Os militantes e intelectuais que adotam o termo raça não o
adotam no sentido biológico, pelo contrário, todos sabem e
concordam com os atuais estudos da genética de que não
existem raças humanas. Na realidade, eles trabalham o
termo raça atribuindo-lhe um significado político construído
a partir da análise do tipo de racismo que existe no contexto
brasileiro e considerando as dimensões histórica e cultural
que este nos remete. Por isso, muitas vezes, alguns intelectuais, ao se referirem ao segmento negro utilizam o termo
étnico-racial, demonstrando que estão considerando uma
multiplicidade de dimensões e questões que envolvem a história, a cultura e a vida dos negros no Brasil.
(GOMES, 2005a, p. 47.)
A promulgação da Lei nº 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino da História da África e Cultura Afro-brasileira,
significou um grande avanço na luta pela superação dos preconceitos contra os descendentes africanos. Uma vez que: