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O RECORDE MAIS IMPORTANTE DA OLIMPÍADA JÁ FOI
QUEBRADO
Quando 241 atletas se reuniram em Atenas, na Grécia, para a
primeira celebração dos Jogos Olímpicos modernos em 1896,
não havia nenhuma mulher entre eles. Duas décadas depois,
na estreia da delegação do Brasil na competição, 65 mulheres
participaram dos jogos disputados na Antuérpia (1920), entre
mais de 2.500 homens. Nenhuma era brasileira. Foi
necessário mais de um século de luta para uma conquista
histórica: a total paridade de atletas homens e mulheres em
um dos maiores eventos esportivos do mundo. Entre os 10 mil
atletas que desembarcam em julho em Paris para disputar a
33ª edição da Olimpíada, metade é mulher. Já era tempo de
alcançar esta marca – e essa conquista é de todas as
mulheres que lutaram por ela. O caminho foi (e segue sendo)
longo. As mulheres foram oficialmente autorizadas a participar
dos Jogos Olímpicos pela primeira vez em 1900, em Paris,
onde 22 atletas competiram em cinco esportes. Na época,
elas representavam menos de 2% dos participantes. A
representatividade feminina cresceu gradual e lentamente ao
longo das décadas até chegar à paridade numérica nos Jogos
de 2024. Ainda que as brasileiras tenham estreado na
competição em 1932, com Maria Lenk, levou mais de 30 anos
para que chegássemos a uma final olímpica, com Aída dos
Santos disputando a medalha no salto em altura. Mas o
primeiro ouro brasileiro feminino só chegou em 1996, em
Atlanta, com a dupla Jackie Silva e Sandra Pires no vôlei de
praia.
Disponível em: <https://revistatrip.uol.com.br/tpm/o-recorde-mais-importanteda-olimpiada-ja-foi-quebrado>. Acesso em: 25 mar. 2024. [Adaptado].