Questões de Concurso Público Prefeitura de Lagoa Vermelha - RS 2018 para Advogado
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ZIKA DO BEM: VÍRUS PODE AJUDAR A COMBATER TUMOR CEREBRAL
O Zika pode induzir que células cancerígenas
metabolizem digoxina, uma possível moléculachave
capaz de eliminar os fatores da doença.
Uma nova descoberta feita por pesquisadores da Faculdade de Ciência Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas (FCF-Unicamp) averiguou que o vírus Zika, agente infeccioso causador da microcefalia, pode ser uma alternativa para tratar glioblastoma, o tipo mais comum e agressivo de tumor cerebral.
Em 2016, a microcefalia repercutiu como um dos maiores riscos para gestantes no Brasil. A doença acometia os bebês recém-nascidos cujas mães tivessem sido infectadas pelo Zika, vírus que ataca as células que darão origem ao córtex cerebral do feto, dificultando o crescimento natural da região da cabeça do bebê.
Observando que o vírus era capaz de destruir e alterar células do cérebro, os pesquisadores decidiram testar qual seria o efeito desse mesmo agente infeccioso em células de tumor cerebral. Assim, eles decidiram induzir uma infecção do Zika em células humanas de glioblastoma maligno. Os cientistas então coletaram imagens microscópicas 24 horas e 48 horas das células após o acontecimento.
Nas primeiras 24 horas, as células de glioblastoma apresentaram alterações metabólicas leves, tornando-se redondas, inchadas e formando sincícios (células multinucleadas). Passadas outras 24 horas, as mudanças foram ainda maiores: mais células mostraram-se redondas, inchadas, com mais sincícios e com perda pronunciada de integridade celular, o que é um prenúncio de morte celular. Ou seja, após 48 horas da infecção, a morfologia das células estava alterada quase que totalmente.
Para entender o fator responsável por alterar a morfologia das células, os pesquisadores brasileiros se dedicaram a analisar os principais compostos produzidos durante a infecção. A partir de técnicas de espectrometria de massa e ionização por dessorção a laser, eles descobriram que as células cerebrais tinham produzido glicosídeos cardíacos, especialmente a digoxina.
Em trabalhos realizados no exterior, a digoxina aparece associada a uma diminuição da taxa de multiplicação e como fator de morte de células de câncer de melanoma, de mama e de neuroblastoma.
Com esse resultado, os cientistas averiguaram que o Zika pode induzir as células de glioblastoma a metabolizarem digoxina, a qual talvez seja a molécula-chave capaz de eliminar os fatores cancerígenos.
Essa descoberta fez com que o grupo afirmasse que o Zika, quando geneticamente modificado — ou seja, eliminados seus fatores de infecção e contendo apenas suas partículas virais capazes de sintetizar digoxina — pode se tornar uma alternativa ao tratamento do câncer cerebral.
Texto adaptado de Redação Galileu. Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2018/01/zika-do-
bem-virus-pode-ajudar-combater-tumor-cerebral.html
ZIKA DO BEM: VÍRUS PODE AJUDAR A COMBATER TUMOR CEREBRAL
O Zika pode induzir que células cancerígenas
metabolizem digoxina, uma possível moléculachave
capaz de eliminar os fatores da doença.
Uma nova descoberta feita por pesquisadores da Faculdade de Ciência Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas (FCF-Unicamp) averiguou que o vírus Zika, agente infeccioso causador da microcefalia, pode ser uma alternativa para tratar glioblastoma, o tipo mais comum e agressivo de tumor cerebral.
Em 2016, a microcefalia repercutiu como um dos maiores riscos para gestantes no Brasil. A doença acometia os bebês recém-nascidos cujas mães tivessem sido infectadas pelo Zika, vírus que ataca as células que darão origem ao córtex cerebral do feto, dificultando o crescimento natural da região da cabeça do bebê.
Observando que o vírus era capaz de destruir e alterar células do cérebro, os pesquisadores decidiram testar qual seria o efeito desse mesmo agente infeccioso em células de tumor cerebral. Assim, eles decidiram induzir uma infecção do Zika em células humanas de glioblastoma maligno. Os cientistas então coletaram imagens microscópicas 24 horas e 48 horas das células após o acontecimento.
Nas primeiras 24 horas, as células de glioblastoma apresentaram alterações metabólicas leves, tornando-se redondas, inchadas e formando sincícios (células multinucleadas). Passadas outras 24 horas, as mudanças foram ainda maiores: mais células mostraram-se redondas, inchadas, com mais sincícios e com perda pronunciada de integridade celular, o que é um prenúncio de morte celular. Ou seja, após 48 horas da infecção, a morfologia das células estava alterada quase que totalmente.
Para entender o fator responsável por alterar a morfologia das células, os pesquisadores brasileiros se dedicaram a analisar os principais compostos produzidos durante a infecção. A partir de técnicas de espectrometria de massa e ionização por dessorção a laser, eles descobriram que as células cerebrais tinham produzido glicosídeos cardíacos, especialmente a digoxina.
Em trabalhos realizados no exterior, a digoxina aparece associada a uma diminuição da taxa de multiplicação e como fator de morte de células de câncer de melanoma, de mama e de neuroblastoma.
Com esse resultado, os cientistas averiguaram que o Zika pode induzir as células de glioblastoma a metabolizarem digoxina, a qual talvez seja a molécula-chave capaz de eliminar os fatores cancerígenos.
Essa descoberta fez com que o grupo afirmasse que o Zika, quando geneticamente modificado — ou seja, eliminados seus fatores de infecção e contendo apenas suas partículas virais capazes de sintetizar digoxina — pode se tornar uma alternativa ao tratamento do câncer cerebral.
Texto adaptado de Redação Galileu. Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2018/01/zika-do-
bem-virus-pode-ajudar-combater-tumor-cerebral.html