Questões de Concurso Público Prefeitura de Cacoal - RO 2024 para Oficial do Magistério - História
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O ensino de história é um fenômeno social, e não somente um fenômeno da educação formal. É integrado por todos os esforços por estabelecer sentidos para o tempo experienciado pela coletividade. Pode ser encarado como um processo de constituição de identidade que é uma constante antropológica.
(HELLER, Agnes, 1993.)
Dessa forma, faz-se necessário entender que o “ensino de história” deve ser visto como:
Texto I
Projeto de Lei que restringe o uso de celulares em salas de aula é debatido na Alesp
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo promoveu um debate sobre a restrição do uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos nas escolas, tema proposto pelo Projeto de Lei nº 293/2024. Participaram da discussão médicos pediatras, profissionais da educação e alunos que abordaram sobre os benefícios em ambiente escolar.
(Disponível em: https://www.al.sp.gov.br. Acesso em: agosto de 2024. Adaptado.)
Texto II
Para Moura (2010), mobile learning ou m-learning refere-se ao uso de dispositivos móveis, particularmente o celular (smartphone), dentro e fora da sala de aula, com propósitos de aprendizagem. É possível reconhecer nas tecnologias móveis o potencial para atividades de aprendizagem, permitindo gerar conhecimento em contextos autênticos que promova aprendizagem colaborativa, como processo eminentemente social, garantido a interação entre participantes e além de um currículo formal.
(Moura, 2010.)
Os textos anteriores, embora de certa forma mencionem elementos semelhantes, tratam de situações divergentes. Em relação a essa e outras mídias, no que tange à aprendizagem da história e em outras áreas, percebe-se que:
“Mas, afinal, para que serve a história?” Essa pergunta, tantas vezes ouvida, lida e escrita por muitos de nós, não encerra nenhum enigma, ou mistério, mas remete-nos para uma, mais do que necessária, explicação. Muitos confundem história com cronologia, outros deambulam à volta do tempo e do passado e poucos se concentram na sua verdadeira dimensão social e humana. Sim, porque a verdadeira essência da ciência histórica é o social e o humano, interligados, evidentemente.
(Disponível em: https://www.cefopna.edu.pt/revista/. Acesso em: agosto de 2024.)
A história é uma ciência social que estuda as ações humanas ao longo do tempo e no espaço, sendo considerada um conhecimento humano. A afirmação da história como fundamentada em um método que expresse uma verdade e fiabilidade científica são importantes. A esse respeito:
O primeiro traço a destacar-se, no estudo do caso brasileiro, é o da origem colonial. É preciso distinguir, ainda, no amplo quadro da origem colonial (que abrange todos os continentes, salvo a Europa) que, no caso do Brasil, trata-se antes de mais nada, de uma “civilização” transplantada. Os elementos destinados à empresa de “colonização”, isto é, de ocupação produtiva – no caso do Brasil – provém do exterior, são para aqui transplantados, tanto os senhores – os que exploram o trabalho alheio – como os trabalhadores – os escravos.
(SODRÉ, 1994, p. 04.)
Destarte, a colonização exploradora e expropriativa nestas terras brasileiras deixaram como legado, em relação especificamente à formação da sociedade brasileira:
A latinidade sempre foi uma construção híbrida, em que concluiu as contribuições dos países Mediterrâneo da Europa, o Índio Americano e o Migrações Africanas. Atualmente, essas fusões são aspectos constitutivos da América Latina que são ampliados em interação com o Anglo devido à volumosa presença de migrantes e produtos culturais latinos nos Estados Unidos. No caso do Brasil, embora também tenha a diversidade como um elemento fundante em suas culturas, o nacionalismo das décadas de 1930 e 1940 procurou construir uma identidade unificadora na qual pouco se percebia as diferenças dos elementos constituintes da nação.
(LUCAS, 2000.)
No Brasil, de uma certa forma, em alguns momentos, houve a cristalização de algumas visões que hoje chegam a fazer parte do imaginário ou do histórico nacional como, por exemplo:
Havendo se elevado esta cidade à alta hierarquia de ser hoje Corte do Brasil [...] não pode nem deve continuar a conservar antigos costumes que apenas podiam tolerar-se, quando era reputada com uma Colônia e que desde muito tempo não sofrem em povoações cultas e de perfeita civilização [...] testemunhos da antiga Condição de Conquista e Colônia, concorrendo para estabelecer a sua Corte e fazê-la mais notável aos olhos das Nações Estrangeiras. (ANRJ – cód.323, v.1. fl. 88-88v.)
(MEIRELLES, 2015.)
O excerto se refere a um edital da intendência da polícia que já enunciava claramente a posição adquirida pela cidade como capital do Império Português, agora com sede nos trópicos. Essas e outras mudanças, relativas especificamente ao cotidiano da cidade, mostram, em parte, a preocupação de que:
As forças centrífugas que impediam a constituição de ordenamentos políticos estáveis e unificados na América Latina começam a desaparecer a partir da vitória das oligarquias primário-exportadoras, quando essas oligarquias finalmente encontraram uma condição de mercado onde estivessem respaldados os seus interesses dominantes ou melhor uma solidariedade econômico-social.
O decisivo para debelar a instabilidade interna foi a nova forma de vínculo com o mercado mundial.
(Torres Rivas, 1987, p. 66.)
O momento da consolidação do Estado nacional pode ter coincidido com a afirmação de um produto primário para exportação que pudesse fazer frente às dificuldades de ordenamento econômico das sociedades latino-americanas, mas foi resultado também:
A expressão mais destacada do processo de constituição do Estado nacional argentino foi a emergência dos caudilhos. A independência, com seu corolário de transformações, trouxe aos caudilhos uma ameaça a interesses específicos, que então passam a ser combatidos. A guerra civil será um reflexo da luta dos caudilhos pela garantia de privilégios de que dispunham no período colonial, contrariando projetos políticos que se desenvolvem na tentativa de uma organização nacional.
(C. Guazzelli, 1990, p. 34.)
Os demais projetos políticos que emergem no cenário da organização do Estado nacional argentino, especificamente:
A expansão do capitalismo monopolista no Brasil não foi um efeito do desenvolvimento capitalista no seu interior. Essa transição para um novo padrão de acúmulo de capital se deu pela reorganização do aparelho de Estado, pela militarização do poder político estatal e, também, pela reorientação da política econômica orquestrada pelo Estado brasileiro.
(FERNANDES, 2006.)
Dentre as características fundamentais (e gerais) relativas às especificidades da inserção dos monopólios no Brasil e seus resultados, podemos apontar: