Questões de Concurso Público UFSM 2014 para Nutricionista, UFSM

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Q507244 Português
                                       Crianças que possuem demais
                   Elas já tendem a acumular muita tralha, não comece essa
                   loucura antes mesmo de elas nascerem, pelo bem delas e
                                                 do planeta

                                                                                                               Isabel Clemente

     [...]O excesso que pauta a ideia do que precisamos ter para viver está tirando a noção de muita gente. Desde que os sacos de pipoca quadruplicaram de tamanho passamos a acumular em casa e no corpo os excessos da vida insustentável. Consumimos e comemos demais. A obesidade como epidemia, inclusive entre crianças, é a prova material disso. Está faltando freio. Ostentar virou um modo de vida numa sociedade cheia de peças faltando. E abro um parêntese importante aqui para dizer que mania de acumulação não é privilégio dos ricos, muito menos dos famosos. Pode ser que as celebridades, depois das declarações públicas, promovam uma doação em peso de tudo que ganharam e, para não magoar ninguém, façam segredo disso. Vai saber.
      O apego é um hábito ruim e democrático: assola pessoas das mais variadas classes. E não afetam só o fulano que pode se tornar um consumidor compulsivo eternamente insatisfeito, como até pesquisas mostram. Há males nesse comportamento que prejudicam todos ao redor.
     Pesquisadores da Northwestern University (EUA) encontraram uma forte correlação entre indivíduos materialistas e um comportamento antissocial, egoísta e competitivo. Segundo esse estudo, que foi publicado em 2012, a tendência da pessoa materialista é apresentar um nível maior de ansiedade e insatisfação com a própria vida. São pessoas que costumam dar ênfase demais a si mesmas e não se envolvem de forma profunda e colaborativa com os demais, de acordo com os experimentos conduzidos por psicólogos e médicos.
      O egoísta é aquele que depois vai, no mínimo, estacionar o carro na vaga de cadeirante ou de idoso sem pertencer a nenhuma das duas categorias porque “precisava urgentemente". A urgência dele é sempre maior do que a do outro.
     A identidade de uma pessoa não depende apenas de sua índole. Sofre influência do ambiente e da interação até circunstancial com os outros. Por um complexo sistema de trocas subjetivas é que o aprendizado acontece enquanto incorpora valores nos quais acredita. Se ela cresce acostumada à ideia de que precisa de muito, jamais saberá o que é lidar com pouco, não entenderá a diferença entre o que é e o que tem, desenvolvendo grandes chances de buscar aceitação social por aquilo que possui.
     Dosar as posses dos nossos filhos é algo que está em nossas mãos durante um certo (e curto) período da vida deles. É uma atitude que, por um lado, ensina um pouco sobre desprendimento e, por outro, auxilia na organização da própria vida. Cabe aos responsáveis estabelecer regras e apresentar propostas sadias para que o quarto do filho - e consequentemente a vida dele - não se torne um depósito infinito de tudo que ele irá ganhar durante a vida.
      Crianças requerem atenção redobrada porque são seres em formação. Estão mais propensas a terem o foco desviado. Presas fáceis dos comerciais na televisão, conhecem todos os brinquedos que não têm. Querem quase tudo porque está para nascer o ser humano imune a tanto apelo. Ensiná- las nesse ambiente adverso dá mais trabalho. Passa pelo exemplo e pelo convencimento, ou você ouvirá da sua filha de quatro anos que seu armário também está cheio de roupas, quando a ela for negado um novo brinquedinho no mesmo dia em que você tiver comprado uma blusa.
      Lá em casa, chegada a hora de se desfazer de brinquedos e roupas, sempre rolam discussões e argumentações que aos poucos constroem nas crianças um pouco dos princípios nos quais eu e meu marido acreditamos. É preciso abrir mão enquanto o brinquedo e a roupa forem úteis e bons a quem os herdar. Não podemos ter vergonha daquilo que estamos doando. E se sentir saudade depois daquilo que perdeu, ótimo, faz parte do crescimento também saber lidar com perdas.
      Crianças que possuem demais sofrem do mesmo mal do adulto obrigado a fazer escolhas em demasia todos os dias, não valorizam o que têm, perdem tempo e sentem-se perdidas.
      Essa é a lógica que procuro empregar na minha vida, mas quem ouviu aquele disparate da filha de quatro anos fui eu.

                                                         Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/isabel-clem...
                                                                             noticia/2014/02/criancas-que-bpossuem-demaisb.html

De acordo com o texto,
Alternativas
Q507245 Português
                                       Crianças que possuem demais
                   Elas já tendem a acumular muita tralha, não comece essa
                   loucura antes mesmo de elas nascerem, pelo bem delas e
                                                 do planeta

                                                                                                               Isabel Clemente

     [...]O excesso que pauta a ideia do que precisamos ter para viver está tirando a noção de muita gente. Desde que os sacos de pipoca quadruplicaram de tamanho passamos a acumular em casa e no corpo os excessos da vida insustentável. Consumimos e comemos demais. A obesidade como epidemia, inclusive entre crianças, é a prova material disso. Está faltando freio. Ostentar virou um modo de vida numa sociedade cheia de peças faltando. E abro um parêntese importante aqui para dizer que mania de acumulação não é privilégio dos ricos, muito menos dos famosos. Pode ser que as celebridades, depois das declarações públicas, promovam uma doação em peso de tudo que ganharam e, para não magoar ninguém, façam segredo disso. Vai saber.
      O apego é um hábito ruim e democrático: assola pessoas das mais variadas classes. E não afetam só o fulano que pode se tornar um consumidor compulsivo eternamente insatisfeito, como até pesquisas mostram. Há males nesse comportamento que prejudicam todos ao redor.
     Pesquisadores da Northwestern University (EUA) encontraram uma forte correlação entre indivíduos materialistas e um comportamento antissocial, egoísta e competitivo. Segundo esse estudo, que foi publicado em 2012, a tendência da pessoa materialista é apresentar um nível maior de ansiedade e insatisfação com a própria vida. São pessoas que costumam dar ênfase demais a si mesmas e não se envolvem de forma profunda e colaborativa com os demais, de acordo com os experimentos conduzidos por psicólogos e médicos.
      O egoísta é aquele que depois vai, no mínimo, estacionar o carro na vaga de cadeirante ou de idoso sem pertencer a nenhuma das duas categorias porque “precisava urgentemente". A urgência dele é sempre maior do que a do outro.
     A identidade de uma pessoa não depende apenas de sua índole. Sofre influência do ambiente e da interação até circunstancial com os outros. Por um complexo sistema de trocas subjetivas é que o aprendizado acontece enquanto incorpora valores nos quais acredita. Se ela cresce acostumada à ideia de que precisa de muito, jamais saberá o que é lidar com pouco, não entenderá a diferença entre o que é e o que tem, desenvolvendo grandes chances de buscar aceitação social por aquilo que possui.
     Dosar as posses dos nossos filhos é algo que está em nossas mãos durante um certo (e curto) período da vida deles. É uma atitude que, por um lado, ensina um pouco sobre desprendimento e, por outro, auxilia na organização da própria vida. Cabe aos responsáveis estabelecer regras e apresentar propostas sadias para que o quarto do filho - e consequentemente a vida dele - não se torne um depósito infinito de tudo que ele irá ganhar durante a vida.
      Crianças requerem atenção redobrada porque são seres em formação. Estão mais propensas a terem o foco desviado. Presas fáceis dos comerciais na televisão, conhecem todos os brinquedos que não têm. Querem quase tudo porque está para nascer o ser humano imune a tanto apelo. Ensiná- las nesse ambiente adverso dá mais trabalho. Passa pelo exemplo e pelo convencimento, ou você ouvirá da sua filha de quatro anos que seu armário também está cheio de roupas, quando a ela for negado um novo brinquedinho no mesmo dia em que você tiver comprado uma blusa.
      Lá em casa, chegada a hora de se desfazer de brinquedos e roupas, sempre rolam discussões e argumentações que aos poucos constroem nas crianças um pouco dos princípios nos quais eu e meu marido acreditamos. É preciso abrir mão enquanto o brinquedo e a roupa forem úteis e bons a quem os herdar. Não podemos ter vergonha daquilo que estamos doando. E se sentir saudade depois daquilo que perdeu, ótimo, faz parte do crescimento também saber lidar com perdas.
      Crianças que possuem demais sofrem do mesmo mal do adulto obrigado a fazer escolhas em demasia todos os dias, não valorizam o que têm, perdem tempo e sentem-se perdidas.
      Essa é a lógica que procuro empregar na minha vida, mas quem ouviu aquele disparate da filha de quatro anos fui eu.

                                                         Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/isabel-clem...
                                                                             noticia/2014/02/criancas-que-bpossuem-demaisb.html

“[...] O excesso que pauta a ideia...”. “E abro um parêntese importante aqui para dizer que mania de acumulação...”

Os termos destacados nos excertos acima
Alternativas
Q507246 Português
                                       Crianças que possuem demais
                   Elas já tendem a acumular muita tralha, não comece essa
                   loucura antes mesmo de elas nascerem, pelo bem delas e
                                                 do planeta

                                                                                                               Isabel Clemente

     [...]O excesso que pauta a ideia do que precisamos ter para viver está tirando a noção de muita gente. Desde que os sacos de pipoca quadruplicaram de tamanho passamos a acumular em casa e no corpo os excessos da vida insustentável. Consumimos e comemos demais. A obesidade como epidemia, inclusive entre crianças, é a prova material disso. Está faltando freio. Ostentar virou um modo de vida numa sociedade cheia de peças faltando. E abro um parêntese importante aqui para dizer que mania de acumulação não é privilégio dos ricos, muito menos dos famosos. Pode ser que as celebridades, depois das declarações públicas, promovam uma doação em peso de tudo que ganharam e, para não magoar ninguém, façam segredo disso. Vai saber.
      O apego é um hábito ruim e democrático: assola pessoas das mais variadas classes. E não afetam só o fulano que pode se tornar um consumidor compulsivo eternamente insatisfeito, como até pesquisas mostram. Há males nesse comportamento que prejudicam todos ao redor.
     Pesquisadores da Northwestern University (EUA) encontraram uma forte correlação entre indivíduos materialistas e um comportamento antissocial, egoísta e competitivo. Segundo esse estudo, que foi publicado em 2012, a tendência da pessoa materialista é apresentar um nível maior de ansiedade e insatisfação com a própria vida. São pessoas que costumam dar ênfase demais a si mesmas e não se envolvem de forma profunda e colaborativa com os demais, de acordo com os experimentos conduzidos por psicólogos e médicos.
      O egoísta é aquele que depois vai, no mínimo, estacionar o carro na vaga de cadeirante ou de idoso sem pertencer a nenhuma das duas categorias porque “precisava urgentemente". A urgência dele é sempre maior do que a do outro.
     A identidade de uma pessoa não depende apenas de sua índole. Sofre influência do ambiente e da interação até circunstancial com os outros. Por um complexo sistema de trocas subjetivas é que o aprendizado acontece enquanto incorpora valores nos quais acredita. Se ela cresce acostumada à ideia de que precisa de muito, jamais saberá o que é lidar com pouco, não entenderá a diferença entre o que é e o que tem, desenvolvendo grandes chances de buscar aceitação social por aquilo que possui.
     Dosar as posses dos nossos filhos é algo que está em nossas mãos durante um certo (e curto) período da vida deles. É uma atitude que, por um lado, ensina um pouco sobre desprendimento e, por outro, auxilia na organização da própria vida. Cabe aos responsáveis estabelecer regras e apresentar propostas sadias para que o quarto do filho - e consequentemente a vida dele - não se torne um depósito infinito de tudo que ele irá ganhar durante a vida.
      Crianças requerem atenção redobrada porque são seres em formação. Estão mais propensas a terem o foco desviado. Presas fáceis dos comerciais na televisão, conhecem todos os brinquedos que não têm. Querem quase tudo porque está para nascer o ser humano imune a tanto apelo. Ensiná- las nesse ambiente adverso dá mais trabalho. Passa pelo exemplo e pelo convencimento, ou você ouvirá da sua filha de quatro anos que seu armário também está cheio de roupas, quando a ela for negado um novo brinquedinho no mesmo dia em que você tiver comprado uma blusa.
      Lá em casa, chegada a hora de se desfazer de brinquedos e roupas, sempre rolam discussões e argumentações que aos poucos constroem nas crianças um pouco dos princípios nos quais eu e meu marido acreditamos. É preciso abrir mão enquanto o brinquedo e a roupa forem úteis e bons a quem os herdar. Não podemos ter vergonha daquilo que estamos doando. E se sentir saudade depois daquilo que perdeu, ótimo, faz parte do crescimento também saber lidar com perdas.
      Crianças que possuem demais sofrem do mesmo mal do adulto obrigado a fazer escolhas em demasia todos os dias, não valorizam o que têm, perdem tempo e sentem-se perdidas.
      Essa é a lógica que procuro empregar na minha vida, mas quem ouviu aquele disparate da filha de quatro anos fui eu.

                                                         Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/isabel-clem...
                                                                             noticia/2014/02/criancas-que-bpossuem-demaisb.html

Em “Desde que os sacos de pipoca quadruplicaram de tamanho passamos a acumular em casa e no corpo os excessos da vida insustentável", podemos afirmar que
Alternativas
Q507247 Português
                                       Crianças que possuem demais
                   Elas já tendem a acumular muita tralha, não comece essa
                   loucura antes mesmo de elas nascerem, pelo bem delas e
                                                 do planeta

                                                                                                               Isabel Clemente

     [...]O excesso que pauta a ideia do que precisamos ter para viver está tirando a noção de muita gente. Desde que os sacos de pipoca quadruplicaram de tamanho passamos a acumular em casa e no corpo os excessos da vida insustentável. Consumimos e comemos demais. A obesidade como epidemia, inclusive entre crianças, é a prova material disso. Está faltando freio. Ostentar virou um modo de vida numa sociedade cheia de peças faltando. E abro um parêntese importante aqui para dizer que mania de acumulação não é privilégio dos ricos, muito menos dos famosos. Pode ser que as celebridades, depois das declarações públicas, promovam uma doação em peso de tudo que ganharam e, para não magoar ninguém, façam segredo disso. Vai saber.
      O apego é um hábito ruim e democrático: assola pessoas das mais variadas classes. E não afetam só o fulano que pode se tornar um consumidor compulsivo eternamente insatisfeito, como até pesquisas mostram. Há males nesse comportamento que prejudicam todos ao redor.
     Pesquisadores da Northwestern University (EUA) encontraram uma forte correlação entre indivíduos materialistas e um comportamento antissocial, egoísta e competitivo. Segundo esse estudo, que foi publicado em 2012, a tendência da pessoa materialista é apresentar um nível maior de ansiedade e insatisfação com a própria vida. São pessoas que costumam dar ênfase demais a si mesmas e não se envolvem de forma profunda e colaborativa com os demais, de acordo com os experimentos conduzidos por psicólogos e médicos.
      O egoísta é aquele que depois vai, no mínimo, estacionar o carro na vaga de cadeirante ou de idoso sem pertencer a nenhuma das duas categorias porque “precisava urgentemente". A urgência dele é sempre maior do que a do outro.
     A identidade de uma pessoa não depende apenas de sua índole. Sofre influência do ambiente e da interação até circunstancial com os outros. Por um complexo sistema de trocas subjetivas é que o aprendizado acontece enquanto incorpora valores nos quais acredita. Se ela cresce acostumada à ideia de que precisa de muito, jamais saberá o que é lidar com pouco, não entenderá a diferença entre o que é e o que tem, desenvolvendo grandes chances de buscar aceitação social por aquilo que possui.
     Dosar as posses dos nossos filhos é algo que está em nossas mãos durante um certo (e curto) período da vida deles. É uma atitude que, por um lado, ensina um pouco sobre desprendimento e, por outro, auxilia na organização da própria vida. Cabe aos responsáveis estabelecer regras e apresentar propostas sadias para que o quarto do filho - e consequentemente a vida dele - não se torne um depósito infinito de tudo que ele irá ganhar durante a vida.
      Crianças requerem atenção redobrada porque são seres em formação. Estão mais propensas a terem o foco desviado. Presas fáceis dos comerciais na televisão, conhecem todos os brinquedos que não têm. Querem quase tudo porque está para nascer o ser humano imune a tanto apelo. Ensiná- las nesse ambiente adverso dá mais trabalho. Passa pelo exemplo e pelo convencimento, ou você ouvirá da sua filha de quatro anos que seu armário também está cheio de roupas, quando a ela for negado um novo brinquedinho no mesmo dia em que você tiver comprado uma blusa.
      Lá em casa, chegada a hora de se desfazer de brinquedos e roupas, sempre rolam discussões e argumentações que aos poucos constroem nas crianças um pouco dos princípios nos quais eu e meu marido acreditamos. É preciso abrir mão enquanto o brinquedo e a roupa forem úteis e bons a quem os herdar. Não podemos ter vergonha daquilo que estamos doando. E se sentir saudade depois daquilo que perdeu, ótimo, faz parte do crescimento também saber lidar com perdas.
      Crianças que possuem demais sofrem do mesmo mal do adulto obrigado a fazer escolhas em demasia todos os dias, não valorizam o que têm, perdem tempo e sentem-se perdidas.
      Essa é a lógica que procuro empregar na minha vida, mas quem ouviu aquele disparate da filha de quatro anos fui eu.

                                                         Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/isabel-clem...
                                                                             noticia/2014/02/criancas-que-bpossuem-demaisb.html

“A obesidade como epidemia, inclusive entre crianças, é a prova material disso.”
O termo destacado no excerto acima se refere
Alternativas
Q507248 Português
                                       Crianças que possuem demais
                   Elas já tendem a acumular muita tralha, não comece essa
                   loucura antes mesmo de elas nascerem, pelo bem delas e
                                                 do planeta

                                                                                                               Isabel Clemente

     [...]O excesso que pauta a ideia do que precisamos ter para viver está tirando a noção de muita gente. Desde que os sacos de pipoca quadruplicaram de tamanho passamos a acumular em casa e no corpo os excessos da vida insustentável. Consumimos e comemos demais. A obesidade como epidemia, inclusive entre crianças, é a prova material disso. Está faltando freio. Ostentar virou um modo de vida numa sociedade cheia de peças faltando. E abro um parêntese importante aqui para dizer que mania de acumulação não é privilégio dos ricos, muito menos dos famosos. Pode ser que as celebridades, depois das declarações públicas, promovam uma doação em peso de tudo que ganharam e, para não magoar ninguém, façam segredo disso. Vai saber.
      O apego é um hábito ruim e democrático: assola pessoas das mais variadas classes. E não afetam só o fulano que pode se tornar um consumidor compulsivo eternamente insatisfeito, como até pesquisas mostram. Há males nesse comportamento que prejudicam todos ao redor.
     Pesquisadores da Northwestern University (EUA) encontraram uma forte correlação entre indivíduos materialistas e um comportamento antissocial, egoísta e competitivo. Segundo esse estudo, que foi publicado em 2012, a tendência da pessoa materialista é apresentar um nível maior de ansiedade e insatisfação com a própria vida. São pessoas que costumam dar ênfase demais a si mesmas e não se envolvem de forma profunda e colaborativa com os demais, de acordo com os experimentos conduzidos por psicólogos e médicos.
      O egoísta é aquele que depois vai, no mínimo, estacionar o carro na vaga de cadeirante ou de idoso sem pertencer a nenhuma das duas categorias porque “precisava urgentemente". A urgência dele é sempre maior do que a do outro.
     A identidade de uma pessoa não depende apenas de sua índole. Sofre influência do ambiente e da interação até circunstancial com os outros. Por um complexo sistema de trocas subjetivas é que o aprendizado acontece enquanto incorpora valores nos quais acredita. Se ela cresce acostumada à ideia de que precisa de muito, jamais saberá o que é lidar com pouco, não entenderá a diferença entre o que é e o que tem, desenvolvendo grandes chances de buscar aceitação social por aquilo que possui.
     Dosar as posses dos nossos filhos é algo que está em nossas mãos durante um certo (e curto) período da vida deles. É uma atitude que, por um lado, ensina um pouco sobre desprendimento e, por outro, auxilia na organização da própria vida. Cabe aos responsáveis estabelecer regras e apresentar propostas sadias para que o quarto do filho - e consequentemente a vida dele - não se torne um depósito infinito de tudo que ele irá ganhar durante a vida.
      Crianças requerem atenção redobrada porque são seres em formação. Estão mais propensas a terem o foco desviado. Presas fáceis dos comerciais na televisão, conhecem todos os brinquedos que não têm. Querem quase tudo porque está para nascer o ser humano imune a tanto apelo. Ensiná- las nesse ambiente adverso dá mais trabalho. Passa pelo exemplo e pelo convencimento, ou você ouvirá da sua filha de quatro anos que seu armário também está cheio de roupas, quando a ela for negado um novo brinquedinho no mesmo dia em que você tiver comprado uma blusa.
      Lá em casa, chegada a hora de se desfazer de brinquedos e roupas, sempre rolam discussões e argumentações que aos poucos constroem nas crianças um pouco dos princípios nos quais eu e meu marido acreditamos. É preciso abrir mão enquanto o brinquedo e a roupa forem úteis e bons a quem os herdar. Não podemos ter vergonha daquilo que estamos doando. E se sentir saudade depois daquilo que perdeu, ótimo, faz parte do crescimento também saber lidar com perdas.
      Crianças que possuem demais sofrem do mesmo mal do adulto obrigado a fazer escolhas em demasia todos os dias, não valorizam o que têm, perdem tempo e sentem-se perdidas.
      Essa é a lógica que procuro empregar na minha vida, mas quem ouviu aquele disparate da filha de quatro anos fui eu.

                                                         Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/isabel-clem...
                                                                             noticia/2014/02/criancas-que-bpossuem-demaisb.html

Em “...costumam dar ênfase demais a si mesmas...", o termo destacado
Alternativas
Q507249 Português
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                   Elas já tendem a acumular muita tralha, não comece essa
                   loucura antes mesmo de elas nascerem, pelo bem delas e
                                                 do planeta

                                                                                                               Isabel Clemente

     [...]O excesso que pauta a ideia do que precisamos ter para viver está tirando a noção de muita gente. Desde que os sacos de pipoca quadruplicaram de tamanho passamos a acumular em casa e no corpo os excessos da vida insustentável. Consumimos e comemos demais. A obesidade como epidemia, inclusive entre crianças, é a prova material disso. Está faltando freio. Ostentar virou um modo de vida numa sociedade cheia de peças faltando. E abro um parêntese importante aqui para dizer que mania de acumulação não é privilégio dos ricos, muito menos dos famosos. Pode ser que as celebridades, depois das declarações públicas, promovam uma doação em peso de tudo que ganharam e, para não magoar ninguém, façam segredo disso. Vai saber.
      O apego é um hábito ruim e democrático: assola pessoas das mais variadas classes. E não afetam só o fulano que pode se tornar um consumidor compulsivo eternamente insatisfeito, como até pesquisas mostram. Há males nesse comportamento que prejudicam todos ao redor.
     Pesquisadores da Northwestern University (EUA) encontraram uma forte correlação entre indivíduos materialistas e um comportamento antissocial, egoísta e competitivo. Segundo esse estudo, que foi publicado em 2012, a tendência da pessoa materialista é apresentar um nível maior de ansiedade e insatisfação com a própria vida. São pessoas que costumam dar ênfase demais a si mesmas e não se envolvem de forma profunda e colaborativa com os demais, de acordo com os experimentos conduzidos por psicólogos e médicos.
      O egoísta é aquele que depois vai, no mínimo, estacionar o carro na vaga de cadeirante ou de idoso sem pertencer a nenhuma das duas categorias porque “precisava urgentemente". A urgência dele é sempre maior do que a do outro.
     A identidade de uma pessoa não depende apenas de sua índole. Sofre influência do ambiente e da interação até circunstancial com os outros. Por um complexo sistema de trocas subjetivas é que o aprendizado acontece enquanto incorpora valores nos quais acredita. Se ela cresce acostumada à ideia de que precisa de muito, jamais saberá o que é lidar com pouco, não entenderá a diferença entre o que é e o que tem, desenvolvendo grandes chances de buscar aceitação social por aquilo que possui.
     Dosar as posses dos nossos filhos é algo que está em nossas mãos durante um certo (e curto) período da vida deles. É uma atitude que, por um lado, ensina um pouco sobre desprendimento e, por outro, auxilia na organização da própria vida. Cabe aos responsáveis estabelecer regras e apresentar propostas sadias para que o quarto do filho - e consequentemente a vida dele - não se torne um depósito infinito de tudo que ele irá ganhar durante a vida.
      Crianças requerem atenção redobrada porque são seres em formação. Estão mais propensas a terem o foco desviado. Presas fáceis dos comerciais na televisão, conhecem todos os brinquedos que não têm. Querem quase tudo porque está para nascer o ser humano imune a tanto apelo. Ensiná- las nesse ambiente adverso dá mais trabalho. Passa pelo exemplo e pelo convencimento, ou você ouvirá da sua filha de quatro anos que seu armário também está cheio de roupas, quando a ela for negado um novo brinquedinho no mesmo dia em que você tiver comprado uma blusa.
      Lá em casa, chegada a hora de se desfazer de brinquedos e roupas, sempre rolam discussões e argumentações que aos poucos constroem nas crianças um pouco dos princípios nos quais eu e meu marido acreditamos. É preciso abrir mão enquanto o brinquedo e a roupa forem úteis e bons a quem os herdar. Não podemos ter vergonha daquilo que estamos doando. E se sentir saudade depois daquilo que perdeu, ótimo, faz parte do crescimento também saber lidar com perdas.
      Crianças que possuem demais sofrem do mesmo mal do adulto obrigado a fazer escolhas em demasia todos os dias, não valorizam o que têm, perdem tempo e sentem-se perdidas.
      Essa é a lógica que procuro empregar na minha vida, mas quem ouviu aquele disparate da filha de quatro anos fui eu.

                                                         Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/isabel-clem...
                                                                             noticia/2014/02/criancas-que-bpossuem-demaisb.html

Assinale a alternativa correta quanto à acentuação dos pares.
Alternativas
Q507250 Português
                                       Crianças que possuem demais
                   Elas já tendem a acumular muita tralha, não comece essa
                   loucura antes mesmo de elas nascerem, pelo bem delas e
                                                 do planeta

                                                                                                               Isabel Clemente

     [...]O excesso que pauta a ideia do que precisamos ter para viver está tirando a noção de muita gente. Desde que os sacos de pipoca quadruplicaram de tamanho passamos a acumular em casa e no corpo os excessos da vida insustentável. Consumimos e comemos demais. A obesidade como epidemia, inclusive entre crianças, é a prova material disso. Está faltando freio. Ostentar virou um modo de vida numa sociedade cheia de peças faltando. E abro um parêntese importante aqui para dizer que mania de acumulação não é privilégio dos ricos, muito menos dos famosos. Pode ser que as celebridades, depois das declarações públicas, promovam uma doação em peso de tudo que ganharam e, para não magoar ninguém, façam segredo disso. Vai saber.
      O apego é um hábito ruim e democrático: assola pessoas das mais variadas classes. E não afetam só o fulano que pode se tornar um consumidor compulsivo eternamente insatisfeito, como até pesquisas mostram. Há males nesse comportamento que prejudicam todos ao redor.
     Pesquisadores da Northwestern University (EUA) encontraram uma forte correlação entre indivíduos materialistas e um comportamento antissocial, egoísta e competitivo. Segundo esse estudo, que foi publicado em 2012, a tendência da pessoa materialista é apresentar um nível maior de ansiedade e insatisfação com a própria vida. São pessoas que costumam dar ênfase demais a si mesmas e não se envolvem de forma profunda e colaborativa com os demais, de acordo com os experimentos conduzidos por psicólogos e médicos.
      O egoísta é aquele que depois vai, no mínimo, estacionar o carro na vaga de cadeirante ou de idoso sem pertencer a nenhuma das duas categorias porque “precisava urgentemente". A urgência dele é sempre maior do que a do outro.
     A identidade de uma pessoa não depende apenas de sua índole. Sofre influência do ambiente e da interação até circunstancial com os outros. Por um complexo sistema de trocas subjetivas é que o aprendizado acontece enquanto incorpora valores nos quais acredita. Se ela cresce acostumada à ideia de que precisa de muito, jamais saberá o que é lidar com pouco, não entenderá a diferença entre o que é e o que tem, desenvolvendo grandes chances de buscar aceitação social por aquilo que possui.
     Dosar as posses dos nossos filhos é algo que está em nossas mãos durante um certo (e curto) período da vida deles. É uma atitude que, por um lado, ensina um pouco sobre desprendimento e, por outro, auxilia na organização da própria vida. Cabe aos responsáveis estabelecer regras e apresentar propostas sadias para que o quarto do filho - e consequentemente a vida dele - não se torne um depósito infinito de tudo que ele irá ganhar durante a vida.
      Crianças requerem atenção redobrada porque são seres em formação. Estão mais propensas a terem o foco desviado. Presas fáceis dos comerciais na televisão, conhecem todos os brinquedos que não têm. Querem quase tudo porque está para nascer o ser humano imune a tanto apelo. Ensiná- las nesse ambiente adverso dá mais trabalho. Passa pelo exemplo e pelo convencimento, ou você ouvirá da sua filha de quatro anos que seu armário também está cheio de roupas, quando a ela for negado um novo brinquedinho no mesmo dia em que você tiver comprado uma blusa.
      Lá em casa, chegada a hora de se desfazer de brinquedos e roupas, sempre rolam discussões e argumentações que aos poucos constroem nas crianças um pouco dos princípios nos quais eu e meu marido acreditamos. É preciso abrir mão enquanto o brinquedo e a roupa forem úteis e bons a quem os herdar. Não podemos ter vergonha daquilo que estamos doando. E se sentir saudade depois daquilo que perdeu, ótimo, faz parte do crescimento também saber lidar com perdas.
      Crianças que possuem demais sofrem do mesmo mal do adulto obrigado a fazer escolhas em demasia todos os dias, não valorizam o que têm, perdem tempo e sentem-se perdidas.
      Essa é a lógica que procuro empregar na minha vida, mas quem ouviu aquele disparate da filha de quatro anos fui eu.

                                                         Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/isabel-clem...
                                                                             noticia/2014/02/criancas-que-bpossuem-demaisb.html

“Segundo esse estudo, que foi publicado em 2012, a tendência da pessoa materialista..." No período acima, a oração destacada
Alternativas
Q507251 Português
                                       Crianças que possuem demais
                   Elas já tendem a acumular muita tralha, não comece essa
                   loucura antes mesmo de elas nascerem, pelo bem delas e
                                                 do planeta

                                                                                                               Isabel Clemente

     [...]O excesso que pauta a ideia do que precisamos ter para viver está tirando a noção de muita gente. Desde que os sacos de pipoca quadruplicaram de tamanho passamos a acumular em casa e no corpo os excessos da vida insustentável. Consumimos e comemos demais. A obesidade como epidemia, inclusive entre crianças, é a prova material disso. Está faltando freio. Ostentar virou um modo de vida numa sociedade cheia de peças faltando. E abro um parêntese importante aqui para dizer que mania de acumulação não é privilégio dos ricos, muito menos dos famosos. Pode ser que as celebridades, depois das declarações públicas, promovam uma doação em peso de tudo que ganharam e, para não magoar ninguém, façam segredo disso. Vai saber.
      O apego é um hábito ruim e democrático: assola pessoas das mais variadas classes. E não afetam só o fulano que pode se tornar um consumidor compulsivo eternamente insatisfeito, como até pesquisas mostram. Há males nesse comportamento que prejudicam todos ao redor.
     Pesquisadores da Northwestern University (EUA) encontraram uma forte correlação entre indivíduos materialistas e um comportamento antissocial, egoísta e competitivo. Segundo esse estudo, que foi publicado em 2012, a tendência da pessoa materialista é apresentar um nível maior de ansiedade e insatisfação com a própria vida. São pessoas que costumam dar ênfase demais a si mesmas e não se envolvem de forma profunda e colaborativa com os demais, de acordo com os experimentos conduzidos por psicólogos e médicos.
      O egoísta é aquele que depois vai, no mínimo, estacionar o carro na vaga de cadeirante ou de idoso sem pertencer a nenhuma das duas categorias porque “precisava urgentemente". A urgência dele é sempre maior do que a do outro.
     A identidade de uma pessoa não depende apenas de sua índole. Sofre influência do ambiente e da interação até circunstancial com os outros. Por um complexo sistema de trocas subjetivas é que o aprendizado acontece enquanto incorpora valores nos quais acredita. Se ela cresce acostumada à ideia de que precisa de muito, jamais saberá o que é lidar com pouco, não entenderá a diferença entre o que é e o que tem, desenvolvendo grandes chances de buscar aceitação social por aquilo que possui.
     Dosar as posses dos nossos filhos é algo que está em nossas mãos durante um certo (e curto) período da vida deles. É uma atitude que, por um lado, ensina um pouco sobre desprendimento e, por outro, auxilia na organização da própria vida. Cabe aos responsáveis estabelecer regras e apresentar propostas sadias para que o quarto do filho - e consequentemente a vida dele - não se torne um depósito infinito de tudo que ele irá ganhar durante a vida.
      Crianças requerem atenção redobrada porque são seres em formação. Estão mais propensas a terem o foco desviado. Presas fáceis dos comerciais na televisão, conhecem todos os brinquedos que não têm. Querem quase tudo porque está para nascer o ser humano imune a tanto apelo. Ensiná- las nesse ambiente adverso dá mais trabalho. Passa pelo exemplo e pelo convencimento, ou você ouvirá da sua filha de quatro anos que seu armário também está cheio de roupas, quando a ela for negado um novo brinquedinho no mesmo dia em que você tiver comprado uma blusa.
      Lá em casa, chegada a hora de se desfazer de brinquedos e roupas, sempre rolam discussões e argumentações que aos poucos constroem nas crianças um pouco dos princípios nos quais eu e meu marido acreditamos. É preciso abrir mão enquanto o brinquedo e a roupa forem úteis e bons a quem os herdar. Não podemos ter vergonha daquilo que estamos doando. E se sentir saudade depois daquilo que perdeu, ótimo, faz parte do crescimento também saber lidar com perdas.
      Crianças que possuem demais sofrem do mesmo mal do adulto obrigado a fazer escolhas em demasia todos os dias, não valorizam o que têm, perdem tempo e sentem-se perdidas.
      Essa é a lógica que procuro empregar na minha vida, mas quem ouviu aquele disparate da filha de quatro anos fui eu.

                                                         Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/isabel-clem...
                                                                             noticia/2014/02/criancas-que-bpossuem-demaisb.html

Em “Lá em casa, chegada a hora de se desfazer de brinquedos e roupas...”, a vírgula foi utilizada
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                                       Crianças que possuem demais
                   Elas já tendem a acumular muita tralha, não comece essa
                   loucura antes mesmo de elas nascerem, pelo bem delas e
                                                 do planeta

                                                                                                               Isabel Clemente

     [...]O excesso que pauta a ideia do que precisamos ter para viver está tirando a noção de muita gente. Desde que os sacos de pipoca quadruplicaram de tamanho passamos a acumular em casa e no corpo os excessos da vida insustentável. Consumimos e comemos demais. A obesidade como epidemia, inclusive entre crianças, é a prova material disso. Está faltando freio. Ostentar virou um modo de vida numa sociedade cheia de peças faltando. E abro um parêntese importante aqui para dizer que mania de acumulação não é privilégio dos ricos, muito menos dos famosos. Pode ser que as celebridades, depois das declarações públicas, promovam uma doação em peso de tudo que ganharam e, para não magoar ninguém, façam segredo disso. Vai saber.
      O apego é um hábito ruim e democrático: assola pessoas das mais variadas classes. E não afetam só o fulano que pode se tornar um consumidor compulsivo eternamente insatisfeito, como até pesquisas mostram. Há males nesse comportamento que prejudicam todos ao redor.
     Pesquisadores da Northwestern University (EUA) encontraram uma forte correlação entre indivíduos materialistas e um comportamento antissocial, egoísta e competitivo. Segundo esse estudo, que foi publicado em 2012, a tendência da pessoa materialista é apresentar um nível maior de ansiedade e insatisfação com a própria vida. São pessoas que costumam dar ênfase demais a si mesmas e não se envolvem de forma profunda e colaborativa com os demais, de acordo com os experimentos conduzidos por psicólogos e médicos.
      O egoísta é aquele que depois vai, no mínimo, estacionar o carro na vaga de cadeirante ou de idoso sem pertencer a nenhuma das duas categorias porque “precisava urgentemente". A urgência dele é sempre maior do que a do outro.
     A identidade de uma pessoa não depende apenas de sua índole. Sofre influência do ambiente e da interação até circunstancial com os outros. Por um complexo sistema de trocas subjetivas é que o aprendizado acontece enquanto incorpora valores nos quais acredita. Se ela cresce acostumada à ideia de que precisa de muito, jamais saberá o que é lidar com pouco, não entenderá a diferença entre o que é e o que tem, desenvolvendo grandes chances de buscar aceitação social por aquilo que possui.
     Dosar as posses dos nossos filhos é algo que está em nossas mãos durante um certo (e curto) período da vida deles. É uma atitude que, por um lado, ensina um pouco sobre desprendimento e, por outro, auxilia na organização da própria vida. Cabe aos responsáveis estabelecer regras e apresentar propostas sadias para que o quarto do filho - e consequentemente a vida dele - não se torne um depósito infinito de tudo que ele irá ganhar durante a vida.
      Crianças requerem atenção redobrada porque são seres em formação. Estão mais propensas a terem o foco desviado. Presas fáceis dos comerciais na televisão, conhecem todos os brinquedos que não têm. Querem quase tudo porque está para nascer o ser humano imune a tanto apelo. Ensiná- las nesse ambiente adverso dá mais trabalho. Passa pelo exemplo e pelo convencimento, ou você ouvirá da sua filha de quatro anos que seu armário também está cheio de roupas, quando a ela for negado um novo brinquedinho no mesmo dia em que você tiver comprado uma blusa.
      Lá em casa, chegada a hora de se desfazer de brinquedos e roupas, sempre rolam discussões e argumentações que aos poucos constroem nas crianças um pouco dos princípios nos quais eu e meu marido acreditamos. É preciso abrir mão enquanto o brinquedo e a roupa forem úteis e bons a quem os herdar. Não podemos ter vergonha daquilo que estamos doando. E se sentir saudade depois daquilo que perdeu, ótimo, faz parte do crescimento também saber lidar com perdas.
      Crianças que possuem demais sofrem do mesmo mal do adulto obrigado a fazer escolhas em demasia todos os dias, não valorizam o que têm, perdem tempo e sentem-se perdidas.
      Essa é a lógica que procuro empregar na minha vida, mas quem ouviu aquele disparate da filha de quatro anos fui eu.

                                                         Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/isabel-clem...
                                                                             noticia/2014/02/criancas-que-bpossuem-demaisb.html

Em “Estão mais propensas a terem o foco desviado.”, a oração destacada exerce função de
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Q507253 Português
                                       Crianças que possuem demais
                   Elas já tendem a acumular muita tralha, não comece essa
                   loucura antes mesmo de elas nascerem, pelo bem delas e
                                                 do planeta

                                                                                                               Isabel Clemente

     [...]O excesso que pauta a ideia do que precisamos ter para viver está tirando a noção de muita gente. Desde que os sacos de pipoca quadruplicaram de tamanho passamos a acumular em casa e no corpo os excessos da vida insustentável. Consumimos e comemos demais. A obesidade como epidemia, inclusive entre crianças, é a prova material disso. Está faltando freio. Ostentar virou um modo de vida numa sociedade cheia de peças faltando. E abro um parêntese importante aqui para dizer que mania de acumulação não é privilégio dos ricos, muito menos dos famosos. Pode ser que as celebridades, depois das declarações públicas, promovam uma doação em peso de tudo que ganharam e, para não magoar ninguém, façam segredo disso. Vai saber.
      O apego é um hábito ruim e democrático: assola pessoas das mais variadas classes. E não afetam só o fulano que pode se tornar um consumidor compulsivo eternamente insatisfeito, como até pesquisas mostram. Há males nesse comportamento que prejudicam todos ao redor.
     Pesquisadores da Northwestern University (EUA) encontraram uma forte correlação entre indivíduos materialistas e um comportamento antissocial, egoísta e competitivo. Segundo esse estudo, que foi publicado em 2012, a tendência da pessoa materialista é apresentar um nível maior de ansiedade e insatisfação com a própria vida. São pessoas que costumam dar ênfase demais a si mesmas e não se envolvem de forma profunda e colaborativa com os demais, de acordo com os experimentos conduzidos por psicólogos e médicos.
      O egoísta é aquele que depois vai, no mínimo, estacionar o carro na vaga de cadeirante ou de idoso sem pertencer a nenhuma das duas categorias porque “precisava urgentemente". A urgência dele é sempre maior do que a do outro.
     A identidade de uma pessoa não depende apenas de sua índole. Sofre influência do ambiente e da interação até circunstancial com os outros. Por um complexo sistema de trocas subjetivas é que o aprendizado acontece enquanto incorpora valores nos quais acredita. Se ela cresce acostumada à ideia de que precisa de muito, jamais saberá o que é lidar com pouco, não entenderá a diferença entre o que é e o que tem, desenvolvendo grandes chances de buscar aceitação social por aquilo que possui.
     Dosar as posses dos nossos filhos é algo que está em nossas mãos durante um certo (e curto) período da vida deles. É uma atitude que, por um lado, ensina um pouco sobre desprendimento e, por outro, auxilia na organização da própria vida. Cabe aos responsáveis estabelecer regras e apresentar propostas sadias para que o quarto do filho - e consequentemente a vida dele - não se torne um depósito infinito de tudo que ele irá ganhar durante a vida.
      Crianças requerem atenção redobrada porque são seres em formação. Estão mais propensas a terem o foco desviado. Presas fáceis dos comerciais na televisão, conhecem todos os brinquedos que não têm. Querem quase tudo porque está para nascer o ser humano imune a tanto apelo. Ensiná- las nesse ambiente adverso dá mais trabalho. Passa pelo exemplo e pelo convencimento, ou você ouvirá da sua filha de quatro anos que seu armário também está cheio de roupas, quando a ela for negado um novo brinquedinho no mesmo dia em que você tiver comprado uma blusa.
      Lá em casa, chegada a hora de se desfazer de brinquedos e roupas, sempre rolam discussões e argumentações que aos poucos constroem nas crianças um pouco dos princípios nos quais eu e meu marido acreditamos. É preciso abrir mão enquanto o brinquedo e a roupa forem úteis e bons a quem os herdar. Não podemos ter vergonha daquilo que estamos doando. E se sentir saudade depois daquilo que perdeu, ótimo, faz parte do crescimento também saber lidar com perdas.
      Crianças que possuem demais sofrem do mesmo mal do adulto obrigado a fazer escolhas em demasia todos os dias, não valorizam o que têm, perdem tempo e sentem-se perdidas.
      Essa é a lógica que procuro empregar na minha vida, mas quem ouviu aquele disparate da filha de quatro anos fui eu.

                                                         Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/isabel-clem...
                                                                             noticia/2014/02/criancas-que-bpossuem-demaisb.html

“Crianças que possuem demais sofrem do mesmo mal do adulto obrigado a fazer escolhas em demasia todos os dias, não valorizam o que têm, perdem tempo e sentem-se perdidas".

No excerto acima, o termo destacado recebeu acento circunflexo para
Alternativas
Q507254 Raciocínio Lógico
Gustavo comeu 3 pedaços de uma pizza inteira, cada pedaço com 1/6 do total. Sendo assim, quanto dessa pizza Gustavo comeu?
Alternativas
Q507255 Raciocínio Lógico
Um aluno fez uma prova simulada com 80 questões. Se ele errou 30% das questões, quantas ele acertou?
Alternativas
Q507256 Raciocínio Lógico
Em uma escola infantil, quatro crianças estão em volta de uma mesa quadrada fazendo seus desenhos. João desenhou um avião. Há também um que fez uma casa, outro que fez um carro e outro que fez um cachorro. José está sentado à direita de João e Carlos à direita da criança que desenhou a casa. Por sua vez, Paulo, que não desenhou o carro, encontra- se à frente de José. Sendo assim, podemos afirmar que
Alternativas
Q507257 Raciocínio Lógico
Para acessar um site, uma pessoa precisa digitar uma senha composta por quatro grupos de números. Cada grupo possui quatro números e, a partir do segundo grupo, o grupo segue um padrão em relação ao anterior.

1230 – 2329 – 3418 – XXXX


Qual é o quarto grupo de senha que, colocado no lugar de XXXX, faria a pessoa ter acesso ao site?
Alternativas
Q507258 Raciocínio Lógico
Quando calculamos 15% de 1130, obtemos como resultado
Alternativas
Q507259 Legislação Federal
A EBSERH, respeitado o princípio da autonomia universitária, poderá prestar os serviços relacionados às suas competências mediante contrato com as instituições federais de ensino ou instituições congêneres. A este respeito, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.

I. No âmbito destes contratos, os servidores titulares de cargo efetivo ou em comissão em exercício na instituição pública federal de ensino ou instituição congênere que exerçam atividades relacionadas ao objeto da EBSERH poderão ser a ela cedidos para a realização de atividades de assistência à saúde e administrativas.

II. Aos servidores cedidos ficam assegurados os direitos e as vantagens a que façam jus no órgão ou entidade de origem.

III. As instituições públicas federais de ensino e as instituições congêneres, no âmbito e durante a vigência do contrato, ficam autorizadas a ceder à EBSERH, os bens e direitos necessários à sua execução.

IV. Ao término do contrato com a EBSERH, os bens cedidos serão incorporados ao patrimônio da EBSERH.
Alternativas
Q507260 Legislação Federal
O Conselho Consultivo é órgão permanente da EBSERH e será presidido
Alternativas
Q507261 Legislação Federal
Sobre a EBSERH, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q507262 Regimento Interno
De acordo com o Regimento Interno da EBSERH, o Plano de Cargos Carreiras e Salários, o Plano de Benefícios e o Plano de Cargos em Comissão e Funções Gratifcadas, após aprovação pelo Conselho de Administração, serão submetidos à aprovação
Alternativas
Q507263 Legislação Federal
Compete ao Conselho de Administração, EXCETO
Alternativas
Respostas
1: B
2: D
3: A
4: E
5: C
6: D
7: E
8: D
9: A
10: E
11: B
12: E
13: C
14: A
15: D
16: A
17: C
18: D
19: B
20: E