Questões de Concurso Público Prefeitura de Canto do Buriti - PI 2016 para Assistente Social

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Q2718618 Português

Texto para as questões de 01 a 10


Sobre vacas, bernes e política


ERA UMA vez uma vaca feliz, saudável e bonita. Mas nem tudo é perfeito. A vaca tinha hóspedes. Alguns bernes se hospedaram nela e alimentavam-se da sua carne. Mas os bernes eram poucos e pequenos... A vaca e os bernes viviam em paz.

Aconteceu, entretanto, que os bernes começaram a se multiplicar. Os bernes aumentavam, mas a vaca não aumentava, confirmando a lei de Malthus que disse que os alimentos crescem em razão aritmética enquanto as bocas crescem em razão geométrica. O couro da vaca se encheu de calombos que indicavam a presença dos bernes.

Mesmo assim a vaca continuava saudável. Ela tinha muita carne de sobra. Foi então que uma coisa inesperada aconteceu: alguns bernes sofreram uma mutação genética e passaram a crescer em tamanho. Foram crescendo, ficando cada vez maiores, e com uma voracidade também cada vez maior.

Os vermes magrelas ficaram com inveja dos vermes grandes e trataram de tomar providências para que eles crescessem também. O corpo da pobre vaca passou a ser uma orgia de crescimento. Os bernes só falavam numa coisa: "É preciso crescer!" Mas a vaca não crescia. Ficava do mesmo tamanho. De tanto ser comida pelos bernes, a vaca ficou doente. Emagreceu. Mas os bernes nada sabiam sobre a vaca em que moravam. Para ver a vaca seria preciso que eles estivessem fora da vaca. Mas os bernes estavam dentro da vaca. Assim, não percebiam que sua voracidade estava matando a vaca.

A vaca morreu. E com ela morreram os bernes. Fizeram autópsia da vaca. O relatório do legista observou que os bernes mortos eram excepcionalmente grandes, bem nutridos, muitos deles chegando à obesidade.

James Lovelock é um cientista que sugeriu que a nossa Terra é um organismo vivo, como a vaca da parábola. Sendo uma coisa viva ela pode ter saúde ou ficar doente. Sua conclusão é que nós, os bernes, já estragamos a Terra, nossa vaca, além de qualquer possibilidade de cura. A Terra está doente. O crescimento das nações está provocando profundas mudanças climáticas irreversíveis: a atmosfera está se aquecendo, as geleiras estão derretendo, a poluição do meio ambiente aumenta, acontecem catástrofes naturais numa intensidade desconhecida. Esses são os sintomas dos estertores da nossa Terra destruída pela voracidade dos bernes. "E o pior está por acontecer", ele diz. "Ecossistemas inteiros serão extintos, e os sobreviventes terão de se adaptar a um clima infernal...”


(RUBEM ALVES - Folha de S.Paulo, caderno Mais, 22/ 01/06, pág. 9).

Esse texto é uma parábola, gênero textual cujas sequências tipológicas predominantes são narrativas. Acerca do propósito comunicativo principal do gênero em análise, destaca-se

Alternativas
Q2718619 Português

Texto para as questões de 01 a 10


Sobre vacas, bernes e política


ERA UMA vez uma vaca feliz, saudável e bonita. Mas nem tudo é perfeito. A vaca tinha hóspedes. Alguns bernes se hospedaram nela e alimentavam-se da sua carne. Mas os bernes eram poucos e pequenos... A vaca e os bernes viviam em paz.

Aconteceu, entretanto, que os bernes começaram a se multiplicar. Os bernes aumentavam, mas a vaca não aumentava, confirmando a lei de Malthus que disse que os alimentos crescem em razão aritmética enquanto as bocas crescem em razão geométrica. O couro da vaca se encheu de calombos que indicavam a presença dos bernes.

Mesmo assim a vaca continuava saudável. Ela tinha muita carne de sobra. Foi então que uma coisa inesperada aconteceu: alguns bernes sofreram uma mutação genética e passaram a crescer em tamanho. Foram crescendo, ficando cada vez maiores, e com uma voracidade também cada vez maior.

Os vermes magrelas ficaram com inveja dos vermes grandes e trataram de tomar providências para que eles crescessem também. O corpo da pobre vaca passou a ser uma orgia de crescimento. Os bernes só falavam numa coisa: "É preciso crescer!" Mas a vaca não crescia. Ficava do mesmo tamanho. De tanto ser comida pelos bernes, a vaca ficou doente. Emagreceu. Mas os bernes nada sabiam sobre a vaca em que moravam. Para ver a vaca seria preciso que eles estivessem fora da vaca. Mas os bernes estavam dentro da vaca. Assim, não percebiam que sua voracidade estava matando a vaca.

A vaca morreu. E com ela morreram os bernes. Fizeram autópsia da vaca. O relatório do legista observou que os bernes mortos eram excepcionalmente grandes, bem nutridos, muitos deles chegando à obesidade.

James Lovelock é um cientista que sugeriu que a nossa Terra é um organismo vivo, como a vaca da parábola. Sendo uma coisa viva ela pode ter saúde ou ficar doente. Sua conclusão é que nós, os bernes, já estragamos a Terra, nossa vaca, além de qualquer possibilidade de cura. A Terra está doente. O crescimento das nações está provocando profundas mudanças climáticas irreversíveis: a atmosfera está se aquecendo, as geleiras estão derretendo, a poluição do meio ambiente aumenta, acontecem catástrofes naturais numa intensidade desconhecida. Esses são os sintomas dos estertores da nossa Terra destruída pela voracidade dos bernes. "E o pior está por acontecer", ele diz. "Ecossistemas inteiros serão extintos, e os sobreviventes terão de se adaptar a um clima infernal...”


(RUBEM ALVES - Folha de S.Paulo, caderno Mais, 22/ 01/06, pág. 9).

O texto apresenta, em alguns excertos, o emprego da 1ª pessoa do plural. Essa estratégia argumentativa foi empregada com o objetivo de

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Q2718621 Português

Texto para as questões de 01 a 10


Sobre vacas, bernes e política


ERA UMA vez uma vaca feliz, saudável e bonita. Mas nem tudo é perfeito. A vaca tinha hóspedes. Alguns bernes se hospedaram nela e alimentavam-se da sua carne. Mas os bernes eram poucos e pequenos... A vaca e os bernes viviam em paz.

Aconteceu, entretanto, que os bernes começaram a se multiplicar. Os bernes aumentavam, mas a vaca não aumentava, confirmando a lei de Malthus que disse que os alimentos crescem em razão aritmética enquanto as bocas crescem em razão geométrica. O couro da vaca se encheu de calombos que indicavam a presença dos bernes.

Mesmo assim a vaca continuava saudável. Ela tinha muita carne de sobra. Foi então que uma coisa inesperada aconteceu: alguns bernes sofreram uma mutação genética e passaram a crescer em tamanho. Foram crescendo, ficando cada vez maiores, e com uma voracidade também cada vez maior.

Os vermes magrelas ficaram com inveja dos vermes grandes e trataram de tomar providências para que eles crescessem também. O corpo da pobre vaca passou a ser uma orgia de crescimento. Os bernes só falavam numa coisa: "É preciso crescer!" Mas a vaca não crescia. Ficava do mesmo tamanho. De tanto ser comida pelos bernes, a vaca ficou doente. Emagreceu. Mas os bernes nada sabiam sobre a vaca em que moravam. Para ver a vaca seria preciso que eles estivessem fora da vaca. Mas os bernes estavam dentro da vaca. Assim, não percebiam que sua voracidade estava matando a vaca.

A vaca morreu. E com ela morreram os bernes. Fizeram autópsia da vaca. O relatório do legista observou que os bernes mortos eram excepcionalmente grandes, bem nutridos, muitos deles chegando à obesidade.

James Lovelock é um cientista que sugeriu que a nossa Terra é um organismo vivo, como a vaca da parábola. Sendo uma coisa viva ela pode ter saúde ou ficar doente. Sua conclusão é que nós, os bernes, já estragamos a Terra, nossa vaca, além de qualquer possibilidade de cura. A Terra está doente. O crescimento das nações está provocando profundas mudanças climáticas irreversíveis: a atmosfera está se aquecendo, as geleiras estão derretendo, a poluição do meio ambiente aumenta, acontecem catástrofes naturais numa intensidade desconhecida. Esses são os sintomas dos estertores da nossa Terra destruída pela voracidade dos bernes. "E o pior está por acontecer", ele diz. "Ecossistemas inteiros serão extintos, e os sobreviventes terão de se adaptar a um clima infernal...”


(RUBEM ALVES - Folha de S.Paulo, caderno Mais, 22/ 01/06, pág. 9).

A complicação é o momento em que se estabelece um elemento desencadeador de um conflito em uma narrativa. Essa complicação pode ser assinalada no texto com as expressões destacadas em

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Q2718623 Português

Texto para as questões de 01 a 10


Sobre vacas, bernes e política


ERA UMA vez uma vaca feliz, saudável e bonita. Mas nem tudo é perfeito. A vaca tinha hóspedes. Alguns bernes se hospedaram nela e alimentavam-se da sua carne. Mas os bernes eram poucos e pequenos... A vaca e os bernes viviam em paz.

Aconteceu, entretanto, que os bernes começaram a se multiplicar. Os bernes aumentavam, mas a vaca não aumentava, confirmando a lei de Malthus que disse que os alimentos crescem em razão aritmética enquanto as bocas crescem em razão geométrica. O couro da vaca se encheu de calombos que indicavam a presença dos bernes.

Mesmo assim a vaca continuava saudável. Ela tinha muita carne de sobra. Foi então que uma coisa inesperada aconteceu: alguns bernes sofreram uma mutação genética e passaram a crescer em tamanho. Foram crescendo, ficando cada vez maiores, e com uma voracidade também cada vez maior.

Os vermes magrelas ficaram com inveja dos vermes grandes e trataram de tomar providências para que eles crescessem também. O corpo da pobre vaca passou a ser uma orgia de crescimento. Os bernes só falavam numa coisa: "É preciso crescer!" Mas a vaca não crescia. Ficava do mesmo tamanho. De tanto ser comida pelos bernes, a vaca ficou doente. Emagreceu. Mas os bernes nada sabiam sobre a vaca em que moravam. Para ver a vaca seria preciso que eles estivessem fora da vaca. Mas os bernes estavam dentro da vaca. Assim, não percebiam que sua voracidade estava matando a vaca.

A vaca morreu. E com ela morreram os bernes. Fizeram autópsia da vaca. O relatório do legista observou que os bernes mortos eram excepcionalmente grandes, bem nutridos, muitos deles chegando à obesidade.

James Lovelock é um cientista que sugeriu que a nossa Terra é um organismo vivo, como a vaca da parábola. Sendo uma coisa viva ela pode ter saúde ou ficar doente. Sua conclusão é que nós, os bernes, já estragamos a Terra, nossa vaca, além de qualquer possibilidade de cura. A Terra está doente. O crescimento das nações está provocando profundas mudanças climáticas irreversíveis: a atmosfera está se aquecendo, as geleiras estão derretendo, a poluição do meio ambiente aumenta, acontecem catástrofes naturais numa intensidade desconhecida. Esses são os sintomas dos estertores da nossa Terra destruída pela voracidade dos bernes. "E o pior está por acontecer", ele diz. "Ecossistemas inteiros serão extintos, e os sobreviventes terão de se adaptar a um clima infernal...”


(RUBEM ALVES - Folha de S.Paulo, caderno Mais, 22/ 01/06, pág. 9).

Analise os termos marcados no excerto:


O crescimento das nações está provocando profundas mudanças climáticas irreversíveis (1): a atmosfera está se aquecendo, as geleiras estão derretendo, a poluição do meio ambiente aumenta, acontecem catástrofes naturais (2) numa intensidade desconhecida. Esses (3) são os sintomas dos estertores da nossa Terra destruída pela voracidade dos bernes (4). "E o pior está por acontecer", ele (5) diz.


Considerando os aspectos sintáticos e semânticos do texto, verifica-se que

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Q2718625 Português

Texto para as questões de 01 a 10


Sobre vacas, bernes e política


ERA UMA vez uma vaca feliz, saudável e bonita. Mas nem tudo é perfeito. A vaca tinha hóspedes. Alguns bernes se hospedaram nela e alimentavam-se da sua carne. Mas os bernes eram poucos e pequenos... A vaca e os bernes viviam em paz.

Aconteceu, entretanto, que os bernes começaram a se multiplicar. Os bernes aumentavam, mas a vaca não aumentava, confirmando a lei de Malthus que disse que os alimentos crescem em razão aritmética enquanto as bocas crescem em razão geométrica. O couro da vaca se encheu de calombos que indicavam a presença dos bernes.

Mesmo assim a vaca continuava saudável. Ela tinha muita carne de sobra. Foi então que uma coisa inesperada aconteceu: alguns bernes sofreram uma mutação genética e passaram a crescer em tamanho. Foram crescendo, ficando cada vez maiores, e com uma voracidade também cada vez maior.

Os vermes magrelas ficaram com inveja dos vermes grandes e trataram de tomar providências para que eles crescessem também. O corpo da pobre vaca passou a ser uma orgia de crescimento. Os bernes só falavam numa coisa: "É preciso crescer!" Mas a vaca não crescia. Ficava do mesmo tamanho. De tanto ser comida pelos bernes, a vaca ficou doente. Emagreceu. Mas os bernes nada sabiam sobre a vaca em que moravam. Para ver a vaca seria preciso que eles estivessem fora da vaca. Mas os bernes estavam dentro da vaca. Assim, não percebiam que sua voracidade estava matando a vaca.

A vaca morreu. E com ela morreram os bernes. Fizeram autópsia da vaca. O relatório do legista observou que os bernes mortos eram excepcionalmente grandes, bem nutridos, muitos deles chegando à obesidade.

James Lovelock é um cientista que sugeriu que a nossa Terra é um organismo vivo, como a vaca da parábola. Sendo uma coisa viva ela pode ter saúde ou ficar doente. Sua conclusão é que nós, os bernes, já estragamos a Terra, nossa vaca, além de qualquer possibilidade de cura. A Terra está doente. O crescimento das nações está provocando profundas mudanças climáticas irreversíveis: a atmosfera está se aquecendo, as geleiras estão derretendo, a poluição do meio ambiente aumenta, acontecem catástrofes naturais numa intensidade desconhecida. Esses são os sintomas dos estertores da nossa Terra destruída pela voracidade dos bernes. "E o pior está por acontecer", ele diz. "Ecossistemas inteiros serão extintos, e os sobreviventes terão de se adaptar a um clima infernal...”


(RUBEM ALVES - Folha de S.Paulo, caderno Mais, 22/ 01/06, pág. 9).

A partir da leitura global do texto e sobre as inferências que dele se podem fazer, está correto o que se assevera em

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Q2718626 Português

Texto para as questões de 01 a 10


Sobre vacas, bernes e política


ERA UMA vez uma vaca feliz, saudável e bonita. Mas nem tudo é perfeito. A vaca tinha hóspedes. Alguns bernes se hospedaram nela e alimentavam-se da sua carne. Mas os bernes eram poucos e pequenos... A vaca e os bernes viviam em paz.

Aconteceu, entretanto, que os bernes começaram a se multiplicar. Os bernes aumentavam, mas a vaca não aumentava, confirmando a lei de Malthus que disse que os alimentos crescem em razão aritmética enquanto as bocas crescem em razão geométrica. O couro da vaca se encheu de calombos que indicavam a presença dos bernes.

Mesmo assim a vaca continuava saudável. Ela tinha muita carne de sobra. Foi então que uma coisa inesperada aconteceu: alguns bernes sofreram uma mutação genética e passaram a crescer em tamanho. Foram crescendo, ficando cada vez maiores, e com uma voracidade também cada vez maior.

Os vermes magrelas ficaram com inveja dos vermes grandes e trataram de tomar providências para que eles crescessem também. O corpo da pobre vaca passou a ser uma orgia de crescimento. Os bernes só falavam numa coisa: "É preciso crescer!" Mas a vaca não crescia. Ficava do mesmo tamanho. De tanto ser comida pelos bernes, a vaca ficou doente. Emagreceu. Mas os bernes nada sabiam sobre a vaca em que moravam. Para ver a vaca seria preciso que eles estivessem fora da vaca. Mas os bernes estavam dentro da vaca. Assim, não percebiam que sua voracidade estava matando a vaca.

A vaca morreu. E com ela morreram os bernes. Fizeram autópsia da vaca. O relatório do legista observou que os bernes mortos eram excepcionalmente grandes, bem nutridos, muitos deles chegando à obesidade.

James Lovelock é um cientista que sugeriu que a nossa Terra é um organismo vivo, como a vaca da parábola. Sendo uma coisa viva ela pode ter saúde ou ficar doente. Sua conclusão é que nós, os bernes, já estragamos a Terra, nossa vaca, além de qualquer possibilidade de cura. A Terra está doente. O crescimento das nações está provocando profundas mudanças climáticas irreversíveis: a atmosfera está se aquecendo, as geleiras estão derretendo, a poluição do meio ambiente aumenta, acontecem catástrofes naturais numa intensidade desconhecida. Esses são os sintomas dos estertores da nossa Terra destruída pela voracidade dos bernes. "E o pior está por acontecer", ele diz. "Ecossistemas inteiros serão extintos, e os sobreviventes terão de se adaptar a um clima infernal...”


(RUBEM ALVES - Folha de S.Paulo, caderno Mais, 22/ 01/06, pág. 9).

Analise o período a seguir:


Os vermes magrelas ficaram com inveja dos vermes grandes e trataram de tomar providências para que eles crescessem também.


Acerca do período e das estruturas linguísticas das orações que o compõem, é CORRETO o que se afirma em:

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Q2718628 Português

Texto para as questões de 01 a 10


Sobre vacas, bernes e política


ERA UMA vez uma vaca feliz, saudável e bonita. Mas nem tudo é perfeito. A vaca tinha hóspedes. Alguns bernes se hospedaram nela e alimentavam-se da sua carne. Mas os bernes eram poucos e pequenos... A vaca e os bernes viviam em paz.

Aconteceu, entretanto, que os bernes começaram a se multiplicar. Os bernes aumentavam, mas a vaca não aumentava, confirmando a lei de Malthus que disse que os alimentos crescem em razão aritmética enquanto as bocas crescem em razão geométrica. O couro da vaca se encheu de calombos que indicavam a presença dos bernes.

Mesmo assim a vaca continuava saudável. Ela tinha muita carne de sobra. Foi então que uma coisa inesperada aconteceu: alguns bernes sofreram uma mutação genética e passaram a crescer em tamanho. Foram crescendo, ficando cada vez maiores, e com uma voracidade também cada vez maior.

Os vermes magrelas ficaram com inveja dos vermes grandes e trataram de tomar providências para que eles crescessem também. O corpo da pobre vaca passou a ser uma orgia de crescimento. Os bernes só falavam numa coisa: "É preciso crescer!" Mas a vaca não crescia. Ficava do mesmo tamanho. De tanto ser comida pelos bernes, a vaca ficou doente. Emagreceu. Mas os bernes nada sabiam sobre a vaca em que moravam. Para ver a vaca seria preciso que eles estivessem fora da vaca. Mas os bernes estavam dentro da vaca. Assim, não percebiam que sua voracidade estava matando a vaca.

A vaca morreu. E com ela morreram os bernes. Fizeram autópsia da vaca. O relatório do legista observou que os bernes mortos eram excepcionalmente grandes, bem nutridos, muitos deles chegando à obesidade.

James Lovelock é um cientista que sugeriu que a nossa Terra é um organismo vivo, como a vaca da parábola. Sendo uma coisa viva ela pode ter saúde ou ficar doente. Sua conclusão é que nós, os bernes, já estragamos a Terra, nossa vaca, além de qualquer possibilidade de cura. A Terra está doente. O crescimento das nações está provocando profundas mudanças climáticas irreversíveis: a atmosfera está se aquecendo, as geleiras estão derretendo, a poluição do meio ambiente aumenta, acontecem catástrofes naturais numa intensidade desconhecida. Esses são os sintomas dos estertores da nossa Terra destruída pela voracidade dos bernes. "E o pior está por acontecer", ele diz. "Ecossistemas inteiros serão extintos, e os sobreviventes terão de se adaptar a um clima infernal...”


(RUBEM ALVES - Folha de S.Paulo, caderno Mais, 22/ 01/06, pág. 9).

Assinale a alternativa em que o termo destacado, além de ser um marcador coesivo formal, também apresente uma função sintática na oração que ele se insere.

Alternativas
Q2718629 Português

Texto para as questões de 01 a 10


Sobre vacas, bernes e política


ERA UMA vez uma vaca feliz, saudável e bonita. Mas nem tudo é perfeito. A vaca tinha hóspedes. Alguns bernes se hospedaram nela e alimentavam-se da sua carne. Mas os bernes eram poucos e pequenos... A vaca e os bernes viviam em paz.

Aconteceu, entretanto, que os bernes começaram a se multiplicar. Os bernes aumentavam, mas a vaca não aumentava, confirmando a lei de Malthus que disse que os alimentos crescem em razão aritmética enquanto as bocas crescem em razão geométrica. O couro da vaca se encheu de calombos que indicavam a presença dos bernes.

Mesmo assim a vaca continuava saudável. Ela tinha muita carne de sobra. Foi então que uma coisa inesperada aconteceu: alguns bernes sofreram uma mutação genética e passaram a crescer em tamanho. Foram crescendo, ficando cada vez maiores, e com uma voracidade também cada vez maior.

Os vermes magrelas ficaram com inveja dos vermes grandes e trataram de tomar providências para que eles crescessem também. O corpo da pobre vaca passou a ser uma orgia de crescimento. Os bernes só falavam numa coisa: "É preciso crescer!" Mas a vaca não crescia. Ficava do mesmo tamanho. De tanto ser comida pelos bernes, a vaca ficou doente. Emagreceu. Mas os bernes nada sabiam sobre a vaca em que moravam. Para ver a vaca seria preciso que eles estivessem fora da vaca. Mas os bernes estavam dentro da vaca. Assim, não percebiam que sua voracidade estava matando a vaca.

A vaca morreu. E com ela morreram os bernes. Fizeram autópsia da vaca. O relatório do legista observou que os bernes mortos eram excepcionalmente grandes, bem nutridos, muitos deles chegando à obesidade.

James Lovelock é um cientista que sugeriu que a nossa Terra é um organismo vivo, como a vaca da parábola. Sendo uma coisa viva ela pode ter saúde ou ficar doente. Sua conclusão é que nós, os bernes, já estragamos a Terra, nossa vaca, além de qualquer possibilidade de cura. A Terra está doente. O crescimento das nações está provocando profundas mudanças climáticas irreversíveis: a atmosfera está se aquecendo, as geleiras estão derretendo, a poluição do meio ambiente aumenta, acontecem catástrofes naturais numa intensidade desconhecida. Esses são os sintomas dos estertores da nossa Terra destruída pela voracidade dos bernes. "E o pior está por acontecer", ele diz. "Ecossistemas inteiros serão extintos, e os sobreviventes terão de se adaptar a um clima infernal...”


(RUBEM ALVES - Folha de S.Paulo, caderno Mais, 22/ 01/06, pág. 9).

Analise as proposições abaixo, adaptadas do texto:


I. A voracidade dos bernes foi prejudicial ______ nações.

II. Alguns bernes criaram condições próprias _______ sua mutação genética

III. As transformações dos bernes magrelas foram rapidamente se assemelhando ________ que os bernes bem nutridos passaram.

IV. Conhecia muito bem aquelas nações _______ que tanto se referiam.


Em relação ao uso do sinal indicador da crase, assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA, que completa as lacunas de cima para baixo, de acordo com a norma culta da gramática da língua portuguesa.

Alternativas
Q2718630 Português

Texto para as questões de 01 a 10


Sobre vacas, bernes e política


ERA UMA vez uma vaca feliz, saudável e bonita. Mas nem tudo é perfeito. A vaca tinha hóspedes. Alguns bernes se hospedaram nela e alimentavam-se da sua carne. Mas os bernes eram poucos e pequenos... A vaca e os bernes viviam em paz.

Aconteceu, entretanto, que os bernes começaram a se multiplicar. Os bernes aumentavam, mas a vaca não aumentava, confirmando a lei de Malthus que disse que os alimentos crescem em razão aritmética enquanto as bocas crescem em razão geométrica. O couro da vaca se encheu de calombos que indicavam a presença dos bernes.

Mesmo assim a vaca continuava saudável. Ela tinha muita carne de sobra. Foi então que uma coisa inesperada aconteceu: alguns bernes sofreram uma mutação genética e passaram a crescer em tamanho. Foram crescendo, ficando cada vez maiores, e com uma voracidade também cada vez maior.

Os vermes magrelas ficaram com inveja dos vermes grandes e trataram de tomar providências para que eles crescessem também. O corpo da pobre vaca passou a ser uma orgia de crescimento. Os bernes só falavam numa coisa: "É preciso crescer!" Mas a vaca não crescia. Ficava do mesmo tamanho. De tanto ser comida pelos bernes, a vaca ficou doente. Emagreceu. Mas os bernes nada sabiam sobre a vaca em que moravam. Para ver a vaca seria preciso que eles estivessem fora da vaca. Mas os bernes estavam dentro da vaca. Assim, não percebiam que sua voracidade estava matando a vaca.

A vaca morreu. E com ela morreram os bernes. Fizeram autópsia da vaca. O relatório do legista observou que os bernes mortos eram excepcionalmente grandes, bem nutridos, muitos deles chegando à obesidade.

James Lovelock é um cientista que sugeriu que a nossa Terra é um organismo vivo, como a vaca da parábola. Sendo uma coisa viva ela pode ter saúde ou ficar doente. Sua conclusão é que nós, os bernes, já estragamos a Terra, nossa vaca, além de qualquer possibilidade de cura. A Terra está doente. O crescimento das nações está provocando profundas mudanças climáticas irreversíveis: a atmosfera está se aquecendo, as geleiras estão derretendo, a poluição do meio ambiente aumenta, acontecem catástrofes naturais numa intensidade desconhecida. Esses são os sintomas dos estertores da nossa Terra destruída pela voracidade dos bernes. "E o pior está por acontecer", ele diz. "Ecossistemas inteiros serão extintos, e os sobreviventes terão de se adaptar a um clima infernal...”


(RUBEM ALVES - Folha de S.Paulo, caderno Mais, 22/ 01/06, pág. 9).

Assinale a alternativa em que a expressão marcada está corretamente analisada do ponto de vista sintático-semântico

Alternativas
Q2718631 Português

Texto para as questões de 01 a 10


Sobre vacas, bernes e política


ERA UMA vez uma vaca feliz, saudável e bonita. Mas nem tudo é perfeito. A vaca tinha hóspedes. Alguns bernes se hospedaram nela e alimentavam-se da sua carne. Mas os bernes eram poucos e pequenos... A vaca e os bernes viviam em paz.

Aconteceu, entretanto, que os bernes começaram a se multiplicar. Os bernes aumentavam, mas a vaca não aumentava, confirmando a lei de Malthus que disse que os alimentos crescem em razão aritmética enquanto as bocas crescem em razão geométrica. O couro da vaca se encheu de calombos que indicavam a presença dos bernes.

Mesmo assim a vaca continuava saudável. Ela tinha muita carne de sobra. Foi então que uma coisa inesperada aconteceu: alguns bernes sofreram uma mutação genética e passaram a crescer em tamanho. Foram crescendo, ficando cada vez maiores, e com uma voracidade também cada vez maior.

Os vermes magrelas ficaram com inveja dos vermes grandes e trataram de tomar providências para que eles crescessem também. O corpo da pobre vaca passou a ser uma orgia de crescimento. Os bernes só falavam numa coisa: "É preciso crescer!" Mas a vaca não crescia. Ficava do mesmo tamanho. De tanto ser comida pelos bernes, a vaca ficou doente. Emagreceu. Mas os bernes nada sabiam sobre a vaca em que moravam. Para ver a vaca seria preciso que eles estivessem fora da vaca. Mas os bernes estavam dentro da vaca. Assim, não percebiam que sua voracidade estava matando a vaca.

A vaca morreu. E com ela morreram os bernes. Fizeram autópsia da vaca. O relatório do legista observou que os bernes mortos eram excepcionalmente grandes, bem nutridos, muitos deles chegando à obesidade.

James Lovelock é um cientista que sugeriu que a nossa Terra é um organismo vivo, como a vaca da parábola. Sendo uma coisa viva ela pode ter saúde ou ficar doente. Sua conclusão é que nós, os bernes, já estragamos a Terra, nossa vaca, além de qualquer possibilidade de cura. A Terra está doente. O crescimento das nações está provocando profundas mudanças climáticas irreversíveis: a atmosfera está se aquecendo, as geleiras estão derretendo, a poluição do meio ambiente aumenta, acontecem catástrofes naturais numa intensidade desconhecida. Esses são os sintomas dos estertores da nossa Terra destruída pela voracidade dos bernes. "E o pior está por acontecer", ele diz. "Ecossistemas inteiros serão extintos, e os sobreviventes terão de se adaptar a um clima infernal...”


(RUBEM ALVES - Folha de S.Paulo, caderno Mais, 22/ 01/06, pág. 9).

O gênero textual parábola se estrutura linguisticamente com termos e/ou expressões de sentido figurado. Assinale a única alternativa cujo sentido da expressão retirada do texto transgride essa regra.

Alternativas
Respostas
1: C
2: E
3: A
4: A
5: C
6: B
7: D
8: E
9: A
10: E