Questões de Concurso Público Prefeitura de Salgueiro - PE 2024 para Intérprete de Libras
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A influência do Congresso de Milão de 1880 foi decisiva para a prática dos intérpretes de Língua de Sinais no Brasil, promovendo a adoção do oralismo e a marginalização da interpretação em Língua de Sinais por várias décadas.
A regulamentação da profissão de intérprete de Libras em 2010, após anos de marginalização da Língua de Sinais, exigiu mudanças estruturais nas instituições educacionais e profissionais brasileiras, promovendo a inclusão social dos surdos.
A experiência com línguas visuais-espaciais, como a Língua de Sinais Americana (ASL), pode modificar a percepção dos elementos da linguagem de maneira similar à experiência em línguas faladas.
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O papel do intérprete de Libras transcende a mera
tradução de conteúdos acadêmicos, exigindo uma
profunda compreensão dos contextos culturais e sociais
específicos que emergem durante as aulas. Essa função
é essencial para mediar interações complexas e
promover a plena inclusão dos alunos surdos, abordando
nuances culturais, gírias e referências contextuais que
são indispensáveis para uma compreensão holística do
ambiente educativo, bem como para fomentar a
participação ativa dos alunos surdos no cenário social e
cultural escolar.
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O processamento de linguagem em indivíduos bilíngues
implica em alterações estruturais e funcionais no cérebro,
que podem ser identificadas por meio de técnicas
avançadas de neuroimagem, como a ressonância
magnética funcional (fMRI) e a espectroscopia de
ressonância magnética de prótons.
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A implementação da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como língua materna nas escolas de Ensino Fundamental deve ser acompanhada de uma reestruturação curricular que inclua a formação de professores em linguística aplicada e teorias de aquisição de segunda língua, para garantir a eficácia do ensino bilíngue.
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A Libras não pode ser considerada uma língua materna para os surdos brasileiros, pois carece de um sistema linguístico autônomo e depende intrinsecamente do português para ser aprendida e utilizada, não possuindo, portanto, a complexidade e a autonomia necessárias para funcionar como uma língua independente.
O trabalho em equipe dos intérpretes de Libras transcende o simples revezamento durante a interpretação, incorporando um sistema de apoio contínuo, em que o intérprete em posição de suporte mantém uma vigilância ativa e constante, pronto para intervir e auxiliar o colega ativo, conforme necessário. Essa dinâmica colaborativa garante não apenas a fluidez e a precisão da interpretação, mas também a mitigação de potenciais lapsos comunicativos, permitindo uma resposta imediata a eventuais dificuldades ou interrupções, e promovendo um ambiente de trabalho sinérgico, que otimiza tanto a eficiência quanto a resiliência dos intérpretes frente às demandas cognitivas e físicas intensas da profissão.
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva sublinha a necessidade de uma formação avançada e contínua para os professores, a fim de que possam enfrentar efetivamente a diversidade linguística e cultural dos alunos surdos. Essa formação deve incluir métodos pedagógicos específicos, estratégias de comunicação e uma compreensão profunda das barreiras sistêmicas que podem impactar a aprendizagem desses estudantes. Ao garantir uma abordagem educacional equitativa e de alta qualidade, promove-se a inclusão plena e a valorização da diversidade no ambiente escolar.
A inclusão de temas culturais e históricos da comunidade surda nas aulas de Libras não é eficaz para a valorização da identidade surda e para uma compreensão mais profunda da língua de sinais. Por exemplo, discutir a história do movimento surdo ou as contribuições culturais de pessoas surdas não contribui para o aprimoramento das habilidades linguísticas dos alunos em Libras.
A implementação de programas de educação bilíngue para surdos, que enfatizam o uso da Libras como primeira língua e o Português como segunda, enfrenta desafios significativos devido à falta de material didático especializado e à insuficiente formação de professores bilíngues qualificados.
A formação continuada dos professores de Libras deve incluir o estudo aprofundado de aspectos não relacionados à estrutura linguística da Libras, como fonética, geografia e geometria, abrangendo temas que são considerados irrelevantes para a qualidade do ensino e para o aprimoramento das habilidades de interpretação e mediação cultural necessárias no contexto educacional de surdos.
A integração de tecnologias assistivas, incluindo aplicativos e plataformas digitais avançadas, no ensino de Libras, é crucial para superar desafios históricos e contemporâneos da educação de surdos. Essas ferramentas não apenas facilitam a aprendizagem ao proporcionar um ambiente interativo e acessível, mas também abordam as barreiras linguísticas e culturais resultantes de décadas de políticas educacionais que negligenciaram a inclusão plena da Língua de Sinais, promovendo uma reestruturação pedagógica e metodológica essencial para a inclusão e o desenvolvimento acadêmico dos alunos surdos.
A estrutura fonológica da Língua Brasileira de Sinais (Libras) é intrincada e multidimensional, abrangendo parâmetros essenciais como configuração das mãos, ponto de articulação, movimento, orientação das mãos e expressões não-manuais. Cada um desses parâmetros possui características específicas que interagem e influenciam diretamente o significado e a gramática dos sinais. A compreensão detalhada dessas interações é crucial para a proficiência em Libras e para a efetividade na comunicação com a comunidade surda.
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A interpretação de conteúdos educacionais complexos
para alunos surdos demanda que os intérpretes de Libras
possuam um domínio avançado de estratégias
pedagógicas diferenciadas. Isso inclui a utilização de
analogias visuais detalhadas e a contextualização cultural
precisa, além de técnicas como a adaptação de materiais
didáticos e o emprego de recursos multimodais. Essas
abordagens são cruciais para facilitar a compreensão
aprofundada e a retenção eficaz do conhecimento,
promovendo um ambiente de aprendizagem inclusivo
que responde às necessidades cognitivas específicas dos
alunos surdos e assegura sua plena participação no
processo educacional.
A presença do intérprete de Libras é indispensável e suficiente para a inclusão plena dos alunos surdos, sendo necessário que a escola desenvolva uma cultura institucional de inclusão que envolva todos os membros da comunidade escolar.
A utilização de jogos e atividades lúdicas no ensino de Libras não facilita a aprendizagem nem motiva os alunos, tornando o processo educativo menos dinâmico e interativo. Por exemplo, incorporar jogos de linguagem e atividades interativas nas aulas de Libras não contribui para o engajamento dos alunos nem melhora sua proficiência na língua de sinais.
A introdução da Língua de Sinais Francesa (LSF) no Brasil pelo professor surdo francês Eduardo Huet foi um marco crucial para o desenvolvimento da Libras e para a criação do primeiro Instituto de Surdos no país.
A prática pedagógica na educação de surdos deve reconhecer e incorporar as variáveis socioculturais da comunidade surda, utilizando uma abordagem crítica que desafie as normativas linguísticas majoritárias e promova a valorização da identidade surda.
A formação continuada de professores de Libras deve incluir uma abordagem crítica da história e evolução da educação de surdos, permitindo uma compreensão das práticas opressivas do passado e a promoção de uma pedagogia emancipatória.