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Rondônia avança na produção de milho e colhe 954 mil toneladas na safra 2020.
O Estado de Rondônia colheu 954,2 mil toneladas de milho na safra 2019/2020, [...]
A colheita do milho 2ª safra ocupa uma área de 186 mil hectares, sendo 4% superior à área da safra
passada, com igual aumento para a produção. Um dos fatores favoráveis para o crescimento da produção
é o clima que perpetua durante todo o ciclo da cultura. Os municípios de Corumbiara, Vilhena, Cerejeiras e
Chupinguaia são os maiores produtores do grão, com destaque para o município de Vilhena, maior
produtor de milho do Estado.
De acordo com o secretário da Seagri, Evandro Padovani, o milho exerce participação significativa na
economia de Rondônia. “A produção de milho no Estado está com bom histórico de crescimento em
nossa região e tem como seu principal destino, as exportações. Porém, há prospecção para potenciais
investimentos para usina de processamento de milho, para produção de etanol e ampliação de plantio,
para atender as cadeias produtivas na parte de nutrição animal”, disse.
A linha histórica de produção mundial de milho mostrou que entre os anos de 2017 e 2018 ocorreu uma
queda de 18%, acompanhada de uma queda de preço no mercado internacional na ordem de 6% o que,
promovendo o mesmo efeito no mercado interno. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab) a produção de milho no período acima foi de 18% menor que o ciclo de 2016/2017, com produção
de 25 milhões de toneladas.
A análise dos dados de produção de milho em Rondônia e o seu Valor Bruto da Produção percebe-se o
mesmo movimento de queda no período de 17/18, perfazendo um total de 18% de queda na produção bruta
de milho no Estado.
Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) explicam que, “além
da menor rentabilidade com a cultura na última safra, a queda na área na safra 2017/18 está atrelada ao
atraso na colheita da soja em algumas regiões brasileiras. Apesar disso, o alto estoque de passagem deve
manter elevada a disponibilidade interna do cereal. Em termos mundiais, a menor produtividade deve
reduzir a oferta do cereal, enquanto as transações internacionais devem crescer, o que pode favorecer as
exportações brasileiras”. A explicação para esta queda é a valorização de fertilizantes e sementes em
2017.
A cotação do milho no mercado externo e interno é muito incerta, demonstrando que a cada safra há uma
instabilidade na produção e no interesse dos agricultores pelo produto. Os dados revelam que uma
alteração nos insumos, nos preços ou em outro item da cadeia produtiva do milho, levam o mercado a
mudanças profundas.
[...]
[...] Os fatores de baixa são a expectativa de alto volume de estoque de passagem e demanda doméstica
com pouco ímpeto nas compras, segundo o engenheiro agrônomo Thomé Luiz Freire Guth, analista de
mercado. O analista Guth define com expectativa que a diminuição da produção nos EUA, por atraso no
plantio, pode favorecer a paridade de exportação.
(Fonte: rondoniagora.com/agronegocio/rondonia-avanca-na-producao-de-milho-e-colhe-954-mil-toneladasna-safra-2020 – Texto adaptado).