor do que os tristes. Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nessas escolas os peixinhos aprenderiam como nadar em direção às goelas dos tubarões. Precisariam saber geografia, por exemplo, para localizar os grandes tubarões que vagueiam descansadamente pelo mar. O mais importante seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. Eles seriam informados de que nada existe de mais belo e mais sublime do que um peixinho que se sacrifica contente, e que todos deveriam crer nos tubarões, sobretudo quando dissessem que cuidam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que esse futuro só estaria assegurado se estudassem docilmente. Acima de tudo, os peixinhos deveriam evitar toda inclinação baixa, materialista, egoísta e marxista, e avisar imediatamente os tubarões, se um dentre eles mostrasse tais tendências. Se os tubarões fossem homens, naturalmente fariam guerras entre si, para conquistar gaiolas e peixinhos estrangeiros. Nessas guerras eles fariam lutar os seus peixinhos, e lhes ensinariam que há uma enorme diferença entre eles e os peixinhos dos outros tubarões. Os peixinhos, eles iriam proclamar, são notoriamente mudos, mas silenciam em línguas diferentes, e por isso não podem se entender. Cada peixinho que na guerra matasse alguns outros, inimigos, que silenciam em outra língua, seria condecorado com uma pequena medalha de sargaço e receberia o título de herói. Se os tubarões fossem homens, naturalmente haveria também arte entre eles. Haveria belos quadros, representando os dentes dos tubarões em cores soberbas, e suas goelas como jardins onde se brinca deliciosamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam valorosos peixinhos nadando com entusiasmo em direção às goelas dos tubarões, e a música seria tão bela, que a seus acordes todos os peixinhos, com a orquestra na frente, sonhando, embalados nos pensamentos mais doces, se precipitariam nas gargantas dos tubarões. Também não faltaria uma religião, se os tubarões fossem homens. Ela ensinaria que a verdadeira vida dos peixinhos começa apenas na barriga dos tubarões. Além disso, se os tubarões fossem homens também acabaria a ideia de que os peixinhos são iguais entre si. Alguns deles se tornariam funcionários e seriam colocados acima dos outros. Aqueles ligeiramente maiores poderiam inclusive comer os menores. Isto seria agradável para os tubarões, pois eles teriam, com maior frequência, bocados maiores para comer. E os peixinhos maiores, detentores de cargos, cuidariam da ordem entre os peixinhos, tornando-se professores, oficiais, construtores de gaiolas etc. Em suma, haveria uma civilização no mar, se os tubarões fossem homens.”.
BRECHT, Bertolt. Se os tubarões fossem homens. In: _____. Histórias do sr. Keuner. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Ed. 34. 2008. Considere o trecho a seguir:
Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas.
Em relação ao sujeito, termo essencial dessa oração, assinale a alternativa correta:
Tem muito atrito, treta, tem muamba Mas tem sertanejo, trap, pagodão Anavitória, doce beijo d’onça Mar(av)ília Mendonça, afinação
VELOSO, C. Sem samba não dá. In. VELOSO, C.; FERRAZ, E. (Org.). Letras. São Paulo: Companhia das Letras, 2022. E-book. No trecho da canção, predomina-se o uso de: