Questões de Concurso Público Prefeitura de Diorama - GO 2019 para Técnico de Enfermagem

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Q1719882 Português
MINEIRO DIANTE DO MAR


Affonso Romano de Sant'Anna

Me lembro dessa cena: um adolescente chegando ao Rio e o irmão lhe prevenindo: "Amanhã vou te apresentar o mar". Isto soava assim: amanhã vou te levar ao outro lado do mundo, amanhã te ofereço a Lua. Amanhã você já não será o mesmo homem.
E a cena continuou: resguardado pelo irmão mais velho, que se assentou no banco do calçadão, o adolescente, ousado e indefeso, caminha na areia para o primeiro encontro com o mar. Ele não pisava na areia. Era um oásis a caminhar. Ele não estava mais em Minas, mas andava num campo de tulipas na Holanda. O mar, a primeira vez, não é um rito que deixe um homem impune. Algo nele vai-se aprofundar.
E o irmão lá atrás, respeitoso, era a sentinela, o sacerdote que deixa o iniciante no limiar do sagrado, sabendo que dali para a frente o outro terá que, sozinho, enfrentar o dragão. E o dragão lá vinha soltando pelas narinas as ondas verdes de verão. E o pequeno cavaleiro, destemido e intimidado, tomou de uma espada ou pedaço de pau qualquer para enfrentar a hidra que ondeava mil cabeças, e convertendo a arma em caneta ou lápis, começou a escrever na areia um texto que não terminará jamais. Que é assim o ato de escrever: mais que um modo de se postar diante do mar, é uma forma de domar as vagas do presente convertendo-o num cristal passado. Não, não enchi a garrafinha de água salgada para mostrar aos vizinhos tímidos retidos nas montanhas, e fiz mal, porque muitos morreram sem jamais terem visto o mar que eu lhes trazia. Mas levei as conchas, é verdade, que na mesa interior marulhavam lembranças de um luminoso encontro de amor com o mar.
Certa vez um missionário branco pregava a negros africanos, e ao convertê-los dizendo que Cristo havia morrido por eles há dois mil anos, ouviu do chefe da tribo a seguinte recriminação: "Então, ele morreu há dois mil anos e só agora o senhor vem nos contar?" É a mesma coisa com o mar, encontrá-lo assim numa tarde como numa tarde se encontra o amor, é pensar: "Como pude viver até hoje sem esse amor, como pude viver na ausência do mar?".
[...]
Os cariocas vão achar estranho, mas devo lhes revelar: carioca, com esse modo natural de ir à praia, desvaloriza o mar. Ele vai ao mar com a sem-cerimônia que o mineiro vai ao quintal. E o mar é mais que horta e quintal. É quando atrás do verde-azul do instante o desejo se alucina num cardume de flores no jardim. O mar é isso: é quando os vagalhões das noites se arrebentam na aurora do sim.
[...]
O mar é o mestre da primeira vez e não para de ondear suas lições. Nenhuma onda é a mesma onda. Nenhum peixe o mesmo peixe. Nenhuma tarde a mesma tarde. O mar é um morrer sucessivo e um viver permanente. Ele se desfolha em ondas e não para de brotar. A contemplá-lo, ao mesmo tempo sou jovem e envelheço.
O mar é recomeço.
Affonso Romano de Sant'Anna
O autor utiliza-se de várias metáforas para descrever o mar. Assinale a alternativa que NÃO corresponde a essa afirmativa:
Alternativas
Q1719883 Português
MINEIRO DIANTE DO MAR


Affonso Romano de Sant'Anna

Me lembro dessa cena: um adolescente chegando ao Rio e o irmão lhe prevenindo: "Amanhã vou te apresentar o mar". Isto soava assim: amanhã vou te levar ao outro lado do mundo, amanhã te ofereço a Lua. Amanhã você já não será o mesmo homem.
E a cena continuou: resguardado pelo irmão mais velho, que se assentou no banco do calçadão, o adolescente, ousado e indefeso, caminha na areia para o primeiro encontro com o mar. Ele não pisava na areia. Era um oásis a caminhar. Ele não estava mais em Minas, mas andava num campo de tulipas na Holanda. O mar, a primeira vez, não é um rito que deixe um homem impune. Algo nele vai-se aprofundar.
E o irmão lá atrás, respeitoso, era a sentinela, o sacerdote que deixa o iniciante no limiar do sagrado, sabendo que dali para a frente o outro terá que, sozinho, enfrentar o dragão. E o dragão lá vinha soltando pelas narinas as ondas verdes de verão. E o pequeno cavaleiro, destemido e intimidado, tomou de uma espada ou pedaço de pau qualquer para enfrentar a hidra que ondeava mil cabeças, e convertendo a arma em caneta ou lápis, começou a escrever na areia um texto que não terminará jamais. Que é assim o ato de escrever: mais que um modo de se postar diante do mar, é uma forma de domar as vagas do presente convertendo-o num cristal passado. Não, não enchi a garrafinha de água salgada para mostrar aos vizinhos tímidos retidos nas montanhas, e fiz mal, porque muitos morreram sem jamais terem visto o mar que eu lhes trazia. Mas levei as conchas, é verdade, que na mesa interior marulhavam lembranças de um luminoso encontro de amor com o mar.
Certa vez um missionário branco pregava a negros africanos, e ao convertê-los dizendo que Cristo havia morrido por eles há dois mil anos, ouviu do chefe da tribo a seguinte recriminação: "Então, ele morreu há dois mil anos e só agora o senhor vem nos contar?" É a mesma coisa com o mar, encontrá-lo assim numa tarde como numa tarde se encontra o amor, é pensar: "Como pude viver até hoje sem esse amor, como pude viver na ausência do mar?".
[...]
Os cariocas vão achar estranho, mas devo lhes revelar: carioca, com esse modo natural de ir à praia, desvaloriza o mar. Ele vai ao mar com a sem-cerimônia que o mineiro vai ao quintal. E o mar é mais que horta e quintal. É quando atrás do verde-azul do instante o desejo se alucina num cardume de flores no jardim. O mar é isso: é quando os vagalhões das noites se arrebentam na aurora do sim.
[...]
O mar é o mestre da primeira vez e não para de ondear suas lições. Nenhuma onda é a mesma onda. Nenhum peixe o mesmo peixe. Nenhuma tarde a mesma tarde. O mar é um morrer sucessivo e um viver permanente. Ele se desfolha em ondas e não para de brotar. A contemplá-lo, ao mesmo tempo sou jovem e envelheço.
O mar é recomeço.
Affonso Romano de Sant'Anna
" Mas levei as conchas, é verdade, que na mesa interior marulhavam lembranças de um luminoso encontro de amor com o mar. " A palavra sublinhada tem o sentido de:
Alternativas
Q1719884 Português
MINEIRO DIANTE DO MAR


Affonso Romano de Sant'Anna

Me lembro dessa cena: um adolescente chegando ao Rio e o irmão lhe prevenindo: "Amanhã vou te apresentar o mar". Isto soava assim: amanhã vou te levar ao outro lado do mundo, amanhã te ofereço a Lua. Amanhã você já não será o mesmo homem.
E a cena continuou: resguardado pelo irmão mais velho, que se assentou no banco do calçadão, o adolescente, ousado e indefeso, caminha na areia para o primeiro encontro com o mar. Ele não pisava na areia. Era um oásis a caminhar. Ele não estava mais em Minas, mas andava num campo de tulipas na Holanda. O mar, a primeira vez, não é um rito que deixe um homem impune. Algo nele vai-se aprofundar.
E o irmão lá atrás, respeitoso, era a sentinela, o sacerdote que deixa o iniciante no limiar do sagrado, sabendo que dali para a frente o outro terá que, sozinho, enfrentar o dragão. E o dragão lá vinha soltando pelas narinas as ondas verdes de verão. E o pequeno cavaleiro, destemido e intimidado, tomou de uma espada ou pedaço de pau qualquer para enfrentar a hidra que ondeava mil cabeças, e convertendo a arma em caneta ou lápis, começou a escrever na areia um texto que não terminará jamais. Que é assim o ato de escrever: mais que um modo de se postar diante do mar, é uma forma de domar as vagas do presente convertendo-o num cristal passado. Não, não enchi a garrafinha de água salgada para mostrar aos vizinhos tímidos retidos nas montanhas, e fiz mal, porque muitos morreram sem jamais terem visto o mar que eu lhes trazia. Mas levei as conchas, é verdade, que na mesa interior marulhavam lembranças de um luminoso encontro de amor com o mar.
Certa vez um missionário branco pregava a negros africanos, e ao convertê-los dizendo que Cristo havia morrido por eles há dois mil anos, ouviu do chefe da tribo a seguinte recriminação: "Então, ele morreu há dois mil anos e só agora o senhor vem nos contar?" É a mesma coisa com o mar, encontrá-lo assim numa tarde como numa tarde se encontra o amor, é pensar: "Como pude viver até hoje sem esse amor, como pude viver na ausência do mar?".
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Os cariocas vão achar estranho, mas devo lhes revelar: carioca, com esse modo natural de ir à praia, desvaloriza o mar. Ele vai ao mar com a sem-cerimônia que o mineiro vai ao quintal. E o mar é mais que horta e quintal. É quando atrás do verde-azul do instante o desejo se alucina num cardume de flores no jardim. O mar é isso: é quando os vagalhões das noites se arrebentam na aurora do sim.
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O mar é o mestre da primeira vez e não para de ondear suas lições. Nenhuma onda é a mesma onda. Nenhum peixe o mesmo peixe. Nenhuma tarde a mesma tarde. O mar é um morrer sucessivo e um viver permanente. Ele se desfolha em ondas e não para de brotar. A contemplá-lo, ao mesmo tempo sou jovem e envelheço.
O mar é recomeço.
Affonso Romano de Sant'Anna
" O mar é um morrer sucessivo e um viver permanente. Ele se desfolha em ondas e não para de brotar. " Com essa afirmativa, o autor compara o mar com:
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Q1719885 Português
MINEIRO DIANTE DO MAR


Affonso Romano de Sant'Anna

Me lembro dessa cena: um adolescente chegando ao Rio e o irmão lhe prevenindo: "Amanhã vou te apresentar o mar". Isto soava assim: amanhã vou te levar ao outro lado do mundo, amanhã te ofereço a Lua. Amanhã você já não será o mesmo homem.
E a cena continuou: resguardado pelo irmão mais velho, que se assentou no banco do calçadão, o adolescente, ousado e indefeso, caminha na areia para o primeiro encontro com o mar. Ele não pisava na areia. Era um oásis a caminhar. Ele não estava mais em Minas, mas andava num campo de tulipas na Holanda. O mar, a primeira vez, não é um rito que deixe um homem impune. Algo nele vai-se aprofundar.
E o irmão lá atrás, respeitoso, era a sentinela, o sacerdote que deixa o iniciante no limiar do sagrado, sabendo que dali para a frente o outro terá que, sozinho, enfrentar o dragão. E o dragão lá vinha soltando pelas narinas as ondas verdes de verão. E o pequeno cavaleiro, destemido e intimidado, tomou de uma espada ou pedaço de pau qualquer para enfrentar a hidra que ondeava mil cabeças, e convertendo a arma em caneta ou lápis, começou a escrever na areia um texto que não terminará jamais. Que é assim o ato de escrever: mais que um modo de se postar diante do mar, é uma forma de domar as vagas do presente convertendo-o num cristal passado. Não, não enchi a garrafinha de água salgada para mostrar aos vizinhos tímidos retidos nas montanhas, e fiz mal, porque muitos morreram sem jamais terem visto o mar que eu lhes trazia. Mas levei as conchas, é verdade, que na mesa interior marulhavam lembranças de um luminoso encontro de amor com o mar.
Certa vez um missionário branco pregava a negros africanos, e ao convertê-los dizendo que Cristo havia morrido por eles há dois mil anos, ouviu do chefe da tribo a seguinte recriminação: "Então, ele morreu há dois mil anos e só agora o senhor vem nos contar?" É a mesma coisa com o mar, encontrá-lo assim numa tarde como numa tarde se encontra o amor, é pensar: "Como pude viver até hoje sem esse amor, como pude viver na ausência do mar?".
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Os cariocas vão achar estranho, mas devo lhes revelar: carioca, com esse modo natural de ir à praia, desvaloriza o mar. Ele vai ao mar com a sem-cerimônia que o mineiro vai ao quintal. E o mar é mais que horta e quintal. É quando atrás do verde-azul do instante o desejo se alucina num cardume de flores no jardim. O mar é isso: é quando os vagalhões das noites se arrebentam na aurora do sim.
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O mar é o mestre da primeira vez e não para de ondear suas lições. Nenhuma onda é a mesma onda. Nenhum peixe o mesmo peixe. Nenhuma tarde a mesma tarde. O mar é um morrer sucessivo e um viver permanente. Ele se desfolha em ondas e não para de brotar. A contemplá-lo, ao mesmo tempo sou jovem e envelheço.
O mar é recomeço.
Affonso Romano de Sant'Anna
Considerando a palavra “ausência”, assinale a palavra que NÃO obedece à mesma regra de acentuação gráfica.
Alternativas
Q1719886 Português
MINEIRO DIANTE DO MAR


Affonso Romano de Sant'Anna

Me lembro dessa cena: um adolescente chegando ao Rio e o irmão lhe prevenindo: "Amanhã vou te apresentar o mar". Isto soava assim: amanhã vou te levar ao outro lado do mundo, amanhã te ofereço a Lua. Amanhã você já não será o mesmo homem.
E a cena continuou: resguardado pelo irmão mais velho, que se assentou no banco do calçadão, o adolescente, ousado e indefeso, caminha na areia para o primeiro encontro com o mar. Ele não pisava na areia. Era um oásis a caminhar. Ele não estava mais em Minas, mas andava num campo de tulipas na Holanda. O mar, a primeira vez, não é um rito que deixe um homem impune. Algo nele vai-se aprofundar.
E o irmão lá atrás, respeitoso, era a sentinela, o sacerdote que deixa o iniciante no limiar do sagrado, sabendo que dali para a frente o outro terá que, sozinho, enfrentar o dragão. E o dragão lá vinha soltando pelas narinas as ondas verdes de verão. E o pequeno cavaleiro, destemido e intimidado, tomou de uma espada ou pedaço de pau qualquer para enfrentar a hidra que ondeava mil cabeças, e convertendo a arma em caneta ou lápis, começou a escrever na areia um texto que não terminará jamais. Que é assim o ato de escrever: mais que um modo de se postar diante do mar, é uma forma de domar as vagas do presente convertendo-o num cristal passado. Não, não enchi a garrafinha de água salgada para mostrar aos vizinhos tímidos retidos nas montanhas, e fiz mal, porque muitos morreram sem jamais terem visto o mar que eu lhes trazia. Mas levei as conchas, é verdade, que na mesa interior marulhavam lembranças de um luminoso encontro de amor com o mar.
Certa vez um missionário branco pregava a negros africanos, e ao convertê-los dizendo que Cristo havia morrido por eles há dois mil anos, ouviu do chefe da tribo a seguinte recriminação: "Então, ele morreu há dois mil anos e só agora o senhor vem nos contar?" É a mesma coisa com o mar, encontrá-lo assim numa tarde como numa tarde se encontra o amor, é pensar: "Como pude viver até hoje sem esse amor, como pude viver na ausência do mar?".
[...]
Os cariocas vão achar estranho, mas devo lhes revelar: carioca, com esse modo natural de ir à praia, desvaloriza o mar. Ele vai ao mar com a sem-cerimônia que o mineiro vai ao quintal. E o mar é mais que horta e quintal. É quando atrás do verde-azul do instante o desejo se alucina num cardume de flores no jardim. O mar é isso: é quando os vagalhões das noites se arrebentam na aurora do sim.
[...]
O mar é o mestre da primeira vez e não para de ondear suas lições. Nenhuma onda é a mesma onda. Nenhum peixe o mesmo peixe. Nenhuma tarde a mesma tarde. O mar é um morrer sucessivo e um viver permanente. Ele se desfolha em ondas e não para de brotar. A contemplá-lo, ao mesmo tempo sou jovem e envelheço.
O mar é recomeço.
Affonso Romano de Sant'Anna
Sobre o uso de acentuação em palavras do texto, analise as assertivas que seguem, assinalando a CORRETA:

