Questões de Concurso Público CREFITO - 12ª Região (PA, TO, RR, AM e AP) 2016 para Assistente Administrativo

Foram encontradas 30 questões

Q2733830 Português

Questões de 01 a 05

Texto para as questões de 01 a 05

O Coração Roubado

Eu cursava o último ano do primário e como já estava com o diplominha garantido, meu pai me deu um presente muito cobiçado: O coração, famoso livro do escritor italiano Edmondo de Amicis, Best-seller mundial do gênero infanto-juvenil. Na página de abertura lá estava a dedicatória do velho, com sua inconfundível letra esparramada. Como todos os garotos da época, apaixonei-me por aquela obra-prima, é tanto que a levava ao grupo escolar da Barra Funda para reler trechos do recreio.

Justamente no último dia de aula, o das despedidas, depois da festinha de formatura, voltei para a classe a fim de reunir meus cadernos e objetos escolares, antes do adeus. Mas onde estava O coração? Onde? Desaparecera. Tremendo choque. Algum colega na certa o furtara. Não teria coragem de aparecer em cfasa sem ele. Ia informar a diretoria quando, passando pelas carteiras, vi a lombada do livro, bem escondido sob uma pasta escolar. Mas... era lá que se sentava o Plínio, não era? Plínio, o primeiro da classe em aplicação e comportamento, o exemplo para todos nós. Inclusive o mais limpinho, o mais bem penteadinho, o mais tudo. Confesso, hesitei. Desmascarar um ídolo? Podia ser até que não acreditassem em mim. Muitos invejavam o Plínio. Peguei o exemplar e o guardei em minha pasta. Caladão. Sem revelar a ninguém o acontecido. Lembro do abraço que Plínio me deu à saída. Parecia estar segurando as lágrimas. Balbuciou algumas palavras emocionadas. Mal pude retribuir, meus braços se recusavam a apertar o cínico.

Chegando em casa minha mãe estranhou que eu não estivesse muito feliz. Não, eu amargava minha primeira decepção. Afinal, Plínio era um colega que devíamos imitar pela vida afora, como costumava dizer a professora. Seria mais difícil sobreviver sem o seu exemplo. Por outro lado, considerava se não errara em não delatá-lo. “Vocês estão todos enganados, e a senhora também, sobre o caráter de Plínio. Ele roubou meu livro e depois ainda foi me abraçar...”

Passados muitos anos reconheci o retrato de Plínio num jornal. Advogado, fazia rápida carreira na Justiça. Recebia cumprimentos. Brrr. Magistrado de futuro o tal que furtara meu presente de fim de ano! Que toldara muito cedo minha crença na humanidade! Decidi falar a verdade. Caso alguém se referisse a ele, o que passou a acontecer, eu garantia que se tratava de um ladrão. Se roubava já no curso primário, imaginem agora... Sempre que o rumo de uma conversa levava às grandes decepções, aos enganos de falsas amizades, eu contava, a quem quisesse ouvir, o episódio do embusteiro do Grupo Escolar Conselheiro Antônio Prado, em breve desembargador ou secretário de Justiça.

– Não piche assim o homem – advertiu-me minha mulher.

– Por que não? É um ladrão!

– Mas quando pegou seu livro era criança.

– O menino é o pai do homem – rebatia, vigorosamente.

Plínio fixara-se como um marco para mim. Toda vez que o procedimento de alguém me surpreendia, a face oculta de uma pessoa era revelada, lembrava-me irremediavelmente dele. Limpinho. Penteadinho. E com a mão de gato se apoderando de meu livro.

Certa vez tomaram a sua defesa:

– Plínio, um ladrão? Calúnia! Retire-se da minha presença!

Quando o desembargador Plínio já estava aposentado, mudei-me para meu endereço atual. Durante a mudança alguns livros despencaram de uma estante improvisada. Um deles O coração, de Amicis. Saudades. Havia quantos anos que não o abria? Quarenta ou mais? Lembrei da dedicatória de meu falecido pai. Ele tinha boa letra. Procurei-a na página de rosto. Não a encontrei. Teria a tinta se apagado? Na página seguinte havia uma dedicatória. Mas não reconheci a caligrafia paterna:

“Ao meu querido filho Plínio, com todo amor e carinho de seu pai.”

In: REY, Marcos. O coração roubado e outras crônicas. Ática: São Paulo, 1994.

A leitura do texto permite afirmar, de forma correta, que

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Q2733832 Português

Questões de 01 a 05

Texto para as questões de 01 a 05

O Coração Roubado

Eu cursava o último ano do primário e como já estava com o diplominha garantido, meu pai me deu um presente muito cobiçado: O coração, famoso livro do escritor italiano Edmondo de Amicis, Best-seller mundial do gênero infanto-juvenil. Na página de abertura lá estava a dedicatória do velho, com sua inconfundível letra esparramada. Como todos os garotos da época, apaixonei-me por aquela obra-prima, é tanto que a levava ao grupo escolar da Barra Funda para reler trechos do recreio.

Justamente no último dia de aula, o das despedidas, depois da festinha de formatura, voltei para a classe a fim de reunir meus cadernos e objetos escolares, antes do adeus. Mas onde estava O coração? Onde? Desaparecera. Tremendo choque. Algum colega na certa o furtara. Não teria coragem de aparecer em cfasa sem ele. Ia informar a diretoria quando, passando pelas carteiras, vi a lombada do livro, bem escondido sob uma pasta escolar. Mas... era lá que se sentava o Plínio, não era? Plínio, o primeiro da classe em aplicação e comportamento, o exemplo para todos nós. Inclusive o mais limpinho, o mais bem penteadinho, o mais tudo. Confesso, hesitei. Desmascarar um ídolo? Podia ser até que não acreditassem em mim. Muitos invejavam o Plínio. Peguei o exemplar e o guardei em minha pasta. Caladão. Sem revelar a ninguém o acontecido. Lembro do abraço que Plínio me deu à saída. Parecia estar segurando as lágrimas. Balbuciou algumas palavras emocionadas. Mal pude retribuir, meus braços se recusavam a apertar o cínico.

Chegando em casa minha mãe estranhou que eu não estivesse muito feliz. Não, eu amargava minha primeira decepção. Afinal, Plínio era um colega que devíamos imitar pela vida afora, como costumava dizer a professora. Seria mais difícil sobreviver sem o seu exemplo. Por outro lado, considerava se não errara em não delatá-lo. “Vocês estão todos enganados, e a senhora também, sobre o caráter de Plínio. Ele roubou meu livro e depois ainda foi me abraçar...”

Passados muitos anos reconheci o retrato de Plínio num jornal. Advogado, fazia rápida carreira na Justiça. Recebia cumprimentos. Brrr. Magistrado de futuro o tal que furtara meu presente de fim de ano! Que toldara muito cedo minha crença na humanidade! Decidi falar a verdade. Caso alguém se referisse a ele, o que passou a acontecer, eu garantia que se tratava de um ladrão. Se roubava já no curso primário, imaginem agora... Sempre que o rumo de uma conversa levava às grandes decepções, aos enganos de falsas amizades, eu contava, a quem quisesse ouvir, o episódio do embusteiro do Grupo Escolar Conselheiro Antônio Prado, em breve desembargador ou secretário de Justiça.

– Não piche assim o homem – advertiu-me minha mulher.

– Por que não? É um ladrão!

– Mas quando pegou seu livro era criança.

– O menino é o pai do homem – rebatia, vigorosamente.

Plínio fixara-se como um marco para mim. Toda vez que o procedimento de alguém me surpreendia, a face oculta de uma pessoa era revelada, lembrava-me irremediavelmente dele. Limpinho. Penteadinho. E com a mão de gato se apoderando de meu livro.

Certa vez tomaram a sua defesa:

– Plínio, um ladrão? Calúnia! Retire-se da minha presença!

Quando o desembargador Plínio já estava aposentado, mudei-me para meu endereço atual. Durante a mudança alguns livros despencaram de uma estante improvisada. Um deles O coração, de Amicis. Saudades. Havia quantos anos que não o abria? Quarenta ou mais? Lembrei da dedicatória de meu falecido pai. Ele tinha boa letra. Procurei-a na página de rosto. Não a encontrei. Teria a tinta se apagado? Na página seguinte havia uma dedicatória. Mas não reconheci a caligrafia paterna:

“Ao meu querido filho Plínio, com todo amor e carinho de seu pai.”

In: REY, Marcos. O coração roubado e outras crônicas. Ática: São Paulo, 1994.

A frase no texto “O menino é o pai do homem” sugere, sobretudo

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Q2733836 Português

Questões de 01 a 05

Texto para as questões de 01 a 05

O Coração Roubado

Eu cursava o último ano do primário e como já estava com o diplominha garantido, meu pai me deu um presente muito cobiçado: O coração, famoso livro do escritor italiano Edmondo de Amicis, Best-seller mundial do gênero infanto-juvenil. Na página de abertura lá estava a dedicatória do velho, com sua inconfundível letra esparramada. Como todos os garotos da época, apaixonei-me por aquela obra-prima, é tanto que a levava ao grupo escolar da Barra Funda para reler trechos do recreio.

Justamente no último dia de aula, o das despedidas, depois da festinha de formatura, voltei para a classe a fim de reunir meus cadernos e objetos escolares, antes do adeus. Mas onde estava O coração? Onde? Desaparecera. Tremendo choque. Algum colega na certa o furtara. Não teria coragem de aparecer em cfasa sem ele. Ia informar a diretoria quando, passando pelas carteiras, vi a lombada do livro, bem escondido sob uma pasta escolar. Mas... era lá que se sentava o Plínio, não era? Plínio, o primeiro da classe em aplicação e comportamento, o exemplo para todos nós. Inclusive o mais limpinho, o mais bem penteadinho, o mais tudo. Confesso, hesitei. Desmascarar um ídolo? Podia ser até que não acreditassem em mim. Muitos invejavam o Plínio. Peguei o exemplar e o guardei em minha pasta. Caladão. Sem revelar a ninguém o acontecido. Lembro do abraço que Plínio me deu à saída. Parecia estar segurando as lágrimas. Balbuciou algumas palavras emocionadas. Mal pude retribuir, meus braços se recusavam a apertar o cínico.

Chegando em casa minha mãe estranhou que eu não estivesse muito feliz. Não, eu amargava minha primeira decepção. Afinal, Plínio era um colega que devíamos imitar pela vida afora, como costumava dizer a professora. Seria mais difícil sobreviver sem o seu exemplo. Por outro lado, considerava se não errara em não delatá-lo. “Vocês estão todos enganados, e a senhora também, sobre o caráter de Plínio. Ele roubou meu livro e depois ainda foi me abraçar...”

Passados muitos anos reconheci o retrato de Plínio num jornal. Advogado, fazia rápida carreira na Justiça. Recebia cumprimentos. Brrr. Magistrado de futuro o tal que furtara meu presente de fim de ano! Que toldara muito cedo minha crença na humanidade! Decidi falar a verdade. Caso alguém se referisse a ele, o que passou a acontecer, eu garantia que se tratava de um ladrão. Se roubava já no curso primário, imaginem agora... Sempre que o rumo de uma conversa levava às grandes decepções, aos enganos de falsas amizades, eu contava, a quem quisesse ouvir, o episódio do embusteiro do Grupo Escolar Conselheiro Antônio Prado, em breve desembargador ou secretário de Justiça.

– Não piche assim o homem – advertiu-me minha mulher.

– Por que não? É um ladrão!

– Mas quando pegou seu livro era criança.

– O menino é o pai do homem – rebatia, vigorosamente.

Plínio fixara-se como um marco para mim. Toda vez que o procedimento de alguém me surpreendia, a face oculta de uma pessoa era revelada, lembrava-me irremediavelmente dele. Limpinho. Penteadinho. E com a mão de gato se apoderando de meu livro.

Certa vez tomaram a sua defesa:

– Plínio, um ladrão? Calúnia! Retire-se da minha presença!

