Questões de Concurso Público Prefeitura de Curitiba - PR 2016 para Técnico de Enfermagem em Saúde Pública

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Q653748 Português
Existem grandes nacos da vida adulta sobre os quais ninguém fala em discursos de formatura. Um desses nacos envolve tédio, rotina e frustração mesquinha.
Vou dar um exemplo prosaico imaginando um dia qualquer do futuro. Você acordou de manhã, foi para seu prestigiado emprego, suou a camisa por nove ou dez horas e, ao final do dia, está cansado, estressado, e tudo que deseja é chegar em casa, comer um bom prato de comida, talvez relaxar por umas horas, e depois ir para cama, porque terá de acordar cedo e fazer tudo de novo. Mas aí lembra que não tem comida na geladeira. Você não teve tempo de fazer compras naquela semana, e agora precisa entrar no carro e ir ao supermercado. Nesse final de dia, o trânsito está uma lástima.
Quando você finalmente chega lá, o supermercado está lotado, horrivelmente iluminado com lâmpadas fluorescentes e impregnado de uma música ambiente de matar. É o último lugar do mundo onde você gostaria de estar, mas não dá para entrar e sair rapidinho: é preciso percorrer todos aqueles corredores superiluminados para encontrar o que procura, e manobrar seu carrinho de compras de rodinhas emperradas entre todas aquelas outras pessoas cansadas e apressadas com seus próprios carrinhos de compras. E, claro, há também aqueles idosos que não saem da frente, e as pessoas desnorteadas, e os adolescentes hiperativos que bloqueiam o corredor, e você tem que ranger os dentes, tentar ser educado, e pedir licença para que o deixem passar. Por fim, com todos os suprimentos no carrinho, percebe que, como não há caixas suficientes funcionando, a fila é imensa, o que é absurdo e irritante, mas você não pode descarregar toda a fúria na pobre da caixa que está à beira de um ataque de nervos.
De qualquer modo, você acaba chegando à caixa, paga por sua comida e espera até que o cheque ou o cartão seja autenticado pela máquina, e depois ouve um “boa noite, volte sempre” numa voz que tem o som absoluto da morte. Na volta para casa, o trânsito está lento, pesado etc. e tal.
É num momento corriqueiro e desprezível como esse que emerge a questão fundamental da escolha. O engarrafamento, os corredores lotados e as longas filas no supermercado me dão tempo de pensar. Se eu não tomar uma decisão consciente sobre como pensar a situação, ficarei irritado cada vez que for comprar comida, porque minha configuração padrão me leva a pensar que situações assim dizem respeito a mim, à minha fome, minha fadiga, meu desejo de chegar logo em casa. Parecerá sempre que as outras pessoas não passam de estorvos. E quem são elas, aliás? Quão repulsiva é a maioria, quão bovinas e inexpressivas e desumanas parecem ser as da fila da caixa, quão enervantes e rudes as que falam alto nos celulares.
Também posso passar o tempo no congestionamento zangado e indignado com todas essas vans e utilitários e caminhões enormes e estúpidos, bloqueando as pistas, queimando seus imensos tanques de gasolina, egoístas e perdulários. Posso me aborrecer com os adesivos patrióticos ou religiosos, que sempre parecem estar nos automóveis mais potentes, dirigidos pelos motoristas mais feios, desatenciosos e agressivos, que costumam falar no celular enquanto fecham os outros, só para avançar uns 20 metros idiotas no engarrafamento. Ou posso me deter sobre como os filhos dos nossos filhos nos desprezarão por desperdiçarmos todo o combustível do futuro, e provavelmente estragarmos o clima, e quão mal-acostumados e estúpidos e repugnantes todos nós somos, e como tudo isso é simplesmente pavoroso etc. e tal.
Se opto conscientemente por seguir essa linha de pensamento, ótimo, muitos de nós somos assim – só que pensar dessa maneira tende a ser tão automático que sequer precisa ser uma opção. Ela deriva da minha configuração padrão.
Mas existem outras formas de pensar. Posso, por exemplo, me forçar a aceitar a possibilidade de que os outros na fila do supermercado estão tão entediados e frustrados quanto eu, e, no cômputo geral, algumas dessas pessoas provavelmente têm vidas bem mais difíceis, tediosas ou dolorosas do que eu.
Fazer isso é difícil, requer força de vontade e empenho mental. Se vocês forem como eu, alguns dias não conseguirão fazê- lo, ou simplesmente não estarão a fim. Mas, na maioria dos dias, se estiverem atentos o bastante para escolher, poderão preferir olhar melhor para essa mulher gorducha, inexpressiva e estressada que acabou de berrar com a filhinha na fila da caixa. Talvez ela não seja habitualmente assim. Talvez ela tenha passado as três últimas noites em claro, segurando a mão do marido que está morrendo. Ou talvez essa mulher seja a funcionária mal remunerada do Departamento de Trânsito que, ontem mesmo, por meio de um pequeno gesto de bondade burocrática, ajudou algum conhecido seu a resolver um problema insolúvel de documentação. (...) 
(Disponível em <http://revistapiaui.estadao.com.br/materia/a-liberdade-de-ver-os-outros/> .Acesso em 01/03/2016)
De acordo com o texto, é correto afirmar:
Alternativas
Q653749 Português
Existem grandes nacos da vida adulta sobre os quais ninguém fala em discursos de formatura. Um desses nacos envolve tédio, rotina e frustração mesquinha.
Vou dar um exemplo prosaico imaginando um dia qualquer do futuro. Você acordou de manhã, foi para seu prestigiado emprego, suou a camisa por nove ou dez horas e, ao final do dia, está cansado, estressado, e tudo que deseja é chegar em casa, comer um bom prato de comida, talvez relaxar por umas horas, e depois ir para cama, porque terá de acordar cedo e fazer tudo de novo. Mas aí lembra que não tem comida na geladeira. Você não teve tempo de fazer compras naquela semana, e agora precisa entrar no carro e ir ao supermercado. Nesse final de dia, o trânsito está uma lástima.
Quando você finalmente chega lá, o supermercado está lotado, horrivelmente iluminado com lâmpadas fluorescentes e impregnado de uma música ambiente de matar. É o último lugar do mundo onde você gostaria de estar, mas não dá para entrar e sair rapidinho: é preciso percorrer todos aqueles corredores superiluminados para encontrar o que procura, e manobrar seu carrinho de compras de rodinhas emperradas entre todas aquelas outras pessoas cansadas e apressadas com seus próprios carrinhos de compras. E, claro, há também aqueles idosos que não saem da frente, e as pessoas desnorteadas, e os adolescentes hiperativos que bloqueiam o corredor, e você tem que ranger os dentes, tentar ser educado, e pedir licença para que o deixem passar. Por fim, com todos os suprimentos no carrinho, percebe que, como não há caixas suficientes funcionando, a fila é imensa, o que é absurdo e irritante, mas você não pode descarregar toda a fúria na pobre da caixa que está à beira de um ataque de nervos.
De qualquer modo, você acaba chegando à caixa, paga por sua comida e espera até que o cheque ou o cartão seja autenticado pela máquina, e depois ouve um “boa noite, volte sempre” numa voz que tem o som absoluto da morte. Na volta para casa, o trânsito está lento, pesado etc. e tal.
É num momento corriqueiro e desprezível como esse que emerge a questão fundamental da escolha. O engarrafamento, os corredores lotados e as longas filas no supermercado me dão tempo de pensar. Se eu não tomar uma decisão consciente sobre como pensar a situação, ficarei irritado cada vez que for comprar comida, porque minha configuração padrão me leva a pensar que situações assim dizem respeito a mim, à minha fome, minha fadiga, meu desejo de chegar logo em casa. Parecerá sempre que as outras pessoas não passam de estorvos. E quem são elas, aliás? Quão repulsiva é a maioria, quão bovinas e inexpressivas e desumanas parecem ser as da fila da caixa, quão enervantes e rudes as que falam alto nos celulares.
Também posso passar o tempo no congestionamento zangado e indignado com todas essas vans e utilitários e caminhões enormes e estúpidos, bloqueando as pistas, queimando seus imensos tanques de gasolina, egoístas e perdulários. Posso me aborrecer com os adesivos patrióticos ou religiosos, que sempre parecem estar nos automóveis mais potentes, dirigidos pelos motoristas mais feios, desatenciosos e agressivos, que costumam falar no celular enquanto fecham os outros, só para avançar uns 20 metros idiotas no engarrafamento. Ou posso me deter sobre como os filhos dos nossos filhos nos desprezarão por desperdiçarmos todo o combustível do futuro, e provavelmente estragarmos o clima, e quão mal-acostumados e estúpidos e repugnantes todos nós somos, e como tudo isso é simplesmente pavoroso etc. e tal.
Se opto conscientemente por seguir essa linha de pensamento, ótimo, muitos de nós somos assim – só que pensar dessa maneira tende a ser tão automático que sequer precisa ser uma opção. Ela deriva da minha configuração padrão.
Mas existem outras formas de pensar. Posso, por exemplo, me forçar a aceitar a possibilidade de que os outros na fila do supermercado estão tão entediados e frustrados quanto eu, e, no cômputo geral, algumas dessas pessoas provavelmente têm vidas bem mais difíceis, tediosas ou dolorosas do que eu.
Fazer isso é difícil, requer força de vontade e empenho mental. Se vocês forem como eu, alguns dias não conseguirão fazê- lo, ou simplesmente não estarão a fim. Mas, na maioria dos dias, se estiverem atentos o bastante para escolher, poderão preferir olhar melhor para essa mulher gorducha, inexpressiva e estressada que acabou de berrar com a filhinha na fila da caixa. Talvez ela não seja habitualmente assim. Talvez ela tenha passado as três últimas noites em claro, segurando a mão do marido que está morrendo. Ou talvez essa mulher seja a funcionária mal remunerada do Departamento de Trânsito que, ontem mesmo, por meio de um pequeno gesto de bondade burocrática, ajudou algum conhecido seu a resolver um problema insolúvel de documentação. (...) 
(Disponível em <http://revistapiaui.estadao.com.br/materia/a-liberdade-de-ver-os-outros/> .Acesso em 01/03/2016)
Assinale a alternativa que resume a opinião principal veiculada pelo autor. 
Alternativas
Q653750 Português
Existem grandes nacos da vida adulta sobre os quais ninguém fala em discursos de formatura. Um desses nacos envolve tédio, rotina e frustração mesquinha.
Vou dar um exemplo prosaico imaginando um dia qualquer do futuro. Você acordou de manhã, foi para seu prestigiado emprego, suou a camisa por nove ou dez horas e, ao final do dia, está cansado, estressado, e tudo que deseja é chegar em casa, comer um bom prato de comida, talvez relaxar por umas horas, e depois ir para cama, porque terá de acordar cedo e fazer tudo de novo. Mas aí lembra que não tem comida na geladeira. Você não teve tempo de fazer compras naquela semana, e agora precisa entrar no carro e ir ao supermercado. Nesse final de dia, o trânsito está uma lástima.
Quando você finalmente chega lá, o supermercado está lotado, horrivelmente iluminado com lâmpadas fluorescentes e impregnado de uma música ambiente de matar. É o último lugar do mundo onde você gostaria de estar, mas não dá para entrar e sair rapidinho: é preciso percorrer todos aqueles corredores superiluminados para encontrar o que procura, e manobrar seu carrinho de compras de rodinhas emperradas entre todas aquelas outras pessoas cansadas e apressadas com seus próprios carrinhos de compras. E, claro, há também aqueles idosos que não saem da frente, e as pessoas desnorteadas, e os adolescentes hiperativos que bloqueiam o corredor, e você tem que ranger os dentes, tentar ser educado, e pedir licença para que o deixem passar. Por fim, com todos os suprimentos no carrinho, percebe que, como não há caixas suficientes funcionando, a fila é imensa, o que é absurdo e irritante, mas você não pode descarregar toda a fúria na pobre da caixa que está à beira de um ataque de nervos.
De qualquer modo, você acaba chegando à caixa, paga por sua comida e espera até que o cheque ou o cartão seja autenticado pela máquina, e depois ouve um “boa noite, volte sempre” numa voz que tem o som absoluto da morte. Na volta para casa, o trânsito está lento, pesado etc. e tal.
É num momento corriqueiro e desprezível como esse que emerge a questão fundamental da escolha. O engarrafamento, os corredores lotados e as longas filas no supermercado me dão tempo de pensar. Se eu não tomar uma decisão consciente sobre como pensar a situação, ficarei irritado cada vez que for comprar comida, porque minha configuração padrão me leva a pensar que situações assim dizem respeito a mim, à minha fome, minha fadiga, meu desejo de chegar logo em casa. Parecerá sempre que as outras pessoas não passam de estorvos. E quem são elas, aliás? Quão repulsiva é a maioria, quão bovinas e inexpressivas e desumanas parecem ser as da fila da caixa, quão enervantes e rudes as que falam alto nos celulares.
Também posso passar o tempo no congestionamento zangado e indignado com todas essas vans e utilitários e caminhões enormes e estúpidos, bloqueando as pistas, queimando seus imensos tanques de gasolina, egoístas e perdulários. Posso me aborrecer com os adesivos patrióticos ou religiosos, que sempre parecem estar nos automóveis mais potentes, dirigidos pelos motoristas mais feios, desatenciosos e agressivos, que costumam falar no celular enquanto fecham os outros, só para avançar uns 20 metros idiotas no engarrafamento. Ou posso me deter sobre como os filhos dos nossos filhos nos desprezarão por desperdiçarmos todo o combustível do futuro, e provavelmente estragarmos o clima, e quão mal-acostumados e estúpidos e repugnantes todos nós somos, e como tudo isso é simplesmente pavoroso etc. e tal.
Se opto conscientemente por seguir essa linha de pensamento, ótimo, muitos de nós somos assim – só que pensar dessa maneira tende a ser tão automático que sequer precisa ser uma opção. Ela deriva da minha configuração padrão.
Mas existem outras formas de pensar. Posso, por exemplo, me forçar a aceitar a possibilidade de que os outros na fila do supermercado estão tão entediados e frustrados quanto eu, e, no cômputo geral, algumas dessas pessoas provavelmente têm vidas bem mais difíceis, tediosas ou dolorosas do que eu.
Fazer isso é difícil, requer força de vontade e empenho mental. Se vocês forem como eu, alguns dias não conseguirão fazê- lo, ou simplesmente não estarão a fim. Mas, na maioria dos dias, se estiverem atentos o bastante para escolher, poderão preferir olhar melhor para essa mulher gorducha, inexpressiva e estressada que acabou de berrar com a filhinha na fila da caixa. Talvez ela não seja habitualmente assim. Talvez ela tenha passado as três últimas noites em claro, segurando a mão do marido que está morrendo. Ou talvez essa mulher seja a funcionária mal remunerada do Departamento de Trânsito que, ontem mesmo, por meio de um pequeno gesto de bondade burocrática, ajudou algum conhecido seu a resolver um problema insolúvel de documentação. (...) 
(Disponível em <http://revistapiaui.estadao.com.br/materia/a-liberdade-de-ver-os-outros/> .Acesso em 01/03/2016)
A palavra “prosaico”, no segundo parágrafo texto, significa:
Alternativas
Q653751 Português
Solucionado o enigma do dente do siso
Para que eles existem? Aparecem tão tarde que já não fazem falta alguma, e isso quando aparecem. Às vezes, eles se escondem de forma intrincada, enriquecendo os dentistas, ou empurram os outros dentes causando dor e machucados. São os dentes do siso. Quem os inventou? Qual foi a força evolutiva que teve a ideia de bolar esse estorvo buco-dental? Fez o mesmo mal com o nosso cérebro? Este é o enigma evolutivo dos dentes do siso e que acaba de ser solucionado por cientistas australianos. A resposta, em resumo: nós, humanos, não somos nem mesmo os únicos que temos isso.
Nossos ancestrais, os hominídeos (homininos, tecnicamente), tinham um terceiro molar decente: até quatro vezes maior do que o nosso, e com uma superfície plana obviamente adaptada para mastigar. Nunca se entendeu muito bem como essa obra-prima da natureza se deteriorou a ponto de produzir o nosso dente do siso, embora não tenham faltado hipóteses elaboradas sob medida para explicá-lo: ora as mudanças de dieta, ora este ou aquele avanço cultural, ou, em todos os casos, algumas teorias que delegam à seleção natural a árdua tarefa de destruir um dente sem mexer muito nos outros. E que, é claro, são exclusivas da evolução humana, sem precedentes nos 600 milhões de anos de história animal.
A bióloga do desenvolvimento Kathryn Kavanagh, da Universidade Massachusetts em Dartmouth, propôs em 2007 um modelo teórico do desenvolvimento da dentição nos mamíferos. Ela se baseava em dados obtidos com ratos e explicava os resultados, que eram bastante complicados, com um modelo simples de “inibição em cascata”: quando um dente se desenvolve, emite sinais que ativam ou reprimem os seus vizinhos, e a proporção entre esses dois sinais determina o tamanho dos dentes vizinhos.
Um dos colegas de Kavanagh naquele trabalho, Alistair Evans, da Universidade Monash em Victoria (Austrália), lidera hoje uma pesquisa publicada pela Nature em que aquele modelo se estende aos hominídeos. O estudo revela que o modelo da inibição em cascata de Kavanagh pode explicar desde a degeneração do terceiro molar nos australopitecos até o modesto e incômodo dente do siso que oprime o Homo sapiens.
Nos hominídeos mais primitivos – os mais próximos do chimpanzé, como os ardipitecos, australopitecos e parantropos –, a variação do tamanho e das formas relativas dos molares é meramente em função da posição: os dentes tendem a crescer mais na parte posterior da boca, o que provoca o gigantismo do terceiro molar, e as proporções entre alguns dentes e outros são constantes, sem que o tamanho global da dentição no seu conjunto importe muito.
No entanto, há cerca de dois milhões de anos, com o surgimento do nosso gênero (Homo), essas regras gerais se alteraram um pouco: os tamanhos relativos dos dentes passaram a depender do tamanho global da dentição. Isso fez com que a redução do tamanho global da dentição, que é própria da modernidade evolutiva, causasse uma diminuição desproporcional do terceiro molar. Ou seja: o dente do siso seria explicado pela existência de um mecanismo geral, que não precisou exigir coisas muito esquisitas para transformar o terceiro molar em um estorvo ridículo.
De um ponto de vista dental, deixamos de ser vítimas de uma evolução cruel e passamos a ser vítimas da simplicidade matemática. Um avanço e tanto.
(Disponível em:<http://brasil.elpais.com/brasil/2016/02/24/ciencia/1456335579_085153.htmll> . Acesso em 01/03/2016.)
A partir do texto, é correto afirmar que o dente do siso:
Alternativas
Q653752 Português
Solucionado o enigma do dente do siso
Para que eles existem? Aparecem tão tarde que já não fazem falta alguma, e isso quando aparecem. Às vezes, eles se escondem de forma intrincada, enriquecendo os dentistas, ou empurram os outros dentes causando dor e machucados. São os dentes do siso. Quem os inventou? Qual foi a força evolutiva que teve a ideia de bolar esse estorvo buco-dental? Fez o mesmo mal com o nosso cérebro? Este é o enigma evolutivo dos dentes do siso e que acaba de ser solucionado por cientistas australianos. A resposta, em resumo: nós, humanos, não somos nem mesmo os únicos que temos isso.
Nossos ancestrais, os hominídeos (homininos, tecnicamente), tinham um terceiro molar decente: até quatro vezes maior do que o nosso, e com uma superfície plana obviamente adaptada para mastigar. Nunca se entendeu muito bem como essa obra-prima da natureza se deteriorou a ponto de produzir o nosso dente do siso, embora não tenham faltado hipóteses elaboradas sob medida para explicá-lo: ora as mudanças de dieta, ora este ou aquele avanço cultural, ou, em todos os casos, algumas teorias que delegam à seleção natural a árdua tarefa de destruir um dente sem mexer muito nos outros. E que, é claro, são exclusivas da evolução humana, sem precedentes nos 600 milhões de anos de história animal.
A bióloga do desenvolvimento Kathryn Kavanagh, da Universidade Massachusetts em Dartmouth, propôs em 2007 um modelo teórico do desenvolvimento da dentição nos mamíferos. Ela se baseava em dados obtidos com ratos e explicava os resultados, que eram bastante complicados, com um modelo simples de “inibição em cascata”: quando um dente se desenvolve, emite sinais que ativam ou reprimem os seus vizinhos, e a proporção entre esses dois sinais determina o tamanho dos dentes vizinhos.
