Questões de Concurso Público Câmara de São Joaquim da Barra - SP 2023 para Oficial Legislativo
Foram encontradas 40 questões
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP - Oficial Legislativo |
Q2266558
Português
Texto associado
Analfabetismo
Gosto dos algarismos, porque não são de meias medidas
nem de metáforas. Eles dizem as coisas pelo seu nome, às vezes um nome feio, mas não havendo outro, não o escolhem.
São sinceros, francos, ingênuos. As letras fizeram-se para frases: o algarismo não tem frases, nem retórica.
Assim, por exemplo, um homem, o leitor ou eu, querendo falar do nosso país dirá:
— Quando uma Constituição livre pôs nas mãos de um
povo o seu destino, força é que este povo caminhe para o futuro com as bandeiras do progresso desfraldadas. A soberania
nacional reside nas Câmaras; as Câmaras são a representação
nacional. A opinião pública deste país é o magistrado último,
o supremo tribunal dos homens e das coisas. Peço à nação
que decida entre mim e o Sr. Fidélis Teles de Meireles Queles;
ela possui nas mãos o direito a todos superior a todos os direitos.
A isto responderá o algarismo com a maior simplicidade:
— A nação não sabe ler. Há só 30% dos indivíduos residentes neste país que podem ler; desses uns 9% não leem letra de mão. 70% jazem em profunda ignorância. Não saber ler
é ignorar o Sr. Meireles Queles: é não saber o que ele vale, o
que ele pensa, o que ele quer; nem se realmente pode querer
ou pensar. 70% dos cidadãos votam do mesmo modo que respiram: sem saber por que nem o quê. Votam como vão à festa
da Penha, — por divertimento. A Constituição é para eles uma
coisa inteiramente desconhecida. Estão prontos para tudo:
uma revolução ou um golpe de Estado.
Replico eu:
— Mas, Sr. Algarismo, creio que as instituições…
— As instituições existem, mas por e para 30% dos cidadãos. Proponho uma reforma no estilo político. Não se deve
dizer: “consultar a nação, representantes da nação, os poderes da nação”; mas — “consultar os 30%, representantes dos
30%, poderes dos 30%”. A opinião pública é uma metáfora
sem base: há só a opinião dos 30%. Um deputado que disser
na Câmara: “Sr. Presidente, falo deste modo porque os 30%
nos ouvem…” dirá uma coisa extremamente sensata.
E eu não sei que se possa dizer ao algarismo, se ele falar
desse modo, porque nós não temos base segura para os nossos discursos, e ele tem o recenseamento.
(ASSIS, Machado. Analfabetismo. In: Crônicas Escolhidas. São Paulo:
Editora Ática S.A, 1994.)
De acordo com a natureza e função gramatical das palavras
destacadas no enunciado, pode-se afirmar que pertencem a
uma mesma classe os termos destacados a seguir, EXCETO:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP - Oficial Legislativo |
Q2266559
Português
Texto associado
Analfabetismo
Gosto dos algarismos, porque não são de meias medidas
nem de metáforas. Eles dizem as coisas pelo seu nome, às vezes um nome feio, mas não havendo outro, não o escolhem.
São sinceros, francos, ingênuos. As letras fizeram-se para frases: o algarismo não tem frases, nem retórica.
Assim, por exemplo, um homem, o leitor ou eu, querendo falar do nosso país dirá:
— Quando uma Constituição livre pôs nas mãos de um
povo o seu destino, força é que este povo caminhe para o futuro com as bandeiras do progresso desfraldadas. A soberania
nacional reside nas Câmaras; as Câmaras são a representação
nacional. A opinião pública deste país é o magistrado último,
o supremo tribunal dos homens e das coisas. Peço à nação
que decida entre mim e o Sr. Fidélis Teles de Meireles Queles;
ela possui nas mãos o direito a todos superior a todos os direitos.
A isto responderá o algarismo com a maior simplicidade:
— A nação não sabe ler. Há só 30% dos indivíduos residentes neste país que podem ler; desses uns 9% não leem letra de mão. 70% jazem em profunda ignorância. Não saber ler
é ignorar o Sr. Meireles Queles: é não saber o que ele vale, o
que ele pensa, o que ele quer; nem se realmente pode querer
ou pensar. 70% dos cidadãos votam do mesmo modo que respiram: sem saber por que nem o quê. Votam como vão à festa
da Penha, — por divertimento. A Constituição é para eles uma
coisa inteiramente desconhecida. Estão prontos para tudo:
uma revolução ou um golpe de Estado.
Replico eu:
— Mas, Sr. Algarismo, creio que as instituições…
— As instituições existem, mas por e para 30% dos cidadãos. Proponho uma reforma no estilo político. Não se deve
dizer: “consultar a nação, representantes da nação, os poderes da nação”; mas — “consultar os 30%, representantes dos
30%, poderes dos 30%”. A opinião pública é uma metáfora
sem base: há só a opinião dos 30%. Um deputado que disser
na Câmara: “Sr. Presidente, falo deste modo porque os 30%
nos ouvem…” dirá uma coisa extremamente sensata.
E eu não sei que se possa dizer ao algarismo, se ele falar
desse modo, porque nós não temos base segura para os nossos discursos, e ele tem o recenseamento.
(ASSIS, Machado. Analfabetismo. In: Crônicas Escolhidas. São Paulo:
Editora Ática S.A, 1994.)
Considerando que as três pessoas do discurso estão presentes nas estruturas enunciativas da língua, de acordo com o
contexto apresentado, é possível afirmar que, no texto:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP - Oficial Legislativo |
Q2266560
Português
Texto associado
Analfabetismo
Gosto dos algarismos, porque não são de meias medidas
nem de metáforas. Eles dizem as coisas pelo seu nome, às vezes um nome feio, mas não havendo outro, não o escolhem.
São sinceros, francos, ingênuos. As letras fizeram-se para frases: o algarismo não tem frases, nem retórica.
Assim, por exemplo, um homem, o leitor ou eu, querendo falar do nosso país dirá:
— Quando uma Constituição livre pôs nas mãos de um
povo o seu destino, força é que este povo caminhe para o futuro com as bandeiras do progresso desfraldadas. A soberania
nacional reside nas Câmaras; as Câmaras são a representação
nacional. A opinião pública deste país é o magistrado último,
o supremo tribunal dos homens e das coisas. Peço à nação
que decida entre mim e o Sr. Fidélis Teles de Meireles Queles;
ela possui nas mãos o direito a todos superior a todos os direitos.
A isto responderá o algarismo com a maior simplicidade:
— A nação não sabe ler. Há só 30% dos indivíduos residentes neste país que podem ler; desses uns 9% não leem letra de mão. 70% jazem em profunda ignorância. Não saber ler
é ignorar o Sr. Meireles Queles: é não saber o que ele vale, o
que ele pensa, o que ele quer; nem se realmente pode querer
ou pensar. 70% dos cidadãos votam do mesmo modo que respiram: sem saber por que nem o quê. Votam como vão à festa
da Penha, — por divertimento. A Constituição é para eles uma
coisa inteiramente desconhecida. Estão prontos para tudo:
uma revolução ou um golpe de Estado.
Replico eu:
— Mas, Sr. Algarismo, creio que as instituições…
— As instituições existem, mas por e para 30% dos cidadãos. Proponho uma reforma no estilo político. Não se deve
dizer: “consultar a nação, representantes da nação, os poderes da nação”; mas — “consultar os 30%, representantes dos
30%, poderes dos 30%”. A opinião pública é uma metáfora
sem base: há só a opinião dos 30%. Um deputado que disser
na Câmara: “Sr. Presidente, falo deste modo porque os 30%
nos ouvem…” dirá uma coisa extremamente sensata.
E eu não sei que se possa dizer ao algarismo, se ele falar
desse modo, porque nós não temos base segura para os nossos discursos, e ele tem o recenseamento.
(ASSIS, Machado. Analfabetismo. In: Crônicas Escolhidas. São Paulo:
Editora Ática S.A, 1994.)
A partir das características textuais apresentadas, pode-se
afirmar que “Analfabetismo” se trata de um texto:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP - Oficial Legislativo |
Q2266561
Português
Texto associado
Analfabetismo
Gosto dos algarismos, porque não são de meias medidas
nem de metáforas. Eles dizem as coisas pelo seu nome, às vezes um nome feio, mas não havendo outro, não o escolhem.
São sinceros, francos, ingênuos. As letras fizeram-se para frases: o algarismo não tem frases, nem retórica.
Assim, por exemplo, um homem, o leitor ou eu, querendo falar do nosso país dirá:
— Quando uma Constituição livre pôs nas mãos de um
povo o seu destino, força é que este povo caminhe para o futuro com as bandeiras do progresso desfraldadas. A soberania
nacional reside nas Câmaras; as Câmaras são a representação
nacional. A opinião pública deste país é o magistrado último,
o supremo tribunal dos homens e das coisas. Peço à nação
que decida entre mim e o Sr. Fidélis Teles de Meireles Queles;
ela possui nas mãos o direito a todos superior a todos os direitos.
A isto responderá o algarismo com a maior simplicidade:
— A nação não sabe ler. Há só 30% dos indivíduos residentes neste país que podem ler; desses uns 9% não leem letra de mão. 70% jazem em profunda ignorância. Não saber ler
é ignorar o Sr. Meireles Queles: é não saber o que ele vale, o
que ele pensa, o que ele quer; nem se realmente pode querer
ou pensar. 70% dos cidadãos votam do mesmo modo que respiram: sem saber por que nem o quê. Votam como vão à festa
da Penha, — por divertimento. A Constituição é para eles uma
coisa inteiramente desconhecida. Estão prontos para tudo:
uma revolução ou um golpe de Estado.
Replico eu:
— Mas, Sr. Algarismo, creio que as instituições…
— As instituições existem, mas por e para 30% dos cidadãos. Proponho uma reforma no estilo político. Não se deve
dizer: “consultar a nação, representantes da nação, os poderes da nação”; mas — “consultar os 30%, representantes dos
30%, poderes dos 30%”. A opinião pública é uma metáfora
sem base: há só a opinião dos 30%. Um deputado que disser
na Câmara: “Sr. Presidente, falo deste modo porque os 30%
nos ouvem…” dirá uma coisa extremamente sensata.
E eu não sei que se possa dizer ao algarismo, se ele falar
desse modo, porque nós não temos base segura para os nossos discursos, e ele tem o recenseamento.
(ASSIS, Machado. Analfabetismo. In: Crônicas Escolhidas. São Paulo:
Editora Ática S.A, 1994.)
Interrompendo a fala anterior, o personagem expressa
suas ideias como pode ser observado no trecho a seguir:
“— As instituições existem, mas por e para 30% dos cidadãos.” (8º§). Tal fragmento demonstra:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP - Oficial Legislativo |
Q2266562
Português
Texto associado
Analfabetismo
Gosto dos algarismos, porque não são de meias medidas
nem de metáforas. Eles dizem as coisas pelo seu nome, às vezes um nome feio, mas não havendo outro, não o escolhem.
São sinceros, francos, ingênuos. As letras fizeram-se para frases: o algarismo não tem frases, nem retórica.
Assim, por exemplo, um homem, o leitor ou eu, querendo falar do nosso país dirá:
— Quando uma Constituição livre pôs nas mãos de um
povo o seu destino, força é que este povo caminhe para o futuro com as bandeiras do progresso desfraldadas. A soberania
nacional reside nas Câmaras; as Câmaras são a representação
nacional. A opinião pública deste país é o magistrado último,
o supremo tribunal dos homens e das coisas. Peço à nação
que decida entre mim e o Sr. Fidélis Teles de Meireles Queles;
ela possui nas mãos o direito a todos superior a todos os direitos.
A isto responderá o algarismo com a maior simplicidade:
— A nação não sabe ler. Há só 30% dos indivíduos residentes neste país que podem ler; desses uns 9% não leem letra de mão. 70% jazem em profunda ignorância. Não saber ler
é ignorar o Sr. Meireles Queles: é não saber o que ele vale, o
que ele pensa, o que ele quer; nem se realmente pode querer
ou pensar. 70% dos cidadãos votam do mesmo modo que respiram: sem saber por que nem o quê. Votam como vão à festa
da Penha, — por divertimento. A Constituição é para eles uma
coisa inteiramente desconhecida. Estão prontos para tudo:
uma revolução ou um golpe de Estado.
Replico eu:
— Mas, Sr. Algarismo, creio que as instituições…
— As instituições existem, mas por e para 30% dos cidadãos. Proponho uma reforma no estilo político. Não se deve
dizer: “consultar a nação, representantes da nação, os poderes da nação”; mas — “consultar os 30%, representantes dos
30%, poderes dos 30%”. A opinião pública é uma metáfora
sem base: há só a opinião dos 30%. Um deputado que disser
na Câmara: “Sr. Presidente, falo deste modo porque os 30%
nos ouvem…” dirá uma coisa extremamente sensata.
E eu não sei que se possa dizer ao algarismo, se ele falar
desse modo, porque nós não temos base segura para os nossos discursos, e ele tem o recenseamento.
(ASSIS, Machado. Analfabetismo. In: Crônicas Escolhidas. São Paulo:
Editora Ática S.A, 1994.)
Considerando o uso dos “porquês”, está correta a afirmativa
sobre o trecho destacado “Gosto dos algarismos, porque não
são de meias medidas nem de metáforas.” (1º§) indicada em:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP - Oficial Legislativo |
Q2266563
Português
Texto associado
Analfabetismo
Gosto dos algarismos, porque não são de meias medidas nem de metáforas. Eles dizem as coisas pelo seu nome, às vezes um nome feio, mas não havendo outro, não o escolhem. São sinceros, francos, ingênuos. As letras fizeram-se para frases: o algarismo não tem frases, nem retórica.
Assim, por exemplo, um homem, o leitor ou eu, querendo falar do nosso país dirá:
— Quando uma Constituição livre pôs nas mãos de um povo o seu destino, força é que este povo caminhe para o futuro com as bandeiras do progresso desfraldadas. A soberania nacional reside nas Câmaras; as Câmaras são a representação nacional. A opinião pública deste país é o magistrado último, o supremo tribunal dos homens e das coisas. Peço à nação que decida entre mim e o Sr. Fidélis Teles de Meireles Queles; ela possui nas mãos o direito a todos superior a todos os direitos.
A isto responderá o algarismo com a maior simplicidade:
— A nação não sabe ler. Há só 30% dos indivíduos residentes neste país que podem ler; desses uns 9% não leem letra de mão. 70% jazem em profunda ignorância. Não saber ler é ignorar o Sr. Meireles Queles: é não saber o que ele vale, o que ele pensa, o que ele quer; nem se realmente pode querer ou pensar. 70% dos cidadãos votam do mesmo modo que respiram: sem saber por que nem o quê. Votam como vão à festa da Penha, — por divertimento. A Constituição é para eles uma coisa inteiramente desconhecida. Estão prontos para tudo: uma revolução ou um golpe de Estado.
Replico eu:
— Mas, Sr. Algarismo, creio que as instituições…
— As instituições existem, mas por e para 30% dos cidadãos. Proponho uma reforma no estilo político. Não se deve dizer: “consultar a nação, representantes da nação, os poderes da nação”; mas — “consultar os 30%, representantes dos 30%, poderes dos 30%”. A opinião pública é uma metáfora sem base: há só a opinião dos 30%. Um deputado que disser na Câmara: “Sr. Presidente, falo deste modo porque os 30% nos ouvem…” dirá uma coisa extremamente sensata.
E eu não sei que se possa dizer ao algarismo, se ele falar desse modo, porque nós não temos base segura para os nossos discursos, e ele tem o recenseamento.
(ASSIS, Machado. Analfabetismo. In: Crônicas Escolhidas. São Paulo: Editora Ática S.A, 1994.)
Sobre a tirinha a seguir, pode-se afirmar que:
(Disponível em: <https://demografiaunicamp.wordpress.com/2013/05/31/analfabetismo-machado-de-assis/>)
(Disponível em: <https://demografiaunicamp.wordpress.com/2013/05/31/analfabetismo-machado-de-assis/>)
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP - Oficial Legislativo |
Q2266564
Português
Texto associado
Analfabetismo
Gosto dos algarismos, porque não são de meias medidas nem de metáforas. Eles dizem as coisas pelo seu nome, às vezes um nome feio, mas não havendo outro, não o escolhem. São sinceros, francos, ingênuos. As letras fizeram-se para frases: o algarismo não tem frases, nem retórica.
Assim, por exemplo, um homem, o leitor ou eu, querendo falar do nosso país dirá:
— Quando uma Constituição livre pôs nas mãos de um povo o seu destino, força é que este povo caminhe para o futuro com as bandeiras do progresso desfraldadas. A soberania nacional reside nas Câmaras; as Câmaras são a representação nacional. A opinião pública deste país é o magistrado último, o supremo tribunal dos homens e das coisas. Peço à nação que decida entre mim e o Sr. Fidélis Teles de Meireles Queles; ela possui nas mãos o direito a todos superior a todos os direitos.
A isto responderá o algarismo com a maior simplicidade:
— A nação não sabe ler. Há só 30% dos indivíduos residentes neste país que podem ler; desses uns 9% não leem letra de mão. 70% jazem em profunda ignorância. Não saber ler é ignorar o Sr. Meireles Queles: é não saber o que ele vale, o que ele pensa, o que ele quer; nem se realmente pode querer ou pensar. 70% dos cidadãos votam do mesmo modo que respiram: sem saber por que nem o quê. Votam como vão à festa da Penha, — por divertimento. A Constituição é para eles uma coisa inteiramente desconhecida. Estão prontos para tudo: uma revolução ou um golpe de Estado.
Replico eu:
— Mas, Sr. Algarismo, creio que as instituições…
— As instituições existem, mas por e para 30% dos cidadãos. Proponho uma reforma no estilo político. Não se deve dizer: “consultar a nação, representantes da nação, os poderes da nação”; mas — “consultar os 30%, representantes dos 30%, poderes dos 30%”. A opinião pública é uma metáfora sem base: há só a opinião dos 30%. Um deputado que disser na Câmara: “Sr. Presidente, falo deste modo porque os 30% nos ouvem…” dirá uma coisa extremamente sensata.
E eu não sei que se possa dizer ao algarismo, se ele falar desse modo, porque nós não temos base segura para os nossos discursos, e ele tem o recenseamento.
(ASSIS, Machado. Analfabetismo. In: Crônicas Escolhidas. São Paulo: Editora Ática S.A, 1994.)
Sintaticamente, os termos destacados têm a mesma função
na oração em que foram empregados, com EXCEÇÃO de:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP - Oficial Legislativo |
Q2266565
Português
Texto associado
Analfabetismo
Gosto dos algarismos, porque não são de meias medidas nem de metáforas. Eles dizem as coisas pelo seu nome, às vezes um nome feio, mas não havendo outro, não o escolhem. São sinceros, francos, ingênuos. As letras fizeram-se para frases: o algarismo não tem frases, nem retórica.
Assim, por exemplo, um homem, o leitor ou eu, querendo falar do nosso país dirá:
— Quando uma Constituição livre pôs nas mãos de um povo o seu destino, força é que este povo caminhe para o futuro com as bandeiras do progresso desfraldadas. A soberania nacional reside nas Câmaras; as Câmaras são a representação nacional. A opinião pública deste país é o magistrado último, o supremo tribunal dos homens e das coisas. Peço à nação que decida entre mim e o Sr. Fidélis Teles de Meireles Queles; ela possui nas mãos o direito a todos superior a todos os direitos.
A isto responderá o algarismo com a maior simplicidade:
— A nação não sabe ler. Há só 30% dos indivíduos residentes neste país que podem ler; desses uns 9% não leem letra de mão. 70% jazem em profunda ignorância. Não saber ler é ignorar o Sr. Meireles Queles: é não saber o que ele vale, o que ele pensa, o que ele quer; nem se realmente pode querer ou pensar. 70% dos cidadãos votam do mesmo modo que respiram: sem saber por que nem o quê. Votam como vão à festa da Penha, — por divertimento. A Constituição é para eles uma coisa inteiramente desconhecida. Estão prontos para tudo: uma revolução ou um golpe de Estado.
Replico eu:
— Mas, Sr. Algarismo, creio que as instituições…
— As instituições existem, mas por e para 30% dos cidadãos. Proponho uma reforma no estilo político. Não se deve dizer: “consultar a nação, representantes da nação, os poderes da nação”; mas — “consultar os 30%, representantes dos 30%, poderes dos 30%”. A opinião pública é uma metáfora sem base: há só a opinião dos 30%. Um deputado que disser na Câmara: “Sr. Presidente, falo deste modo porque os 30% nos ouvem…” dirá uma coisa extremamente sensata.
E eu não sei que se possa dizer ao algarismo, se ele falar desse modo, porque nós não temos base segura para os nossos discursos, e ele tem o recenseamento.
(ASSIS, Machado. Analfabetismo. In: Crônicas Escolhidas. São Paulo: Editora Ática S.A, 1994.)
Dentre os grupos de palavras a seguir, possuem a mesma
justificativa gramatical para o emprego da acentuação gráfica as indicadas em:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP - Oficial Legislativo |
Q2266566
Português
Texto associado
Analfabetismo
Gosto dos algarismos, porque não são de meias medidas nem de metáforas. Eles dizem as coisas pelo seu nome, às vezes um nome feio, mas não havendo outro, não o escolhem. São sinceros, francos, ingênuos. As letras fizeram-se para frases: o algarismo não tem frases, nem retórica.
Assim, por exemplo, um homem, o leitor ou eu, querendo falar do nosso país dirá:
— Quando uma Constituição livre pôs nas mãos de um povo o seu destino, força é que este povo caminhe para o futuro com as bandeiras do progresso desfraldadas. A soberania nacional reside nas Câmaras; as Câmaras são a representação nacional. A opinião pública deste país é o magistrado último, o supremo tribunal dos homens e das coisas. Peço à nação que decida entre mim e o Sr. Fidélis Teles de Meireles Queles; ela possui nas mãos o direito a todos superior a todos os direitos.
A isto responderá o algarismo com a maior simplicidade:
— A nação não sabe ler. Há só 30% dos indivíduos residentes neste país que podem ler; desses uns 9% não leem letra de mão. 70% jazem em profunda ignorância. Não saber ler é ignorar o Sr. Meireles Queles: é não saber o que ele vale, o que ele pensa, o que ele quer; nem se realmente pode querer ou pensar. 70% dos cidadãos votam do mesmo modo que respiram: sem saber por que nem o quê. Votam como vão à festa da Penha, — por divertimento. A Constituição é para eles uma coisa inteiramente desconhecida. Estão prontos para tudo: uma revolução ou um golpe de Estado.
Replico eu:
— Mas, Sr. Algarismo, creio que as instituições…
— As instituições existem, mas por e para 30% dos cidadãos. Proponho uma reforma no estilo político. Não se deve dizer: “consultar a nação, representantes da nação, os poderes da nação”; mas — “consultar os 30%, representantes dos 30%, poderes dos 30%”. A opinião pública é uma metáfora sem base: há só a opinião dos 30%. Um deputado que disser na Câmara: “Sr. Presidente, falo deste modo porque os 30% nos ouvem…” dirá uma coisa extremamente sensata.
E eu não sei que se possa dizer ao algarismo, se ele falar desse modo, porque nós não temos base segura para os nossos discursos, e ele tem o recenseamento.