Quando o desembargador Plínio já estava aposentado, mudei-me para meu endereço atual. Durante a mudança alguns livros despencaram de uma estante improvisada. Um deles O coração, de Amicis. Saudades. Havia quantos anos que não o abria? Quarenta ou mais? Lembrei da dedicatória de meu falecido pai. Ele tinha boa letra. Procurei-a na página de rosto. Não a encontrei. Teria a tinta se apagado? Na página seguinte havia uma dedicatória. Mas não reconheci a caligrafia paterna:

“Ao meu querido filho Plínio, com todo amor e carinho de seu pai.”

In: REY, Marcos. O coração roubado e outras crônicas. Ática: São Paulo, 1994.

Em “Que toldara muito cedo minha crença na humanidade!”, o termo destacado pode ser substituído, sem prejuízo de sentido ao texto, por

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Q2733840 Português

Questões de 01 a 05

Texto para as questões de 01 a 05

O Coração Roubado

Eu cursava o último ano do primário e como já estava com o diplominha garantido, meu pai me deu um presente muito cobiçado: O coração, famoso livro do escritor italiano Edmondo de Amicis, Best-seller mundial do gênero infanto-juvenil. Na página de abertura lá estava a dedicatória do velho, com sua inconfundível letra esparramada. Como todos os garotos da época, apaixonei-me por aquela obra-prima, é tanto que a levava ao grupo escolar da Barra Funda para reler trechos do recreio.

Justamente no último dia de aula, o das despedidas, depois da festinha de formatura, voltei para a classe a fim de reunir meus cadernos e objetos escolares, antes do adeus. Mas onde estava O coração? Onde? Desaparecera. Tremendo choque. Algum colega na certa o furtara. Não teria coragem de aparecer em cfasa sem ele. Ia informar a diretoria quando, passando pelas carteiras, vi a lombada do livro, bem escondido sob uma pasta escolar. Mas... era lá que se sentava o Plínio, não era? Plínio, o primeiro da classe em aplicação e comportamento, o exemplo para todos nós. Inclusive o mais limpinho, o mais bem penteadinho, o mais tudo. Confesso, hesitei. Desmascarar um ídolo? Podia ser até que não acreditassem em mim. Muitos invejavam o Plínio. Peguei o exemplar e o guardei em minha pasta. Caladão. Sem revelar a ninguém o acontecido. Lembro do abraço que Plínio me deu à saída. Parecia estar segurando as lágrimas. Balbuciou algumas palavras emocionadas. Mal pude retribuir, meus braços se recusavam a apertar o cínico.

Chegando em casa minha mãe estranhou que eu não estivesse muito feliz. Não, eu amargava minha primeira decepção. Afinal, Plínio era um colega que devíamos imitar pela vida afora, como costumava dizer a professora. Seria mais difícil sobreviver sem o seu exemplo. Por outro lado, considerava se não errara em não delatá-lo. “Vocês estão todos enganados, e a senhora também, sobre o caráter de Plínio. Ele roubou meu livro e depois ainda foi me abraçar...”

Passados muitos anos reconheci o retrato de Plínio num jornal. Advogado, fazia rápida carreira na Justiça. Recebia cumprimentos. Brrr. Magistrado de futuro o tal que furtara meu presente de fim de ano! Que toldara muito cedo minha crença na humanidade! Decidi falar a verdade. Caso alguém se referisse a ele, o que passou a acontecer, eu garantia que se tratava de um ladrão. Se roubava já no curso primário, imaginem agora... Sempre que o rumo de uma conversa levava às grandes decepções, aos enganos de falsas amizades, eu contava, a quem quisesse ouvir, o episódio do embusteiro do Grupo Escolar Conselheiro Antônio Prado, em breve desembargador ou secretário de Justiça.

– Não piche assim o homem – advertiu-me minha mulher.

– Por que não? É um ladrão!

– Mas quando pegou seu livro era criança.

– O menino é o pai do homem – rebatia, vigorosamente.

Plínio fixara-se como um marco para mim. Toda vez que o procedimento de alguém me surpreendia, a face oculta de uma pessoa era revelada, lembrava-me irremediavelmente dele. Limpinho. Penteadinho. E com a mão de gato se apoderando de meu livro.

Certa vez tomaram a sua defesa:

– Plínio, um ladrão? Calúnia! Retire-se da minha presença!

Quando o desembargador Plínio já estava aposentado, mudei-me para meu endereço atual. Durante a mudança alguns livros despencaram de uma estante improvisada. Um deles O coração, de Amicis. Saudades. Havia quantos anos que não o abria? Quarenta ou mais? Lembrei da dedicatória de meu falecido pai. Ele tinha boa letra. Procurei-a na página de rosto. Não a encontrei. Teria a tinta se apagado? Na página seguinte havia uma dedicatória. Mas não reconheci a caligrafia paterna:

“Ao meu querido filho Plínio, com todo amor e carinho de seu pai.”

In: REY, Marcos. O coração roubado e outras crônicas. Ática: São Paulo, 1994.

Em “[...] meu pai me deu um presente muito cobiçado [...]”, a análise morfológica correta e respectiva das palavras é:

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Q2733842 Português

Questões de 01 a 05

Texto para as questões de 01 a 05

O Coração Roubado

Eu cursava o último ano do primário e como já estava com o diplominha garantido, meu pai me deu um presente muito cobiçado: O coração, famoso livro do escritor italiano Edmondo de Amicis, Best-seller mundial do gênero infanto-juvenil. Na página de abertura lá estava a dedicatória do velho, com sua inconfundível letra esparramada. Como todos os garotos da época, apaixonei-me por aquela obra-prima, é tanto que a levava ao grupo escolar da Barra Funda para reler trechos do recreio.

Justamente no último dia de aula, o das despedidas, depois da festinha de formatura, voltei para a classe a fim de reunir meus cadernos e objetos escolares, antes do adeus. Mas onde estava O coração? Onde? Desaparecera. Tremendo choque. Algum colega na certa o furtara. Não teria coragem de aparecer em cfasa sem ele. Ia informar a diretoria quando, passando pelas carteiras, vi a lombada do livro, bem escondido sob uma pasta escolar. Mas... era lá que se sentava o Plínio, não era? Plínio, o primeiro da classe em aplicação e comportamento, o exemplo para todos nós. Inclusive o mais limpinho, o mais bem penteadinho, o mais tudo. Confesso, hesitei. Desmascarar um ídolo? Podia ser até que não acreditassem em mim. Muitos invejavam o Plínio. Peguei o exemplar e o guardei em minha pasta. Caladão. Sem revelar a ninguém o acontecido. Lembro do abraço que Plínio me deu à saída. Parecia estar segurando as lágrimas. Balbuciou algumas palavras emocionadas. Mal pude retribuir, meus braços se recusavam a apertar o cínico.

Chegando em casa minha mãe estranhou que eu não estivesse muito feliz. Não, eu amargava minha primeira decepção. Afinal, Plínio era um colega que devíamos imitar pela vida afora, como costumava dizer a professora. Seria mais difícil sobreviver sem o seu exemplo. Por outro lado, considerava se não errara em não delatá-lo. “Vocês estão todos enganados, e a senhora também, sobre o caráter de Plínio. Ele roubou meu livro e depois ainda foi me abraçar...”

Passados muitos anos reconheci o retrato de Plínio num jornal. Advogado, fazia rápida carreira na Justiça. Recebia cumprimentos. Brrr. Magistrado de futuro o tal que furtara meu presente de fim de ano! Que toldara muito cedo minha crença na humanidade! Decidi falar a verdade. Caso alguém se referisse a ele, o que passou a acontecer, eu garantia que se tratava de um ladrão. Se roubava já no curso primário, imaginem agora... Sempre que o rumo de uma conversa levava às grandes decepções, aos enganos de falsas amizades, eu contava, a quem quisesse ouvir, o episódio do embusteiro do Grupo Escolar Conselheiro Antônio Prado, em breve desembargador ou secretário de Justiça.

