Questões de Concurso Público IF-SE 2024 para Professor EBTT - Filosofia
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“Examinemos, agora, mais além, como esse conceito de trabalho alienado deve expressar-se e revelar-se na realidade. Se o produto do trabalho me é estranho e enfrenta-me como uma força estranha, a quem pertence ele? Se minha própria atividade não me pertence, mas é uma atividade alienada, forçada, a quem ela pertence? A um ser outro que não eu. E quem é esse ser?”
MARX, Karl. Manuscritos Econômicos-Filosóficos. In: FROMM, Erich. O Conceito Marxista de Homem. 8ª ed., Rio de Janeiro: Zahar, 1983, p. 98.
O trecho de Marx citado tematiza a questão do trabalho alienado. A concepção de alienação em Marx tem várias interpretações. Entre essas, destaca-se a interpretação que considera a alienação como uma relação social. No trecho, Marx questiona quem é o "outro" como o qual o trabalhador se relaciona e nessa obra esclarece que este é a
“Uma ciência madura é governada por um único paradigma. O paradigma determina os padrões para o trabalho legítimo dentro da ciência que governa”
CHALMERS, Alan. O Que é a Ciência, Afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993, p. 125.
O texto de Chalmers citado acima comenta a posição de Thomas Kuhn sobre a questão do paradigma e sua relação com a ciência. Para Kuhn, um paradigma
“Kuhn sugere que a racionalidade da ciência pressupõe a aceitação de um referencial comum. Sugere que a racionalidade depende de algo como uma linguagem comum e um conjunto comum de suposições. Sugere que a discussão racional e a crítica racional só serão possíveis se estivermos de acordo sobre questões fundamentais.”
POPPER, Karl. A Ciência Normal e seus Perigos. In: LAKATOS, Imre; MUSGRAVE, Alan (orgs.). A Crítica e o Desenvolvimento do Conhecimento. São Paulo: Cultrix, 1979, p. 68-69.
O trecho acima citado apresenta um comentário de Karl Popper sobre Thomas Kuhn, que ficou mundialmente conhecido através de sua obra A Estrutura das Revoluções Científicas. A posição de Karl Popper sobre as teses de Thomas Kuhn é a de
“Todos os conhecimentos, quer dizer, todas as representações relacionadas a um objeto são ou intuições ou conceitos”
KANT, Imannuel. Lógica. 2ª ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1999, p. 109.
O trecho acima citado mostra uma diferenciação kantiana entre conceitos e intuições. Segundo Kant
“O problema epistemológico da objetividade científica coloca, quer queira quer não, a questão da neutralidade dos cientistas relativamente a todo e qualquer tipo de valoração e de engajamentos pessoais.”
JAPIASSU, Hilton. O Mito da Neutralidade Científica. Rio de Janeiro: Imago, 1975, p. 29.
O problema da objetividade e da neutralidade é um dos mais discutidos na epistemologia em sua história e ganha novos contornos na contemporaneidade. As posições epistemológicas são variadas e até antagônicas. Entre essas posições, existem
“(...) decisivo para a felicidade são as atividades autênticas realizadas de acordo com a excelência ética, enquanto as atividades opostas levam à infelicidade.”
Aristóteles, Ética a Nicômaco. São Paulo: Editora Atlas, p. 33.
Na ética aristotélica vimos que o bem e a virtude (excelência) não são realidades ideais a serem contempladas, mas atividades da alma a serem realizadas pela ação. Para a ética aristotélica, a felicidade é
“Quem inventou a fome são os que comem.”
Carolina Maria de Jesus, Quarto de despejo. São Paulo, Ática, 2020.
Não é possível falar em democracia sem falarmos da cidadania e dos direitos cívicos e dos direitos sociais do cidadão. Uma das críticas à democracia brasileira é que esta tem aspectos formais que caracterizam uma sociedade democrática, mas é insuficiente em seus aspectos substanciais. Em seus aspectos político, social, econômico e jurídico, a democracia brasileira