Questões de Concurso Público IF-TO 2015 para Auxiliar de Biblioteca
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Uma sociedade suicida
“Ele foi vítima de vítimas, que são vítimas de vítimas”, desabafou para o jornal carioca O Dia a ex-mulher e mãe dos dois filhos do cardiologista carioca assassinado quando pedalava no início da noite no entorno da aprazível Lagoa Rodrigo de Freitas. O suposto assassino tem 16 anos e já cometeu quinze delitos, o primeiro aos 12.
Instantaneamente, baixaram das nuvens bruxas e demônios, transformando o horror, o luto e a solidariedade em indignação, sede de vingança, rancor difuso e generalizado contra tudo que pareça provocar a violência. Reacendeu-se o debate sobre o rebaixamento da maioridade penal, engrossando as legiões dos que clamam por imediatas providências e soluções definitivas contra o crime e a impunidade.
O arrasador depoimento do pensador espanhol Manuel Castells, publicado na Folha de São Paulo, um dia antes da barbaridade, abalou ainda mais a imagem que inventamos a nosso respeito como consolo para o fracasso coletivo: “A sociedade brasileira não é simpática, é uma sociedade que se mata”.
É possível que o sociólogo pretendesse dizer algo distinto do publicado, porém é lícito acreditar que um observador tão atilado, sensível e articulado expressasse uma dolorosa e inequívoca constatação: o país está se matando. Literalmente. Uns aos outros. Somos todos agentes e sujeitos da mesma violência, assustadores e assustados, governantes e governados, progressistas e reacionários, crentes e descrentes, militares e magistrados, policiais e policiados, professores e aprendizes – todos, sem exceção, se bicam, se dilaceram, se esfaqueiam. Todos sangram. Enquanto rios secam, o sangue escorre copioso nas calçadas e ruas.
(...)
DINES, Alberto. Disponível em: http://observatoriodaimprensa.com.br/jornalde-debates/uma-sociedade-suicida/. Acesso em: 25.05.2015.
Uma sociedade suicida
“Ele foi vítima de vítimas, que são vítimas de vítimas”, desabafou para o jornal carioca O Dia a ex-mulher e mãe dos dois filhos do cardiologista carioca assassinado quando pedalava no início da noite no entorno da aprazível Lagoa Rodrigo de Freitas. O suposto assassino tem 16 anos e já cometeu quinze delitos, o primeiro aos 12.
Instantaneamente, baixaram das nuvens bruxas e demônios, transformando o horror, o luto e a solidariedade em indignação, sede de vingança, rancor difuso e generalizado contra tudo que pareça provocar a violência. Reacendeu-se o debate sobre o rebaixamento da maioridade penal, engrossando as legiões dos que clamam por imediatas providências e soluções definitivas contra o crime e a impunidade.
O arrasador depoimento do pensador espanhol Manuel Castells, publicado na Folha de São Paulo, um dia antes da barbaridade, abalou ainda mais a imagem que inventamos a nosso respeito como consolo para o fracasso coletivo: “A sociedade brasileira não é simpática, é uma sociedade que se mata”.
É possível que o sociólogo pretendesse dizer algo distinto do publicado, porém é lícito acreditar que um observador tão atilado, sensível e articulado expressasse uma dolorosa e inequívoca constatação: o país está se matando. Literalmente. Uns aos outros. Somos todos agentes e sujeitos da mesma violência, assustadores e assustados, governantes e governados, progressistas e reacionários, crentes e descrentes, militares e magistrados, policiais e policiados, professores e aprendizes – todos, sem exceção, se bicam, se dilaceram, se esfaqueiam. Todos sangram. Enquanto rios secam, o sangue escorre copioso nas calçadas e ruas.
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DINES, Alberto. Disponível em: http://observatoriodaimprensa.com.br/jornalde-debates/uma-sociedade-suicida/. Acesso em: 25.05.2015.
Uma sociedade suicida
“Ele foi vítima de vítimas, que são vítimas de vítimas”, desabafou para o jornal carioca O Dia a ex-mulher e mãe dos dois filhos do cardiologista carioca assassinado quando pedalava no início da noite no entorno da aprazível Lagoa Rodrigo de Freitas. O suposto assassino tem 16 anos e já cometeu quinze delitos, o primeiro aos 12.
Instantaneamente, baixaram das nuvens bruxas e demônios, transformando o horror, o luto e a solidariedade em indignação, sede de vingança, rancor difuso e generalizado contra tudo que pareça provocar a violência. Reacendeu-se o debate sobre o rebaixamento da maioridade penal, engrossando as legiões dos que clamam por imediatas providências e soluções definitivas contra o crime e a impunidade.
O arrasador depoimento do pensador espanhol Manuel Castells, publicado na Folha de São Paulo, um dia antes da barbaridade, abalou ainda mais a imagem que inventamos a nosso respeito como consolo para o fracasso coletivo: “A sociedade brasileira não é simpática, é uma sociedade que se mata”.
É possível que o sociólogo pretendesse dizer algo distinto do publicado, porém é lícito acreditar que um observador tão atilado, sensível e articulado expressasse uma dolorosa e inequívoca constatação: o país está se matando. Literalmente. Uns aos outros. Somos todos agentes e sujeitos da mesma violência, assustadores e assustados, governantes e governados, progressistas e reacionários, crentes e descrentes, militares e magistrados, policiais e policiados, professores e aprendizes – todos, sem exceção, se bicam, se dilaceram, se esfaqueiam. Todos sangram. Enquanto rios secam, o sangue escorre copioso nas calçadas e ruas.
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DINES, Alberto. Disponível em: http://observatoriodaimprensa.com.br/jornalde-debates/uma-sociedade-suicida/. Acesso em: 25.05.2015.
Uma sociedade suicida
“Ele foi vítima de vítimas, que são vítimas de vítimas”, desabafou para o jornal carioca O Dia a ex-mulher e mãe dos dois filhos do cardiologista carioca assassinado quando pedalava no início da noite no entorno da aprazível Lagoa Rodrigo de Freitas. O suposto assassino tem 16 anos e já cometeu quinze delitos, o primeiro aos 12.
Instantaneamente, baixaram das nuvens bruxas e demônios, transformando o horror, o luto e a solidariedade em indignação, sede de vingança, rancor difuso e generalizado contra tudo que pareça provocar a violência. Reacendeu-se o debate sobre o rebaixamento da maioridade penal, engrossando as legiões dos que clamam por imediatas providências e soluções definitivas contra o crime e a impunidade.
O arrasador depoimento do pensador espanhol Manuel Castells, publicado na Folha de São Paulo, um dia antes da barbaridade, abalou ainda mais a imagem que inventamos a nosso respeito como consolo para o fracasso coletivo: “A sociedade brasileira não é simpática, é uma sociedade que se mata”.
É possível que o sociólogo pretendesse dizer algo distinto do publicado, porém é lícito acreditar que um observador tão atilado, sensível e articulado expressasse uma dolorosa e inequívoca constatação: o país está se matando. Literalmente. Uns aos outros. Somos todos agentes e sujeitos da mesma violência, assustadores e assustados, governantes e governados, progressistas e reacionários, crentes e descrentes, militares e magistrados, policiais e policiados, professores e aprendizes – todos, sem exceção, se bicam, se dilaceram, se esfaqueiam. Todos sangram. Enquanto rios secam, o sangue escorre copioso nas calçadas e ruas.
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DINES, Alberto. Disponível em: http://observatoriodaimprensa.com.br/jornalde-debates/uma-sociedade-suicida/. Acesso em: 25.05.2015.
Considerando inferências gerais sobre o texto, classifique as alternativas quanto a serem verdadeiras (V) ou falsas (F) e marque a alternativa correta, de acordo com a respectiva sequência.
( ) O texto, por tratar-se de um episódio localizado, faz referência à violência cada vez mais crescente no Rio de Janeiro.
( ) A visão estrangeira é benevolente com a cortesia da sociedade brasileira
( ) Tem sido recorrente, no Brasil, o recrudescimento das manifestações passionais imediatamente após episódios de grande repercussão midiática.
( ) Os rios de sangue, metaforicamente, são inversamente proporcionais à estiagem em algumas regiões do país.
( ) Vítimas e algozes são papéis indistintos nos episódios de violência.