“A região não sofre os rigores da seca. As estiagens prolongadas influem, ao contrário, beneficamente, no
seu desenvolvimento econômico. Acossadas por elas, as populações circunvizinhas, num raio de muitas
léguas, pagam por alto preço os cereais e o açúcar. E oferecem-lhe, ademais, milhares de braços pelo preço
da subsistência diária… Para dar uma ideia de como seus habitantes julgam o periódico flagelo, registremos
aqui a ilustrativa resposta com que, a uma pergunta nossa, retrucou o prefeito municipal de Missão Velha,
bom homem, necessariamente, agricultor e comerciante: ‘Qual, vamos mal… Pois imagine que já não há uma
seca grande há uns bons quatro anos!’” (Lourenço Filho, s.d., p. 38).
O trecho acima retrata uma comunidade que se organizou sob as vestes da figura messiânica no Crato.
Estamos falando de: