A história de classificação dos objetos salvaguardados em
reservas técnicas etnológicas, desde as curiosidades
artificiais da virada dos séculos XVIII–XIX até os artefatos
etnográficos da virada dos séculos XIX–XX, evidencia a
contínua redefinição de parâmetros científicos e a relação
tensa entre classificação científica, classificação étnica e
classificação de gestão museal. Nem sempre curadores,
conservadores e, mais recentemente, indígenas, falam a
mesma língua. Considerando o trabalho pioneiro de Berta
Ribeiro, a partir dos acervos de museus como o Nacional do
Rio de Janeiro e Emílio Goeldi do Pará, a organização da
produção de material etnográfico é classificada em