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No dia 6 de agosto de 2019, “A China ameaçou (...)
retaliar caso os Estados Unidos instalem mísseis na
região Ásia/Pacífico, após Washington demonstrar
intenções de instalar novos armamentos na área “o
mais rápido possível”.
(...) A tesão sofreu uma escalada desde que
Washington anunciou tarifas adicionais de 10% sobre
300 bilhões de dólares de produtos chineses na
semana passada, e Pequim retaliou com a
desvalorização do yuan, que derrubou mercados pelo
mundo. Wall Street teve seu pior dia do ano nesta
segunda-feira 5, com queda de 2,90% do Dow Jones,
3,47% do Nasdaq e 2,98% do S&P 500. O Ibovespa,
principal índice da bolsa brasileira, fechou com queda
de 2,51%.
O gigante asiático também denuncia com frequência a
presença militar americana na Ásia, promovida por
países aliados de Washington, como Japão, Coreia do
Sul e Austrália.
(...) a diplomacia chinesa atacou o novo secretário de
Defesa americano, Mark Esper, que no sábado (3 de
agosto) afirmou ser favorável à instalação de novos
mísseis americanos na Ásia.
“A China não ficará de braços cruzados e será
obrigada a adotar medidas caso os Estados Unidos
instalem mísseis de médio alcance nesta região do
mundo”, advertiu o diretor do departamento de
Controle de Armas da chancelaria chinesa, Fu Cong.
“Apelamos aos países vizinhos para que mostrem
prudência e não permitam a instalação de mísseis
americanos em seu solo, porque isto não estaria de
acordo com sua própria segurança nacional”,
completou o diretor.
Questionado sobre a reação chinesa, Esper tentou
suavizar suas declarações de sábado e afirmou que
não há nenhum país que deve receber mísseis. “Ainda
estamos muito longe disso. Vai levar alguns anos
antes que possamos instalar mísseis operacionais”,
disse nesta terça.
Alguns analistas acreditam que Washington poderia
instalar os novos mísseis em sua ilha de Guam, no
Pacífico. Fu alertou que isto seria o equivalente a
posicioná-los “na porta da China”.
“Se instalarem mísseis em uma faixa de terra como
Guam, isto será interpretado como altamente
provocador por parte dos Estados Unidos. Seria muito
perigoso”, avisou o funcionário chinês. Guam fica a
quase 3.000 km da China.