Questões de Concurso Público Prefeitura de Colômbia - SP 2021 para Fonoaudiólogo

Foram encontradas 40 questões

Q1811379 Fonoaudiologia
As fissuras labiopalatinas são o resultado de malformações congênitas e podem comprometer o lábio, o rebordo alveolar, o palato duro e o palato mole; podem ser unilateral, bilateral ou mediana, completa ou incompleta. De acordo com as características mencionadas anteriormente, o recém-nato terá dificuldades específicas quanto à amamentação. São orientações fornecidas às mães sobre a alimentação em casos de bebês com fissura pré-forame isolada sem comprometimento do palato:
I. Realizar ordenha. II. Realizar amamentação natural exclusiva. III. Realizar uso do copo, seringa ou conta-gotas.
Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s)
Alternativas
Q1811380 Fonoaudiologia
No âmbito da linguagem, o tratamento fonoaudiológico tem como base o conhecimento do caso e o diagnóstico. A avaliação fonoaudiológica de uma criança, cuja família apresenta como queixa atraso de linguagem irá contemplar, além de outros aspectos, a observação das funções comunicativas e das habilidades conversacionais da criança. A análise irá incluir, por exemplo, se a criança usa a linguagem para satisfazer uma necessidade, se usa a linguagem para interagir com o outro.” As informações se tratam do aspecto:
Alternativas
Q1811381 Fonoaudiologia
Paciente, 56 anos, hipertenso, relata ter sido acometido por Acidente Vascular Encefálico (AVC) em tronco encefálico, sendo a lesão no neurônio motor inferior; apresenta hipernasalidade, voz soprosa e articulação imprecisa das consoantes. O quadro clínico hipotético se refere à disartria:
Alternativas
Q1811382 Fonoaudiologia
De acordo a Organização Mundial de Saúde (2002), a proposta de cuidados paliativos consiste na abordagem que tem como objetivo aprimorar a qualidade de vida das pessoas e suas famílias diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida. Deve ser aplicada assim que é realizado o diagnóstico da doença incurável, tendo como finalidade o alívio do sofrimento aliado ao tratamento dos problemas, seja de ordem física, psíquica, psicossocial ou espiritual. Assim, o Fonoaudiólogo é um dos componentes da equipe em cuidados paliativos. No que se refere à intervenção fonoaudiológica no âmbito do atendimento pediátrico em cuidados paliativos, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A estratégia indicada quanto à alimentação via oral deve ter como objetivo possibilitar ser mais prolongada quanto possível. ( ) Para que a criança aceite a dieta com a garantia de segurança, deve ser implementada uma estratégia para o estabelecimento de pausas respiratórias nos ciclos respiratórios de sucção-respiração-deglutição. ( ) Para crianças em que há indicação de pequenas porções de dieta sólida por via oral, é indicada a dieta seca ou amassada. ( ) Sabores marcantes, mesmo que agradáveis para a criança, não aumentam o input sensorial e não facilitam a deglutição.
A sequência está correta em 
Alternativas
Q1812529 Português
Texto para responder à questão.

Sob o feitiço dos livros
   Nietzsche estava certo: “De manhã cedo, quando o dia nasce, quando tudo está nascendo — ler um livro é simplesmente algo depravado”. É o que sinto ao andar pelas manhãs pelos maravilhosos caminhos da fazenda Santa Elisa, do Instituto Agronômico de Campinas. Procuro esquecer-me de tudo que li nos livros. É preciso que a cabeça esteja vazia de pensamentos para que os olhos possam ver. Aprendi isso lendo Alberto Caeiro, especialista inigualável na difícil arte de ver. Dizia ele que “pensar é estar doente dos olhos”.
   Mas meus esforços são frustrados. As coisas que vejo são como o beijo do príncipe: elas vão acordando os poemas que aprendi de cor e que agora estão adormecidos na minha memória. Assim, ao não pensar da visão, une-se o não- -pensar da poesia. E penso que o meu mundo seria muito pobre se em mim não estivessem os livros que li e amei. Pois, se não sabem, somente as coisas amadas são guardadas na memória poética, lugar da beleza.
   “Aquilo que a memória amou fica eterno”, tal como o disse a Adélia Prado, amiga querida. Os livros que amo não me deixam. Caminham comigo. Há os livros que moram na cabeça e vão se desgastando com o tempo. Esses, eu deixo em casa. Mas há os livros que moram no corpo. Esses são eternamente jovens. Como no amor, uma vez não chega. De novo, de novo, de novo...
   Um amigo me telefonou. Tinha uma casa em Cabo Frio. Convidou-me. Gostei. Mas meu sorriso entortou quando disse: “Vão também cinco adolescentes...”. Adolescentes podem ser uma alegria. Mas podem ser também uma perturbação para o espírito. Assim, resolvi tomar minhas providências. Comprei uma arma de amansar adolescentes. Um livro. Uma versão condensada da “Odisseia”, de Homero, as fantásticas viagens de Ulisses de volta à casa, por mares traiçoeiros... 
   Primeiro dia: praia; almoço; sono. Lá pelas cinco, os dorminhocos acordaram, sem ter o que fazer. E antes que tivessem ideias próprias eu tomei a iniciativa. Com voz autoritária, dirigi-me a eles, ainda sob o efeito do torpor: “Ei, vocês... Venham cá na sala. Quero lhes mostrar uma coisa”. Não consultei as bases. Teria sido terrível. Uma decisão democrática das bases optaria por ligar a televisão. Claro. Como poderiam decidir por uma coisa que ignoravam? Peguei o livro e comecei a leitura. Ao espanto inicial seguiu-se silêncio  e atenção. Vi, pelos seus olhos, que já estavam sob o domínio do encantamento. Daí para frente foi uma coisa só. Não me deixavam. Por onde quer que eu fosse, lá vinham eles com a “Odisseia” na mão, pedindo que eu lesse mais. Nem na praia me deram descanso.
   Essa experiência me fez pensar que deve haver algo errado na afirmação que sempre se repete de que os adolescentes não gostam da leitura. Sei que, como regra, não gostam de ler. O que não é a mesma coisa que não gostar da leitura. Lembro-me da escola primária que frequentei. Havia uma aula de leitura. Era a aula que mais amávamos. A professora lia para que nós ouvíssemos. Leu todo o Monteiro Lobato. E leu aqueles livros que se liam naqueles tempos: “Heidi”, “Poliana”, “A Ilha do Tesouro”.
   Quando a aula terminava, era a tristeza. Mas o bom mesmo é que não havia provas ou avaliações. Era prazer puro. E estava certo. Porque esse é o objetivo da literatura: prazer. O que os exames vestibulares tentam fazer é transformar a literatura em informações que podem ser armazenadas na cabeça. Mas o lugar da literatura não é a cabeça: é o coração. A literatura é feita com as palavras que desejam morar no corpo. Somente assim ela provoca as transformações alquímicas que deseja realizar. Se não concordam, que leiam João Guimarães Rosa, que dizia que literatura é feitiçaria que se faz com o sangue do coração humano.
(ALVES, Rubem. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ folha/sinapse/ult1063u727.shtml.)
Acerca do primeiro e segundo parágrafos, pode-se afirmar que:
Alternativas
Respostas
36: B
37: D
38: A
39: C
40: D