(ASSIS, Machado. Analfabetismo. In: Crônicas Escolhidas. São Paulo: Editora Ática S.A, 1994.)
Considerando as relações de subordinação existentes e estabelecidas entre o termo regente e o termo regido, subordinado ao primeiro, identifique a adaptação cuja correção é
real de acordo com a Norma Padrão da Língua (alterações semânticas deverão ser ignoradas):
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP - Oficial Legislativo |
Q2266567
Português
Texto associado
Analfabetismo
Gosto dos algarismos, porque não são de meias medidas nem de metáforas. Eles dizem as coisas pelo seu nome, às vezes um nome feio, mas não havendo outro, não o escolhem. São sinceros, francos, ingênuos. As letras fizeram-se para frases: o algarismo não tem frases, nem retórica.
Assim, por exemplo, um homem, o leitor ou eu, querendo falar do nosso país dirá:
— Quando uma Constituição livre pôs nas mãos de um povo o seu destino, força é que este povo caminhe para o futuro com as bandeiras do progresso desfraldadas. A soberania nacional reside nas Câmaras; as Câmaras são a representação nacional. A opinião pública deste país é o magistrado último, o supremo tribunal dos homens e das coisas. Peço à nação que decida entre mim e o Sr. Fidélis Teles de Meireles Queles; ela possui nas mãos o direito a todos superior a todos os direitos.
A isto responderá o algarismo com a maior simplicidade:
— A nação não sabe ler. Há só 30% dos indivíduos residentes neste país que podem ler; desses uns 9% não leem letra de mão. 70% jazem em profunda ignorância. Não saber ler é ignorar o Sr. Meireles Queles: é não saber o que ele vale, o que ele pensa, o que ele quer; nem se realmente pode querer ou pensar. 70% dos cidadãos votam do mesmo modo que respiram: sem saber por que nem o quê. Votam como vão à festa da Penha, — por divertimento. A Constituição é para eles uma coisa inteiramente desconhecida. Estão prontos para tudo: uma revolução ou um golpe de Estado.
Replico eu:
— Mas, Sr. Algarismo, creio que as instituições…
— As instituições existem, mas por e para 30% dos cidadãos. Proponho uma reforma no estilo político. Não se deve dizer: “consultar a nação, representantes da nação, os poderes da nação”; mas — “consultar os 30%, representantes dos 30%, poderes dos 30%”. A opinião pública é uma metáfora sem base: há só a opinião dos 30%. Um deputado que disser na Câmara: “Sr. Presidente, falo deste modo porque os 30% nos ouvem…” dirá uma coisa extremamente sensata.
E eu não sei que se possa dizer ao algarismo, se ele falar desse modo, porque nós não temos base segura para os nossos discursos, e ele tem o recenseamento.
(ASSIS, Machado. Analfabetismo. In: Crônicas Escolhidas. São Paulo: Editora Ática S.A, 1994.)
Considerando-se o tipo textual apresentado pelo autor por
meio dos fatos mencionados, assim como o tema tratado,
pode-se inferir por meio dos efeitos de sentido provocados
pelos diálogos que ocorrem, bem como pela fala do autor,
que a questão tratada atribui ao texto a característica de:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP - Oficial Legislativo |
Q2266568
Raciocínio Lógico
Após uma polêmica votação de certo Projeto de Lei na Câmara, os vereadores: Anjo; Bela; Cifro; Dado; e, Eila foram
questionados pela população sobre terem votado a favor
ou contra a aprovação do referido Projeto de Lei, pois apenas um dos vereadores votou a favor. As declarações dadas
pelos vereadores foram:
• Anjo: Quem votou a favor foi o Dado.
• Bela: Cifro não votou a favor.
• Cifro: Eila votou a favor.
• Dado: Eu não votei a favor.
• Eila: Anjo votou a favor.
Sabendo-se que apenas um dos vereadores fez uma declaração verdadeira, conclui-se que quem votou a favor do Projeto de Lei foi:
• Anjo: Quem votou a favor foi o Dado.
• Bela: Cifro não votou a favor.
