Questões de Concurso Público Prefeitura de Taubaté - SP 2019 para Agente de Controle de Endemias

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Q1727627 Português
Leia o texto e responda a questão:

O padeiro

Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo. Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando: – Não é ninguém, é o padeiro! Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo? “Então você não é ninguém?” Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim ficara sabendo que não era ninguém… Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno. Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!” E assobiava pelas escadas.


(Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do-mestre-da-cronicarubem-braga/) 
O texto tem como objetivo propor uma reflexão sobre um determinado tema que é:
Alternativas
Q1727628 Português
Leia o texto e responda a questão:

O padeiro

Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo. Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando: – Não é ninguém, é o padeiro! Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo? “Então você não é ninguém?” Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim ficara sabendo que não era ninguém… Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno. Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!” E assobiava pelas escadas.


(Rubem Braga. Disponível em: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/01/100-anos-do-mestre-da-cronicarubem-braga/) 
De acordo com o texto, o que melhor sintetiza a mensagem transmitida é:
Alternativas
Q1727629 Português
Quanto à classificação das orações, assinale a alternativa INCORRETA:
Alternativas
Q1727630 Português
Assinale a alternativa que preenche de forma CORRETA as lacunas nas frases abaixo:
I-Foram _____ as correspondências. II- ______ entrada, sem camisa e de chinelo. III- Água fresca é _____ para a saúde.
Alternativas
Q1727631 Português
Assinale a alternativa CORRETA na qual a regência está de acordo com a norma culta:
Alternativas
Q1727632 Português
Assinale a alternativa CORRETA em que as palavras são formadas por derivação parassintética, derivação regressiva e composição por aglutinação, respectivamente.
Alternativas
Q1727633 Português
Assinale a alternativa em que todas as palavras são paroxítonas:
Alternativas
Q1727634 Português
NÃO há erro quanto à concordância nominal em:
Alternativas
Q1727635 Português
No primeiro quadrinho da tirinha , há um exemplo de oração subordinada adverbial que exprime:
Imagem associada para resolução da questão
Alternativas
Q1727636 Português
Segundo o padrão ortográfico assinale a alternativa onde as palavras estão grafadas e acentuadas corretamente:
Alternativas
Q1727637 Português
Na música de Chico Buarque, “Valsinha”, há um exemplo de figura de linguagem que é :
"E ali dançaram tanta dança, que a vizinhança toda despertou".
Alternativas
Q1727638 Português
Assinale a alternativa CORRETA na qual todas as palavras têm acento gráfico:
Alternativas
Q1727639 Português
Sobre colocação pronominal assinale a alternativa INCORRETA:
Alternativas
Q1727640 Português
Assinale a alternativa na qual todas as palavras são oxítonas.
Alternativas
Q1727641 Português
Leia os textos 1 e 2 e responda a questão 15.

Texto 1 
DOS MILAGRES O milagre não é dar vida ao corpo extinto, Ou luz ao cego, ou eloquência ao mudo... Nem mudar água pura em vinho tinto... Milagre é acreditarem nisso tudo! Mario Quintana
Texto 2
Imagem associada para resolução da questão

Considerando a posição da sílaba tônica e as regras de acentuação das palavras, assinale a alternativa CORRETA: 

Alternativas
Respostas
1: A
2: C
3: C
4: A
5: B
6: A
7: C
8: C
9: C
10: A
11: B
12: A
13: A
14: A
15: C