Paciente de 58 anos, que relata tabagismo de
40 anos-maço, cessado há um ano, quando
recebeu o diagnóstico de DPOC durante uma
internação hospitalar, foi admitido à
emergência com história de tosse crônica
agravada nos últimos 10 dias, expectoração
espessa, abundante e esverdeada e piora da
dispneia, que era grau 2 antes do quadro
atual. Traz espirometria realizada há cerca de
10 meses, que mostra relação VEF1/CVF =
0,54, CVF = 3,85l (80% do predito) e VEF1 =
2,1l (55%) do predito, sem variação
significativa após o uso do broncodilatador.
Seu IMC = 32, diz ser hipertenso e fazer uso
de metformina duas vezes ao dia para
“prevenção de diabetes”. Há dois anos, foi
submetido a um cateterismo cardíaco com
colocação de 2 stents em artérias coronárias.
Faz uso regular de losartana 50 mg BID,
metoprolol 50 mg MID, AAS 100 mg MID,
formoterol/ budesonida 12/400 mg BID, além
da metformina. Ao exame, estava afebril,
corado, sem edemas, sem ingurgitamento
jugular, com SO2 = 94% em ar ambiente, FR =
20 irpm, PA = 140/85 mmHg. A FC era
variável, entre 80 e 106 bpm. A radiografia do
tórax mostrava área cardíaca normal,
hiperaeração difusa e espessamento
peribrônquico. O hemograma mostrou Hb =
16 g/dl, leucócitos = 9950, sem desvio à
esquerda, eosinófilos = 1,2% (140/mm3
),
Proteina C reativa = 35 mg/l. O ECG
evidenciou FA com resposta ventricular
± 100.
Em relação ao paciente apresentado na
questão anterior, o diagnóstico de DPOC foi
confirmado pela espirometria e sua
classificação atual, segundo o documento
GOLD 2020, é