I- As palavras tímidos e atrás são acentuadas pela mesma regra.
II- Oásis é acentuada pela mesma regra de egoísta.
III- Missionário e água são, ambas, paroxítonas terminadas em ditongo crescente.
Alternativas
Q1719887 Português
MINEIRO DIANTE DO MAR


Affonso Romano de Sant'Anna

Me lembro dessa cena: um adolescente chegando ao Rio e o irmão lhe prevenindo: "Amanhã vou te apresentar o mar". Isto soava assim: amanhã vou te levar ao outro lado do mundo, amanhã te ofereço a Lua. Amanhã você já não será o mesmo homem.
E a cena continuou: resguardado pelo irmão mais velho, que se assentou no banco do calçadão, o adolescente, ousado e indefeso, caminha na areia para o primeiro encontro com o mar. Ele não pisava na areia. Era um oásis a caminhar. Ele não estava mais em Minas, mas andava num campo de tulipas na Holanda. O mar, a primeira vez, não é um rito que deixe um homem impune. Algo nele vai-se aprofundar.
E o irmão lá atrás, respeitoso, era a sentinela, o sacerdote que deixa o iniciante no limiar do sagrado, sabendo que dali para a frente o outro terá que, sozinho, enfrentar o dragão. E o dragão lá vinha soltando pelas narinas as ondas verdes de verão. E o pequeno cavaleiro, destemido e intimidado, tomou de uma espada ou pedaço de pau qualquer para enfrentar a hidra que ondeava mil cabeças, e convertendo a arma em caneta ou lápis, começou a escrever na areia um texto que não terminará jamais. Que é assim o ato de escrever: mais que um modo de se postar diante do mar, é uma forma de domar as vagas do presente convertendo-o num cristal passado. Não, não enchi a garrafinha de água salgada para mostrar aos vizinhos tímidos retidos nas montanhas, e fiz mal, porque muitos morreram sem jamais terem visto o mar que eu lhes trazia. Mas levei as conchas, é verdade, que na mesa interior marulhavam lembranças de um luminoso encontro de amor com o mar.
Certa vez um missionário branco pregava a negros africanos, e ao convertê-los dizendo que Cristo havia morrido por eles há dois mil anos, ouviu do chefe da tribo a seguinte recriminação: "Então, ele morreu há dois mil anos e só agora o senhor vem nos contar?" É a mesma coisa com o mar, encontrá-lo assim numa tarde como numa tarde se encontra o amor, é pensar: "Como pude viver até hoje sem esse amor, como pude viver na ausência do mar?".
[...]
Os cariocas vão achar estranho, mas devo lhes revelar: carioca, com esse modo natural de ir à praia, desvaloriza o mar. Ele vai ao mar com a sem-cerimônia que o mineiro vai ao quintal. E o mar é mais que horta e quintal. É quando atrás do verde-azul do instante o desejo se alucina num cardume de flores no jardim. O mar é isso: é quando os vagalhões das noites se arrebentam na aurora do sim.
[...]
O mar é o mestre da primeira vez e não para de ondear suas lições. Nenhuma onda é a mesma onda. Nenhum peixe o mesmo peixe. Nenhuma tarde a mesma tarde. O mar é um morrer sucessivo e um viver permanente. Ele se desfolha em ondas e não para de brotar. A contemplá-lo, ao mesmo tempo sou jovem e envelheço.
O mar é recomeço.
Affonso Romano de Sant'Anna
A substituição do adjetivo em destaque por qualquer dos sinônimos indicados altera fundamentalmente o sentido do enunciado em:
Alternativas
Q1719888 Português
Há palavras escritas de maneira INCORRETA na frase:
Alternativas
Q1719889 Português
Quanto à regência verbal, a frase construída conforme a norma culta é:
Alternativas
Q1719890 Português
Assinale a alternativa em que houve erro quanto à classificação das figuras de linguagem em relação às frases:
Alternativas
Q1719891 Português
Assinale a alternativa em que há correção quanto aos processos de formação de palavras: 


Imagem associada para resolução da questão
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I- Na primeira tirinha, pernilongo é uma palavra formada por aglutinação.
II- Na segunda tirinha, vegetariano é uma palavra formada por sufixação.
III- Na primeira tirinha, pernilongo é uma palavra formada por justaposição.
Alternativas
Q1719892 Matemática
Para que a equação  5x2 +(7a - 4)x + a - 2 = 0 admita raízes simétricas e encontre o valor de a .
Alternativas
Q1719893 Matemática Financeira
Um capital de R$ 125.000,00 foi investido no regime de juros simples a uma taxa de 1,2% ao bimestre. Após 36 meses o montante desse investimento será de:
Alternativas
Q1719894 Física
Tobias gasta 1h45min para ir de carro de sua casa até a casa da sua namorada, que fica em outra cidade, andando a uma velocidade de 60 km/h. Em um determinado sábado Tobias precisa fazer o mesmo trajeto em apenas 1h15min, para isso ele terá que andar a uma velocidade de:
Alternativas
Q1719895 Matemática
Dada a equação do 2º grau x² + 2x + m – 6 = 0, e sabendo que zero é uma das raízes dessa equação, o valor de m² - 28 é:
Alternativas
Q1719896 Matemática
Rodrigo comprou um imóvel no ano de 2015. Em 2018 ele vendeu esse mesmo imóvel pelo valor de R$ 616.500,00, o que representou um aumento de 37% se comparado ao valor da compra. Sendo assim, o valor pago por Rodrigo pelo imóvel em 2015 foi de aproximadamente:
Alternativas
Q1719897 Enfermagem
Segundo o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, é considerado um dever deste profissional:
Alternativas
Q1719898 Enfermagem
As penalidades a serem impostas pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, conforme o que determina o art. 18, da Lei n° 5.905, de 12 de julho de 1973, são as seguintes, EXCETO:
Alternativas
Q1719899 Enfermagem
São pontos-chave do posicionamento adequado do bebê durante a amamentação, EXCETO:
Alternativas
Q1719900 Enfermagem
Não basta ao profissional de saúde ter conhecimentos básicos e habilidades em aleitamento materno. Ele precisa ter também competência para se comunicar com eficiência, o que se consegue mais facilmente usando a técnica do aconselhamento em amamentação. Aconselhar não significa dizer à mulher o que ela deve fazer; significa ajudá-la a tomar decisões, após ouvi-la, entendê-la e dialogar com ela sobre os prós e contras das opções. No aconselhamento, é importante que as mulheres sintam que o profissional se interessa pelo bem-estar delas e de seus filhos para que elas adquiram confiança e se sintam apoiadas e acolhidas. Em outras palavras, o aconselhamento, por meio do diálogo, ajuda a mulher a tomar decisões, além de desenvolver sua confiança no profissional. Os seguintes recursos são muito utilizados no aconselhamento, não só em amamentação, mas em diversas circunstâncias. Com base nessa informação analise as afirmativas abaixo:

I - Praticar a comunicação não-verbal (gestos, expressão facial). Por exemplo, sorrir, como sinal de acolhimento, balançar a cabeça afirmativamente, como sinal de interesse, tocar na mulher ou no bebê, quando apropriado, como sinal de empatia.

II - Remover barreiras como mesa, papéis, promovendo maior aproximação entre a mulher e o profissional de saúde.

III - Oferecer poucas informações em cada aconselhamento, as mais importantes para a situação do momento.

Sobre os itens acima, está CORRETO o que se afirma em:
Alternativas
Q1719901 Enfermagem
Alimentos cortados ou levemente amassados devem ser oferecidos à criança:
Alternativas
Respostas
1: A
2: B
3: A
4: A
5: B
6: A
7: C
8: C
9: A
10: B
11: A
12: C
13: A
14: A
15: C
16: D
17: A
18: B
19: A
20: D