Questões de Concurso Público Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES 2024 para Engenheiro Ambiental

Em alguns ambientes naturais, como os cerrados brasileiros, as savanas africanas e as pradarias norte-americanas, o fogo é um importante fator, responsável pelo estabelecimento e pela reprodução de algumas espécies vegetais, pois facilita a dispersão de suas sementes e a eliminação de plantas invasoras.

Muitos vegetais estão adaptados ao fogo e dele dependem para viver. No cerrado brasileiro, tem-se como exemplo a planta Latona montevidensis, que só floresce quando a parte aérea é queimada ou arrancada mecanicamente. Após este processo, o tubérculo subterrâneo produz uma nova parte aérea que floresce.

Espécies arbóreas adaptam-se mais facilmente às condições de queimadas frequentes desenvolvendo folhas anatomicamente sem cera, e com pouca cortiça no caule para diminuir a área foliar; dessa forma, minimizar os danos acometidos pelo fogo. A reprodução vegetativa ocorre por meio de caules aéreos, como ocorre com as árvores de cerrado Andira humilis e Anacardium pumilum. As plantas do estrato herbáceo, por sua vez, possuem gemas apicais com capacidade de crescimento reduzido e, também, reprodução via semente.

O incêndio é um evento natural cíclico que ocorre em determinados ambientes, provocado por descargas elétricas e pelo grande calor. O fogo permite que os sais minerais retornem ao solo, enriquecendo-o, e estabelece-se facilmente por haver sobre o solo muita palha produzida pelo ressecamento das gramíneas. Mesmo adaptados ao fogo periódico, o abuso da prática da queimada nos cerrados pode ser muito prejudicial e até esterilizar o solo. Com as altas temperaturas, parte dos nutrientes volatiliza-se; o que é perdido em um incêndio demora três anos para retornar ao solo através das chuvas.

Uma fossa úmida bem projetada, com um tempo de retenção longo, de, aproximadamente, vinte dias, pode produzir um efluente com concentrações baixas de bactérias entéricas, protozoários ou ovos de helmintos, e muitos dos vírus podem decantar quando absorvidos pelos sólidos. O material removido do tanque deve ser tratado ou estocado por doze meses antes de ser utilizado.

Fossa biodigestora contribui para a viabilização do tratamento de esgoto doméstico e consequente produção de efluentes desinfetados. Consiste em um tratamento biológico do esgoto por ação de digestão fermentativa, utilizando-se de esterco bovino/ovino como meio inoculante de bactérias. O sistema evita a proliferação de doenças veiculadas pela água poluída por esgoto doméstico.

 Na fossa séptica, o tempo de retenção hidráulica no tanque é de, aproximadamente, um mês, período durante o qual os sólidos decantam. A digestão dos sólidos é feita aerobicamente, e uma camada denominada “escuma” é formada na superfície. A digestão dos sólidos é efetiva, pois não se identifica formação de lodo acumulada. Neste processo, a retirada ocorre em intervalos a cada cinco anos.

As latrinas ventiladas consistem de buracos feitos à mão, no solo, sobre os quais é colocado o assento. Normalmente, é construída um local para privacidade. O buraco serve para defecção, com ou sem utilização de água, depósito de excreta, digestão de resíduos sólidos e sumidouro de urina. Atualmente, foram repaginadas para evitar odores e presença de mosquitos e moscas. Com garantia destas latrinas ventiladas, o resultado é menor em relação aos riscos à saúde humana. O conteúdo da fossa pode ser retirado com segurança após doze meses. Assim, a possibilidade de sobrevivência de poucos ovos de Ascaris poderá ocorrer.

Filtro biológico.

Lagoa facultativa.

Lagoas de maturação.

Sistema de digestores anaeróbicos.