• Cifro: Eila votou a favor.
• Dado: Eu não votei a favor.
• Eila: Anjo votou a favor.
Sabendo-se que apenas um dos vereadores fez uma declaração verdadeira, conclui-se que quem votou a favor do Projeto de Lei foi:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP - Oficial Legislativo |
Q2266569
Matemática
Geovaldo é oficial legislativo e almoça no restaurante próximo à Câmara Municipal, onde a comida é cobrada pelo seu
peso, sendo R$ 80,00 o preço do quilograma. Devido a sua
disciplina alimentar, o prato de Geovaldo é montando com
uma proporção de 2 partes de carboidrato para 3 de proteína e 4 de salada. Certo dia, ele pesou o prato de seu almoço
no restaurante e constatou que deveria pagar o total de
R$ 57,60. Considerando esta situação, quantos gramas de
carboidrato Geovaldo consumiu neste dia?
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP - Oficial Legislativo |
Q2266570
Matemática
Na Câmara Municipal trabalham 8 oficiais legislativos com
carga horária de 6 horas por dia e o custo para manter esses
profissionais é de R$ 60.000,00 por mês. Se forem contratados mais 6 oficiais legislativos, remunerados de forma proporcional aos demais, mas com carga horária de 8 horas por
dia, o custo semestral para manter todos estes oficiais será
um valor compreendido entre:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP - Oficial Legislativo |
Q2266571
Matemática
Precisa-se comprar uma nova mesa de madeira para as reuniões semanais da Câmara Municipal. A mesa terá 2,5 centímetros de espessura, no formato de coroa circular com
borda externa de raio 5 metros e 2 metros de largura, conforme demostra a imagem, cuja área em cinza representa
a madeira:
Considerando que cada 100 cm3 da madeira escolhida possui 400 gramas e adotando-se π = 3, a massa total desta mesa refere-se a:
Considerando que cada 100 cm3 da madeira escolhida possui 400 gramas e adotando-se π = 3, a massa total desta mesa refere-se a:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP - Oficial Legislativo |
Q2266572
Raciocínio Lógico
A mesa diretora da Câmara Municipal de determinada cidade é composta por 3 vereadores, escolhidos entre os 11
que exercem o mandato eletivo. Sabendo-se que há 8 mulheres e 3 homens entre os vereadores em exercício do mandato, caso esta mesa diretora fosse escolhida aleatoriamente, a probabilidade de que a equipe eleita tenha pelo menos
um homem compreende o intervalo entre:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP - Oficial Legislativo |
Q2266573
Noções de Informática
CPU, considerado o principal item de hardware do computador, é a sigla para Central Processing Unit, que significa Unidade Central de Processamento. Considerando este importante hardware, assinale, a seguir, a(s) sua(s) função(ões).
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP - Oficial Legislativo |
Q2266574
Noções de Informática
O Sistema Operacional MS-DOS é responsável pela comunicação entre o usuário e o computador, permitindo a execução de diversos comandos. Em relação às características do
MS-DOS, assinale a afirmativa correta.
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP - Oficial Legislativo |
Q2266575
Noções de Informática
No editor de texto Microsoft Word 2016, o comando substituir (Ctrl+U), disponível na guia Página Inicial, tem a função
de localizar um texto e substituí-lo por outro. Para que o
usuário possa, por exemplo, especificar apenas letras maiúsculas ou minúsculas em sua pesquisa, ele deverá clicar
em:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP - Oficial Legislativo |
Q2266576
Banco de Dados
O Banco de Dados (BD) é uma coleção organizada de dados
que contém registros sobre pessoas, instituições, lugares, entre outros. Em um BD relacional, o componente responsável
por armazenar os dados denomina-se:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de São Joaquim da Barra - SP
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP - Oficial Legislativo |
Q2266577
Redes de Computadores
Durante a transmissão de dados, os sinais digitais sofrem
ruídos que podem introduzir erros nos bits binários que
partem do emissor para o receptor. A técnica utilizada para
detectar erros na transmissão de dados em uma rede de
comunicação é: