Questões de Concurso Público Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES 2024 para Cuidador Social
Foram encontradas 40 questões
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Cuidador Social |
Q2360101
Não definido
Em uma instituição de acolhimento, um cuidador social percebe que um idoso residente expressa o desejo de receber assistência sob a ótica de suas crenças religiosas. O idoso manifesta o desejo de realizar determinadas práticas religiosas. O cuidador, por sua vez, questiona sobre como conciliar a assistência ao idoso respeitando suas convicções religiosas. Considerando os princípios constitucionais que garantem a liberdade de consciência e crença, a proteção aos locais de culto e suas liturgias, assim como a prestação de assistência religiosa em instituições de acolhimento, assinale a alternativa que melhor reflete a abordagem adequada do cuidador social para atender às necessidades do idoso de acordo com suas crenças religiosas:
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Cuidador Social |
Q2360102
Não definido
Num contexto global, é notável a mobilização de diversas organizações e governos internacionais em prol da proteção e promoção dos direitos das crianças. Em consonância com documentos normativos tratados internacionais, como a Declaração Universal dos Direitos da Criança, essas entidades visam garantir um ambiente propício ao desenvolvimento pleno e saudável das crianças, registrando-as como sujeitos de direitos. Considerando a Declaração Universal dos Direitos da Criança, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A criança necessita de amor e compreensão para o desenvolvimento pleno e harmonioso de sua personalidade; sempre que possível, deverá crescer com o amparo e sob a responsabilidade de seus pais de acordo com o Princípio VI.
( ) A criança tem direito a receber educação escolar, a qual será gratuita e obrigatória, em todas as etapas de sua vida.
( ) O interesse superior da criança deverá ser o interesse diretor daqueles que têm a responsabilidade por sua educação e orientação; tal responsabilidade incumbe, em primeira instância, a seus pais.
( ) Não se deverá permitir que a criança trabalhe independentemente da idade; em caso algum será permitido que a criança dedique-se, ou a ela se imponha, qualquer ocupação ou emprego que possa prejudicar sua saúde ou sua educação.
( ) A concessão de subsídios governamentais para a manutenção de crianças em situação de vulnerabilidade é uma prática recomendada pelos princípios da Declaração Universal dos Direitos da Criança.
A sequência está correta em
( ) A criança necessita de amor e compreensão para o desenvolvimento pleno e harmonioso de sua personalidade; sempre que possível, deverá crescer com o amparo e sob a responsabilidade de seus pais de acordo com o Princípio VI.
( ) A criança tem direito a receber educação escolar, a qual será gratuita e obrigatória, em todas as etapas de sua vida.
( ) O interesse superior da criança deverá ser o interesse diretor daqueles que têm a responsabilidade por sua educação e orientação; tal responsabilidade incumbe, em primeira instância, a seus pais.
( ) Não se deverá permitir que a criança trabalhe independentemente da idade; em caso algum será permitido que a criança dedique-se, ou a ela se imponha, qualquer ocupação ou emprego que possa prejudicar sua saúde ou sua educação.
( ) A concessão de subsídios governamentais para a manutenção de crianças em situação de vulnerabilidade é uma prática recomendada pelos princípios da Declaração Universal dos Direitos da Criança.
A sequência está correta em
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Cuidador Social |
Q2360103
Não definido
O Estatuto da Pessoa Idosa representa um marco significativo na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, reconhecendo e respeitando os direitos dessa parcela significativa da sociedade. Considerando o Estatuto da Pessoa Idosa, considere o seguinte cenário: Maria, uma pessoa idosa, decide participar de um concurso público para uma vaga que exige habilidades específicas à sua formação profissional. Após realizar as tentativas, ela se deparou com a informação de que as primeiras seleções de desempate é a idade, sendo dada preferência ao candidato de idade mais elevada. Diante dessa situação, assinale a afirmativa correta.
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Cuidador Social |
Q2360104
Não definido
O Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) regulamenta a execução das medidas socioeducativas destinadas a adolescente que pratique ato infracional. Considerando os Entes Federativos e suas competências estabelecidas no Sinase, relacione adequadamente as colunas a seguir.
1. União.
2. Estados.
3. Municípios.
( ) Criar e manter programas de atendimento para a execução das medidas socioeducativas em meio aberto.
( ) Contribuir para a qualificação e ação em rede dos Sistemas de Atendimento Socioeducativo.
( ) Garantir defesa técnica do adolescente a quem se atribua prática de ato infracional.
( ) Estabelecer diretrizes sobre a organização e funcionamento das unidades e programas de atendimento e as normas de referência destinadas ao cumprimento das medidas socioeducativas de internação e semiliberdade.
( ) Criar, desenvolver e manter programas para a execução das medidas socioeducativas de semiliberdade e internação.
( ) Cadastrar-se no Sistema Nacional de Informações sobre o Atendimento Socioeducativo e fornecer regularmente os dados necessários ao povoamento e à atualização do Sistema.
A sequência está correta em
1. União.
2. Estados.
3. Municípios.
( ) Criar e manter programas de atendimento para a execução das medidas socioeducativas em meio aberto.
( ) Contribuir para a qualificação e ação em rede dos Sistemas de Atendimento Socioeducativo.
( ) Garantir defesa técnica do adolescente a quem se atribua prática de ato infracional.
( ) Estabelecer diretrizes sobre a organização e funcionamento das unidades e programas de atendimento e as normas de referência destinadas ao cumprimento das medidas socioeducativas de internação e semiliberdade.
( ) Criar, desenvolver e manter programas para a execução das medidas socioeducativas de semiliberdade e internação.
( ) Cadastrar-se no Sistema Nacional de Informações sobre o Atendimento Socioeducativo e fornecer regularmente os dados necessários ao povoamento e à atualização do Sistema.
A sequência está correta em
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Cuidador Social |
Q2360105
Não definido
O Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa da Criança e Adolescente e à Convivência Familiar e Comunitária institui que todas as entidades que oferecem acolhimento institucional, independente da modalidade de atendimento, devem atender aos pressupostos do ECA destacando as obrigações deste serviço. Considerando os destaques que o Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa da Criança e Adolescente e à Convivência Familiar e Comunitária dá em relação ao acolhimento institucional, com base no conteúdo apresentado, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) As entidades que oferecem o acolhimento institucional devem estar localizadas em áreas residenciais, sem distanciar-se excessivamente, do ponto de vista geográfico, da realidade de origem das crianças e adolescentes acolhidos.
( ) Atender crianças e adolescentes com deficiência de forma especial às demais crianças e adolescentes, observando as normas de acessibilidade e capacitando seu corpo de funcionários para o atendimento adequado às suas demandas específicas.
( ) Os serviços de acolhimento institucional deverão estar localizados em áreas urbanas, independentemente da realidade de origem das crianças e adolescentes acolhidos.
( ) Preparar gradativamente a criança e o adolescente para o processo de desligamento, nos casos de reintegração à família de origem ou de encaminhamento para adoção.
( ) O atendimento deve ser oferecido em grandes grupos para promover a socialização de crianças e adolescentes juntos.
A sequência está correta em
( ) As entidades que oferecem o acolhimento institucional devem estar localizadas em áreas residenciais, sem distanciar-se excessivamente, do ponto de vista geográfico, da realidade de origem das crianças e adolescentes acolhidos.
( ) Atender crianças e adolescentes com deficiência de forma especial às demais crianças e adolescentes, observando as normas de acessibilidade e capacitando seu corpo de funcionários para o atendimento adequado às suas demandas específicas.
( ) Os serviços de acolhimento institucional deverão estar localizados em áreas urbanas, independentemente da realidade de origem das crianças e adolescentes acolhidos.
( ) Preparar gradativamente a criança e o adolescente para o processo de desligamento, nos casos de reintegração à família de origem ou de encaminhamento para adoção.
( ) O atendimento deve ser oferecido em grandes grupos para promover a socialização de crianças e adolescentes juntos.
A sequência está correta em
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Cuidador Social |
Q2360106
Não definido
O Programa de Famílias Acolhedoras caracteriza-se como um serviço que organiza o acolhimento, na residência de famílias acolhedoras, de crianças e adolescentes afastados da família de origem mediante medida protetiva. Representa uma modalidade de atendimento que visa oferecer proteção integral às crianças e aos adolescentes até que seja possível a reintegração familiar. Tal programa prevê metodologia de funcionamento que contemple:
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Cuidador Social |
Q2360107
Não definido
Considerando os objetivos sobre a gestão descentralizada e participativa no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) , analise a seguir a situação hipotética: um município, em parceria com o estado e a União, busca consolidar a gestão compartilhada, promovendo o cofinanciamento e a cooperação técnica na execução de ações de assistência social. Além disso, o município está comprometido em integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios sociais. Diante dessa situação, é correto afirmar que o município
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Cuidador Social |
Q2360108
Não definido
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos é uma iniciativa realizada em grupos, organizada de acordo com os ciclos de vida dos usuários. Seu objetivo principal é fornecer a esses usuários aquisições progressivas, complementando o trabalho social realizado com as famílias e prevenindo situações de risco social. Considerando a descrição geral e específica do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, assinale a afirmativa correta.
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Cuidador Social |
Q2360109
Não definido
O “Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas” tem como principal objetivo a prevenção de situações que possam levar ao rompimento de vínculos familiares e sociais dos usuários. Busca garantir direitos, desenvolver mecanismos para inclusão social, equalização de oportunidades e promover a participação e autonomia de pessoas com deficiência e idosos, considerando suas necessidades individuais e sociais. O serviço visa prevenir riscos, exclusão e isolamento, atuando diretamente nos casos desses indivíduos. Considerando o “Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas”, assinale a afirmativa que apresenta corretamente seus objetivos.
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Cuidador Social |
Q2360110
Não definido
A violência contra a mulher é uma realidade global que transcende fronteiras culturais e socioeconômicas, constituindo-se como uma grave violação dos direitos humanos. Manifestando-se de diversas formas, desde agressões físicas até abusos psicológicos, essa problemática persiste como um desafio persistente nas sociedades contemporâneas. Com base no trecho da Lei Maria da Penha, que aborda as formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, assinale a afirmativa que define corretamente a violência psicológica.
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
Provas:
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Auxiliar de Creche
|
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Fiscal de Obras |
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Orientador Social |
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Secretário Escolar |
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Cuidador Social |
Q2363061
Português
Texto associado
De volta ao grunhido
Ouvi dizer que é cada vez maior o número de pessoas que se conhecem pela Internet e acabam casando ou vivendo juntas uma semana depois. As conversas por computador são, necessariamente, sucintas e práticas, e não permitem namoros longos, ou qualquer tipo de aproximação por etapas. Estamos longe, por exemplo, do tempo em que as pessoas se viam numa quermesse de igreja e se mandavam recados pelo alto-falante. Como as quermesses eram anuais, elas só se falavam uma vez por ano, e sempre pelo alto-falante. Quando finalmente se aproximavam, eram mais dois anos de namoro e um de noivado, e só na noite de núpcias, imagino, ficavam íntimos, e mesmo assim acho que o vovô dizia: “Com licença”. Na geração seguinte, o homem pedia a mulher em namoro, depois pedia em noivado, depois pedia em casamento, e, quando finalmente podia dormir com ela, era como chegar no guichê certo depois de preencher todas as formalidades, reconhecer todas as firmas e esperar que chamassem a sua senha. Durante o namoro, ele mandava poemas, o que sempre funcionava, e muitas mulheres de uma certa época, para serem justas, deveriam ter casado com Vinicius de Morais.
As pessoas dizem que houve uma revolução sexual. O que houve foi o fechamento de um ciclo, uma involução. No tempo das cavernas, o macho abordava a fêmea, grunhia alguma coisa e a levava para a cama, ou para o mato. Com o tempo desenvolveram-se a corte, a etiqueta da conquista, todo o ritual de aproximação que chegou a exageros de regras e restrições, e depois foi se abreviando aos poucos até voltarmos, hoje, ao grunhido básico, só que eletrônico. Fechou-se o ciclo.
A corte, claro, tinha sua justificativa. Dava à mulher a oportunidade de cumprir seu papel na evolução, selecionando para procriação aqueles machos que, durante a aproximação, mostravam ter aptidões que favoreceriam a espécie, como potência física ou econômica, ou até um gosto por Vinicius de Morais. Isso quando podiam selecionar e a escolha não era feita por elas. No futuro, quando todo namoro for pela Internet, todo sexo for virtual e as mulheres ou os homens, nunca se sabe, só derem à luz a bytes, o único critério para seleção será ter um computador com modem e um bom provedor de linha.
Talvez toda a comunicação futura seja por computador. Até dentro de casa. Será como se os nossos namorados da quermesse levassem os alto-falantes para dentro de casa. Na mesa do café, marido e mulher, em vez de falar, digitarão seus diálogos, cada um no seu terminal. E, quando sentirem falta de palavra falada e do calor da voz, quando decidirem que só frases soltas numa tela não bastam e quiserem se comunicar mesmo, como no passado, cada um pegará seu celular.
Não sei o que será da espécie. Tenho uma visão do futuro em que viveremos todos no ciberespaço, volatizados. Só nossos corpos ficarão na Terra porque alguém tem que manejar o teclado e o mouse e pagar a conta da luz.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.)
Considerando-se que cada texto é produzido em situações e contextos diferentes e que cada um deles cumpre uma finalidade específica, o texto “De volta ao grunhido” tem por propósito:
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
Provas:
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Auxiliar de Creche
|
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Fiscal de Obras |
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Orientador Social |
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Secretário Escolar |
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Cuidador Social |
Q2363062
Português
Texto associado
De volta ao grunhido
Ouvi dizer que é cada vez maior o número de pessoas que se conhecem pela Internet e acabam casando ou vivendo juntas uma semana depois. As conversas por computador são, necessariamente, sucintas e práticas, e não permitem namoros longos, ou qualquer tipo de aproximação por etapas. Estamos longe, por exemplo, do tempo em que as pessoas se viam numa quermesse de igreja e se mandavam recados pelo alto-falante. Como as quermesses eram anuais, elas só se falavam uma vez por ano, e sempre pelo alto-falante. Quando finalmente se aproximavam, eram mais dois anos de namoro e um de noivado, e só na noite de núpcias, imagino, ficavam íntimos, e mesmo assim acho que o vovô dizia: “Com licença”. Na geração seguinte, o homem pedia a mulher em namoro, depois pedia em noivado, depois pedia em casamento, e, quando finalmente podia dormir com ela, era como chegar no guichê certo depois de preencher todas as formalidades, reconhecer todas as firmas e esperar que chamassem a sua senha. Durante o namoro, ele mandava poemas, o que sempre funcionava, e muitas mulheres de uma certa época, para serem justas, deveriam ter casado com Vinicius de Morais.
As pessoas dizem que houve uma revolução sexual. O que houve foi o fechamento de um ciclo, uma involução. No tempo das cavernas, o macho abordava a fêmea, grunhia alguma coisa e a levava para a cama, ou para o mato. Com o tempo desenvolveram-se a corte, a etiqueta da conquista, todo o ritual de aproximação que chegou a exageros de regras e restrições, e depois foi se abreviando aos poucos até voltarmos, hoje, ao grunhido básico, só que eletrônico. Fechou-se o ciclo.
A corte, claro, tinha sua justificativa. Dava à mulher a oportunidade de cumprir seu papel na evolução, selecionando para procriação aqueles machos que, durante a aproximação, mostravam ter aptidões que favoreceriam a espécie, como potência física ou econômica, ou até um gosto por Vinicius de Morais. Isso quando podiam selecionar e a escolha não era feita por elas. No futuro, quando todo namoro for pela Internet, todo sexo for virtual e as mulheres ou os homens, nunca se sabe, só derem à luz a bytes, o único critério para seleção será ter um computador com modem e um bom provedor de linha.
Talvez toda a comunicação futura seja por computador. Até dentro de casa. Será como se os nossos namorados da quermesse levassem os alto-falantes para dentro de casa. Na mesa do café, marido e mulher, em vez de falar, digitarão seus diálogos, cada um no seu terminal. E, quando sentirem falta de palavra falada e do calor da voz, quando decidirem que só frases soltas numa tela não bastam e quiserem se comunicar mesmo, como no passado, cada um pegará seu celular.
Não sei o que será da espécie. Tenho uma visão do futuro em que viveremos todos no ciberespaço, volatizados. Só nossos corpos ficarão na Terra porque alguém tem que manejar o teclado e o mouse e pagar a conta da luz.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.)
Com base na leitura do texto, tendo em vista o disposto pelo autor, é possível inferir que, EXCETO:
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
Provas:
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Auxiliar de Creche
|
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Fiscal de Obras |
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Orientador Social |
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Secretário Escolar |
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Cuidador Social |
Q2363063
Português
Texto associado
De volta ao grunhido
Ouvi dizer que é cada vez maior o número de pessoas que se conhecem pela Internet e acabam casando ou vivendo juntas uma semana depois. As conversas por computador são, necessariamente, sucintas e práticas, e não permitem namoros longos, ou qualquer tipo de aproximação por etapas. Estamos longe, por exemplo, do tempo em que as pessoas se viam numa quermesse de igreja e se mandavam recados pelo alto-falante. Como as quermesses eram anuais, elas só se falavam uma vez por ano, e sempre pelo alto-falante. Quando finalmente se aproximavam, eram mais dois anos de namoro e um de noivado, e só na noite de núpcias, imagino, ficavam íntimos, e mesmo assim acho que o vovô dizia: “Com licença”. Na geração seguinte, o homem pedia a mulher em namoro, depois pedia em noivado, depois pedia em casamento, e, quando finalmente podia dormir com ela, era como chegar no guichê certo depois de preencher todas as formalidades, reconhecer todas as firmas e esperar que chamassem a sua senha. Durante o namoro, ele mandava poemas, o que sempre funcionava, e muitas mulheres de uma certa época, para serem justas, deveriam ter casado com Vinicius de Morais.
As pessoas dizem que houve uma revolução sexual. O que houve foi o fechamento de um ciclo, uma involução. No tempo das cavernas, o macho abordava a fêmea, grunhia alguma coisa e a levava para a cama, ou para o mato. Com o tempo desenvolveram-se a corte, a etiqueta da conquista, todo o ritual de aproximação que chegou a exageros de regras e restrições, e depois foi se abreviando aos poucos até voltarmos, hoje, ao grunhido básico, só que eletrônico. Fechou-se o ciclo.
A corte, claro, tinha sua justificativa. Dava à mulher a oportunidade de cumprir seu papel na evolução, selecionando para procriação aqueles machos que, durante a aproximação, mostravam ter aptidões que favoreceriam a espécie, como potência física ou econômica, ou até um gosto por Vinicius de Morais. Isso quando podiam selecionar e a escolha não era feita por elas. No futuro, quando todo namoro for pela Internet, todo sexo for virtual e as mulheres ou os homens, nunca se sabe, só derem à luz a bytes, o único critério para seleção será ter um computador com modem e um bom provedor de linha.
Talvez toda a comunicação futura seja por computador. Até dentro de casa. Será como se os nossos namorados da quermesse levassem os alto-falantes para dentro de casa. Na mesa do café, marido e mulher, em vez de falar, digitarão seus diálogos, cada um no seu terminal. E, quando sentirem falta de palavra falada e do calor da voz, quando decidirem que só frases soltas numa tela não bastam e quiserem se comunicar mesmo, como no passado, cada um pegará seu celular.
Não sei o que será da espécie. Tenho uma visão do futuro em que viveremos todos no ciberespaço, volatizados. Só nossos corpos ficarão na Terra porque alguém tem que manejar o teclado e o mouse e pagar a conta da luz.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.)
Para compreender completamente um texto é necessário entender o significado das palavras nele dispostas. De acordo com o contexto empregado, assinale a alternativa em que a expressão destacada pode ser substituída, sem que haja alteração de sentido, pelo vocábulo relacionado.
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
Provas:
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|
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Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Secretário Escolar |
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Cuidador Social |
Q2363064
Português
Texto associado
De volta ao grunhido
Ouvi dizer que é cada vez maior o número de pessoas que se conhecem pela Internet e acabam casando ou vivendo juntas uma semana depois. As conversas por computador são, necessariamente, sucintas e práticas, e não permitem namoros longos, ou qualquer tipo de aproximação por etapas. Estamos longe, por exemplo, do tempo em que as pessoas se viam numa quermesse de igreja e se mandavam recados pelo alto-falante. Como as quermesses eram anuais, elas só se falavam uma vez por ano, e sempre pelo alto-falante. Quando finalmente se aproximavam, eram mais dois anos de namoro e um de noivado, e só na noite de núpcias, imagino, ficavam íntimos, e mesmo assim acho que o vovô dizia: “Com licença”. Na geração seguinte, o homem pedia a mulher em namoro, depois pedia em noivado, depois pedia em casamento, e, quando finalmente podia dormir com ela, era como chegar no guichê certo depois de preencher todas as formalidades, reconhecer todas as firmas e esperar que chamassem a sua senha. Durante o namoro, ele mandava poemas, o que sempre funcionava, e muitas mulheres de uma certa época, para serem justas, deveriam ter casado com Vinicius de Morais.
As pessoas dizem que houve uma revolução sexual. O que houve foi o fechamento de um ciclo, uma involução. No tempo das cavernas, o macho abordava a fêmea, grunhia alguma coisa e a levava para a cama, ou para o mato. Com o tempo desenvolveram-se a corte, a etiqueta da conquista, todo o ritual de aproximação que chegou a exageros de regras e restrições, e depois foi se abreviando aos poucos até voltarmos, hoje, ao grunhido básico, só que eletrônico. Fechou-se o ciclo.
A corte, claro, tinha sua justificativa. Dava à mulher a oportunidade de cumprir seu papel na evolução, selecionando para procriação aqueles machos que, durante a aproximação, mostravam ter aptidões que favoreceriam a espécie, como potência física ou econômica, ou até um gosto por Vinicius de Morais. Isso quando podiam selecionar e a escolha não era feita por elas. No futuro, quando todo namoro for pela Internet, todo sexo for virtual e as mulheres ou os homens, nunca se sabe, só derem à luz a bytes, o único critério para seleção será ter um computador com modem e um bom provedor de linha.
Talvez toda a comunicação futura seja por computador. Até dentro de casa. Será como se os nossos namorados da quermesse levassem os alto-falantes para dentro de casa. Na mesa do café, marido e mulher, em vez de falar, digitarão seus diálogos, cada um no seu terminal. E, quando sentirem falta de palavra falada e do calor da voz, quando decidirem que só frases soltas numa tela não bastam e quiserem se comunicar mesmo, como no passado, cada um pegará seu celular.
Não sei o que será da espécie. Tenho uma visão do futuro em que viveremos todos no ciberespaço, volatizados. Só nossos corpos ficarão na Terra porque alguém tem que manejar o teclado e o mouse e pagar a conta da luz.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.)
Em todos os fragmentos a seguir, transcritos do texto, as formas verbais estão flexionadas no mesmo tempo, EXCETO:
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
Provas:
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|
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Q2363065
Português
Texto associado
De volta ao grunhido
Ouvi dizer que é cada vez maior o número de pessoas que se conhecem pela Internet e acabam casando ou vivendo juntas uma semana depois. As conversas por computador são, necessariamente, sucintas e práticas, e não permitem namoros longos, ou qualquer tipo de aproximação por etapas. Estamos longe, por exemplo, do tempo em que as pessoas se viam numa quermesse de igreja e se mandavam recados pelo alto-falante. Como as quermesses eram anuais, elas só se falavam uma vez por ano, e sempre pelo alto-falante. Quando finalmente se aproximavam, eram mais dois anos de namoro e um de noivado, e só na noite de núpcias, imagino, ficavam íntimos, e mesmo assim acho que o vovô dizia: “Com licença”. Na geração seguinte, o homem pedia a mulher em namoro, depois pedia em noivado, depois pedia em casamento, e, quando finalmente podia dormir com ela, era como chegar no guichê certo depois de preencher todas as formalidades, reconhecer todas as firmas e esperar que chamassem a sua senha. Durante o namoro, ele mandava poemas, o que sempre funcionava, e muitas mulheres de uma certa época, para serem justas, deveriam ter casado com Vinicius de Morais.
As pessoas dizem que houve uma revolução sexual. O que houve foi o fechamento de um ciclo, uma involução. No tempo das cavernas, o macho abordava a fêmea, grunhia alguma coisa e a levava para a cama, ou para o mato. Com o tempo desenvolveram-se a corte, a etiqueta da conquista, todo o ritual de aproximação que chegou a exageros de regras e restrições, e depois foi se abreviando aos poucos até voltarmos, hoje, ao grunhido básico, só que eletrônico. Fechou-se o ciclo.
A corte, claro, tinha sua justificativa. Dava à mulher a oportunidade de cumprir seu papel na evolução, selecionando para procriação aqueles machos que, durante a aproximação, mostravam ter aptidões que favoreceriam a espécie, como potência física ou econômica, ou até um gosto por Vinicius de Morais. Isso quando podiam selecionar e a escolha não era feita por elas. No futuro, quando todo namoro for pela Internet, todo sexo for virtual e as mulheres ou os homens, nunca se sabe, só derem à luz a bytes, o único critério para seleção será ter um computador com modem e um bom provedor de linha.
Talvez toda a comunicação futura seja por computador. Até dentro de casa. Será como se os nossos namorados da quermesse levassem os alto-falantes para dentro de casa. Na mesa do café, marido e mulher, em vez de falar, digitarão seus diálogos, cada um no seu terminal. E, quando sentirem falta de palavra falada e do calor da voz, quando decidirem que só frases soltas numa tela não bastam e quiserem se comunicar mesmo, como no passado, cada um pegará seu celular.
Não sei o que será da espécie. Tenho uma visão do futuro em que viveremos todos no ciberespaço, volatizados. Só nossos corpos ficarão na Terra porque alguém tem que manejar o teclado e o mouse e pagar a conta da luz.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.)
Na crônica apresentada, é possível reconhecer o posicionamento do autor a respeito do tema aludido através de alguns
recursos argumentativos. Tendo em vista tal afirmação, assinale a alternativa que apresenta, de forma explícita, uma opinião
do autor.
