Questões de Concurso Público Prefeitura de Osasco - SP 2017 para Analista Financeiro
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O Diamante
Em 1933, Jovelino, garimpeiro no interior da Bahia, concluiu que ali não havia mais nada a garimpar. Os filhos viviam da mão pra boca, Jovelino já não via jeito de conseguir com que prover o sustento da família. E resolveu se mandar para Goiás, onde Anápolis, a nova terra da promissão, atraía a cobiça dos garimpeiros de tudo quanto era parte, com seus diamantes reluzindo à flor da terra. Jovelino reuniu a filharada, e com a mulher, o genro, dois cunhados, meteu o pé na estrada.
Longa era a estrada que levava ao Eldorado de Jovelino: quase um ano consumiu ele em andança com a sua tribo, pernoitando em paióis de fazendas, em ranchos de beira caminho, em chiqueiros e currais, onde quer que lhe dessem pasto e pousada.
Vai daí Jovelino chegou aos arredores de Anápolis depois de muitas luas e ali se estabeleceu, firme no cabo da enxada, cavando a terra e encontrando pedras que não eram diamantes. Daqui para ali, dali para lá, ano vai, ano vem, Jovelino existia de nômade com seu povinho cada vez mais minguando de fome. Comia como podia — e não podia. Vivia ao deus-dará — e Deus não dava. Quem me conta é o filho do fazendeiro de quem Jovelino se tornou empregado:
— Ao fim de dez anos ele concluiu que não encontraria diamante nenhum, e resolveu voltar com sua família para a Bahia onde a vida, segundo diziam, agora era melhorzinha. Não dava diamante não, mas o governo prometia emprego seguro a quem quisesse trabalhar.
Jovelino reuniu a familia e botou pé na estrada, de volta à terra de nascença, onde haveria de morrer. Mais um ano palmilhado palmo a palmo em terra batida, vivendo de favor, Jovelino e sua obrigação, de vez em quando perdendo um, que isso de filho é criação que morre muito. Foi nos idos de 43:
— Chegou lá e se instalou no mesmo lugar de onde havia saído. Governo deu emprego não. Plantou sua rocinha e foi se aguentando. Até que um dia...
Até que um dia de noite Jovelino teve um sonho. Sonhou que amanhava a terra e de repente, numa enxadada certeira, a terra escorreu... A terra escorreu e aos seus olhos brilhou, reluziu, faiscou, resplandeceu um diamante soberbo, deslumbrante como uma imensa estrela no céu — como uma estrela no céu? Como o próprio olho de Deus! Jovelino olhou ao redor de seu sonho e viu que estava em Anápolis, no mesmo sítio em que tinha desenterrado a sua desilusão.
E para lá partiu, dia seguinte mesmo, arrastando sua cambada. Levou nisso um entreano, repetindo pernoites revividos, tome estrada! Deu por si em terra de novo goiana. Quem me conta é o filho do fazendeiro:
— Você precisava de ver o furor com que Jovelino procurou o diamante de seu sonho. A terra de Goiás ficou para sempre revolvida, graças à enxada dele. De vez em quando desmoronava, Jovelino ia ver, não era um diamante, era um calhau. Até que um dia...
— Encontrou? — perguntei, já aflito.
— Encontrou nada! Empregou-se na fazenda de meu pai, o tempo passou, os filhos crescidos lhe deram netos, a mulher já morta e enterrada, livre dos cunhados, os genros bem arranjados na vida. Um deles é coletor em Goiânia.
O próprio Jovelino, entrado em anos, era agora um velho sacudido e bem disposto, que tinha mais o que fazer do que cuidar de garimpagens. Mas um dia não resistiu: passou a mão na sua enxada, e sem avisar ninguém, o olhar reluzente de esperança, partiu à procura do impossível, do irreal, do inexistente diamante de seu sonho.
(Fernando Sabino)
De acordo com o texto, considere as proposições abaixo.
I. Jovelino, mesmo na velhice, ainda sonhava em encontrar o precioso diamante.
II. Jovelino passou dez anos procurando o diamante e só resolveu voltar para a Bahia quando recebeu uma promissora proposta de trabalho do governo.
III. Jovelino resolveu voltar a Anapólis após a morte de um dos seus filhos.
É correto o que se afirma em
O Diamante
Em 1933, Jovelino, garimpeiro no interior da Bahia, concluiu que ali não havia mais nada a garimpar. Os filhos viviam da mão pra boca, Jovelino já não via jeito de conseguir com que prover o sustento da família. E resolveu se mandar para Goiás, onde Anápolis, a nova terra da promissão, atraía a cobiça dos garimpeiros de tudo quanto era parte, com seus diamantes reluzindo à flor da terra. Jovelino reuniu a filharada, e com a mulher, o genro, dois cunhados, meteu o pé na estrada.
Longa era a estrada que levava ao Eldorado de Jovelino: quase um ano consumiu ele em andança com a sua tribo, pernoitando em paióis de fazendas, em ranchos de beira caminho, em chiqueiros e currais, onde quer que lhe dessem pasto e pousada.
Vai daí Jovelino chegou aos arredores de Anápolis depois de muitas luas e ali se estabeleceu, firme no cabo da enxada, cavando a terra e encontrando pedras que não eram diamantes. Daqui para ali, dali para lá, ano vai, ano vem, Jovelino existia de nômade com seu povinho cada vez mais minguando de fome. Comia como podia — e não podia. Vivia ao deus-dará — e Deus não dava. Quem me conta é o filho do fazendeiro de quem Jovelino se tornou empregado:
— Ao fim de dez anos ele concluiu que não encontraria diamante nenhum, e resolveu voltar com sua família para a Bahia onde a vida, segundo diziam, agora era melhorzinha. Não dava diamante não, mas o governo prometia emprego seguro a quem quisesse trabalhar.
Jovelino reuniu a familia e botou pé na estrada, de volta à terra de nascença, onde haveria de morrer. Mais um ano palmilhado palmo a palmo em terra batida, vivendo de favor, Jovelino e sua obrigação, de vez em quando perdendo um, que isso de filho é criação que morre muito. Foi nos idos de 43:
— Chegou lá e se instalou no mesmo lugar de onde havia saído. Governo deu emprego não. Plantou sua rocinha e foi se aguentando. Até que um dia...
Até que um dia de noite Jovelino teve um sonho. Sonhou que amanhava a terra e de repente, numa enxadada certeira, a terra escorreu... A terra escorreu e aos seus olhos brilhou, reluziu, faiscou, resplandeceu um diamante soberbo, deslumbrante como uma imensa estrela no céu — como uma estrela no céu? Como o próprio olho de Deus! Jovelino olhou ao redor de seu sonho e viu que estava em Anápolis, no mesmo sítio em que tinha desenterrado a sua desilusão.
E para lá partiu, dia seguinte mesmo, arrastando sua cambada. Levou nisso um entreano, repetindo pernoites revividos, tome estrada! Deu por si em terra de novo goiana. Quem me conta é o filho do fazendeiro:
— Você precisava de ver o furor com que Jovelino procurou o diamante de seu sonho. A terra de Goiás ficou para sempre revolvida, graças à enxada dele. De vez em quando desmoronava, Jovelino ia ver, não era um diamante, era um calhau. Até que um dia...
— Encontrou? — perguntei, já aflito.
— Encontrou nada! Empregou-se na fazenda de meu pai, o tempo passou, os filhos crescidos lhe deram netos, a mulher já morta e enterrada, livre dos cunhados, os genros bem arranjados na vida. Um deles é coletor em Goiânia.
O próprio Jovelino, entrado em anos, era agora um velho sacudido e bem disposto, que tinha mais o que fazer do que cuidar de garimpagens. Mas um dia não resistiu: passou a mão na sua enxada, e sem avisar ninguém, o olhar reluzente de esperança, partiu à procura do impossível, do irreal, do inexistente diamante de seu sonho.
(Fernando Sabino)
Assinale a alternativa em que a palavra destacada possui a mesma classificação morfológica que a palavra em destaque na frase abaixo:
“Vivia ao deus-dará — e Deus não dava."
O Diamante
Em 1933, Jovelino, garimpeiro no interior da Bahia, concluiu que ali não havia mais nada a garimpar. Os filhos viviam da mão pra boca, Jovelino já não via jeito de conseguir com que prover o sustento da família. E resolveu se mandar para Goiás, onde Anápolis, a nova terra da promissão, atraía a cobiça dos garimpeiros de tudo quanto era parte, com seus diamantes reluzindo à flor da terra. Jovelino reuniu a filharada, e com a mulher, o genro, dois cunhados, meteu o pé na estrada.
Longa era a estrada que levava ao Eldorado de Jovelino: quase um ano consumiu ele em andança com a sua tribo, pernoitando em paióis de fazendas, em ranchos de beira caminho, em chiqueiros e currais, onde quer que lhe dessem pasto e pousada.
Vai daí Jovelino chegou aos arredores de Anápolis depois de muitas luas e ali se estabeleceu, firme no cabo da enxada, cavando a terra e encontrando pedras que não eram diamantes. Daqui para ali, dali para lá, ano vai, ano vem, Jovelino existia de nômade com seu povinho cada vez mais minguando de fome. Comia como podia — e não podia. Vivia ao deus-dará — e Deus não dava. Quem me conta é o filho do fazendeiro de quem Jovelino se tornou empregado:
— Ao fim de dez anos ele concluiu que não encontraria diamante nenhum, e resolveu voltar com sua família para a Bahia onde a vida, segundo diziam, agora era melhorzinha. Não dava diamante não, mas o governo prometia emprego seguro a quem quisesse trabalhar.
Jovelino reuniu a familia e botou pé na estrada, de volta à terra de nascença, onde haveria de morrer. Mais um ano palmilhado palmo a palmo em terra batida, vivendo de favor, Jovelino e sua obrigação, de vez em quando perdendo um, que isso de filho é criação que morre muito. Foi nos idos de 43:
— Chegou lá e se instalou no mesmo lugar de onde havia saído. Governo deu emprego não. Plantou sua rocinha e foi se aguentando. Até que um dia...
Até que um dia de noite Jovelino teve um sonho. Sonhou que amanhava a terra e de repente, numa enxadada certeira, a terra escorreu... A terra escorreu e aos seus olhos brilhou, reluziu, faiscou, resplandeceu um diamante soberbo, deslumbrante como uma imensa estrela no céu — como uma estrela no céu? Como o próprio olho de Deus! Jovelino olhou ao redor de seu sonho e viu que estava em Anápolis, no mesmo sítio em que tinha desenterrado a sua desilusão.
E para lá partiu, dia seguinte mesmo, arrastando sua cambada. Levou nisso um entreano, repetindo pernoites revividos, tome estrada! Deu por si em terra de novo goiana. Quem me conta é o filho do fazendeiro:
— Você precisava de ver o furor com que Jovelino procurou o diamante de seu sonho. A terra de Goiás ficou para sempre revolvida, graças à enxada dele. De vez em quando desmoronava, Jovelino ia ver, não era um diamante, era um calhau. Até que um dia...
— Encontrou? — perguntei, já aflito.
— Encontrou nada! Empregou-se na fazenda de meu pai, o tempo passou, os filhos crescidos lhe deram netos, a mulher já morta e enterrada, livre dos cunhados, os genros bem arranjados na vida. Um deles é coletor em Goiânia.
O próprio Jovelino, entrado em anos, era agora um velho sacudido e bem disposto, que tinha mais o que fazer do que cuidar de garimpagens. Mas um dia não resistiu: passou a mão na sua enxada, e sem avisar ninguém, o olhar reluzente de esperança, partiu à procura do impossível, do irreal, do inexistente diamante de seu sonho.
(Fernando Sabino)
O Diamante
Em 1933, Jovelino, garimpeiro no interior da Bahia, concluiu que ali não havia mais nada a garimpar. Os filhos viviam da mão pra boca, Jovelino já não via jeito de conseguir com que prover o sustento da família. E resolveu se mandar para Goiás, onde Anápolis, a nova terra da promissão, atraía a cobiça dos garimpeiros de tudo quanto era parte, com seus diamantes reluzindo à flor da terra. Jovelino reuniu a filharada, e com a mulher, o genro, dois cunhados, meteu o pé na estrada.
Longa era a estrada que levava ao Eldorado de Jovelino: quase um ano consumiu ele em andança com a sua tribo, pernoitando em paióis de fazendas, em ranchos de beira caminho, em chiqueiros e currais, onde quer que lhe dessem pasto e pousada.
Vai daí Jovelino chegou aos arredores de Anápolis depois de muitas luas e ali se estabeleceu, firme no cabo da enxada, cavando a terra e encontrando pedras que não eram diamantes. Daqui para ali, dali para lá, ano vai, ano vem, Jovelino existia de nômade com seu povinho cada vez mais minguando de fome. Comia como podia — e não podia. Vivia ao deus-dará — e Deus não dava. Quem me conta é o filho do fazendeiro de quem Jovelino se tornou empregado:
— Ao fim de dez anos ele concluiu que não encontraria diamante nenhum, e resolveu voltar com sua família para a Bahia onde a vida, segundo diziam, agora era melhorzinha. Não dava diamante não, mas o governo prometia emprego seguro a quem quisesse trabalhar.
Jovelino reuniu a familia e botou pé na estrada, de volta à terra de nascença, onde haveria de morrer. Mais um ano palmilhado palmo a palmo em terra batida, vivendo de favor, Jovelino e sua obrigação, de vez em quando perdendo um, que isso de filho é criação que morre muito. Foi nos idos de 43:
— Chegou lá e se instalou no mesmo lugar de onde havia saído. Governo deu emprego não. Plantou sua rocinha e foi se aguentando. Até que um dia...
Até que um dia de noite Jovelino teve um sonho. Sonhou que amanhava a terra e de repente, numa enxadada certeira, a terra escorreu... A terra escorreu e aos seus olhos brilhou, reluziu, faiscou, resplandeceu um diamante soberbo, deslumbrante como uma imensa estrela no céu — como uma estrela no céu? Como o próprio olho de Deus! Jovelino olhou ao redor de seu sonho e viu que estava em Anápolis, no mesmo sítio em que tinha desenterrado a sua desilusão.
E para lá partiu, dia seguinte mesmo, arrastando sua cambada. Levou nisso um entreano, repetindo pernoites revividos, tome estrada! Deu por si em terra de novo goiana. Quem me conta é o filho do fazendeiro:
— Você precisava de ver o furor com que Jovelino procurou o diamante de seu sonho. A terra de Goiás ficou para sempre revolvida, graças à enxada dele. De vez em quando desmoronava, Jovelino ia ver, não era um diamante, era um calhau. Até que um dia...
— Encontrou? — perguntei, já aflito.
— Encontrou nada! Empregou-se na fazenda de meu pai, o tempo passou, os filhos crescidos lhe deram netos, a mulher já morta e enterrada, livre dos cunhados, os genros bem arranjados na vida. Um deles é coletor em Goiânia.
O próprio Jovelino, entrado em anos, era agora um velho sacudido e bem disposto, que tinha mais o que fazer do que cuidar de garimpagens. Mas um dia não resistiu: passou a mão na sua enxada, e sem avisar ninguém, o olhar reluzente de esperança, partiu à procura do impossível, do irreal, do inexistente diamante de seu sonho.
(Fernando Sabino)
Assinale a alternativa que substitui corretamente a palavra em destaque no trecho abaixo.
“A terra de Goiás ficou para sempre revolvida, graças à enxada dele."
O Diamante
Em 1933, Jovelino, garimpeiro no interior da Bahia, concluiu que ali não havia mais nada a garimpar. Os filhos viviam da mão pra boca, Jovelino já não via jeito de conseguir com que prover o sustento da família. E resolveu se mandar para Goiás, onde Anápolis, a nova terra da promissão, atraía a cobiça dos garimpeiros de tudo quanto era parte, com seus diamantes reluzindo à flor da terra. Jovelino reuniu a filharada, e com a mulher, o genro, dois cunhados, meteu o pé na estrada.
Longa era a estrada que levava ao Eldorado de Jovelino: quase um ano consumiu ele em andança com a sua tribo, pernoitando em paióis de fazendas, em ranchos de beira caminho, em chiqueiros e currais, onde quer que lhe dessem pasto e pousada.
Vai daí Jovelino chegou aos arredores de Anápolis depois de muitas luas e ali se estabeleceu, firme no cabo da enxada, cavando a terra e encontrando pedras que não eram diamantes. Daqui para ali, dali para lá, ano vai, ano vem, Jovelino existia de nômade com seu povinho cada vez mais minguando de fome. Comia como podia — e não podia. Vivia ao deus-dará — e Deus não dava. Quem me conta é o filho do fazendeiro de quem Jovelino se tornou empregado:
— Ao fim de dez anos ele concluiu que não encontraria diamante nenhum, e resolveu voltar com sua família para a Bahia onde a vida, segundo diziam, agora era melhorzinha. Não dava diamante não, mas o governo prometia emprego seguro a quem quisesse trabalhar.
Jovelino reuniu a familia e botou pé na estrada, de volta à terra de nascença, onde haveria de morrer. Mais um ano palmilhado palmo a palmo em terra batida, vivendo de favor, Jovelino e sua obrigação, de vez em quando perdendo um, que isso de filho é criação que morre muito. Foi nos idos de 43:
— Chegou lá e se instalou no mesmo lugar de onde havia saído. Governo deu emprego não. Plantou sua rocinha e foi se aguentando. Até que um dia...
Até que um dia de noite Jovelino teve um sonho. Sonhou que amanhava a terra e de repente, numa enxadada certeira, a terra escorreu... A terra escorreu e aos seus olhos brilhou, reluziu, faiscou, resplandeceu um diamante soberbo, deslumbrante como uma imensa estrela no céu — como uma estrela no céu? Como o próprio olho de Deus! Jovelino olhou ao redor de seu sonho e viu que estava em Anápolis, no mesmo sítio em que tinha desenterrado a sua desilusão.
E para lá partiu, dia seguinte mesmo, arrastando sua cambada. Levou nisso um entreano, repetindo pernoites revividos, tome estrada! Deu por si em terra de novo goiana. Quem me conta é o filho do fazendeiro:
— Você precisava de ver o furor com que Jovelino procurou o diamante de seu sonho. A terra de Goiás ficou para sempre revolvida, graças à enxada dele. De vez em quando desmoronava, Jovelino ia ver, não era um diamante, era um calhau. Até que um dia...
— Encontrou? — perguntei, já aflito.
— Encontrou nada! Empregou-se na fazenda de meu pai, o tempo passou, os filhos crescidos lhe deram netos, a mulher já morta e enterrada, livre dos cunhados, os genros bem arranjados na vida. Um deles é coletor em Goiânia.
O próprio Jovelino, entrado em anos, era agora um velho sacudido e bem disposto, que tinha mais o que fazer do que cuidar de garimpagens. Mas um dia não resistiu: passou a mão na sua enxada, e sem avisar ninguém, o olhar reluzente de esperança, partiu à procura do impossível, do irreal, do inexistente diamante de seu sonho.
(Fernando Sabino)
Assinale a alternativa que apresenta a mesma função sintática do trecho em destaque.
“Sonhou que amanhava a terra e de repente, numa enxadada certeira, a terra escorreu...”
Sobre regência verbal, leia as proposições abaixo.
I. Os vizinhos, quando chegam do trabalho, agradam a barriga do cachorro.
II. Para não ser deselegante, compareci ao evento da Karina.
III. É importante proteger aos animais.
Assinale a alternativa correta.
Leia a tirinha abaixo para responder à questão.
Leia a tirinha abaixo para responder à questão.
Sobre concordância verbal, leia as proposições abaixo.
I. A multidão de grevistas tomaram a avenida principal.
II. Fui eu quem escolheu o repertório da festa.
III. Mais de dez pessoas não esteve presente na assembleia geral.
Assinale a alternativa correta.
Namorados Angustiados
Por que não há, no Tinder - ou em qualquer aplicativo que queira formar verdadeiros casais - a opção "descreva as suas angústias"?
O que nos une, nos identifica, não são nossos gostos e nossas qualidades.
O que nos identifica, na verdade, são as nossas angústias em comum.
Freud escreveu que a única emoção sincera que temos é ela, a angústia.
Todas as outras características que temos são falsas. Invenções de nós a nós mesmos.
Só se conhece alguém de verdade quando se conhece suas angústias.
Kierkegaard dizia que a angústia é a possibilidade de liberdade - e o medo desta possibilidade. "O puro sentimento do possível".
O melhor namorado, a melhor namorada, é aquele ou aquela que tem as mesmas angústias que você.
E os relacionamentos mais duradouros são os baseados na afinidade não das levezas, mas das angústias de um casal.
Amor verdadeiro não é aquele no qual os dois gostam de praia (ou montanha), do mesmo sabor de sorvete, das mesmas' piadas.
Amor verdadeiro é o dos que passam uma noite em claro porque o bebê está com febre, ou porque o aluguel está atrasado. É dos que já esqueceram a última vez em que tiveram algum tempo para, com calma, tomar um sorvete juntos.
Amor verdadeiro não é aquele dos que dormem de conchinha e se presenteiam no dia dos namorados.
É o dos que dormem agarrados, angustiados, porque têm certeza de que um dia a relação irá terminar. Dos que sabem que toda noite é preciosa, porque é uma de um número finito delas.
Amor verdadeiro é o dos que acham, juntos, que o mundo vai acabar amanhã.
Não é o dos que gostam de malhar juntos e planejam comprar uma casa própria com serenidade e organização financeira. Não é daqueles que vemos uma foto, encontramos num jantar, e passamos anos acreditando, felizes, em tudo o que a pessoa diz.
Amor verdadeiro é aquele que sabe que nunca dizemos a verdade. Nem para nós mesmos. Muito menos para nós mesmos.
O amor que a gente inventa faz um bem danado.
Já o amor verdadeiro não faz bem à saúde.
A verdade nos intoxica.
A mentira nos salva.
Amor verdadeiro não é aquele que faz o coração bater mais rápido.
Amor verdadeiro é aquele que dá gastrite braba.
Nos dois.
Ao mesmo tempo.
É match de estômago.
É crush de angústias.
(Dodô Azevedo / Fonte: Acesso em 14/6/2017.)
Acerca do texto, leia as proposições abaixo.
I. Para o autor, o amor verdadeiro é só daqueles que sofrem juntos e têm os mesmos medos.
II. Para o autor, o amor verdadeiro é aquele que nunca mente.
III. 0 amor verdadeiro é daqueles que sabem que, por medo, jamais haverá separação.
É correto o que se afirma em
Namorados Angustiados
Por que não há, no Tinder - ou em qualquer aplicativo que queira formar verdadeiros casais - a opção "descreva as suas angústias"?
O que nos une, nos identifica, não são nossos gostos e nossas qualidades.
O que nos identifica, na verdade, são as nossas angústias em comum.
Freud escreveu que a única emoção sincera que temos é ela, a angústia.
Todas as outras características que temos são falsas. Invenções de nós a nós mesmos.
Só se conhece alguém de verdade quando se conhece suas angústias.
Kierkegaard dizia que a angústia é a possibilidade de liberdade - e o medo desta possibilidade. "O puro sentimento do possível".
O melhor namorado, a melhor namorada, é aquele ou aquela que tem as mesmas angústias que você.
E os relacionamentos mais duradouros são os baseados na afinidade não das levezas, mas das angústias de um casal.
Amor verdadeiro não é aquele no qual os dois gostam de praia (ou montanha), do mesmo sabor de sorvete, das mesmas' piadas.
Amor verdadeiro é o dos que passam uma noite em claro porque o bebê está com febre, ou porque o aluguel está atrasado. É dos que já esqueceram a última vez em que tiveram algum tempo para, com calma, tomar um sorvete juntos.
Amor verdadeiro não é aquele dos que dormem de conchinha e se presenteiam no dia dos namorados.
É o dos que dormem agarrados, angustiados, porque têm certeza de que um dia a relação irá terminar. Dos que sabem que toda noite é preciosa, porque é uma de um número finito delas.
Amor verdadeiro é o dos que acham, juntos, que o mundo vai acabar amanhã.
Não é o dos que gostam de malhar juntos e planejam comprar uma casa própria com serenidade e organização financeira. Não é daqueles que vemos uma foto, encontramos num jantar, e passamos anos acreditando, felizes, em tudo o que a pessoa diz.
Amor verdadeiro é aquele que sabe que nunca dizemos a verdade. Nem para nós mesmos. Muito menos para nós mesmos.
O amor que a gente inventa faz um bem danado.
Já o amor verdadeiro não faz bem à saúde.
A verdade nos intoxica.
A mentira nos salva.
Amor verdadeiro não é aquele que faz o coração bater mais rápido.
Amor verdadeiro é aquele que dá gastrite braba.
Nos dois.
Ao mesmo tempo.
É match de estômago.
É crush de angústias.
(Dodô Azevedo / Fonte: Acesso em 14/6/2017.)
Assinale a alternativa que substitui corretamente a palavra em destaque no trecho abaixo.
“Dos que sabem que toda noite é preciosa, porque é uma de um número finito delas.”
Namorados Angustiados
Por que não há, no Tinder - ou em qualquer aplicativo que queira formar verdadeiros casais - a opção "descreva as suas angústias"?
O que nos une, nos identifica, não são nossos gostos e nossas qualidades.
O que nos identifica, na verdade, são as nossas angústias em comum.
Freud escreveu que a única emoção sincera que temos é ela, a angústia.
Todas as outras características que temos são falsas. Invenções de nós a nós mesmos.
Só se conhece alguém de verdade quando se conhece suas angústias.
Kierkegaard dizia que a angústia é a possibilidade de liberdade - e o medo desta possibilidade. "O puro sentimento do possível".
O melhor namorado, a melhor namorada, é aquele ou aquela que tem as mesmas angústias que você.
E os relacionamentos mais duradouros são os baseados na afinidade não das levezas, mas das angústias de um casal.
Amor verdadeiro não é aquele no qual os dois gostam de praia (ou montanha), do mesmo sabor de sorvete, das mesmas' piadas.
Amor verdadeiro é o dos que passam uma noite em claro porque o bebê está com febre, ou porque o aluguel está atrasado. É dos que já esqueceram a última vez em que tiveram algum tempo para, com calma, tomar um sorvete juntos.
Amor verdadeiro não é aquele dos que dormem de conchinha e se presenteiam no dia dos namorados.
É o dos que dormem agarrados, angustiados, porque têm certeza de que um dia a relação irá terminar. Dos que sabem que toda noite é preciosa, porque é uma de um número finito delas.
Amor verdadeiro é o dos que acham, juntos, que o mundo vai acabar amanhã.
Não é o dos que gostam de malhar juntos e planejam comprar uma casa própria com serenidade e organização financeira. Não é daqueles que vemos uma foto, encontramos num jantar, e passamos anos acreditando, felizes, em tudo o que a pessoa diz.
Amor verdadeiro é aquele que sabe que nunca dizemos a verdade. Nem para nós mesmos. Muito menos para nós mesmos.
O amor que a gente inventa faz um bem danado.
Já o amor verdadeiro não faz bem à saúde.
A verdade nos intoxica.
A mentira nos salva.
Amor verdadeiro não é aquele que faz o coração bater mais rápido.
Amor verdadeiro é aquele que dá gastrite braba.
Nos dois.
Ao mesmo tempo.
É match de estômago.
É crush de angústias.
(Dodô Azevedo / Fonte: Acesso em 14/6/2017.)
Sobre a pontuação do trecho abaixo, assinale a alternativa correta.
“O que nos identifica, na verdade, são as nossas angústias em comum."