Ah, Isoldaxina!
Era suave o semblante da jovem Isoldaxina. Exceto quando tinha de pronunciar seu nome. Morria de vergonha toda vez
que precisava preencher algum cadastro na cidade. Para ela, Isoldaxina faria muito mais sentido se estivesse escrito em uma
caixa de remédios.
O sobrenome também não ajudava: Misântera. E quanto aos apelidos… melhor nem comentar.
Certo dia, conheceu um homem gentil, de olhar cândido e palavras tênues. Ele lhe ofereceu uma bebida e perguntou o
nome dela. Isoldaxina ruborizou. E agora? Será que ele faria uma cara de estranheza? Tentaria segurar o riso?
Quando ela criou coragem e disse “Isoldaxina”, ele sorriu. Um sorriso gentil e amável. Em seguida, apresentou-se: Rufólgeno
Duarte.
Foram felizes para sempre!
(MARTINS, Juliano. Disponível em: https://corrosiva.com.br/cronicas/isoldaxina/. Acesso em: 26/07/2023.)