Questões de Concurso Público IF-TO 2014 para Bibliotecário Documentalista

Foram encontradas 10 questões

Q516784 Português
  Texto I 
                                                       Obama decepcionou



         O governo brasileiro considerou "um primeiro  passo",  cujos  desdobramentos "irá acompanhar com extrema atenção", o discurso  de  45  minutos  em  que  o presidente  americano,  Barack  Obama, prometeu  limitar  os  abusos  da espionagem dos Estados Unidos no país e no  mundo.  Não  fosse  o  protocolo diplomático,  o  Planalto  bem  que  poderia falar  em  "primeiro  e  duvidoso  passo", tantas  as  indefinições,  condicionantes  e ambiguidades  da  nova  política  de inteligência da Casa Branca.

       Os países que podem espionam uns aos  outros;  não  raros  e  não  propriamente democráticos  espionam  seus  próprios cidadãos,  em  nome  da  defesa  nacional, eufemismo  para  proteção  do  sistema  de poder vigente e dos interesses econômicos a  ele  atrelados.  Ainda  assim,  é  inegável que  o  colossal  aparato  americano  de bisbilhotagem,  invocando  o  combate  ao terrorismo,  foi  muito  além  do  tolerável pela  ordem  internacional,  sem  falar  nas transgressões do respeito que governos de sociedades livres devem à privacidade dos cidadãos.

        Não  fossem  as  estarrecedoras revelações  do  ex-analista  terceirizado  da NSA,  a  Agência  de  Segurança  Nacional dos  EUA,  Edward  Snowden,  asilado  na Rússia  desde  agosto  passado,  tudo continuaria  como  antes  -  ou  ficaria  pior  - sob  a  gestão  do  presidente prematuramente  aquinhoado  com  o Prêmio  Nobel  da  Paz.  Dias  depois  dos primeiros  vazamentos,  em  junho  último, Obama  não  se  pejou  de  defender  os grampeamentos  e  disse  que  os americanos  não  precisavam  se  preocupar com isso.


        Agora,  no  discurso  de  sexta-feira, ele tomou pela primeira vez a iniciativa de citar Snowden pelo nome para acusá-lo de causar  prejuízos  potenciais  à  segurança dos  americanos  e  à  política  externa  do país.  Não  se  esperaria  que  ele  fosse chamar  o  delator  de  herói  -  o  que  é,  para muitos,  dentro  e  fora  dos  EUA  -,  mas  a referência corroborou a percepção de que, no geral, Obama considera a vigilância de todo justificada.

     Quando  se  divulgou  que  entre  os alvos  do  exército  americano  de  arapongas figuravam a presidente brasileira (além de 34  outros  líderes)  e  a  Petrobrás,  Dilma exigiu  de  Washington  um  pedido  formal de  desculpas.  Não  pelo  poderio  ímpar  dos EUA  em  espionar  os  quatro  cantos  da Terra, como sugeriu Obama marotamente, mas  pelo  que  os  EUA  fazem  com  esse poderio,  sob  nenhum  controle institucional.

    Sabendo  disso,  ele  não  poderia assegurar  que  os  EUA  "não  vigiam pessoas  comuns  que  não  ameaçam  a nossa  segurança  nacional".  Quando muito,  cessará,  como  prometeu,  a espionagem dos líderes "de nossos amigos próximos  e  aliados",  salvo  "forte  razão  de segurança  nacional"  -  um  conceito  de notória  elasticidade.  Outra  conveniente ressalva  foi  a  de  que  "em  caso  de  real emergência" - definida por quem? - ou por ordem judicial se acessarão os metadados (ligações  telefônicas  e  mensagens  de correio eletrônico) em posse da NSA.

     Esse arrastão é considerado o maior abuso  contra  os  direitos  individuais  dos americanos, excluída a manipulação física
de  100  mil  computadores  para  ser invadidos  mesmo  quando  desligados.  Em dezembro,  um  comitê  nomeado  por Obama  apresentou-lhe  um  relatório  de 300  páginas  e  46  recomendações,  entre elas  a  de  proibir  a  coleta  e armazenamento  dos  metadados.  Ele  se limitou,  porém,  a  dar  um  prazo  para  que lhe deem "novas opções" de estocagem.

     Segundo  a  comissão,  o  programa, considerado  inconstitucional  por  um  juiz federal, "não tem impacto discernível para prevenir  atos  terroristas".  Outras recomendações  antiabuso  também  foram ignoradas.  Às  folhas  tantas  de  sua  fala, Obama recorreu à obviedade, ao dizer que os  direitos  individuais  dos  cidadãos  não podem  depender  da  boa  vontade  dos governantes, mas das leis que enquadram as suas decisões. Pena que ele pouco faça para  fortalecer  a  legislação  contra  a devassa da intimidade alheia.

   Certa  vez,  o  general  Golbery  do Couto  e  Silva  admitiu  ter  criado  um "monstro"  com  o  Serviço  Nacional  de Informações  (SNI)  da  ditadura  militar. Obama  não  criou  a  NSA  -  ela  data  de 1952  -,  mas  tampouco  será  ele  quem  a domará.


            Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,obama-decepcionou,1120905,0.htm









Considerando os argumentos do texto, assinale a opção correta.
Alternativas
Q516785 Português
  Texto I 
                                                       Obama decepcionou



         O governo brasileiro considerou "um primeiro  passo",  cujos  desdobramentos "irá acompanhar com extrema atenção", o discurso  de  45  minutos  em  que  o presidente  americano,  Barack  Obama, prometeu  limitar  os  abusos  da espionagem dos Estados Unidos no país e no  mundo.  Não  fosse  o  protocolo diplomático,  o  Planalto  bem  que  poderia falar  em  "primeiro  e  duvidoso  passo", tantas  as  indefinições,  condicionantes  e ambiguidades  da  nova  política  de inteligência da Casa Branca.

       Os países que podem espionam uns aos  outros;  não  raros  e  não  propriamente democráticos  espionam  seus  próprios cidadãos,  em  nome  da  defesa  nacional, eufemismo  para  proteção  do  sistema  de poder vigente e dos interesses econômicos a  ele  atrelados.  Ainda  assim,  é  inegável que  o  colossal  aparato  americano  de bisbilhotagem,  invocando  o  combate  ao terrorismo,  foi  muito  além  do  tolerável pela  ordem  internacional,  sem  falar  nas transgressões do respeito que governos de sociedades livres devem à privacidade dos cidadãos.

        Não  fossem  as  estarrecedoras revelações  do  ex-analista  terceirizado  da NSA,  a  Agência  de  Segurança  Nacional dos  EUA,  Edward  Snowden,  asilado  na Rússia  desde  agosto  passado,  tudo continuaria  como  antes  -  ou  ficaria  pior  - sob  a  gestão  do  presidente prematuramente  aquinhoado  com  o Prêmio  Nobel  da  Paz.  Dias  depois  dos primeiros  vazamentos,  em  junho  último, Obama  não  se  pejou  de  defender  os grampeamentos  e  disse  que  os americanos  não  precisavam  se  preocupar com isso.


        Agora,  no  discurso  de  sexta-feira, ele tomou pela primeira vez a iniciativa de citar Snowden pelo nome para acusá-lo de causar  prejuízos  potenciais  à  segurança dos  americanos  e  à  política  externa  do país.  Não  se  esperaria  que  ele  fosse chamar  o  delator  de  herói  -  o  que  é,  para muitos,  dentro  e  fora  dos  EUA  -,  mas  a referência corroborou a percepção de que, no geral, Obama considera a vigilância de todo justificada.

     Quando  se  divulgou  que  entre  os alvos  do  exército  americano  de  arapongas figuravam a presidente brasileira (além de 34  outros  líderes)  e  a  Petrobrás,  Dilma exigiu  de  Washington  um  pedido  formal de  desculpas.  Não  pelo  poderio  ímpar  dos EUA  em  espionar  os  quatro  cantos  da Terra, como sugeriu Obama marotamente, mas  pelo  que  os  EUA  fazem  com  esse poderio,  sob  nenhum  controle institucional.

    Sabendo  disso,  ele  não  poderia assegurar  que  os  EUA  "não  vigiam pessoas  comuns  que  não  ameaçam  a nossa  segurança  nacional".  Quando muito,  cessará,  como  prometeu,  a espionagem dos líderes "de nossos amigos próximos  e  aliados",  salvo  "forte  razão  de segurança  nacional"  -  um  conceito  de notória  elasticidade.  Outra  conveniente ressalva  foi  a  de  que  "em  caso  de  real emergência" - definida por quem? - ou por ordem judicial se acessarão os metadados (ligações  telefônicas  e  mensagens  de correio eletrônico) em posse da NSA.

     Esse arrastão é considerado o maior abuso  contra  os  direitos  individuais  dos americanos, excluída a manipulação física
de  100  mil  computadores  para  ser invadidos  mesmo  quando  desligados.  Em dezembro,  um  comitê  nomeado  por Obama  apresentou-lhe  um  relatório  de 300  páginas  e  46  recomendações,  entre elas  a  de  proibir  a  coleta  e armazenamento  dos  metadados.  Ele  se limitou,  porém,  a  dar  um  prazo  para  que lhe deem "novas opções" de estocagem.

     Segundo  a  comissão,  o  programa, considerado  inconstitucional  por  um  juiz federal, "não tem impacto discernível para prevenir  atos  terroristas".  Outras recomendações  antiabuso  também  foram ignoradas.  Às  folhas  tantas  de  sua  fala, Obama recorreu à obviedade, ao dizer que os  direitos  individuais  dos  cidadãos  não podem  depender  da  boa  vontade  dos governantes, mas das leis que enquadram as suas decisões. Pena que ele pouco faça para  fortalecer  a  legislação  contra  a devassa da intimidade alheia.

   Certa  vez,  o  general  Golbery  do Couto  e  Silva  admitiu  ter  criado  um "monstro"  com  o  Serviço  Nacional  de Informações  (SNI)  da  ditadura  militar. Obama  não  criou  a  NSA  -  ela  data  de 1952  -,  mas  tampouco  será  ele  quem  a domará.


            Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,obama-decepcionou,1120905,0.htm









O segmento “... o presidente americano, Barack Obama, prometeu limitar os abusos da espionagem dos Estados Unidos no país e no mundo” (§ 1º.) apresenta o nome Barack Obama entre vírgulas.
Entre as opções abaixo, aponte aquela em que, por ausência da vírgula ou devido ao seu mau emprego, o real sentido da oração foi comprometido.
Alternativas
Q516786 Português
  Texto I 
                                                       Obama decepcionou



         O governo brasileiro considerou "um primeiro  passo",  cujos  desdobramentos "irá acompanhar com extrema atenção", o discurso  de  45  minutos  em  que  o presidente  americano,  Barack  Obama, prometeu  limitar  os  abusos  da espionagem dos Estados Unidos no país e no  mundo.  Não  fosse  o  protocolo diplomático,  o  Planalto  bem  que  poderia falar  em  "primeiro  e  duvidoso  passo", tantas  as  indefinições,  condicionantes  e ambiguidades  da  nova  política  de inteligência da Casa Branca.

       Os países que podem espionam uns aos  outros;  não  raros  e  não  propriamente democráticos  espionam  seus  próprios cidadãos,  em  nome  da  defesa  nacional, eufemismo  para  proteção  do  sistema  de poder vigente e dos interesses econômicos a  ele  atrelados.  Ainda  assim,  é  inegável que  o  colossal  aparato  americano  de bisbilhotagem,  invocando  o  combate  ao terrorismo,  foi  muito  além  do  tolerável pela  ordem  internacional,  sem  falar  nas transgressões do respeito que governos de sociedades livres devem à privacidade dos cidadãos.

        Não  fossem  as  estarrecedoras revelações  do  ex-analista  terceirizado  da NSA,  a  Agência  de  Segurança  Nacional dos  EUA,  Edward  Snowden,  asilado  na Rússia  desde  agosto  passado,  tudo continuaria  como  antes  -  ou  ficaria  pior  - sob  a  gestão  do  presidente prematuramente  aquinhoado  com  o Prêmio  Nobel  da  Paz.  Dias  depois  dos primeiros  vazamentos,  em  junho  último, Obama  não  se  pejou  de  defender  os grampeamentos  e  disse  que  os americanos  não  precisavam  se  preocupar com isso.


        Agora,  no  discurso  de  sexta-feira, ele tomou pela primeira vez a iniciativa de citar Snowden pelo nome para acusá-lo de causar  prejuízos  potenciais  à  segurança dos  americanos  e  à  política  externa  do país.  Não  se  esperaria  que  ele  fosse chamar  o  delator  de  herói  -  o  que  é,  para muitos,  dentro  e  fora  dos  EUA  -,  mas  a referência corroborou a percepção de que, no geral, Obama considera a vigilância de todo justificada.

     Quando  se  divulgou  que  entre  os alvos  do  exército  americano  de  arapongas figuravam a presidente brasileira (além de 34  outros  líderes)  e  a  Petrobrás,  Dilma exigiu  de  Washington  um  pedido  formal de  desculpas.  Não  pelo  poderio  ímpar  dos EUA  em  espionar  os  quatro  cantos  da Terra, como sugeriu Obama marotamente, mas  pelo  que  os  EUA  fazem  com  esse poderio,  sob  nenhum  controle institucional.

    Sabendo  disso,  ele  não  poderia assegurar  que  os  EUA  "não  vigiam pessoas  comuns  que  não  ameaçam  a nossa  segurança  nacional".  Quando muito,  cessará,  como  prometeu,  a espionagem dos líderes "de nossos amigos próximos  e  aliados",  salvo  "forte  razão  de segurança  nacional"  -  um  conceito  de notória  elasticidade.  Outra  conveniente ressalva  foi  a  de  que  "em  caso  de  real emergência" - definida por quem? - ou por ordem judicial se acessarão os metadados (ligações  telefônicas  e  mensagens  de correio eletrônico) em posse da NSA.

     Esse arrastão é considerado o maior abuso  contra  os  direitos  individuais  dos americanos, excluída a manipulação física
de  100  mil  computadores  para  ser invadidos  mesmo  quando  desligados.  Em dezembro,  um  comitê  nomeado  por Obama  apresentou-lhe  um  relatório  de 300  páginas  e  46  recomendações,  entre elas  a  de  proibir  a  coleta  e armazenamento  dos  metadados.  Ele  se limitou,  porém,  a  dar  um  prazo  para  que lhe deem "novas opções" de estocagem.

     Segundo  a  comissão,  o  programa, considerado  inconstitucional  por  um  juiz federal, "não tem impacto discernível para prevenir  atos  terroristas".  Outras recomendações  antiabuso  também  foram ignoradas.  Às  folhas  tantas  de  sua  fala, Obama recorreu à obviedade, ao dizer que os  direitos  individuais  dos  cidadãos  não podem  depender  da  boa  vontade  dos governantes, mas das leis que enquadram as suas decisões. Pena que ele pouco faça para  fortalecer  a  legislação  contra  a devassa da intimidade alheia.

   Certa  vez,  o  general  Golbery  do Couto  e  Silva  admitiu  ter  criado  um "monstro"  com  o  Serviço  Nacional  de Informações  (SNI)  da  ditadura  militar. Obama  não  criou  a  NSA  -  ela  data  de 1952  -,  mas  tampouco  será  ele  quem  a domará.


            Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,obama-decepcionou,1120905,0.htm









As aspas, bastante utilizadas no texto I, podem ser empregadas com o objetivo de reproduzir literalmente o discurso de uma pessoa ou de um órgão.

Com base no texto I, assinale a alternativa em que as aspas não foram empregadas com o objetivo de reproduzir genuinamente o enunciado que integra um documento ou discurso:

Alternativas
Q516787 Português
  Texto I 
                                                       Obama decepcionou



         O governo brasileiro considerou "um primeiro  passo",  cujos  desdobramentos "irá acompanhar com extrema atenção", o discurso  de  45  minutos  em  que  o presidente  americano,  Barack  Obama, prometeu  limitar  os  abusos  da espionagem dos Estados Unidos no país e no  mundo.  Não  fosse  o  protocolo diplomático,  o  Planalto  bem  que  poderia falar  em  "primeiro  e  duvidoso  passo", tantas  as  indefinições,  condicionantes  e ambiguidades  da  nova  política  de inteligência da Casa Branca.

       Os países que podem espionam uns aos  outros;  não  raros  e  não  propriamente democráticos  espionam  seus  próprios cidadãos,  em  nome  da  defesa  nacional, eufemismo  para  proteção  do  sistema  de poder vigente e dos interesses econômicos a  ele  atrelados.  Ainda  assim,  é  inegável que  o  colossal  aparato  americano  de bisbilhotagem,  invocando  o  combate  ao terrorismo,  foi  muito  além  do  tolerável pela  ordem  internacional,  sem  falar  nas transgressões do respeito que governos de sociedades livres devem à privacidade dos cidadãos.

        Não  fossem  as  estarrecedoras revelações  do  ex-analista  terceirizado  da NSA,  a  Agência  de  Segurança  Nacional dos  EUA,  Edward  Snowden,  asilado  na Rússia  desde  agosto  passado,  tudo continuaria  como  antes  -  ou  ficaria  pior  - sob  a  gestão  do  presidente prematuramente  aquinhoado  com  o Prêmio  Nobel  da  Paz.  Dias  depois  dos primeiros  vazamentos,  em  junho  último, Obama  não  se  pejou  de  defender  os grampeamentos  e  disse  que  os americanos  não  precisavam  se  preocupar com isso.


        Agora,  no  discurso  de  sexta-feira, ele tomou pela primeira vez a iniciativa de citar Snowden pelo nome para acusá-lo de causar  prejuízos  potenciais  à  segurança dos  americanos  e  à  política  externa  do país.  Não  se  esperaria  que  ele  fosse chamar  o  delator  de  herói  -  o  que  é,  para muitos,  dentro  e  fora  dos  EUA  -,  mas  a referência corroborou a percepção de que, no geral, Obama considera a vigilância de todo justificada.

     Quando  se  divulgou  que  entre  os alvos  do  exército  americano  de  arapongas figuravam a presidente brasileira (além de 34  outros  líderes)  e  a  Petrobrás,  Dilma exigiu  de  Washington  um  pedido  formal de  desculpas.  Não  pelo  poderio  ímpar  dos EUA  em  espionar  os  quatro  cantos  da Terra, como sugeriu Obama marotamente, mas  pelo  que  os  EUA  fazem  com  esse poderio,  sob  nenhum  controle institucional.

    Sabendo  disso,  ele  não  poderia assegurar  que  os  EUA  "não  vigiam pessoas  comuns  que  não  ameaçam  a nossa  segurança  nacional".  Quando muito,  cessará,  como  prometeu,  a espionagem dos líderes "de nossos amigos próximos  e  aliados",  salvo  "forte  razão  de segurança  nacional"  -  um  conceito  de notória  elasticidade.  Outra  conveniente ressalva  foi  a  de  que  "em  caso  de  real emergência" - definida por quem? - ou por ordem judicial se acessarão os metadados (ligações  telefônicas  e  mensagens  de correio eletrônico) em posse da NSA.

     Esse arrastão é considerado o maior abuso  contra  os  direitos  individuais  dos americanos, excluída a manipulação física
de  100  mil  computadores  para  ser invadidos  mesmo  quando  desligados.  Em dezembro,  um  comitê  nomeado  por Obama  apresentou-lhe  um  relatório  de 300  páginas  e  46  recomendações,  entre elas  a  de  proibir  a  coleta  e armazenamento  dos  metadados.  Ele  se limitou,  porém,  a  dar  um  prazo  para  que lhe deem "novas opções" de estocagem.

     Segundo  a  comissão,  o  programa, considerado  inconstitucional  por  um  juiz federal, "não tem impacto discernível para prevenir  atos  terroristas".  Outras recomendações  antiabuso  também  foram ignoradas.  Às  folhas  tantas  de  sua  fala, Obama recorreu à obviedade, ao dizer que os  direitos  individuais  dos  cidadãos  não podem  depender  da  boa  vontade  dos governantes, mas das leis que enquadram as suas decisões. Pena que ele pouco faça para  fortalecer  a  legislação  contra  a devassa da intimidade alheia.

   Certa  vez,  o  general  Golbery  do Couto  e  Silva  admitiu  ter  criado  um "monstro"  com  o  Serviço  Nacional  de Informações  (SNI)  da  ditadura  militar. Obama  não  criou  a  NSA  -  ela  data  de 1952  -,  mas  tampouco  será  ele  quem  a domará.


            Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,obama-decepcionou,1120905,0.htm









“Os  países  que  podem  espionam  uns  aos  outros;  não  raros  e  não  propriamente  democráticos  espionam  seus  próprios  cidadãos,  em  nome  da  defesa  nacional,  eufemismo  para  proteção  do  sistema  de  poder vigente e dos interesses econômicos  a ele atrelados." (§ 2º.) 

No  excerto  em  destaque,  o  autor  lança  mão  do  termo  “eufemismo"  porque  tal  figura de linguagem se caracteriza:


Alternativas
Q516788 Português
  Texto I 
                                                       Obama decepcionou



         O governo brasileiro considerou "um primeiro  passo",  cujos  desdobramentos "irá acompanhar com extrema atenção", o discurso  de  45  minutos  em  que  o presidente  americano,  Barack  Obama, prometeu  limitar  os  abusos  da espionagem dos Estados Unidos no país e no  mundo.  Não  fosse  o  protocolo diplomático,  o  Planalto  bem  que  poderia falar  em  "primeiro  e  duvidoso  passo", tantas  as  indefinições,  condicionantes  e ambiguidades  da  nova  política  de inteligência da Casa Branca.

       Os países que podem espionam uns aos  outros;  não  raros  e  não  propriamente democráticos  espionam  seus  próprios cidadãos,  em  nome  da  defesa  nacional, eufemismo  para  proteção  do  sistema  de poder vigente e dos interesses econômicos a  ele  atrelados.  Ainda  assim,  é  inegável que  o  colossal  aparato  americano  de bisbilhotagem,  invocando  o  combate  ao terrorismo,  foi  muito  além  do  tolerável pela  ordem  internacional,  sem  falar  nas transgressões do respeito que governos de sociedades livres devem à privacidade dos cidadãos.

        Não  fossem  as  estarrecedoras revelações  do  ex-analista  terceirizado  da NSA,  a  Agência  de  Segurança  Nacional dos  EUA,  Edward  Snowden,  asilado  na Rússia  desde  agosto  passado,  tudo continuaria  como  antes  -  ou  ficaria  pior  - sob  a  gestão  do  presidente prematuramente  aquinhoado  com  o Prêmio  Nobel  da  Paz.  Dias  depois  dos primeiros  vazamentos,  em  junho  último, Obama  não  se  pejou  de  defender  os grampeamentos  e  disse  que  os americanos  não  precisavam  se  preocupar com isso.


        Agora,  no  discurso  de  sexta-feira, ele tomou pela primeira vez a iniciativa de citar Snowden pelo nome para acusá-lo de causar  prejuízos  potenciais  à  segurança dos  americanos  e  à  política  externa  do país.  Não  se  esperaria  que  ele  fosse chamar  o  delator  de  herói  -  o  que  é,  para muitos,  dentro  e  fora  dos  EUA  -,  mas  a referência corroborou a percepção de que, no geral, Obama considera a vigilância de todo justificada.

     Quando  se  divulgou  que  entre  os alvos  do  exército  americano  de  arapongas figuravam a presidente brasileira (além de 34  outros  líderes)  e  a  Petrobrás,  Dilma exigiu  de  Washington  um  pedido  formal de  desculpas.  Não  pelo  poderio  ímpar  dos EUA  em  espionar  os  quatro  cantos  da Terra, como sugeriu Obama marotamente, mas  pelo  que  os  EUA  fazem  com  esse poderio,  sob  nenhum  controle institucional.

    Sabendo  disso,  ele  não  poderia assegurar  que  os  EUA  "não  vigiam pessoas  comuns  que  não  ameaçam  a nossa  segurança  nacional".  Quando muito,  cessará,  como  prometeu,  a espionagem dos líderes "de nossos amigos próximos  e  aliados",  salvo  "forte  razão  de segurança  nacional"  -  um  conceito  de notória  elasticidade.  Outra  conveniente ressalva  foi  a  de  que  "em  caso  de  real emergência" - definida por quem? - ou por ordem judicial se acessarão os metadados (ligações  telefônicas  e  mensagens  de correio eletrônico) em posse da NSA.

     Esse arrastão é considerado o maior abuso  contra  os  direitos  individuais  dos americanos, excluída a manipulação física
de  100  mil  computadores  para  ser invadidos  mesmo  quando  desligados.  Em dezembro,  um  comitê  nomeado  por Obama  apresentou-lhe  um  relatório  de 300  páginas  e  46  recomendações,  entre elas  a  de  proibir  a  coleta  e armazenamento  dos  metadados.  Ele  se limitou,  porém,  a  dar  um  prazo  para  que lhe deem "novas opções" de estocagem.

     Segundo  a  comissão,  o  programa, considerado  inconstitucional  por  um  juiz federal, "não tem impacto discernível para prevenir  atos  terroristas".  Outras recomendações  antiabuso  também  foram ignoradas.  Às  folhas  tantas  de  sua  fala, Obama recorreu à obviedade, ao dizer que os  direitos  individuais  dos  cidadãos  não podem  depender  da  boa  vontade  dos governantes, mas das leis que enquadram as suas decisões. Pena que ele pouco faça para  fortalecer  a  legislação  contra  a devassa da intimidade alheia.

   Certa  vez,  o  general  Golbery  do Couto  e  Silva  admitiu  ter  criado  um "monstro"  com  o  Serviço  Nacional  de Informações  (SNI)  da  ditadura  militar. Obama  não  criou  a  NSA  -  ela  data  de 1952  -,  mas  tampouco  será  ele  quem  a domará.


            Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,obama-decepcionou,1120905,0.htm









Nos  excertos  abaixo,  procedeu-se  à  substituição  dos  verbos  em  destaque,  buscando-se  preservar  o  sentido  original  do  texto.  Contudo,  uma  dessas  substituições  prejudicou  o  sentido  original,  já  que  a  carga  semântica  do  verbo  substituto  não  guarda  similaridade  com  o  sentido  que  determina  o  verbo  substituído.  Assinale,  pois,  a  opção  em  que  a  substituição  de  termos  comprometeu o sentido original.
Alternativas
Q516789 Português

Os excertos abaixo compõem parte do texto Ideologia e voto, de André Singer, no entanto estão desordenados. Ordeno-os, numerando as frases abaixo, de modo a compor um texto coeso e coerente. Em seguida, assinale a opção correspondente à correta sequência dos excertos:

( ) Por isso, o item referente aos sindicatos é importante.

( ) Não é casual que, entre os dez temas elencados pelo Datafolha, este seja o que mais divide o público, com metade considerando negativa a instituição sindical.

( ) Nos trabalhos que realizei a partir de 1990, pude constatar que os assuntos que mais dividem a esquerda da direita no Brasil são os que dizem respeito à ordem.

( ) Por meio dele pode-se medir como o indivíduo se coloca perante a organização de base para a defesa de interesses que, na ordenação capitalista, são subordinados.

