Questões de Concurso Público IFB 2017 para Professor - Português
Foram encontradas 22 questões
1. “Não veio – só parti eu.” 2 “Minh’alma que lá só vive”
Identifique a alternativa em que as palavras em destaque estão analisadas adequadamente:
Leia o texto para responder à questão.
“- Não! exclamou ele. Tu não podes morrer.
A menina sorriu docemente.
- Olha! Disse ela com a sua voz maviosa, a água sobe, sobe...
- Que importa! Peri vencerá a água, como venceu a todos os teus inimigos.
- Se fosse um inimigo, tu o vencerias, Peri. Mas é Deus... É o seu poder infinito!
- Tu não sabes? Disse o índio como inspirado pelo seu amor ardente, o Senhor do céu manda, às vezes, àqueles a quem ama um bom pensamento.”
Isso significa que:
A questão terá como base o texto seguinte:
ESSES TEXTOS
O texto primeiro existe
só, como ponto.
Se transforma depois em linha
com sua própria força
de deslocação,
sua velocidade própria.
Depois,
o leitor institui
outra linha, lendo.
O leitor constitui
um feixe de linhas cruzadas
organizando os textos.
No percurso do texto
e no trânsito da leitura,
as linhas se chocam,
se repudiam, se perdem,
correm paralelas
e podem se amar.
Depois, saber fazer
retorná-las a ponto.
(Mas o importante é o leitor. Você.)
É preciso ter calma.
Saber ir abotoando
os elementos vários
à espera do clique
de colchete.
Quando dois ou mais
se engatam,
fecha-se um sentido
único e exclusivo.
Mas que você pode emprestar
a alguém,
desde que o diga
(Não tenha medo da alta-velocidade.
Não tenha receio de dar marcha à ré.)
É preciso ter pressa.
Saber ir desabotoando
os colchetes de sentido
como quem quer tirar
camisa usada e suada
de dia de trabalho.
Cada camisa,
depois de surrada,
é fonte
de novo esforço.
Ou então vira
camisa-de-força.
É preciso saber vestir
o texto,
como tatuagem na própria
pele.
É preciso saber tatuar
o texto,
como sulcos feitos
na bruta realidade.
O duplo estilete
do texto e da leitura,
do autor e do leitor.
A dupla tatuagem
contra o próprio corpo
e a realidade bruta.
A tatuagem que se imprime
para poder forçar
a barra.
A tatuagem que o corpo,
depois de violado
tatua. Violentando.
(SANTIAGO, Silviano, Crescendo durante a guerra numa província ultramarina. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978.)
A questão terá como base o texto seguinte:
ESSES TEXTOS
O texto primeiro existe
só, como ponto.
Se transforma depois em linha
com sua própria força
de deslocação,
sua velocidade própria.
Depois,
o leitor institui
outra linha, lendo.
O leitor constitui
um feixe de linhas cruzadas
organizando os textos.
No percurso do texto
e no trânsito da leitura,
as linhas se chocam,
se repudiam, se perdem,
correm paralelas
e podem se amar.
Depois, saber fazer
retorná-las a ponto.
(Mas o importante é o leitor. Você.)
É preciso ter calma.
Saber ir abotoando
os elementos vários
à espera do clique
de colchete.
Quando dois ou mais
se engatam,
fecha-se um sentido
único e exclusivo.
Mas que você pode emprestar
a alguém,
desde que o diga
(Não tenha medo da alta-velocidade.
Não tenha receio de dar marcha à ré.)
É preciso ter pressa.
Saber ir desabotoando
os colchetes de sentido
como quem quer tirar
camisa usada e suada
de dia de trabalho.
Cada camisa,
depois de surrada,
é fonte
de novo esforço.
Ou então vira
camisa-de-força.
É preciso saber vestir
o texto,
como tatuagem na própria
pele.
É preciso saber tatuar
o texto,
como sulcos feitos
na bruta realidade.
O duplo estilete
do texto e da leitura,
do autor e do leitor.
A dupla tatuagem
contra o próprio corpo
e a realidade bruta.
A tatuagem que se imprime
para poder forçar
a barra.
A tatuagem que o corpo,
depois de violado
tatua. Violentando.
(SANTIAGO, Silviano, Crescendo durante a guerra numa província ultramarina. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978.)
Para responder à questão, leia este poema de Manoel de Barros:
No descomeço era o verbo.
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá
onde a criança diz: Eu escuto a cor dos
passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não
funciona para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função de um
verbo, ele delira.
E pois.
Em poesia que é voz de poeta, que é a voz
de fazer nascimentos
O verbo tem que pegar delírio.
(BARROS, Manoel de. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010.)
Para responder à questão, leia este poema de Manoel de Barros:
No descomeço era o verbo.
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá
onde a criança diz: Eu escuto a cor dos
passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não
funciona para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função de um
verbo, ele delira.
E pois.
Em poesia que é voz de poeta, que é a voz
de fazer nascimentos
O verbo tem que pegar delírio.
(BARROS, Manoel de. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010.)
Leia as duas frases extraídas do poema:
1) “O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos.”
2) “A criança não sabe que o verbo escutar não funciona para cor, mas para som.”
Agora, assinale a alternativa CORRETA quanto à sintaxe:
Para responder à questão, leia este poema de Manoel de Barros:
No descomeço era o verbo.
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá
onde a criança diz: Eu escuto a cor dos
passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não
funciona para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função de um
verbo, ele delira.
E pois.
Em poesia que é voz de poeta, que é a voz
de fazer nascimentos
O verbo tem que pegar delírio.
(BARROS, Manoel de. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010.)
Para responder à questão, leia este poema de Manoel de Barros:
No descomeço era o verbo.
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá
onde a criança diz: Eu escuto a cor dos
passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não
funciona para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função de um
verbo, ele delira.
E pois.
Em poesia que é voz de poeta, que é a voz
de fazer nascimentos
O verbo tem que pegar delírio.
(BARROS, Manoel de. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010.)
Releia as duas frases seguintes, extraídas do poema:
1) “A criança não sabe que o verbo escutar não funciona para cor, mas para som.”
2) “O verbo tem que pegar delírio.”
Quanto à regência dos verbos “funcionar” e “ter”, nas frases acima, é CORRETO afirmar, de
acordo com a Gramática e com as normas internas do poema: