Questões de Concurso Público Prefeitura de Medicilândia - PA 2023 para Professor de História

Foram encontradas 9 questões

Q2280400 História
Logo após tomar posse no Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, Alexandre Marcondes Filho iniciou uma de suas políticas mais significativas, não só pela continuidade, como pela originalidade e alcance que iria ganhar. Em janeiro de 1942 o novo ministro passou a ocupar todas as quintas-feiras, durante dez minutos, os microfones do programa “Hora do Brasil”, produzido pelo Departamento de Imprensa e Propaganda e irradiado pela Rádio Nacional. 
GOMES, Angela de Castro. A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: FGV, 2005. p. 211. 
A reflexão suscitada pela historiadora Angela de Castro Gomes, acerca da construção do trabalhismo varguista, notadamente na política propagandista estadonovista, tem como força maior a utilização de uma narrativa: 
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Q2280401 História
Para proteger a aldeia, os tupinambás levantavam uma cerca de troncos de palmeira rachada em torno das malocas. Esta cerca era tão fechada que nenhuma flecha podia atravessar. Nestas cercas, eles deixavam pequenos buracos por onde podiam atirar contra os inimigos, a partir de dentro da aldeia. Faziam uma segunda cerca de tapumes, com paus grossos e compridos, em torno daquela primeira cerca. Mas nessa segunda cerca, apoiavam os paus bem próximos uns dos outros para que por eles não passasse nenhum inimigo. 
GUZMÁN, Décio de Alencar. Guerras na Amazônia do século XVII: resistência indígena à colonização.  Belém: Estudos Amazônicos, 2012. p. 19. 
A disposição espacial da edificação descrita no texto acima era pensada pelas populações indígenas, notadamente os tupinambás, em função: 
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Q2280402 História
Durante quase três séculos, o Tribunal do Santo Ofício ultrapassou as várias dificuldades e obstáculos que lhe surgiram durante este longo período. Um dos pilares da preservação do Tribunal foi justamente a sua estrutura orgânica e a possibilidade que abria à população de associar-se, em vários níveis, a uma instituição que garantia promoção e distinção social, segundo as dinâmicas da economia da mercê. O grande número de cartas de familiar do Santo Ofício criou uma base social de apoio à Inquisição. Importa sublinhar que, naquela sociedade de Antigo Regime, ser tido por nobre, ter e ser de conhecimento público que se tinha sangue limpo, alcançar um estatuto honrado e ascender socialmente era um desejo e objetivo partilhado pela generalidade dos indivíduos; a que se chegava, em grande medida, após um longo percurso de serviços prestados à Coroa, às vezes por mais de uma geração e, onde, geralmente, se procedia a inquirições na genealogia familiar e inspeções cruzadas nas habilitações recebidas por diferentes instituições. 
SANTOS, Marília Cunha Imbiriba dos. Família, trajetórias e Inquisição: Mobilidade Social na Amazônia Colonial (c. 1672 – c. 1805). Tese (Doutorado em História), Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa, Lisboa, 2020. p. 101. 
A figura do Familiar do Santo Ofício, destacado pela historiadora Marília Cunha Imbiriba dos Santos, no que tange à experiência histórica e ao debate historiográfico acerca da sociedade na Amazônia Colonial, tinha como função essencial a: 
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Q2280403 História
Se levarmos em consideração o ano de 1693, quando, de acordo com texto do padre João de Sousa Ferreira, a população do Estado chegava a 1.300 [considerando somente a população adulta e masculina portuguesa], a vinda de um navio carregado de escravos [no caso 139 cativos] podia chegar a representar em torno de dez por cento dos homens portugueses. 
CHAMBOLEYRON, Rafael. Escravos do Atlântico Equatorial: tráfico negreiro para o Estado do Maranhão e Pará (século XVII e início do século XVIII). Revista Brasileira de História, v. 26, n. 52, p. 79-114, São Paulo, dezembro, 2006. p. 102-103. 
Os valores demográficos apresentados no fragmento acima, ao analisar a Amazônia colonial, revelam: 
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Q2280404 História

Documento 1

O Plenário do Supremo Tribunal Federal prosseguiu, nesta quarta-feira, o julgamento do Recurso Extraordinário 1017365, que discute o chamado marco temporal para a demarcação de terras indígenas. Após o voto do ministro Alexandre de Moraes, o ministro André Mendonça pediu vista. Único a votar na sessão desta quarta-feira (7), o ministro Alexandre considera que a data da promulgação da Constituição Federal (5/10/1988) não pode ser utilizada como ponto de definição da ocupação tradicional da terra por comunidades indígenas. Até o momento há dois votos nesse sentido e um contra. Em setembro de 2021, o relator, ministro Edson Fachin, afirmou que o direito à terra pelas comunidades indígenas deve prevalecer, ainda que elas não estivessem no local na data de promulgação da Constituição. Em sentido contrário, o ministro Nunes Marques entendeu que essa data deve prevalecer. 

Disponível em: portal.stf.jus.br. Acesso em: 7 jun. 2023. 


Documento 2 

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Charge de Petit Abel. Disponível em: @petitabel no Instagram. Acesso em: 7 jun. 2023. 


A partir da análise dos documentos apresentados acima, é possível constatar que a tese do Marco Temporal permitiria: 

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Q2280405 História
Documento 1  Imagem associada para resolução da questão
A redenção de Cam, 1895. Modesto Brocos. Óleo sobre tela. Acervo do Museu Nacional de Belas Artes. 
Documento 2 [Noé], segundo o livro de Gênesis, teria tido 3 filhos (Sem, Cam e Jafé), os quais foram responsáveis por povoar a terra. Nesse mito, Noé, após se embriagar com vinho, deitou-se nu em sua tenda. Seu filho Cam, cujo filho é Canaã, teria visto sua nudez, o que era extremamente recriminado pelos hebreus, e contado para seus irmãos. Quando seu pai soube do ocorrido, amaldiçoou o filho mais novo de Cam com a seguinte frase: “Maldito seja Canaã; seja servo dos servos de seus irmãos” (Gênesis 9:25).  ROEDEL, Hiran. Do mito de Cam ao racismo estrutural: uma pequena contribuição ao debate. Projeto AFRO-PORT: afrodescendência em Portugal. Lisboa, n. 02. Julho, 2020. p. 4. 
Os documentos apresentam momentos específicos sobre a percepção das pessoas pretas em dois contextos específicos. Acerca desses dois cenários, é possível afirmar que, respectivamente, temos: 
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Q2280406 História
Documento 1 Art. 1º - É concedida anistia a todos quantos, no período compreendido entre 02 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes políticos ou conexo com estes, crimes eleitorais, aos que tiveram seus direitos políticos suspensos e aos servidores da Administração Direta e Indireta, de fundações vinculadas ao poder público, aos Servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário, aos Militares e aos dirigentes e representantes sindicais, punidos com fundamento em Atos Institucionais e Complementares.  Lei Federal nº. 6683/79. Disponível em: planalto.gov.br. Acesso em: 30 mai. 2023. 
Documento 2  Imagem associada para resolução da questão
Disponível em: latuffcartoons.files.wordpress.com. Acesso em: 30 mai. 2023. 
A partir do conteúdo presente na legislação apresentada no Documento 1 e da ironia presente no Documento 2, podemos afirmar que a charge busca: 
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Q2280407 História
Em 1848, somente uma economia estava efetivamente industrializada – a inglesa – e consequentemente dominava o mundo. Provavelmente na década de 1840, os Estados Unidos e uma boa parte da Europa ocidental e central já tinham ultrapassado ou se encontravam na soleira da revolução industrial. Já era razoavelmente certo que os Estados Unidos seriam finalmente considerados – dentro de 20 anos, pensava Richard Cobden na metade da década de 1830 – um sério competidor dos ingleses, e em torno da década de 1840 os alemães, embora talvez ninguém mais, já apontavam para o rápido avanço industrial. 
HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções (1789-1848). São Paulo: Paz e Terra, 2010. p. 269-270. 
O crescimento industrial vivenciado por Estados Unidos e Alemanha ao longo do século XIX, a partir do processo de expansão da Revolução Industrial, destacados por Eric Hobsbawm no fragmento acima, foram resultados, respectivamente: 
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Q2280408 História
Para além dos problemas epistemológicos, a compreensão da disciplina escolar relaciona-se ao papel do conhecimento como instrumento de poder de determinados setores da sociedade. O estudo das disciplinas escolares tem-se mostrado necessário para a compreensão do papel da escola na divisão de classes e na manutenção de privilégios de determinados setores da sociedade. As críticas à “transposição didática” não se restringem, portanto, ao estabelecimento epistemológico das disciplinas escolares, mas incidem igualmente sobre o papel que tendem a desempenhar na manutenção das desigualdades sociais. 
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez Editora, 2004. p. 38. 
O trabalho de autoria da importante historiadora Circe Bittencourt levanta duas questões fundamentais acerca do ofício do professor de História. A saber: a questão da “transposição didática” e do “conhecimento escolar”. Sobre essas duas questões, o trabalho canônico de Circe Bittencourt nos permite compreender esses dois conceitos, respectivamente, como 
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Respostas
1: B
2: C
3: B
4: A
5: D
6: B
7: E
8: D
9: A