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
Provas:
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Auxiliar de Creche
|
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Q2363066
Português
Texto associado
De volta ao grunhido
Ouvi dizer que é cada vez maior o número de pessoas que se conhecem pela Internet e acabam casando ou vivendo juntas uma semana depois. As conversas por computador são, necessariamente, sucintas e práticas, e não permitem namoros longos, ou qualquer tipo de aproximação por etapas. Estamos longe, por exemplo, do tempo em que as pessoas se viam numa quermesse de igreja e se mandavam recados pelo alto-falante. Como as quermesses eram anuais, elas só se falavam uma vez por ano, e sempre pelo alto-falante. Quando finalmente se aproximavam, eram mais dois anos de namoro e um de noivado, e só na noite de núpcias, imagino, ficavam íntimos, e mesmo assim acho que o vovô dizia: “Com licença”. Na geração seguinte, o homem pedia a mulher em namoro, depois pedia em noivado, depois pedia em casamento, e, quando finalmente podia dormir com ela, era como chegar no guichê certo depois de preencher todas as formalidades, reconhecer todas as firmas e esperar que chamassem a sua senha. Durante o namoro, ele mandava poemas, o que sempre funcionava, e muitas mulheres de uma certa época, para serem justas, deveriam ter casado com Vinicius de Morais.
As pessoas dizem que houve uma revolução sexual. O que houve foi o fechamento de um ciclo, uma involução. No tempo das cavernas, o macho abordava a fêmea, grunhia alguma coisa e a levava para a cama, ou para o mato. Com o tempo desenvolveram-se a corte, a etiqueta da conquista, todo o ritual de aproximação que chegou a exageros de regras e restrições, e depois foi se abreviando aos poucos até voltarmos, hoje, ao grunhido básico, só que eletrônico. Fechou-se o ciclo.
A corte, claro, tinha sua justificativa. Dava à mulher a oportunidade de cumprir seu papel na evolução, selecionando para procriação aqueles machos que, durante a aproximação, mostravam ter aptidões que favoreceriam a espécie, como potência física ou econômica, ou até um gosto por Vinicius de Morais. Isso quando podiam selecionar e a escolha não era feita por elas. No futuro, quando todo namoro for pela Internet, todo sexo for virtual e as mulheres ou os homens, nunca se sabe, só derem à luz a bytes, o único critério para seleção será ter um computador com modem e um bom provedor de linha.
Talvez toda a comunicação futura seja por computador. Até dentro de casa. Será como se os nossos namorados da quermesse levassem os alto-falantes para dentro de casa. Na mesa do café, marido e mulher, em vez de falar, digitarão seus diálogos, cada um no seu terminal. E, quando sentirem falta de palavra falada e do calor da voz, quando decidirem que só frases soltas numa tela não bastam e quiserem se comunicar mesmo, como no passado, cada um pegará seu celular.
Não sei o que será da espécie. Tenho uma visão do futuro em que viveremos todos no ciberespaço, volatizados. Só nossos corpos ficarão na Terra porque alguém tem que manejar o teclado e o mouse e pagar a conta da luz.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.)
Em “Dava à mulher a oportunidade de cumprir seu papel na evolução, selecionando para procriação aqueles machos que,
durante a aproximação, mostravam ter aptidões que favoreceriam a espécie, como potência física ou econômica, ou até um
gosto por Vinicius de Morais.” (3º§), a expressão sublinhada pode ser substituída, sem prejuízo semântico, por:
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
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Q2363067
Português
Texto associado
De volta ao grunhido
Ouvi dizer que é cada vez maior o número de pessoas que se conhecem pela Internet e acabam casando ou vivendo juntas uma semana depois. As conversas por computador são, necessariamente, sucintas e práticas, e não permitem namoros longos, ou qualquer tipo de aproximação por etapas. Estamos longe, por exemplo, do tempo em que as pessoas se viam numa quermesse de igreja e se mandavam recados pelo alto-falante. Como as quermesses eram anuais, elas só se falavam uma vez por ano, e sempre pelo alto-falante. Quando finalmente se aproximavam, eram mais dois anos de namoro e um de noivado, e só na noite de núpcias, imagino, ficavam íntimos, e mesmo assim acho que o vovô dizia: “Com licença”. Na geração seguinte, o homem pedia a mulher em namoro, depois pedia em noivado, depois pedia em casamento, e, quando finalmente podia dormir com ela, era como chegar no guichê certo depois de preencher todas as formalidades, reconhecer todas as firmas e esperar que chamassem a sua senha. Durante o namoro, ele mandava poemas, o que sempre funcionava, e muitas mulheres de uma certa época, para serem justas, deveriam ter casado com Vinicius de Morais.
As pessoas dizem que houve uma revolução sexual. O que houve foi o fechamento de um ciclo, uma involução. No tempo das cavernas, o macho abordava a fêmea, grunhia alguma coisa e a levava para a cama, ou para o mato. Com o tempo desenvolveram-se a corte, a etiqueta da conquista, todo o ritual de aproximação que chegou a exageros de regras e restrições, e depois foi se abreviando aos poucos até voltarmos, hoje, ao grunhido básico, só que eletrônico. Fechou-se o ciclo.
A corte, claro, tinha sua justificativa. Dava à mulher a oportunidade de cumprir seu papel na evolução, selecionando para procriação aqueles machos que, durante a aproximação, mostravam ter aptidões que favoreceriam a espécie, como potência física ou econômica, ou até um gosto por Vinicius de Morais. Isso quando podiam selecionar e a escolha não era feita por elas. No futuro, quando todo namoro for pela Internet, todo sexo for virtual e as mulheres ou os homens, nunca se sabe, só derem à luz a bytes, o único critério para seleção será ter um computador com modem e um bom provedor de linha.
Talvez toda a comunicação futura seja por computador. Até dentro de casa. Será como se os nossos namorados da quermesse levassem os alto-falantes para dentro de casa. Na mesa do café, marido e mulher, em vez de falar, digitarão seus diálogos, cada um no seu terminal. E, quando sentirem falta de palavra falada e do calor da voz, quando decidirem que só frases soltas numa tela não bastam e quiserem se comunicar mesmo, como no passado, cada um pegará seu celular.
Não sei o que será da espécie. Tenho uma visão do futuro em que viveremos todos no ciberespaço, volatizados. Só nossos corpos ficarão na Terra porque alguém tem que manejar o teclado e o mouse e pagar a conta da luz.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.)
Dentre os trechos em destaque, assinale aquele cuja expressão sublinhada NÃO se trata de uma expressão referencial.
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
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Q2363068
Português
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De volta ao grunhido
Ouvi dizer que é cada vez maior o número de pessoas que se conhecem pela Internet e acabam casando ou vivendo juntas uma semana depois. As conversas por computador são, necessariamente, sucintas e práticas, e não permitem namoros longos, ou qualquer tipo de aproximação por etapas. Estamos longe, por exemplo, do tempo em que as pessoas se viam numa quermesse de igreja e se mandavam recados pelo alto-falante. Como as quermesses eram anuais, elas só se falavam uma vez por ano, e sempre pelo alto-falante. Quando finalmente se aproximavam, eram mais dois anos de namoro e um de noivado, e só na noite de núpcias, imagino, ficavam íntimos, e mesmo assim acho que o vovô dizia: “Com licença”. Na geração seguinte, o homem pedia a mulher em namoro, depois pedia em noivado, depois pedia em casamento, e, quando finalmente podia dormir com ela, era como chegar no guichê certo depois de preencher todas as formalidades, reconhecer todas as firmas e esperar que chamassem a sua senha. Durante o namoro, ele mandava poemas, o que sempre funcionava, e muitas mulheres de uma certa época, para serem justas, deveriam ter casado com Vinicius de Morais.
As pessoas dizem que houve uma revolução sexual. O que houve foi o fechamento de um ciclo, uma involução. No tempo das cavernas, o macho abordava a fêmea, grunhia alguma coisa e a levava para a cama, ou para o mato. Com o tempo desenvolveram-se a corte, a etiqueta da conquista, todo o ritual de aproximação que chegou a exageros de regras e restrições, e depois foi se abreviando aos poucos até voltarmos, hoje, ao grunhido básico, só que eletrônico. Fechou-se o ciclo.
A corte, claro, tinha sua justificativa. Dava à mulher a oportunidade de cumprir seu papel na evolução, selecionando para procriação aqueles machos que, durante a aproximação, mostravam ter aptidões que favoreceriam a espécie, como potência física ou econômica, ou até um gosto por Vinicius de Morais. Isso quando podiam selecionar e a escolha não era feita por elas. No futuro, quando todo namoro for pela Internet, todo sexo for virtual e as mulheres ou os homens, nunca se sabe, só derem à luz a bytes, o único critério para seleção será ter um computador com modem e um bom provedor de linha.
Talvez toda a comunicação futura seja por computador. Até dentro de casa. Será como se os nossos namorados da quermesse levassem os alto-falantes para dentro de casa. Na mesa do café, marido e mulher, em vez de falar, digitarão seus diálogos, cada um no seu terminal. E, quando sentirem falta de palavra falada e do calor da voz, quando decidirem que só frases soltas numa tela não bastam e quiserem se comunicar mesmo, como no passado, cada um pegará seu celular.
Não sei o que será da espécie. Tenho uma visão do futuro em que viveremos todos no ciberespaço, volatizados. Só nossos corpos ficarão na Terra porque alguém tem que manejar o teclado e o mouse e pagar a conta da luz.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.)
No trecho “Na geração seguinte, o homem pedia a mulher em namoro, depois pedia em noivado, depois pedia em casamento,
e, quando finalmente podia dormir com ela, era como chegar no guichê certo depois de preencher todas as formalidades,
reconhecer todas as firmas e esperar que chamassem a sua senha.” (1º§), nas palavras destacadas identificam‐se, respectivamente, noções de
Ano: 2024
Banca:
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Órgão:
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
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Q2363069
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Ouvi dizer que é cada vez maior o número de pessoas que se conhecem pela Internet e acabam casando ou vivendo juntas uma semana depois. As conversas por computador são, necessariamente, sucintas e práticas, e não permitem namoros longos, ou qualquer tipo de aproximação por etapas. Estamos longe, por exemplo, do tempo em que as pessoas se viam numa quermesse de igreja e se mandavam recados pelo alto-falante. Como as quermesses eram anuais, elas só se falavam uma vez por ano, e sempre pelo alto-falante. Quando finalmente se aproximavam, eram mais dois anos de namoro e um de noivado, e só na noite de núpcias, imagino, ficavam íntimos, e mesmo assim acho que o vovô dizia: “Com licença”. Na geração seguinte, o homem pedia a mulher em namoro, depois pedia em noivado, depois pedia em casamento, e, quando finalmente podia dormir com ela, era como chegar no guichê certo depois de preencher todas as formalidades, reconhecer todas as firmas e esperar que chamassem a sua senha. Durante o namoro, ele mandava poemas, o que sempre funcionava, e muitas mulheres de uma certa época, para serem justas, deveriam ter casado com Vinicius de Morais.
As pessoas dizem que houve uma revolução sexual. O que houve foi o fechamento de um ciclo, uma involução. No tempo das cavernas, o macho abordava a fêmea, grunhia alguma coisa e a levava para a cama, ou para o mato. Com o tempo desenvolveram-se a corte, a etiqueta da conquista, todo o ritual de aproximação que chegou a exageros de regras e restrições, e depois foi se abreviando aos poucos até voltarmos, hoje, ao grunhido básico, só que eletrônico. Fechou-se o ciclo.
A corte, claro, tinha sua justificativa. Dava à mulher a oportunidade de cumprir seu papel na evolução, selecionando para procriação aqueles machos que, durante a aproximação, mostravam ter aptidões que favoreceriam a espécie, como potência física ou econômica, ou até um gosto por Vinicius de Morais. Isso quando podiam selecionar e a escolha não era feita por elas. No futuro, quando todo namoro for pela Internet, todo sexo for virtual e as mulheres ou os homens, nunca se sabe, só derem à luz a bytes, o único critério para seleção será ter um computador com modem e um bom provedor de linha.
Talvez toda a comunicação futura seja por computador. Até dentro de casa. Será como se os nossos namorados da quermesse levassem os alto-falantes para dentro de casa. Na mesa do café, marido e mulher, em vez de falar, digitarão seus diálogos, cada um no seu terminal. E, quando sentirem falta de palavra falada e do calor da voz, quando decidirem que só frases soltas numa tela não bastam e quiserem se comunicar mesmo, como no passado, cada um pegará seu celular.
Não sei o que será da espécie. Tenho uma visão do futuro em que viveremos todos no ciberespaço, volatizados. Só nossos corpos ficarão na Terra porque alguém tem que manejar o teclado e o mouse e pagar a conta da luz.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.)
“Durante o namoro, ele mandava poemas, o que sempre funcionava, e muitas mulheres de uma certa época, para serem
justas, deveriam ter casado com Vinicius de Morais.” (1º§) Tendo em vista que os tempos verbais assumem vários valores
semânticos, na passagem anterior, a forma verbal “deveriam” exprime uma ação
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
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Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES - Cuidador Social |
Q2363070
Português
Texto associado
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Ouvi dizer que é cada vez maior o número de pessoas que se conhecem pela Internet e acabam casando ou vivendo juntas uma semana depois. As conversas por computador são, necessariamente, sucintas e práticas, e não permitem namoros longos, ou qualquer tipo de aproximação por etapas. Estamos longe, por exemplo, do tempo em que as pessoas se viam numa quermesse de igreja e se mandavam recados pelo alto-falante. Como as quermesses eram anuais, elas só se falavam uma vez por ano, e sempre pelo alto-falante. Quando finalmente se aproximavam, eram mais dois anos de namoro e um de noivado, e só na noite de núpcias, imagino, ficavam íntimos, e mesmo assim acho que o vovô dizia: “Com licença”. Na geração seguinte, o homem pedia a mulher em namoro, depois pedia em noivado, depois pedia em casamento, e, quando finalmente podia dormir com ela, era como chegar no guichê certo depois de preencher todas as formalidades, reconhecer todas as firmas e esperar que chamassem a sua senha. Durante o namoro, ele mandava poemas, o que sempre funcionava, e muitas mulheres de uma certa época, para serem justas, deveriam ter casado com Vinicius de Morais.
As pessoas dizem que houve uma revolução sexual. O que houve foi o fechamento de um ciclo, uma involução. No tempo das cavernas, o macho abordava a fêmea, grunhia alguma coisa e a levava para a cama, ou para o mato. Com o tempo desenvolveram-se a corte, a etiqueta da conquista, todo o ritual de aproximação que chegou a exageros de regras e restrições, e depois foi se abreviando aos poucos até voltarmos, hoje, ao grunhido básico, só que eletrônico. Fechou-se o ciclo.
A corte, claro, tinha sua justificativa. Dava à mulher a oportunidade de cumprir seu papel na evolução, selecionando para procriação aqueles machos que, durante a aproximação, mostravam ter aptidões que favoreceriam a espécie, como potência física ou econômica, ou até um gosto por Vinicius de Morais. Isso quando podiam selecionar e a escolha não era feita por elas. No futuro, quando todo namoro for pela Internet, todo sexo for virtual e as mulheres ou os homens, nunca se sabe, só derem à luz a bytes, o único critério para seleção será ter um computador com modem e um bom provedor de linha.
Talvez toda a comunicação futura seja por computador. Até dentro de casa. Será como se os nossos namorados da quermesse levassem os alto-falantes para dentro de casa. Na mesa do café, marido e mulher, em vez de falar, digitarão seus diálogos, cada um no seu terminal. E, quando sentirem falta de palavra falada e do calor da voz, quando decidirem que só frases soltas numa tela não bastam e quiserem se comunicar mesmo, como no passado, cada um pegará seu celular.
Não sei o que será da espécie. Tenho uma visão do futuro em que viveremos todos no ciberespaço, volatizados. Só nossos corpos ficarão na Terra porque alguém tem que manejar o teclado e o mouse e pagar a conta da luz.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.)
No fragmento “Talvez toda a comunicação futura seja por computador.” (4º§), a palavra destacada exprime circunstância de