Contudo, se a teoria clássica é apenas aplicável ao caso do
pleno emprego, torna-se obviamente enganoso aplicá-la aos
problemas de desemprego involuntário – supondo-se que
tal coisa exista (e quem o negará?). Os teóricos da escola
clássica são comparáveis aos geômetras euclidianos em um
mundo não euclidiano, os quais, descobrindo que, na
realidade, as linhas aparentemente paralelas se encontram
com muita frequência, as criticam por não se conservarem
retas, como único recurso contra as desastrosas interseções
que se produzem. Sendo esta a realidade, não há, de fato,
nenhuma outra solução a não ser rejeitar o axioma das
paralelas e elaborar uma geometria não euclidiana. (Keynes, 1996, p. 54.)
A teoria clássica criticada por John Maynard Keynes tem
como seus principais autores: