Questões de Concurso Público Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE 2025 para Guarda Civil Municipal
Foram encontradas 40 questões
Ano: 2025
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2025 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Guarda Civil Municipal |
Q3163036
Português
Texto associado
Envelhecer no Brasil não é igual para todo mundo
Questões sociais, de raça e de gênero têm um grande impacto no processo de envelhecimento.
O envelhecimento é um processo natural que envolve alterações fisiológicas, estruturais e químicas nas células das pessoas. Mas
essa mudança biológica inerente à vida não é igual para todo mundo. Além das questões físicas, o gênero, o contexto social e a raça têm um
peso enorme nesse processo, principalmente em países subdesenvolvidos como o Brasil, repleto de desigualdades e com um racismo estrutural
que permeia a cultura.
O primeiro dado que mostra a realidade do cenário local é a relação entre expectativa de vida e riqueza. Em Santa Catarina, estado
com uma das maiores rendas médias per capita do Brasil, uma pessoa vivia em média 79,9 anos em 2019, segundo a última pesquisa sobre o
assunto divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, no Maranhão, cuja renda é a menor do Brasil, a
expectativa média de vida naquele ano foi de 71,4 anos.
“O envelhecimento não é igual para pobres e para ricos, não é igual para alfabetizados e letrados, assim como também envelhecer na
região Nordeste, por exemplo, não é a mesma coisa que envelhecer no Sul”, explicou Adelaide Paredes Moreira, professora da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB) e coordenadora do mestrado profissional em gerontologia da mesma instituição.
De acordo com Adelaide, estudos mostram que pessoas nascidas em lugares mais pobres tendem a ter de 10 a 20 anos a menos de
expectativa de vida do que aquelas nascidas em locais mais ricos ou com situações econômicas melhores. O Mapa da Desigualdade da Capital
Paulista de 2021, divulgado pela Rede Nossa São Paulo, mostra essa realidade dentro da maior cidade do país. No Jardim Paulista, bairro da
região central de São Paulo, a média de vida dos moradores é de 80 anos, enquanto no Iguatemi, na zona leste, é de 60 anos – uma diferença
gritante de 20 anos.
“O Brasil tem uma desigualdade social muito presente, e isso vai refletir diretamente na esperança de vida dessas pessoas”, disse
Adelaide. (...)
Envelhecimento ativo para todos?
A população mundial está ficando cada vez mais velha, e o Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), será a sexta
nação do mundo com o maior número de idosos até 2025. Prevendo esse cenário global, a entidade adotou no final dos anos 1990 o termo
“envelhecimento ativo”. O conceito diz que para o processo se tornar uma experiência positiva, a vida deve ser acompanhada de oportunidades
contínuas de saúde, participação (social) e segurança. Dessa forma, o idoso pode passar dos 60 anos com autonomia, independência, qualidade
de vida e saúde.
As desigualdades sociais e raciais, no entanto, dificultam o envelhecer ativo e saudável para alguns grupos. “As pessoas idosas negras,
atualmente, são aquelas que menos aprenderam a ter vida social, porque elas são aquelas que menos recebem pessoas em casa, que menos
frequentam a casa das pessoas, ou seja, elas só trabalham – e em um trabalho de baixa qualidade. E não dá para falar que a pessoa não quis
se preparar para envelhecer. Ela até pensou nisso, mas tinha que pagar contas, acordar cedo, trabalhar mais tempo para o filho viver um
pouquinho melhor”, falou Silva.
Os próprios espaços com maior concentração de negros e pardos, como favelas, por exemplo, não facilitam um envelhecimento ativo
prático, e ainda criam uma espécie de “segregação residencial”, disse Silva. “Você já foi em um local que tem muitas pessoas negras? Você
percebe que o território não é bom para se viver, a qualidade e o acesso dos serviços não são bons, então as pessoas – tanto negras quanto
brancas – que envelhecem nesses espaços não têm muitas possibilidades.” (...)
Longevidade e políticas públicas
O Brasil tem políticas públicas robustas para o envelhecimento, que abordam capacitação, garantia de acesso à rede de serviços de
saúde, acolhimento, entre outros pontos. Uma das principais legislações é o Estatuto da Pessoa Idosa, instituído em outubro de 2003 por meio
da Lei nº 10.741. O grande problema desse arcabouço jurídico, no entanto, é que ele muitas vezes não é colocado em prática pela sociedade,
segundo Adelaide.
“O estatuto do idoso é realmente um dos principais instrumentos que veio dar suporte à política nacional de atenção à pessoa idosa.
Eu acho que o que falta é a sociedade realmente tornar essa política algo efetivo, não só na saúde, mas também na educação, na habitação,
na segurança social, e em políticas que garantam que a pessoa chegue à velhice e que, ao chegar lá, possa usufruir, nessa fase, de uma vida
mais plena, de uma vida digna, e de uma vida feliz”, falou.
De acordo com a professora, a promoção e a efetivação de políticas públicas são poderosas ferramentas para aumentar a longevidade.
Uma vida longeva, ainda de acordo com Adelaide, também está relacionada com alimentação saudável, prática de exercícios físicos, leituras,
jogos e, principalmente, relações sociais – com familiares, amigos e a comunidade no geral.
Sobre o autor: Lucas Gabriel Marins é jornalista e futuro biólogo.
Disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/60mais/envelhecer-bem/envelhecer-no-brasil-nao-e-igual-para-todo-mundo/. Com adaptações.
De acordo com as ideias apresentadas no Texto, por Lucas
Gabriel Marins, o processo de envelhecimento
Ano: 2025
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2025 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Guarda Civil Municipal |
Q3163037
Português
Texto associado
Envelhecer no Brasil não é igual para todo mundo
Questões sociais, de raça e de gênero têm um grande impacto no processo de envelhecimento.
O envelhecimento é um processo natural que envolve alterações fisiológicas, estruturais e químicas nas células das pessoas. Mas
essa mudança biológica inerente à vida não é igual para todo mundo. Além das questões físicas, o gênero, o contexto social e a raça têm um
peso enorme nesse processo, principalmente em países subdesenvolvidos como o Brasil, repleto de desigualdades e com um racismo estrutural
que permeia a cultura.
O primeiro dado que mostra a realidade do cenário local é a relação entre expectativa de vida e riqueza. Em Santa Catarina, estado
com uma das maiores rendas médias per capita do Brasil, uma pessoa vivia em média 79,9 anos em 2019, segundo a última pesquisa sobre o
assunto divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, no Maranhão, cuja renda é a menor do Brasil, a
expectativa média de vida naquele ano foi de 71,4 anos.
“O envelhecimento não é igual para pobres e para ricos, não é igual para alfabetizados e letrados, assim como também envelhecer na
região Nordeste, por exemplo, não é a mesma coisa que envelhecer no Sul”, explicou Adelaide Paredes Moreira, professora da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB) e coordenadora do mestrado profissional em gerontologia da mesma instituição.
De acordo com Adelaide, estudos mostram que pessoas nascidas em lugares mais pobres tendem a ter de 10 a 20 anos a menos de
expectativa de vida do que aquelas nascidas em locais mais ricos ou com situações econômicas melhores. O Mapa da Desigualdade da Capital
Paulista de 2021, divulgado pela Rede Nossa São Paulo, mostra essa realidade dentro da maior cidade do país. No Jardim Paulista, bairro da
região central de São Paulo, a média de vida dos moradores é de 80 anos, enquanto no Iguatemi, na zona leste, é de 60 anos – uma diferença
gritante de 20 anos.
“O Brasil tem uma desigualdade social muito presente, e isso vai refletir diretamente na esperança de vida dessas pessoas”, disse
Adelaide. (...)
Envelhecimento ativo para todos?
A população mundial está ficando cada vez mais velha, e o Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), será a sexta
nação do mundo com o maior número de idosos até 2025. Prevendo esse cenário global, a entidade adotou no final dos anos 1990 o termo
“envelhecimento ativo”. O conceito diz que para o processo se tornar uma experiência positiva, a vida deve ser acompanhada de oportunidades
contínuas de saúde, participação (social) e segurança. Dessa forma, o idoso pode passar dos 60 anos com autonomia, independência, qualidade
de vida e saúde.
As desigualdades sociais e raciais, no entanto, dificultam o envelhecer ativo e saudável para alguns grupos. “As pessoas idosas negras,
atualmente, são aquelas que menos aprenderam a ter vida social, porque elas são aquelas que menos recebem pessoas em casa, que menos
frequentam a casa das pessoas, ou seja, elas só trabalham – e em um trabalho de baixa qualidade. E não dá para falar que a pessoa não quis
se preparar para envelhecer. Ela até pensou nisso, mas tinha que pagar contas, acordar cedo, trabalhar mais tempo para o filho viver um
pouquinho melhor”, falou Silva.
Os próprios espaços com maior concentração de negros e pardos, como favelas, por exemplo, não facilitam um envelhecimento ativo
prático, e ainda criam uma espécie de “segregação residencial”, disse Silva. “Você já foi em um local que tem muitas pessoas negras? Você
percebe que o território não é bom para se viver, a qualidade e o acesso dos serviços não são bons, então as pessoas – tanto negras quanto
brancas – que envelhecem nesses espaços não têm muitas possibilidades.” (...)
Longevidade e políticas públicas
O Brasil tem políticas públicas robustas para o envelhecimento, que abordam capacitação, garantia de acesso à rede de serviços de
saúde, acolhimento, entre outros pontos. Uma das principais legislações é o Estatuto da Pessoa Idosa, instituído em outubro de 2003 por meio
da Lei nº 10.741. O grande problema desse arcabouço jurídico, no entanto, é que ele muitas vezes não é colocado em prática pela sociedade,
segundo Adelaide.
“O estatuto do idoso é realmente um dos principais instrumentos que veio dar suporte à política nacional de atenção à pessoa idosa.
Eu acho que o que falta é a sociedade realmente tornar essa política algo efetivo, não só na saúde, mas também na educação, na habitação,
na segurança social, e em políticas que garantam que a pessoa chegue à velhice e que, ao chegar lá, possa usufruir, nessa fase, de uma vida
mais plena, de uma vida digna, e de uma vida feliz”, falou.
De acordo com a professora, a promoção e a efetivação de políticas públicas são poderosas ferramentas para aumentar a longevidade.
Uma vida longeva, ainda de acordo com Adelaide, também está relacionada com alimentação saudável, prática de exercícios físicos, leituras,
jogos e, principalmente, relações sociais – com familiares, amigos e a comunidade no geral.
Sobre o autor: Lucas Gabriel Marins é jornalista e futuro biólogo.
Disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/60mais/envelhecer-bem/envelhecer-no-brasil-nao-e-igual-para-todo-mundo/. Com adaptações.
De acordo com as características textuais predominantes, pode-se classificar o texto de Lucas Gabriel Marins, como pertencente
ao gênero
Ano: 2025
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2025 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Guarda Civil Municipal |
Q3163038
Português
Texto associado
Envelhecer no Brasil não é igual para todo mundo
Questões sociais, de raça e de gênero têm um grande impacto no processo de envelhecimento.
O envelhecimento é um processo natural que envolve alterações fisiológicas, estruturais e químicas nas células das pessoas. Mas
essa mudança biológica inerente à vida não é igual para todo mundo. Além das questões físicas, o gênero, o contexto social e a raça têm um
peso enorme nesse processo, principalmente em países subdesenvolvidos como o Brasil, repleto de desigualdades e com um racismo estrutural
que permeia a cultura.
O primeiro dado que mostra a realidade do cenário local é a relação entre expectativa de vida e riqueza. Em Santa Catarina, estado
com uma das maiores rendas médias per capita do Brasil, uma pessoa vivia em média 79,9 anos em 2019, segundo a última pesquisa sobre o
assunto divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, no Maranhão, cuja renda é a menor do Brasil, a
expectativa média de vida naquele ano foi de 71,4 anos.
“O envelhecimento não é igual para pobres e para ricos, não é igual para alfabetizados e letrados, assim como também envelhecer na
região Nordeste, por exemplo, não é a mesma coisa que envelhecer no Sul”, explicou Adelaide Paredes Moreira, professora da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB) e coordenadora do mestrado profissional em gerontologia da mesma instituição.
De acordo com Adelaide, estudos mostram que pessoas nascidas em lugares mais pobres tendem a ter de 10 a 20 anos a menos de
expectativa de vida do que aquelas nascidas em locais mais ricos ou com situações econômicas melhores. O Mapa da Desigualdade da Capital
Paulista de 2021, divulgado pela Rede Nossa São Paulo, mostra essa realidade dentro da maior cidade do país. No Jardim Paulista, bairro da
região central de São Paulo, a média de vida dos moradores é de 80 anos, enquanto no Iguatemi, na zona leste, é de 60 anos – uma diferença
gritante de 20 anos.
“O Brasil tem uma desigualdade social muito presente, e isso vai refletir diretamente na esperança de vida dessas pessoas”, disse
Adelaide. (...)
Envelhecimento ativo para todos?
A população mundial está ficando cada vez mais velha, e o Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), será a sexta
nação do mundo com o maior número de idosos até 2025. Prevendo esse cenário global, a entidade adotou no final dos anos 1990 o termo
“envelhecimento ativo”. O conceito diz que para o processo se tornar uma experiência positiva, a vida deve ser acompanhada de oportunidades
contínuas de saúde, participação (social) e segurança. Dessa forma, o idoso pode passar dos 60 anos com autonomia, independência, qualidade
de vida e saúde.
As desigualdades sociais e raciais, no entanto, dificultam o envelhecer ativo e saudável para alguns grupos. “As pessoas idosas negras,
atualmente, são aquelas que menos aprenderam a ter vida social, porque elas são aquelas que menos recebem pessoas em casa, que menos
frequentam a casa das pessoas, ou seja, elas só trabalham – e em um trabalho de baixa qualidade. E não dá para falar que a pessoa não quis
se preparar para envelhecer. Ela até pensou nisso, mas tinha que pagar contas, acordar cedo, trabalhar mais tempo para o filho viver um
pouquinho melhor”, falou Silva.
Os próprios espaços com maior concentração de negros e pardos, como favelas, por exemplo, não facilitam um envelhecimento ativo
prático, e ainda criam uma espécie de “segregação residencial”, disse Silva. “Você já foi em um local que tem muitas pessoas negras? Você
percebe que o território não é bom para se viver, a qualidade e o acesso dos serviços não são bons, então as pessoas – tanto negras quanto
brancas – que envelhecem nesses espaços não têm muitas possibilidades.” (...)
Longevidade e políticas públicas
O Brasil tem políticas públicas robustas para o envelhecimento, que abordam capacitação, garantia de acesso à rede de serviços de
saúde, acolhimento, entre outros pontos. Uma das principais legislações é o Estatuto da Pessoa Idosa, instituído em outubro de 2003 por meio
da Lei nº 10.741. O grande problema desse arcabouço jurídico, no entanto, é que ele muitas vezes não é colocado em prática pela sociedade,
segundo Adelaide.
“O estatuto do idoso é realmente um dos principais instrumentos que veio dar suporte à política nacional de atenção à pessoa idosa.
Eu acho que o que falta é a sociedade realmente tornar essa política algo efetivo, não só na saúde, mas também na educação, na habitação,
na segurança social, e em políticas que garantam que a pessoa chegue à velhice e que, ao chegar lá, possa usufruir, nessa fase, de uma vida
mais plena, de uma vida digna, e de uma vida feliz”, falou.
De acordo com a professora, a promoção e a efetivação de políticas públicas são poderosas ferramentas para aumentar a longevidade.
Uma vida longeva, ainda de acordo com Adelaide, também está relacionada com alimentação saudável, prática de exercícios físicos, leituras,
jogos e, principalmente, relações sociais – com familiares, amigos e a comunidade no geral.
Sobre o autor: Lucas Gabriel Marins é jornalista e futuro biólogo.
Disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/60mais/envelhecer-bem/envelhecer-no-brasil-nao-e-igual-para-todo-mundo/. Com adaptações.
Analise o excerto a seguir extraído do Texto: “O grande problema
desse arcabouço jurídico, no entanto, é que ele muitas vezes
não é colocado em prática pela sociedade, segundo Adelaide.”.
De acordo com o contexto apresentado, a palavra “arcabouço”,
em destaque, pode ser substituída, sem que seja alterado o seu
sentido, pelo termo
Ano: 2025
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2025 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Guarda Civil Municipal |
Q3163039
Português
Texto associado
Envelhecer no Brasil não é igual para todo mundo
Questões sociais, de raça e de gênero têm um grande impacto no processo de envelhecimento.
O envelhecimento é um processo natural que envolve alterações fisiológicas, estruturais e químicas nas células das pessoas. Mas
essa mudança biológica inerente à vida não é igual para todo mundo. Além das questões físicas, o gênero, o contexto social e a raça têm um
peso enorme nesse processo, principalmente em países subdesenvolvidos como o Brasil, repleto de desigualdades e com um racismo estrutural
que permeia a cultura.
O primeiro dado que mostra a realidade do cenário local é a relação entre expectativa de vida e riqueza. Em Santa Catarina, estado
com uma das maiores rendas médias per capita do Brasil, uma pessoa vivia em média 79,9 anos em 2019, segundo a última pesquisa sobre o
assunto divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, no Maranhão, cuja renda é a menor do Brasil, a
expectativa média de vida naquele ano foi de 71,4 anos.
“O envelhecimento não é igual para pobres e para ricos, não é igual para alfabetizados e letrados, assim como também envelhecer na
região Nordeste, por exemplo, não é a mesma coisa que envelhecer no Sul”, explicou Adelaide Paredes Moreira, professora da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB) e coordenadora do mestrado profissional em gerontologia da mesma instituição.
De acordo com Adelaide, estudos mostram que pessoas nascidas em lugares mais pobres tendem a ter de 10 a 20 anos a menos de
expectativa de vida do que aquelas nascidas em locais mais ricos ou com situações econômicas melhores. O Mapa da Desigualdade da Capital
Paulista de 2021, divulgado pela Rede Nossa São Paulo, mostra essa realidade dentro da maior cidade do país. No Jardim Paulista, bairro da
região central de São Paulo, a média de vida dos moradores é de 80 anos, enquanto no Iguatemi, na zona leste, é de 60 anos – uma diferença
gritante de 20 anos.
“O Brasil tem uma desigualdade social muito presente, e isso vai refletir diretamente na esperança de vida dessas pessoas”, disse
Adelaide. (...)
Envelhecimento ativo para todos?
A população mundial está ficando cada vez mais velha, e o Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), será a sexta
nação do mundo com o maior número de idosos até 2025. Prevendo esse cenário global, a entidade adotou no final dos anos 1990 o termo
“envelhecimento ativo”. O conceito diz que para o processo se tornar uma experiência positiva, a vida deve ser acompanhada de oportunidades
contínuas de saúde, participação (social) e segurança. Dessa forma, o idoso pode passar dos 60 anos com autonomia, independência, qualidade
de vida e saúde.
As desigualdades sociais e raciais, no entanto, dificultam o envelhecer ativo e saudável para alguns grupos. “As pessoas idosas negras,
atualmente, são aquelas que menos aprenderam a ter vida social, porque elas são aquelas que menos recebem pessoas em casa, que menos
frequentam a casa das pessoas, ou seja, elas só trabalham – e em um trabalho de baixa qualidade. E não dá para falar que a pessoa não quis
se preparar para envelhecer. Ela até pensou nisso, mas tinha que pagar contas, acordar cedo, trabalhar mais tempo para o filho viver um
pouquinho melhor”, falou Silva.
Os próprios espaços com maior concentração de negros e pardos, como favelas, por exemplo, não facilitam um envelhecimento ativo
prático, e ainda criam uma espécie de “segregação residencial”, disse Silva. “Você já foi em um local que tem muitas pessoas negras? Você
percebe que o território não é bom para se viver, a qualidade e o acesso dos serviços não são bons, então as pessoas – tanto negras quanto
brancas – que envelhecem nesses espaços não têm muitas possibilidades.” (...)
Longevidade e políticas públicas
O Brasil tem políticas públicas robustas para o envelhecimento, que abordam capacitação, garantia de acesso à rede de serviços de
saúde, acolhimento, entre outros pontos. Uma das principais legislações é o Estatuto da Pessoa Idosa, instituído em outubro de 2003 por meio
da Lei nº 10.741. O grande problema desse arcabouço jurídico, no entanto, é que ele muitas vezes não é colocado em prática pela sociedade,
segundo Adelaide.
“O estatuto do idoso é realmente um dos principais instrumentos que veio dar suporte à política nacional de atenção à pessoa idosa.
Eu acho que o que falta é a sociedade realmente tornar essa política algo efetivo, não só na saúde, mas também na educação, na habitação,
na segurança social, e em políticas que garantam que a pessoa chegue à velhice e que, ao chegar lá, possa usufruir, nessa fase, de uma vida
mais plena, de uma vida digna, e de uma vida feliz”, falou.
De acordo com a professora, a promoção e a efetivação de políticas públicas são poderosas ferramentas para aumentar a longevidade.
Uma vida longeva, ainda de acordo com Adelaide, também está relacionada com alimentação saudável, prática de exercícios físicos, leituras,
jogos e, principalmente, relações sociais – com familiares, amigos e a comunidade no geral.
Sobre o autor: Lucas Gabriel Marins é jornalista e futuro biólogo.
Disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/60mais/envelhecer-bem/envelhecer-no-brasil-nao-e-igual-para-todo-mundo/. Com adaptações.
Analise o trecho a seguir: “Você percebe que o território não é
bom para se viver¹, (...) a qualidade e o acesso dos serviços não
são bons², então as pessoas...”. Levando-se em consideração as
ideias presentes nas orações 1 e 2 supracitadas, assinale a
alternativa que apresenta a conjunção correta para unir referidas
orações.
Ano: 2025
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2025 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Guarda Civil Municipal |
Q3163040
Português
Texto associado
Envelhecer no Brasil não é igual para todo mundo
Questões sociais, de raça e de gênero têm um grande impacto no processo de envelhecimento.
O envelhecimento é um processo natural que envolve alterações fisiológicas, estruturais e químicas nas células das pessoas. Mas
essa mudança biológica inerente à vida não é igual para todo mundo. Além das questões físicas, o gênero, o contexto social e a raça têm um
peso enorme nesse processo, principalmente em países subdesenvolvidos como o Brasil, repleto de desigualdades e com um racismo estrutural
que permeia a cultura.
O primeiro dado que mostra a realidade do cenário local é a relação entre expectativa de vida e riqueza. Em Santa Catarina, estado
com uma das maiores rendas médias per capita do Brasil, uma pessoa vivia em média 79,9 anos em 2019, segundo a última pesquisa sobre o
assunto divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, no Maranhão, cuja renda é a menor do Brasil, a
expectativa média de vida naquele ano foi de 71,4 anos.
“O envelhecimento não é igual para pobres e para ricos, não é igual para alfabetizados e letrados, assim como também envelhecer na
região Nordeste, por exemplo, não é a mesma coisa que envelhecer no Sul”, explicou Adelaide Paredes Moreira, professora da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB) e coordenadora do mestrado profissional em gerontologia da mesma instituição.
De acordo com Adelaide, estudos mostram que pessoas nascidas em lugares mais pobres tendem a ter de 10 a 20 anos a menos de
expectativa de vida do que aquelas nascidas em locais mais ricos ou com situações econômicas melhores. O Mapa da Desigualdade da Capital
Paulista de 2021, divulgado pela Rede Nossa São Paulo, mostra essa realidade dentro da maior cidade do país. No Jardim Paulista, bairro da
região central de São Paulo, a média de vida dos moradores é de 80 anos, enquanto no Iguatemi, na zona leste, é de 60 anos – uma diferença
gritante de 20 anos.
“O Brasil tem uma desigualdade social muito presente, e isso vai refletir diretamente na esperança de vida dessas pessoas”, disse
Adelaide. (...)
Envelhecimento ativo para todos?
A população mundial está ficando cada vez mais velha, e o Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), será a sexta
nação do mundo com o maior número de idosos até 2025. Prevendo esse cenário global, a entidade adotou no final dos anos 1990 o termo
“envelhecimento ativo”. O conceito diz que para o processo se tornar uma experiência positiva, a vida deve ser acompanhada de oportunidades
contínuas de saúde, participação (social) e segurança. Dessa forma, o idoso pode passar dos 60 anos com autonomia, independência, qualidade
de vida e saúde.
As desigualdades sociais e raciais, no entanto, dificultam o envelhecer ativo e saudável para alguns grupos. “As pessoas idosas negras,
atualmente, são aquelas que menos aprenderam a ter vida social, porque elas são aquelas que menos recebem pessoas em casa, que menos
frequentam a casa das pessoas, ou seja, elas só trabalham – e em um trabalho de baixa qualidade. E não dá para falar que a pessoa não quis
se preparar para envelhecer. Ela até pensou nisso, mas tinha que pagar contas, acordar cedo, trabalhar mais tempo para o filho viver um
pouquinho melhor”, falou Silva.
Os próprios espaços com maior concentração de negros e pardos, como favelas, por exemplo, não facilitam um envelhecimento ativo
prático, e ainda criam uma espécie de “segregação residencial”, disse Silva. “Você já foi em um local que tem muitas pessoas negras? Você
percebe que o território não é bom para se viver, a qualidade e o acesso dos serviços não são bons, então as pessoas – tanto negras quanto
brancas – que envelhecem nesses espaços não têm muitas possibilidades.” (...)
Longevidade e políticas públicas
O Brasil tem políticas públicas robustas para o envelhecimento, que abordam capacitação, garantia de acesso à rede de serviços de
saúde, acolhimento, entre outros pontos. Uma das principais legislações é o Estatuto da Pessoa Idosa, instituído em outubro de 2003 por meio
da Lei nº 10.741. O grande problema desse arcabouço jurídico, no entanto, é que ele muitas vezes não é colocado em prática pela sociedade,
segundo Adelaide.
“O estatuto do idoso é realmente um dos principais instrumentos que veio dar suporte à política nacional de atenção à pessoa idosa.
Eu acho que o que falta é a sociedade realmente tornar essa política algo efetivo, não só na saúde, mas também na educação, na habitação,
na segurança social, e em políticas que garantam que a pessoa chegue à velhice e que, ao chegar lá, possa usufruir, nessa fase, de uma vida
mais plena, de uma vida digna, e de uma vida feliz”, falou.
De acordo com a professora, a promoção e a efetivação de políticas públicas são poderosas ferramentas para aumentar a longevidade.
Uma vida longeva, ainda de acordo com Adelaide, também está relacionada com alimentação saudável, prática de exercícios físicos, leituras,
jogos e, principalmente, relações sociais – com familiares, amigos e a comunidade no geral.
Sobre o autor: Lucas Gabriel Marins é jornalista e futuro biólogo.
Disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/60mais/envelhecer-bem/envelhecer-no-brasil-nao-e-igual-para-todo-mundo/. Com adaptações.
A oração em destaque no período “O primeiro dado que mostra
a realidade do cenário local é a relação entre expectativa de
vida e riqueza.,” tem valor morfológico de
Ano: 2025
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2025 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Guarda Civil Municipal |
Q3163041
Português
Texto associado
Envelhecer no Brasil não é igual para todo mundo
Questões sociais, de raça e de gênero têm um grande impacto no processo de envelhecimento.
O envelhecimento é um processo natural que envolve alterações fisiológicas, estruturais e químicas nas células das pessoas. Mas
essa mudança biológica inerente à vida não é igual para todo mundo. Além das questões físicas, o gênero, o contexto social e a raça têm um
peso enorme nesse processo, principalmente em países subdesenvolvidos como o Brasil, repleto de desigualdades e com um racismo estrutural
que permeia a cultura.
O primeiro dado que mostra a realidade do cenário local é a relação entre expectativa de vida e riqueza. Em Santa Catarina, estado
com uma das maiores rendas médias per capita do Brasil, uma pessoa vivia em média 79,9 anos em 2019, segundo a última pesquisa sobre o
assunto divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, no Maranhão, cuja renda é a menor do Brasil, a
expectativa média de vida naquele ano foi de 71,4 anos.
“O envelhecimento não é igual para pobres e para ricos, não é igual para alfabetizados e letrados, assim como também envelhecer na
região Nordeste, por exemplo, não é a mesma coisa que envelhecer no Sul”, explicou Adelaide Paredes Moreira, professora da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB) e coordenadora do mestrado profissional em gerontologia da mesma instituição.
De acordo com Adelaide, estudos mostram que pessoas nascidas em lugares mais pobres tendem a ter de 10 a 20 anos a menos de
expectativa de vida do que aquelas nascidas em locais mais ricos ou com situações econômicas melhores. O Mapa da Desigualdade da Capital
Paulista de 2021, divulgado pela Rede Nossa São Paulo, mostra essa realidade dentro da maior cidade do país. No Jardim Paulista, bairro da
região central de São Paulo, a média de vida dos moradores é de 80 anos, enquanto no Iguatemi, na zona leste, é de 60 anos – uma diferença
gritante de 20 anos.
“O Brasil tem uma desigualdade social muito presente, e isso vai refletir diretamente na esperança de vida dessas pessoas”, disse
Adelaide. (...)
Envelhecimento ativo para todos?
A população mundial está ficando cada vez mais velha, e o Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), será a sexta
nação do mundo com o maior número de idosos até 2025. Prevendo esse cenário global, a entidade adotou no final dos anos 1990 o termo
“envelhecimento ativo”. O conceito diz que para o processo se tornar uma experiência positiva, a vida deve ser acompanhada de oportunidades
contínuas de saúde, participação (social) e segurança. Dessa forma, o idoso pode passar dos 60 anos com autonomia, independência, qualidade
de vida e saúde.
As desigualdades sociais e raciais, no entanto, dificultam o envelhecer ativo e saudável para alguns grupos. “As pessoas idosas negras,
atualmente, são aquelas que menos aprenderam a ter vida social, porque elas são aquelas que menos recebem pessoas em casa, que menos
frequentam a casa das pessoas, ou seja, elas só trabalham – e em um trabalho de baixa qualidade. E não dá para falar que a pessoa não quis
se preparar para envelhecer. Ela até pensou nisso, mas tinha que pagar contas, acordar cedo, trabalhar mais tempo para o filho viver um
pouquinho melhor”, falou Silva.
Os próprios espaços com maior concentração de negros e pardos, como favelas, por exemplo, não facilitam um envelhecimento ativo
prático, e ainda criam uma espécie de “segregação residencial”, disse Silva. “Você já foi em um local que tem muitas pessoas negras? Você
percebe que o território não é bom para se viver, a qualidade e o acesso dos serviços não são bons, então as pessoas – tanto negras quanto
brancas – que envelhecem nesses espaços não têm muitas possibilidades.” (...)
Longevidade e políticas públicas
O Brasil tem políticas públicas robustas para o envelhecimento, que abordam capacitação, garantia de acesso à rede de serviços de
saúde, acolhimento, entre outros pontos. Uma das principais legislações é o Estatuto da Pessoa Idosa, instituído em outubro de 2003 por meio
da Lei nº 10.741. O grande problema desse arcabouço jurídico, no entanto, é que ele muitas vezes não é colocado em prática pela sociedade,
segundo Adelaide.
“O estatuto do idoso é realmente um dos principais instrumentos que veio dar suporte à política nacional de atenção à pessoa idosa.
Eu acho que o que falta é a sociedade realmente tornar essa política algo efetivo, não só na saúde, mas também na educação, na habitação,
na segurança social, e em políticas que garantam que a pessoa chegue à velhice e que, ao chegar lá, possa usufruir, nessa fase, de uma vida
mais plena, de uma vida digna, e de uma vida feliz”, falou.
De acordo com a professora, a promoção e a efetivação de políticas públicas são poderosas ferramentas para aumentar a longevidade.
Uma vida longeva, ainda de acordo com Adelaide, também está relacionada com alimentação saudável, prática de exercícios físicos, leituras,
jogos e, principalmente, relações sociais – com familiares, amigos e a comunidade no geral.
Sobre o autor: Lucas Gabriel Marins é jornalista e futuro biólogo.
Disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/60mais/envelhecer-bem/envelhecer-no-brasil-nao-e-igual-para-todo-mundo/. Com adaptações.
De acordo com as regras de acentuação das palavras, assinale a
alternativa correta que apresenta palavra(s) acentuada(s) pela
mesma razão que as palavras em destaque no período: “O
envelhecimento é um processo natural que envolve alterações
fisiológicas, estruturais e químicas nas células das pessoas.”.
Ano: 2025
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2025 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Guarda Civil Municipal |
Q3163042
Português
Texto associado
Envelhecer no Brasil não é igual para todo mundo
Questões sociais, de raça e de gênero têm um grande impacto no processo de envelhecimento.
O envelhecimento é um processo natural que envolve alterações fisiológicas, estruturais e químicas nas células das pessoas. Mas
essa mudança biológica inerente à vida não é igual para todo mundo. Além das questões físicas, o gênero, o contexto social e a raça têm um
peso enorme nesse processo, principalmente em países subdesenvolvidos como o Brasil, repleto de desigualdades e com um racismo estrutural
que permeia a cultura.
O primeiro dado que mostra a realidade do cenário local é a relação entre expectativa de vida e riqueza. Em Santa Catarina, estado
com uma das maiores rendas médias per capita do Brasil, uma pessoa vivia em média 79,9 anos em 2019, segundo a última pesquisa sobre o
assunto divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, no Maranhão, cuja renda é a menor do Brasil, a
expectativa média de vida naquele ano foi de 71,4 anos.
“O envelhecimento não é igual para pobres e para ricos, não é igual para alfabetizados e letrados, assim como também envelhecer na
região Nordeste, por exemplo, não é a mesma coisa que envelhecer no Sul”, explicou Adelaide Paredes Moreira, professora da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB) e coordenadora do mestrado profissional em gerontologia da mesma instituição.
De acordo com Adelaide, estudos mostram que pessoas nascidas em lugares mais pobres tendem a ter de 10 a 20 anos a menos de
expectativa de vida do que aquelas nascidas em locais mais ricos ou com situações econômicas melhores. O Mapa da Desigualdade da Capital
Paulista de 2021, divulgado pela Rede Nossa São Paulo, mostra essa realidade dentro da maior cidade do país. No Jardim Paulista, bairro da
região central de São Paulo, a média de vida dos moradores é de 80 anos, enquanto no Iguatemi, na zona leste, é de 60 anos – uma diferença
gritante de 20 anos.
“O Brasil tem uma desigualdade social muito presente, e isso vai refletir diretamente na esperança de vida dessas pessoas”, disse
Adelaide. (...)
Envelhecimento ativo para todos?
A população mundial está ficando cada vez mais velha, e o Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), será a sexta
nação do mundo com o maior número de idosos até 2025. Prevendo esse cenário global, a entidade adotou no final dos anos 1990 o termo
“envelhecimento ativo”. O conceito diz que para o processo se tornar uma experiência positiva, a vida deve ser acompanhada de oportunidades
contínuas de saúde, participação (social) e segurança. Dessa forma, o idoso pode passar dos 60 anos com autonomia, independência, qualidade
de vida e saúde.
As desigualdades sociais e raciais, no entanto, dificultam o envelhecer ativo e saudável para alguns grupos. “As pessoas idosas negras,
atualmente, são aquelas que menos aprenderam a ter vida social, porque elas são aquelas que menos recebem pessoas em casa, que menos
frequentam a casa das pessoas, ou seja, elas só trabalham – e em um trabalho de baixa qualidade. E não dá para falar que a pessoa não quis
se preparar para envelhecer. Ela até pensou nisso, mas tinha que pagar contas, acordar cedo, trabalhar mais tempo para o filho viver um
pouquinho melhor”, falou Silva.
Os próprios espaços com maior concentração de negros e pardos, como favelas, por exemplo, não facilitam um envelhecimento ativo
prático, e ainda criam uma espécie de “segregação residencial”, disse Silva. “Você já foi em um local que tem muitas pessoas negras? Você
percebe que o território não é bom para se viver, a qualidade e o acesso dos serviços não são bons, então as pessoas – tanto negras quanto
brancas – que envelhecem nesses espaços não têm muitas possibilidades.” (...)
Longevidade e políticas públicas
O Brasil tem políticas públicas robustas para o envelhecimento, que abordam capacitação, garantia de acesso à rede de serviços de
saúde, acolhimento, entre outros pontos. Uma das principais legislações é o Estatuto da Pessoa Idosa, instituído em outubro de 2003 por meio
da Lei nº 10.741. O grande problema desse arcabouço jurídico, no entanto, é que ele muitas vezes não é colocado em prática pela sociedade,
segundo Adelaide.
“O estatuto do idoso é realmente um dos principais instrumentos que veio dar suporte à política nacional de atenção à pessoa idosa.
Eu acho que o que falta é a sociedade realmente tornar essa política algo efetivo, não só na saúde, mas também na educação, na habitação,
na segurança social, e em políticas que garantam que a pessoa chegue à velhice e que, ao chegar lá, possa usufruir, nessa fase, de uma vida
mais plena, de uma vida digna, e de uma vida feliz”, falou.
De acordo com a professora, a promoção e a efetivação de políticas públicas são poderosas ferramentas para aumentar a longevidade.
Uma vida longeva, ainda de acordo com Adelaide, também está relacionada com alimentação saudável, prática de exercícios físicos, leituras,
jogos e, principalmente, relações sociais – com familiares, amigos e a comunidade no geral.
Sobre o autor: Lucas Gabriel Marins é jornalista e futuro biólogo.
Disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/60mais/envelhecer-bem/envelhecer-no-brasil-nao-e-igual-para-todo-mundo/. Com adaptações.
Sobre o uso do sinal indicativo da crase em “O estatuto do idoso
é realmente um dos principais instrumentos que veio dar suporte
๠política nacional de atenção ಠpessoa idosa.”, é correto afirmar
que
Ano: 2025
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2025 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Guarda Civil Municipal |
Q3163043
Português
Texto associado
Envelhecer no Brasil não é igual para todo mundo
Questões sociais, de raça e de gênero têm um grande impacto no processo de envelhecimento.
O envelhecimento é um processo natural que envolve alterações fisiológicas, estruturais e químicas nas células das pessoas. Mas
essa mudança biológica inerente à vida não é igual para todo mundo. Além das questões físicas, o gênero, o contexto social e a raça têm um
peso enorme nesse processo, principalmente em países subdesenvolvidos como o Brasil, repleto de desigualdades e com um racismo estrutural
que permeia a cultura.
O primeiro dado que mostra a realidade do cenário local é a relação entre expectativa de vida e riqueza. Em Santa Catarina, estado
com uma das maiores rendas médias per capita do Brasil, uma pessoa vivia em média 79,9 anos em 2019, segundo a última pesquisa sobre o
assunto divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, no Maranhão, cuja renda é a menor do Brasil, a
expectativa média de vida naquele ano foi de 71,4 anos.
“O envelhecimento não é igual para pobres e para ricos, não é igual para alfabetizados e letrados, assim como também envelhecer na
região Nordeste, por exemplo, não é a mesma coisa que envelhecer no Sul”, explicou Adelaide Paredes Moreira, professora da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB) e coordenadora do mestrado profissional em gerontologia da mesma instituição.
De acordo com Adelaide, estudos mostram que pessoas nascidas em lugares mais pobres tendem a ter de 10 a 20 anos a menos de
expectativa de vida do que aquelas nascidas em locais mais ricos ou com situações econômicas melhores. O Mapa da Desigualdade da Capital
Paulista de 2021, divulgado pela Rede Nossa São Paulo, mostra essa realidade dentro da maior cidade do país. No Jardim Paulista, bairro da
região central de São Paulo, a média de vida dos moradores é de 80 anos, enquanto no Iguatemi, na zona leste, é de 60 anos – uma diferença
gritante de 20 anos.
“O Brasil tem uma desigualdade social muito presente, e isso vai refletir diretamente na esperança de vida dessas pessoas”, disse
Adelaide. (...)
Envelhecimento ativo para todos?
A população mundial está ficando cada vez mais velha, e o Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), será a sexta
nação do mundo com o maior número de idosos até 2025. Prevendo esse cenário global, a entidade adotou no final dos anos 1990 o termo
“envelhecimento ativo”. O conceito diz que para o processo se tornar uma experiência positiva, a vida deve ser acompanhada de oportunidades
contínuas de saúde, participação (social) e segurança. Dessa forma, o idoso pode passar dos 60 anos com autonomia, independência, qualidade
de vida e saúde.
As desigualdades sociais e raciais, no entanto, dificultam o envelhecer ativo e saudável para alguns grupos. “As pessoas idosas negras,
atualmente, são aquelas que menos aprenderam a ter vida social, porque elas são aquelas que menos recebem pessoas em casa, que menos
frequentam a casa das pessoas, ou seja, elas só trabalham – e em um trabalho de baixa qualidade. E não dá para falar que a pessoa não quis
se preparar para envelhecer. Ela até pensou nisso, mas tinha que pagar contas, acordar cedo, trabalhar mais tempo para o filho viver um
pouquinho melhor”, falou Silva.
Os próprios espaços com maior concentração de negros e pardos, como favelas, por exemplo, não facilitam um envelhecimento ativo
prático, e ainda criam uma espécie de “segregação residencial”, disse Silva. “Você já foi em um local que tem muitas pessoas negras? Você
percebe que o território não é bom para se viver, a qualidade e o acesso dos serviços não são bons, então as pessoas – tanto negras quanto
brancas – que envelhecem nesses espaços não têm muitas possibilidades.” (...)
Longevidade e políticas públicas
O Brasil tem políticas públicas robustas para o envelhecimento, que abordam capacitação, garantia de acesso à rede de serviços de
saúde, acolhimento, entre outros pontos. Uma das principais legislações é o Estatuto da Pessoa Idosa, instituído em outubro de 2003 por meio
da Lei nº 10.741. O grande problema desse arcabouço jurídico, no entanto, é que ele muitas vezes não é colocado em prática pela sociedade,
segundo Adelaide.
“O estatuto do idoso é realmente um dos principais instrumentos que veio dar suporte à política nacional de atenção à pessoa idosa.
Eu acho que o que falta é a sociedade realmente tornar essa política algo efetivo, não só na saúde, mas também na educação, na habitação,
na segurança social, e em políticas que garantam que a pessoa chegue à velhice e que, ao chegar lá, possa usufruir, nessa fase, de uma vida
mais plena, de uma vida digna, e de uma vida feliz”, falou.
De acordo com a professora, a promoção e a efetivação de políticas públicas são poderosas ferramentas para aumentar a longevidade.
Uma vida longeva, ainda de acordo com Adelaide, também está relacionada com alimentação saudável, prática de exercícios físicos, leituras,
jogos e, principalmente, relações sociais – com familiares, amigos e a comunidade no geral.
Sobre o autor: Lucas Gabriel Marins é jornalista e futuro biólogo.
Disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/60mais/envelhecer-bem/envelhecer-no-brasil-nao-e-igual-para-todo-mundo/. Com adaptações.
Em “As pessoas idosas negras, atualmente, são aquelas que
menos aprenderam a ter vida social, porque elas são aquelas que
menos recebem pessoas em casa, que menos frequentam a casa
das pessoas, ou seja, elas só trabalham – e em um trabalho de
baixa qualidade.”, o travessão foi empregado para
Ano: 2025
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2025 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Guarda Civil Municipal |
Q3163044
Português
Texto associado
Envelhecer no Brasil não é igual para todo mundo
Questões sociais, de raça e de gênero têm um grande impacto no processo de envelhecimento.
O envelhecimento é um processo natural que envolve alterações fisiológicas, estruturais e químicas nas células das pessoas. Mas
essa mudança biológica inerente à vida não é igual para todo mundo. Além das questões físicas, o gênero, o contexto social e a raça têm um
peso enorme nesse processo, principalmente em países subdesenvolvidos como o Brasil, repleto de desigualdades e com um racismo estrutural
que permeia a cultura.
O primeiro dado que mostra a realidade do cenário local é a relação entre expectativa de vida e riqueza. Em Santa Catarina, estado
com uma das maiores rendas médias per capita do Brasil, uma pessoa vivia em média 79,9 anos em 2019, segundo a última pesquisa sobre o
assunto divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, no Maranhão, cuja renda é a menor do Brasil, a
expectativa média de vida naquele ano foi de 71,4 anos.
“O envelhecimento não é igual para pobres e para ricos, não é igual para alfabetizados e letrados, assim como também envelhecer na
região Nordeste, por exemplo, não é a mesma coisa que envelhecer no Sul”, explicou Adelaide Paredes Moreira, professora da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB) e coordenadora do mestrado profissional em gerontologia da mesma instituição.
De acordo com Adelaide, estudos mostram que pessoas nascidas em lugares mais pobres tendem a ter de 10 a 20 anos a menos de
expectativa de vida do que aquelas nascidas em locais mais ricos ou com situações econômicas melhores. O Mapa da Desigualdade da Capital
Paulista de 2021, divulgado pela Rede Nossa São Paulo, mostra essa realidade dentro da maior cidade do país. No Jardim Paulista, bairro da
região central de São Paulo, a média de vida dos moradores é de 80 anos, enquanto no Iguatemi, na zona leste, é de 60 anos – uma diferença
gritante de 20 anos.
“O Brasil tem uma desigualdade social muito presente, e isso vai refletir diretamente na esperança de vida dessas pessoas”, disse
Adelaide. (...)
Envelhecimento ativo para todos?
A população mundial está ficando cada vez mais velha, e o Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), será a sexta
nação do mundo com o maior número de idosos até 2025. Prevendo esse cenário global, a entidade adotou no final dos anos 1990 o termo
“envelhecimento ativo”. O conceito diz que para o processo se tornar uma experiência positiva, a vida deve ser acompanhada de oportunidades
contínuas de saúde, participação (social) e segurança. Dessa forma, o idoso pode passar dos 60 anos com autonomia, independência, qualidade
de vida e saúde.
As desigualdades sociais e raciais, no entanto, dificultam o envelhecer ativo e saudável para alguns grupos. “As pessoas idosas negras,
atualmente, são aquelas que menos aprenderam a ter vida social, porque elas são aquelas que menos recebem pessoas em casa, que menos
frequentam a casa das pessoas, ou seja, elas só trabalham – e em um trabalho de baixa qualidade. E não dá para falar que a pessoa não quis
se preparar para envelhecer. Ela até pensou nisso, mas tinha que pagar contas, acordar cedo, trabalhar mais tempo para o filho viver um
pouquinho melhor”, falou Silva.
Os próprios espaços com maior concentração de negros e pardos, como favelas, por exemplo, não facilitam um envelhecimento ativo
prático, e ainda criam uma espécie de “segregação residencial”, disse Silva. “Você já foi em um local que tem muitas pessoas negras? Você
percebe que o território não é bom para se viver, a qualidade e o acesso dos serviços não são bons, então as pessoas – tanto negras quanto
brancas – que envelhecem nesses espaços não têm muitas possibilidades.” (...)
Longevidade e políticas públicas
O Brasil tem políticas públicas robustas para o envelhecimento, que abordam capacitação, garantia de acesso à rede de serviços de
saúde, acolhimento, entre outros pontos. Uma das principais legislações é o Estatuto da Pessoa Idosa, instituído em outubro de 2003 por meio
da Lei nº 10.741. O grande problema desse arcabouço jurídico, no entanto, é que ele muitas vezes não é colocado em prática pela sociedade,
segundo Adelaide.
“O estatuto do idoso é realmente um dos principais instrumentos que veio dar suporte à política nacional de atenção à pessoa idosa.
Eu acho que o que falta é a sociedade realmente tornar essa política algo efetivo, não só na saúde, mas também na educação, na habitação,
na segurança social, e em políticas que garantam que a pessoa chegue à velhice e que, ao chegar lá, possa usufruir, nessa fase, de uma vida
mais plena, de uma vida digna, e de uma vida feliz”, falou.
De acordo com a professora, a promoção e a efetivação de políticas públicas são poderosas ferramentas para aumentar a longevidade.
Uma vida longeva, ainda de acordo com Adelaide, também está relacionada com alimentação saudável, prática de exercícios físicos, leituras,
jogos e, principalmente, relações sociais – com familiares, amigos e a comunidade no geral.
Sobre o autor: Lucas Gabriel Marins é jornalista e futuro biólogo.
Disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/60mais/envelhecer-bem/envelhecer-no-brasil-nao-e-igual-para-todo-mundo/. Com adaptações.
Os operadores argumentativos são elementos linguísticos que
servem para evidenciar o caráter argumentativo do texto. Eles
costumam ser representados por conectivos (como preposição e
conjunção) e atuam na inteligibilidade (coerência e coesão) do
texto. Com base nisso, assinale a alternativa que apresenta a
ideia correta estabelecida pelo operador argumentativo em
destaque.
Ano: 2025
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2025 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Guarda Civil Municipal |
Q3163045
Português
Texto associado
Envelhecer no Brasil não é igual para todo mundo
Questões sociais, de raça e de gênero têm um grande impacto no processo de envelhecimento.
O envelhecimento é um processo natural que envolve alterações fisiológicas, estruturais e químicas nas células das pessoas. Mas
essa mudança biológica inerente à vida não é igual para todo mundo. Além das questões físicas, o gênero, o contexto social e a raça têm um
peso enorme nesse processo, principalmente em países subdesenvolvidos como o Brasil, repleto de desigualdades e com um racismo estrutural
que permeia a cultura.
O primeiro dado que mostra a realidade do cenário local é a relação entre expectativa de vida e riqueza. Em Santa Catarina, estado
com uma das maiores rendas médias per capita do Brasil, uma pessoa vivia em média 79,9 anos em 2019, segundo a última pesquisa sobre o
assunto divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, no Maranhão, cuja renda é a menor do Brasil, a
expectativa média de vida naquele ano foi de 71,4 anos.
“O envelhecimento não é igual para pobres e para ricos, não é igual para alfabetizados e letrados, assim como também envelhecer na
região Nordeste, por exemplo, não é a mesma coisa que envelhecer no Sul”, explicou Adelaide Paredes Moreira, professora da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB) e coordenadora do mestrado profissional em gerontologia da mesma instituição.
De acordo com Adelaide, estudos mostram que pessoas nascidas em lugares mais pobres tendem a ter de 10 a 20 anos a menos de
expectativa de vida do que aquelas nascidas em locais mais ricos ou com situações econômicas melhores. O Mapa da Desigualdade da Capital
Paulista de 2021, divulgado pela Rede Nossa São Paulo, mostra essa realidade dentro da maior cidade do país. No Jardim Paulista, bairro da
região central de São Paulo, a média de vida dos moradores é de 80 anos, enquanto no Iguatemi, na zona leste, é de 60 anos – uma diferença
gritante de 20 anos.
“O Brasil tem uma desigualdade social muito presente, e isso vai refletir diretamente na esperança de vida dessas pessoas”, disse
Adelaide. (...)
Envelhecimento ativo para todos?
A população mundial está ficando cada vez mais velha, e o Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), será a sexta
nação do mundo com o maior número de idosos até 2025. Prevendo esse cenário global, a entidade adotou no final dos anos 1990 o termo
“envelhecimento ativo”. O conceito diz que para o processo se tornar uma experiência positiva, a vida deve ser acompanhada de oportunidades
contínuas de saúde, participação (social) e segurança. Dessa forma, o idoso pode passar dos 60 anos com autonomia, independência, qualidade
de vida e saúde.
As desigualdades sociais e raciais, no entanto, dificultam o envelhecer ativo e saudável para alguns grupos. “As pessoas idosas negras,
atualmente, são aquelas que menos aprenderam a ter vida social, porque elas são aquelas que menos recebem pessoas em casa, que menos
frequentam a casa das pessoas, ou seja, elas só trabalham – e em um trabalho de baixa qualidade. E não dá para falar que a pessoa não quis
se preparar para envelhecer. Ela até pensou nisso, mas tinha que pagar contas, acordar cedo, trabalhar mais tempo para o filho viver um
pouquinho melhor”, falou Silva.
Os próprios espaços com maior concentração de negros e pardos, como favelas, por exemplo, não facilitam um envelhecimento ativo
prático, e ainda criam uma espécie de “segregação residencial”, disse Silva. “Você já foi em um local que tem muitas pessoas negras? Você
percebe que o território não é bom para se viver, a qualidade e o acesso dos serviços não são bons, então as pessoas – tanto negras quanto
brancas – que envelhecem nesses espaços não têm muitas possibilidades.” (...)
Longevidade e políticas públicas
O Brasil tem políticas públicas robustas para o envelhecimento, que abordam capacitação, garantia de acesso à rede de serviços de
saúde, acolhimento, entre outros pontos. Uma das principais legislações é o Estatuto da Pessoa Idosa, instituído em outubro de 2003 por meio
da Lei nº 10.741. O grande problema desse arcabouço jurídico, no entanto, é que ele muitas vezes não é colocado em prática pela sociedade,
segundo Adelaide.
“O estatuto do idoso é realmente um dos principais instrumentos que veio dar suporte à política nacional de atenção à pessoa idosa.
Eu acho que o que falta é a sociedade realmente tornar essa política algo efetivo, não só na saúde, mas também na educação, na habitação,
na segurança social, e em políticas que garantam que a pessoa chegue à velhice e que, ao chegar lá, possa usufruir, nessa fase, de uma vida
mais plena, de uma vida digna, e de uma vida feliz”, falou.
De acordo com a professora, a promoção e a efetivação de políticas públicas são poderosas ferramentas para aumentar a longevidade.
Uma vida longeva, ainda de acordo com Adelaide, também está relacionada com alimentação saudável, prática de exercícios físicos, leituras,
jogos e, principalmente, relações sociais – com familiares, amigos e a comunidade no geral.
Sobre o autor: Lucas Gabriel Marins é jornalista e futuro biólogo.
Disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/60mais/envelhecer-bem/envelhecer-no-brasil-nao-e-igual-para-todo-mundo/. Com adaptações.
No período “Você percebe que¹ o território não é bom para se
viver, a qualidade e o acesso dos serviços não são bons, então
as pessoas – tanto negras quanto brancas – que² envelhecem
nesses espaços não têm muitas possibilidades.”, as partículas
“que” em destaque, exercem, respectivamente, funções de
Ano: 2025
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2025 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Guarda Civil Municipal |
Q3163046
Português
Texto associado
Envelhecer no Brasil não é igual para todo mundo
Questões sociais, de raça e de gênero têm um grande impacto no processo de envelhecimento.
O envelhecimento é um processo natural que envolve alterações fisiológicas, estruturais e químicas nas células das pessoas. Mas
essa mudança biológica inerente à vida não é igual para todo mundo. Além das questões físicas, o gênero, o contexto social e a raça têm um
peso enorme nesse processo, principalmente em países subdesenvolvidos como o Brasil, repleto de desigualdades e com um racismo estrutural
que permeia a cultura.
O primeiro dado que mostra a realidade do cenário local é a relação entre expectativa de vida e riqueza. Em Santa Catarina, estado
com uma das maiores rendas médias per capita do Brasil, uma pessoa vivia em média 79,9 anos em 2019, segundo a última pesquisa sobre o
assunto divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, no Maranhão, cuja renda é a menor do Brasil, a
expectativa média de vida naquele ano foi de 71,4 anos.
“O envelhecimento não é igual para pobres e para ricos, não é igual para alfabetizados e letrados, assim como também envelhecer na
região Nordeste, por exemplo, não é a mesma coisa que envelhecer no Sul”, explicou Adelaide Paredes Moreira, professora da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB) e coordenadora do mestrado profissional em gerontologia da mesma instituição.
De acordo com Adelaide, estudos mostram que pessoas nascidas em lugares mais pobres tendem a ter de 10 a 20 anos a menos de
expectativa de vida do que aquelas nascidas em locais mais ricos ou com situações econômicas melhores. O Mapa da Desigualdade da Capital
Paulista de 2021, divulgado pela Rede Nossa São Paulo, mostra essa realidade dentro da maior cidade do país. No Jardim Paulista, bairro da
região central de São Paulo, a média de vida dos moradores é de 80 anos, enquanto no Iguatemi, na zona leste, é de 60 anos – uma diferença
gritante de 20 anos.
“O Brasil tem uma desigualdade social muito presente, e isso vai refletir diretamente na esperança de vida dessas pessoas”, disse
Adelaide. (...)
Envelhecimento ativo para todos?
A população mundial está ficando cada vez mais velha, e o Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), será a sexta
nação do mundo com o maior número de idosos até 2025. Prevendo esse cenário global, a entidade adotou no final dos anos 1990 o termo
“envelhecimento ativo”. O conceito diz que para o processo se tornar uma experiência positiva, a vida deve ser acompanhada de oportunidades
contínuas de saúde, participação (social) e segurança. Dessa forma, o idoso pode passar dos 60 anos com autonomia, independência, qualidade
de vida e saúde.
As desigualdades sociais e raciais, no entanto, dificultam o envelhecer ativo e saudável para alguns grupos. “As pessoas idosas negras,
atualmente, são aquelas que menos aprenderam a ter vida social, porque elas são aquelas que menos recebem pessoas em casa, que menos
frequentam a casa das pessoas, ou seja, elas só trabalham – e em um trabalho de baixa qualidade. E não dá para falar que a pessoa não quis
se preparar para envelhecer. Ela até pensou nisso, mas tinha que pagar contas, acordar cedo, trabalhar mais tempo para o filho viver um
pouquinho melhor”, falou Silva.
Os próprios espaços com maior concentração de negros e pardos, como favelas, por exemplo, não facilitam um envelhecimento ativo
prático, e ainda criam uma espécie de “segregação residencial”, disse Silva. “Você já foi em um local que tem muitas pessoas negras? Você
percebe que o território não é bom para se viver, a qualidade e o acesso dos serviços não são bons, então as pessoas – tanto negras quanto
brancas – que envelhecem nesses espaços não têm muitas possibilidades.” (...)
Longevidade e políticas públicas
O Brasil tem políticas públicas robustas para o envelhecimento, que abordam capacitação, garantia de acesso à rede de serviços de
saúde, acolhimento, entre outros pontos. Uma das principais legislações é o Estatuto da Pessoa Idosa, instituído em outubro de 2003 por meio
da Lei nº 10.741. O grande problema desse arcabouço jurídico, no entanto, é que ele muitas vezes não é colocado em prática pela sociedade,
segundo Adelaide.
“O estatuto do idoso é realmente um dos principais instrumentos que veio dar suporte à política nacional de atenção à pessoa idosa.
Eu acho que o que falta é a sociedade realmente tornar essa política algo efetivo, não só na saúde, mas também na educação, na habitação,
na segurança social, e em políticas que garantam que a pessoa chegue à velhice e que, ao chegar lá, possa usufruir, nessa fase, de uma vida
mais plena, de uma vida digna, e de uma vida feliz”, falou.
De acordo com a professora, a promoção e a efetivação de políticas públicas são poderosas ferramentas para aumentar a longevidade.
Uma vida longeva, ainda de acordo com Adelaide, também está relacionada com alimentação saudável, prática de exercícios físicos, leituras,
jogos e, principalmente, relações sociais – com familiares, amigos e a comunidade no geral.
Sobre o autor: Lucas Gabriel Marins é jornalista e futuro biólogo.
Disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/60mais/envelhecer-bem/envelhecer-no-brasil-nao-e-igual-para-todo-mundo/. Com adaptações.
Ao analisar a função e o sentido da expressão “dessa forma” em
destaque no trecho “Dessa forma, o idoso pode passar dos 60
anos com autonomia, independência, qualidade de vida e
saúde.”, assinale a alternativa que apresenta uma
palavra/expressão com o mesmo sentido.
Ano: 2025
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2025 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Guarda Civil Municipal |
Q3163047
Português
Texto associado
Envelhecer no Brasil não é igual para todo mundo
Questões sociais, de raça e de gênero têm um grande impacto no processo de envelhecimento.
O envelhecimento é um processo natural que envolve alterações fisiológicas, estruturais e químicas nas células das pessoas. Mas
essa mudança biológica inerente à vida não é igual para todo mundo. Além das questões físicas, o gênero, o contexto social e a raça têm um
peso enorme nesse processo, principalmente em países subdesenvolvidos como o Brasil, repleto de desigualdades e com um racismo estrutural
que permeia a cultura.
O primeiro dado que mostra a realidade do cenário local é a relação entre expectativa de vida e riqueza. Em Santa Catarina, estado
com uma das maiores rendas médias per capita do Brasil, uma pessoa vivia em média 79,9 anos em 2019, segundo a última pesquisa sobre o
assunto divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, no Maranhão, cuja renda é a menor do Brasil, a
expectativa média de vida naquele ano foi de 71,4 anos.
“O envelhecimento não é igual para pobres e para ricos, não é igual para alfabetizados e letrados, assim como também envelhecer na
região Nordeste, por exemplo, não é a mesma coisa que envelhecer no Sul”, explicou Adelaide Paredes Moreira, professora da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB) e coordenadora do mestrado profissional em gerontologia da mesma instituição.
De acordo com Adelaide, estudos mostram que pessoas nascidas em lugares mais pobres tendem a ter de 10 a 20 anos a menos de
expectativa de vida do que aquelas nascidas em locais mais ricos ou com situações econômicas melhores. O Mapa da Desigualdade da Capital
Paulista de 2021, divulgado pela Rede Nossa São Paulo, mostra essa realidade dentro da maior cidade do país. No Jardim Paulista, bairro da
região central de São Paulo, a média de vida dos moradores é de 80 anos, enquanto no Iguatemi, na zona leste, é de 60 anos – uma diferença
gritante de 20 anos.
“O Brasil tem uma desigualdade social muito presente, e isso vai refletir diretamente na esperança de vida dessas pessoas”, disse
Adelaide. (...)
Envelhecimento ativo para todos?
A população mundial está ficando cada vez mais velha, e o Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), será a sexta
nação do mundo com o maior número de idosos até 2025. Prevendo esse cenário global, a entidade adotou no final dos anos 1990 o termo
“envelhecimento ativo”. O conceito diz que para o processo se tornar uma experiência positiva, a vida deve ser acompanhada de oportunidades
contínuas de saúde, participação (social) e segurança. Dessa forma, o idoso pode passar dos 60 anos com autonomia, independência, qualidade
de vida e saúde.
As desigualdades sociais e raciais, no entanto, dificultam o envelhecer ativo e saudável para alguns grupos. “As pessoas idosas negras,
atualmente, são aquelas que menos aprenderam a ter vida social, porque elas são aquelas que menos recebem pessoas em casa, que menos
frequentam a casa das pessoas, ou seja, elas só trabalham – e em um trabalho de baixa qualidade. E não dá para falar que a pessoa não quis
se preparar para envelhecer. Ela até pensou nisso, mas tinha que pagar contas, acordar cedo, trabalhar mais tempo para o filho viver um
pouquinho melhor”, falou Silva.
Os próprios espaços com maior concentração de negros e pardos, como favelas, por exemplo, não facilitam um envelhecimento ativo
prático, e ainda criam uma espécie de “segregação residencial”, disse Silva. “Você já foi em um local que tem muitas pessoas negras? Você
percebe que o território não é bom para se viver, a qualidade e o acesso dos serviços não são bons, então as pessoas – tanto negras quanto
brancas – que envelhecem nesses espaços não têm muitas possibilidades.” (...)
Longevidade e políticas públicas
O Brasil tem políticas públicas robustas para o envelhecimento, que abordam capacitação, garantia de acesso à rede de serviços de
saúde, acolhimento, entre outros pontos. Uma das principais legislações é o Estatuto da Pessoa Idosa, instituído em outubro de 2003 por meio
da Lei nº 10.741. O grande problema desse arcabouço jurídico, no entanto, é que ele muitas vezes não é colocado em prática pela sociedade,
segundo Adelaide.
“O estatuto do idoso é realmente um dos principais instrumentos que veio dar suporte à política nacional de atenção à pessoa idosa.
Eu acho que o que falta é a sociedade realmente tornar essa política algo efetivo, não só na saúde, mas também na educação, na habitação,
na segurança social, e em políticas que garantam que a pessoa chegue à velhice e que, ao chegar lá, possa usufruir, nessa fase, de uma vida
mais plena, de uma vida digna, e de uma vida feliz”, falou.
De acordo com a professora, a promoção e a efetivação de políticas públicas são poderosas ferramentas para aumentar a longevidade.
Uma vida longeva, ainda de acordo com Adelaide, também está relacionada com alimentação saudável, prática de exercícios físicos, leituras,
jogos e, principalmente, relações sociais – com familiares, amigos e a comunidade no geral.
Sobre o autor: Lucas Gabriel Marins é jornalista e futuro biólogo.
Disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/60mais/envelhecer-bem/envelhecer-no-brasil-nao-e-igual-para-todo-mundo/. Com adaptações.
Em relação à concordância verbal, assinale a alternativa correta.
Ano: 2025
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2025 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Guarda Civil Municipal |
Q3163048
Matemática
Um engenheiro está projetando um telhado parabólico para um
edifício. A altura h do telhado, em metros, em função da distância
horizontal x, em metros, é dada pela equação h(x) = -2x² + 12x +
5. Determine a altura máxima que o telhado atingirá e assinale a
alternativa correta.
Ano: 2025
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2025 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Guarda Civil Municipal |
Q3163049
Matemática
Uma comissão de 4 pessoas será formada a partir de um grupo
de 7 homens e 5 mulheres. Determine o número de maneiras de
se formar a comissão contendo exatamente 2 homens e 2
mulheres e assinale a alternativa correta.
Ano: 2025
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2025 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Guarda Civil Municipal |
Q3163050
Matemática
Em um evento beneficente, foram vendidos ingressos de dois
tipos: inteiro e meia-entrada. O ingresso inteiro custou R$ 50,00
e a meia-entrada custou R$ 30,00. No total, foram vendidos 200
ingressos, arrecadando R$ 8.000,00. Determine quantos
ingressos de cada tipo foram vendidos e assinale a alternativa
correta.
Ano: 2025
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2025 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Guarda Civil Municipal |
Q3163051
Matemática
Uma certa espécie de planta cresce de forma que sua altura
dobra a cada semana. Se uma muda tem inicialmente 2 cm de
altura, determine qual será a altura aproximada após 5 semanas
e assinale a alternativa correta.
Ano: 2025
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2025 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Guarda Civil Municipal |
Q3163052
Matemática
Uma empresa de tecnologia observa que o número de usuários
de seu novo aplicativo cresce exponencialmente de acordo com
a função N(t) = N0 . ekt , onde N0 é o número inicial de
usuários, k é uma constante positiva e t é o tempo em meses. Se
o número de usuários dobrou após 5 meses, determine qual será
o tempo necessário para que o número de usuários seja cinco
vezes o número inicial e assinale a alternativa correta.
Ano: 2025
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2025 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Guarda Civil Municipal |
Q3163053
Matemática
Um engenheiro está analisando dois quadrados para um projeto.
O primeiro quadrado tem lados medindo (x + y) metros e o
segundo quadrado tem lados medindo (x - y) metros. Ele precisa
da diferença de área entre esses dois quadrados para calcular a
quantidade de material necessário. Determine essa diferença de
área em função de x e y e assinale a alternativa correta.
Ano: 2025
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2025 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Guarda Civil Municipal |
Q3163054
Matemática
Um corredor percorre 15 km em 1 hora e 20 minutos. Determine
qual é a sua velocidade média em metros por segundo e assinale
a alternativa correta.
Ano: 2025
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2025 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Guarda Civil Municipal |
Q3163055
Matemática
Um investidor aplicou R$ 5.000,00 em um fundo de investimento
que rende 5% ao mês, com capitalização composta. Determine
qual será o montante aproximado após 6 meses e assinale a
alternativa correta. Para fins de cálculo, considerar: 1,06^6 =
1,4185 / 1,05^6 = 1,3401 / 1,06^5 = 1,3382.