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O engajamento das escolas
O voluntariado também vem sendo estimulado em algumas escolas brasileiras, como a que Cidades e Soluções mostrou no Rio de Janeiro.
Um colégio centenário, com 1.800 alunos, conta desde
2006 com um Departamento de Ação Social encarregado de
organizar frentes de ação voluntária. O objetivo é mobilizar
os alunos que queiram ajudar instituições em dificuldade,
escolhidas pela própria escola.
O tempo doado para o serviço voluntário não conflita com
as aulas. É hora extra, sem aferição de nota, embora seja entendido pela escola como um projeto pedagógico, por estimular valores éticos aos cidadãos.
Acompanhamos a ida de uma turma de alunos ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, onde é grande
o número de pacientes internados que são abandonados pelas
próprias famílias. As visitas são raras, especialmente para
aqueles que vêm de longe se tratar na unidade de saúde. Os
alunos recebem previamente orientações sobre como devem
proceder, e rapidamente oferecem companhia para conversar,
disputar algum jogo, alegrando o ambiente onde ficam os pacientes internados.
Entrevistamos Pedro, aluno do 1º ano do Ensino Médio,
que fazia sua terceira visita ao Instituto: “Eu ganho o sentimento de dever cumprido. Tenho a sensação de que consegui levar alegria e descontração, tornando o cotidiano dos
pacientes mais leve, num lugar tão pesado que é um hospital, onde vida e morte estão sempre lado a lado. Levamos
alegria para as pessoas, deixando a estadia delas mais leve
às sextas-feiras”.
(TRIGUEIRO, André. Cidades e soluções: como construir uma sociedade
sustentável. Rio de Janeiro: LeYa, 2017. Fragmento.)