TEXTO 1
O que galáxias distantes dizem sobre a
evolução do Universo
Observar galáxias distantes nos ajuda a montar o
quebra-cabeça do Universo: quanto mais longe
enxergamos, mais ao passado voltamos
Seria legal se pudéssemos passar um filminho
revelando a história das galáxias e ver também
como era a Via Láctea no passado. Mas, como
não podemos, temos que observar as galáxias
distantes e tentar montar o quebra-cabeça de
como esses astros fantásticos evoluem.
O telescópio espacial Hubble é peça-chave para
desvendar essa história. Com ele, conseguimos
captar a luz com mais nitidez, já que ela não sofre
interferência da atmosfera, mas mesmo assim
temos que deixá-lo aberto por muito tempo para
obter a luz fraquinha das galáxias distantes.
Em 1995, o ex-diretor do Hubble, Bob Williams, fez
a primeira imagem das profundezas do Universo
exatamente assim. A equipe do Hubble escolheu
uma região do céu sem nenhuma estrela brilhante
por perto para garantir que não interferisse na
imagem das galáxias de fundo. E deixou o Hubble
aberto durante dez dias captando a luz da mesma
região. Uma região do céu que parecia totalmente
vazia mostrou uma imagem incrível cravejada de
galáxias.
O Universo é como se fosse uma “máquina do
tempo”: quanto mais longe enxergamos, mais ao
passado voltamos. Se vemos uma galáxia a 1
bilhão de anos-luz de nós, significa que a sua luz
levou 1 bilhão de anos atravessando o espaço
para chegar até aqui. Ou seja, estamos vendo a
galáxia como ela era há 1 bilhão de anos, no
passado, e não como ela é agora.
Desde a imagem histórica feita pelo Hubble, já
tivemos muitas outras das profundezas do
Universo. E elas revelam que as galáxias mais
longínquas parecem bem pequenas por causa da
distância, como era de se esperar, mas
descobrimos também que elas são realmente
menores e não possuem formatos bem definidos.
Isso significa que elas crescem e se transformam
com o tempo.
A galáxia mais distante já observada é a GN-z11,
que está a 13,4 bilhões de anos-luz de nós! Ou
seja, estamos vendo como ela era quando o Universo tinha apenas 400 milhões de anos. Ela
fica na constelação de Ursa Maior e parece um
pontinho vermelho na imagem do Hubble.
Essas galáxias muito distantes estão se afastando
aceleradamente de nós, por isso vemos sua luz
sempre mais avermelhada do que deveria ser.
Porém, nem os olhos humanos nem o Hubble
conseguem captar o extremo da luz vermelha que
precisamos obter para ver mais além.
Por isso, necessitamos de instrumentos como o
telescópio James Webb. Ele captará luz
infravermelha e enxergará ainda mais longe que o
Hubble. Seu lançamento está previsto para 2021,
segundo a Nasa, e estamos muito empolgadas
com a enxurrada de novas peças para ajudar a
solucionar nosso quebra-cabeça galáctico.
Fonte: Adaptado de:
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2020/01/oque-galaxias-distantes-dizem-sobre-evolucao-do-universo.html.
Acesso em: 19 jan. 2020.
TEXTO 2
Fonte: Adaptado de: http://1.bp.blogspot.com/-oSNjvAa_uZE/TgIuBsIiMXI/AAAAAAAAAN0/R208RGfxPoQ/s1600/as%2Bcobras%2B11.jpg.
Acesso em: 19 jan. 2020.