Tem sido observado indício de uso indiscriminado, abusivo
e não prescrito de medicamentos indicados para o
tratamento de Transtorno do Déficit de Atenção com
Hiperatividade (TDAH), por pessoas saudáveis e,
particularmente, por acadêmicos. A busca incansável pelo
êxito em um mercado de trabalho cada vez mais
competitivo, a autoexigência por elevada produtividade, a
frenética rotina de provas, o vasto conteúdo e, muitas vezes,
a privação de sono e de lazer têm levado às pessoas ao
consumo deste tipo de medicamento. Só no Rio de Janeiro,
o consumo cresceu 775% entre os anos de 2003 e 2012.
Eles podem atuar inibindo a recaptação de dopamina e
noradrenalina, e, assim, aumentando a capacidade de
concentração ou agindo por meio do bloqueio dos
receptores de adenosina no encéfalo e na medula espinhal,
de forma a aumentar a atividade do Sistema Nervoso
Central (SNC). O uso em pessoas saudáveis que não têm
TDAH não acarreta significativa melhora cognitiva,
provocando, entretanto, episódios de cefaleia, dores
abdominais e irritabilidade até o surgimento de problemas
cardiovasculares e de surtos psicóticos. Sem o atendimento
próximo e continuado de um médico especialista,
medicamentos psicoestimulantes podem prejudicar o
desempenho acadêmico de seus usuários, efeito oposto
àquele previamente imaginado. Além da Ritalina, também é
um fármaco da classe dos psicoestimulantes o