– Não piche assim o homem – advertiu-me minha mulher.

– Por que não? É um ladrão!

– Mas quando pegou seu livro era criança.

– O menino é o pai do homem – rebatia, vigorosamente.

Plínio fixara-se como um marco para mim. Toda vez que o procedimento de alguém me surpreendia, a face oculta de uma pessoa era revelada, lembrava-me irremediavelmente dele. Limpinho. Penteadinho. E com a mão de gato se apoderando de meu livro.

Certa vez tomaram a sua defesa:

– Plínio, um ladrão? Calúnia! Retire-se da minha presença!

Quando o desembargador Plínio já estava aposentado, mudei-me para meu endereço atual. Durante a mudança alguns livros despencaram de uma estante improvisada. Um deles O coração, de Amicis. Saudades. Havia quantos anos que não o abria? Quarenta ou mais? Lembrei da dedicatória de meu falecido pai. Ele tinha boa letra. Procurei-a na página de rosto. Não a encontrei. Teria a tinta se apagado? Na página seguinte havia uma dedicatória. Mas não reconheci a caligrafia paterna:

“Ao meu querido filho Plínio, com todo amor e carinho de seu pai.”

In: REY, Marcos. O coração roubado e outras crônicas. Ática: São Paulo, 1994.

O emprego da crase em “Lembro do abraço que Plínio me deu à saída.” segue a mesma regra presente em

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Q2733844 Matemática

Um dos instrumentos usados no esporte mais famoso do Brasil é a trave, conforme mostrado na figura abaixo. Esta recebe a chamada rede que impede a passagem da bola, o que identifica o gol. O total de metros quadrados de rede necessário para cobrir a trave com as medidas apresentadas é:


Imagem associada para resolução da questão

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Q2733845 Matemática

Em uma empresa há 5 máquinas iguais que imprimem 36.000 panfletos em 120 minutos. Considerando-se que duas dessas máquinas não estejam funcionando, o tempo em que as máquinas restantes imprimiriam 27.000 exemplares do mesmo panfleto seria de

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Q2733847 Matemática

A razão entre as medidas das arestas de dois cubos é de 2 para 3. A aresta do cubo menor mede 3,6 cm. A razão entre os volumes do cubo menor e do cubo maior corresponde aproximadamente a:

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Q2733849 Matemática

Uma loja vende determinado tipo de celular, conforme condições a seguir:


Em 3x R$ 400,00

À vista Desconto de 4,5% sobre o valor financiado em 3x.

Em 10x (1 + 9) Acréscimo de 12,25% sobre o valor financiado em 3x.


A diferença entre os preços à vista e em 10 pagamentos é:

Alternativas
Q2733851 Matemática

Mário fez uma prova de Matemática com o seguinte sistema de avaliação: em cada questão certa, o candidato ganha 5 pontos, e, em cada questão errada, são descontados 3 pontos. Na prova com 10 questões, a pontuação de Mário foi de 18 pontos. A razão entre o número de questões certas e erradas é:

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Q2733852 Noções de Informática

Considere o MS-Windows 7. Existe uma hierarquia bem complexa quando falamos em dados, pois poderão ser acondicionados em arquivos no futuro. Diante dessa informação, marque a alternativa correta sobre o conceito de arquivo.

Alternativas
Q2733853 Noções de Informática

Atualmente a maioria dos dispositivos tecnológicos possui acesso à internet. No ato da inserção do nome do site no browser para navegação aparece o famoso http:// Qual o significado da sigla?

Alternativas
Q2733854 Noções de Informática

Considere o MS-Excel 2010. Uma planilha recheada de dados é de suma importância para tomada de decisão. Ademais, sabemos que uma planilha é composta por células, linhas e colunas. Qual o conceito de células?

Alternativas
Q2733863 Noções de Informática

Considere o MS-PowerPoint 2010. Atualmente os slides são excelentes recursos para demonstrações visuais. Qual a estrutura básica que torna as apresentações mais dinâmicas e divertidas?

Alternativas
Q2733864 Noções de Informática

A internet é o meio de comunicação mais popular do mundo, mas para acessá-la precisamos de um browser. Qual o navegador privado que temos atualmente?

Alternativas
Q2733865 Atualidades

O Washington Post publicou no final de julho deste ano uma reportagem sobre a realização dos Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil e alertou que: ''A Olimpíada vai ser realizada em um país com noções de segurança anteriores ao 11 de setembro'', referência ao atentado terrorista cometido pela Al-Qaeda em 2001, em Nova York, que matou 2.996 pessoas e feriu mais de seis mil.

O jornal norte-americano reconhece que o país ''é acostumado a criminosos bem-armados e policiais nas cidades, mas não está familiarizado com o terrorismo internacional''.

http://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2016/07/27/interna_nacional,788061/washington-post-seguranca-no-brasil-para-a-olimpiada-e-pre-9-11.shtml. Acesso em 02/08/2016, com adaptações.


Além das questões relacionadas à segurança, o jornal norte-americano estampou em uma de suas manchetes que o Brasil irá realizar a “Olimpíada da mentira”. Tal afirmação está relacionada especificamente à qual contexto abaixo?

Alternativas
Q2733866 Atualidades

O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, é conhecido por sua política repressiva e centralizadora. Entre os assuntos que ganharam destaque internacional referente a esse país, no começo de 2016, destaca-se o (a):

Alternativas
Q2733867 Atualidades

O ajuste das contas públicas é a principal dificuldade na área econômica que o governo precisa enfrentar para superar a crise, segundo avaliação de economistas ouvidos pela Agência Brasil. “O principal problema do Brasil hoje é fiscal. Se não resolver nosso dilema fiscal, a dívida pública, que está em trajetória insustentável, vai continuar e vai contaminar todos os setores da economia brasileira. Então, tem que fazer uma âncora fiscal para mostrar que, na frente, o Brasil vai de novo ter uma dívida pública sob controle”, disse o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2016-05/ajuste-fiscal-e-o-principal-desafio-dizem-economistas. Acesso em 02/08/2016.


O chamado ajuste fiscal necessário para controlar a dívida pública do Estado não encontra apoio dos segmentos populares da sociedade porque

Alternativas
Q2733868 Atualidades

Ataques terroristas deixam centenas de mortos em 2016

No Iraque, um caminhão-bomba matou 308 pessoas no fim do Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos. Na Síria, carros-bomba mataram 184 em áreas controladas pelo governo no fim de maio. A Turquia, vizinha do conflito na Síria e no Iraque, é um alvo frequente. Em junho, atiradores invadiram o aeroporto de Istambul e mataram 44 pessoas. Na Europa, ataques coordenados no aeroporto e metrô de Bruxelas deixaram 32 mortos em março. Na França, em 14 de julho, o motorista de um caminhão matou 84 pessoas em Nice, na França.

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2016/07/ataques-terroristas-deixam-centenas-de-mortos-em-2016.html. acesso em 02/08/2016, com adaptações.


Os atentados terroristas descritos acima têm em comum o fato de

Alternativas
Q2733869 Atualidades

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Receita Federal deflagraram uma operação para desarticular a maior organização criminosa especializada em desmatamento ilegal e grilagem de terras públicas federais na Amazônia brasileira. De acordo com a Receita Federal, a quadrilha movimentou mais de R$ 1 bilhão entre 2012 e 2015.

Batizada de Rios Voadores, a operação foi deflagrada nos municípios de Altamira e Novo Progresso, no Pará, e nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

http://portalamazonia.com/noticias-detalhe/meio-ambiente/operacao-desarticula-maior-quadrilha-de-desmatamento-e-grilagem-da-amazonia/?cHash=1afe437b1f848e5f1422757e7b17c89f. Acesso em 09/08/2016.


A Operação Estatal para combater o desmatamento ilegal na Amazônia usa a expressão “Rios Voadores”, que na Amazônia representam

Alternativas
Respostas
1: E
2: D
3: E
4: B
5: C
6: C
7: B
8: A
9: C
10: E
11: A
12: C
13: E
14: D
15: B
16: B
17: E
18: C
19: A
20: D