( ) Enquanto a esquerda apoia posições que implicam contestação do ordenamento estabelecido, a direita tende a reforçá-lo.


Alternativas
Q516790 Português
Texto II

“No  conflito  entre  a  Constituinte  e  o  presidente,  aquela  não  pôde  remontar  à  eleição  geral  como  sua  origem,  pois  a  partir  desta  se  podia  apelar  para  o  sufrágio universal. Ela não pôde se apoiar  em nenhum poder regular, pois se tratava  da luta contra o poder legal. Ela não pôde  derrubar  o  ministério  por  meio  de  votos  de desconfiança, como voltou a tentar nos  dias 6 e 26 de janeiro, porque o ministério  não  requeria  a  sua  confiança.  Sobrou  uma única alternativa: a da insurreição."

                                                                             Karl  Marx.  As  lutas  de  classes  na  França  de  1848  a
                                                                                                     1850
. São Paulo: Boitempo, 2012, p. 87 e 88.


Assinale  a  opção  na  qual  não se  afirma  a  correta  relação  entre  o  pronome  e  a  unidade  sintática  a  que  ele  se  refere  por  meio do processo de coesão textual.



Alternativas
Q516791 Português
Texto III

A  cronologia  do  golpe  militar  de  31  de  março  de  1964  provavelmente  teria  sido  outra sem o Comício da Central do Brasil,  no Rio de Janeiro. Realizado há exatos 50  anos,  o  ato  consolidou  a  guinada  à  esquerda  do  então  presidente  João  Goulart – e desatou a contagem regressiva  para a derrocada do seu governo.  O  dia  13  de  março  não  foi  importante  apenas pelos discursos inflamados. Horas  antes  do  evento,  Jango  (1919  –  76)  assinara  dois  decretos.  O  primeiro  permitia a desapropriação de terras numa  faixa  de  dez  quilômetros  às  margens  de  rodovias e barragens. 

O  outro  decreto  transferia  para  o  governo  o  controle  de  cinco  refinarias  de  combustíveis que operavam no país.

                                                                                                                                                         Disponível em: 
                                                                                     http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/03/1424618...
                                                                                          do-brasil-selou-guinada-de-jango-a-esquerda.shtml 
                                                                                                                                                    (com adaptações) 

Assinale a única opção correta quanto aos  sentidos  atribuídos  aos  verbos  que  compõem o texto.






Alternativas
Q516792 Português
Embora retirados de textos oficiais, apenas um dos excertos abaixo foi redigido em consonância com a norma gramatical padrão. Assinale-o:
Alternativas
Q516793 Português
Texto IV 


                                                   Campus Paraíso do Norte

                                           Rua Barão de Cotegipe, nº 205. Bairro

                                         Palmeiras. Paraíso do Norte – Tocantins

                                                             (63) 3441-6220 –

                                             [email protected]


Ofício nº 22/2014

         Paraíso do Norte, 27 de janeiro de 2014.  

A _______ Excelência o Senhor
Prefeito Benedito Oliveira
Prefeitura Municipal
36.700-000 – Paraíso do Norte - TO  


Assunto: Pavimentação da estrada de acesso ao Campus Paraíso do Norte  

                                           Senhor Prefeito,  


1. Solicitamos a ________ Excelência a pavimentação da estrada de acesso ao Campus Paraíso do Norte, a fim de que servidores e alunos, bem como a comunidade local, possam transitar em tal trecho com segurança e menor tempo de deslocamento. 

2. Confiamos na seriedade do _______ trabalho frente à prefeitura deste município, razão por que, desde já, agradecemos a atenção dispensada a este pedido.  


                                            Respeitosamente,  

                                             Neusa Maldonado
                                                Diretora-Geral 









Assinale a alternativa cujos pronomes preencham corretamente as lacunas presentes no texto IV.
Alternativas
Respostas
1: D
2: B
3: B
4: D
5: A
6: E
7: E
8: C
9: E
10: C