Um dos colegas de Kavanagh naquele trabalho, Alistair Evans, da Universidade Monash em Victoria (Austrália), lidera hoje uma pesquisa publicada pela Nature em que aquele modelo se estende aos hominídeos. O estudo revela que o modelo da inibição em cascata de Kavanagh pode explicar desde a degeneração do terceiro molar nos australopitecos até o modesto e incômodo dente do siso que oprime o Homo sapiens.
Nos hominídeos mais primitivos – os mais próximos do chimpanzé, como os ardipitecos, australopitecos e parantropos –, a variação do tamanho e das formas relativas dos molares é meramente em função da posição: os dentes tendem a crescer mais na parte posterior da boca, o que provoca o gigantismo do terceiro molar, e as proporções entre alguns dentes e outros são constantes, sem que o tamanho global da dentição no seu conjunto importe muito.
No entanto, há cerca de dois milhões de anos, com o surgimento do nosso gênero (Homo), essas regras gerais se alteraram um pouco: os tamanhos relativos dos dentes passaram a depender do tamanho global da dentição. Isso fez com que a redução do tamanho global da dentição, que é própria da modernidade evolutiva, causasse uma diminuição desproporcional do terceiro molar. Ou seja: o dente do siso seria explicado pela existência de um mecanismo geral, que não precisou exigir coisas muito esquisitas para transformar o terceiro molar em um estorvo ridículo.
De um ponto de vista dental, deixamos de ser vítimas de uma evolução cruel e passamos a ser vítimas da simplicidade matemática. Um avanço e tanto.
(Disponível em:<http://brasil.elpais.com/brasil/2016/02/24/ciencia/1456335579_085153.htmll> . Acesso em 01/03/2016.)

Com base no texto, considere as seguintes afirmativas:


1. O dente do siso do homem contemporâneo se originou de um dente que nossos ancestrais tinham, no mesmo lugar, porém com um tamanho diferente.


2. Não são apenas os humanos que apresentam o dente do siso: os ratos passaram pelo mesmo processo.


3. Nos humanos, os dentes do fundo da boca tendem a crescer mais, motivo pelo qual os molares e o siso são proporcionalmente maiores.

4. Existem evidências de que a dentição humana possui uma dinâmica diferente da dentição de outros primatas.


Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Q653753 Português
Solucionado o enigma do dente do siso
Para que eles existem? Aparecem tão tarde que já não fazem falta alguma, e isso quando aparecem. Às vezes, eles se escondem de forma intrincada, enriquecendo os dentistas, ou empurram os outros dentes causando dor e machucados. São os dentes do siso. Quem os inventou? Qual foi a força evolutiva que teve a ideia de bolar esse estorvo buco-dental? Fez o mesmo mal com o nosso cérebro? Este é o enigma evolutivo dos dentes do siso e que acaba de ser solucionado por cientistas australianos. A resposta, em resumo: nós, humanos, não somos nem mesmo os únicos que temos isso.
Nossos ancestrais, os hominídeos (homininos, tecnicamente), tinham um terceiro molar decente: até quatro vezes maior do que o nosso, e com uma superfície plana obviamente adaptada para mastigar. Nunca se entendeu muito bem como essa obra-prima da natureza se deteriorou a ponto de produzir o nosso dente do siso, embora não tenham faltado hipóteses elaboradas sob medida para explicá-lo: ora as mudanças de dieta, ora este ou aquele avanço cultural, ou, em todos os casos, algumas teorias que delegam à seleção natural a árdua tarefa de destruir um dente sem mexer muito nos outros. E que, é claro, são exclusivas da evolução humana, sem precedentes nos 600 milhões de anos de história animal.
A bióloga do desenvolvimento Kathryn Kavanagh, da Universidade Massachusetts em Dartmouth, propôs em 2007 um modelo teórico do desenvolvimento da dentição nos mamíferos. Ela se baseava em dados obtidos com ratos e explicava os resultados, que eram bastante complicados, com um modelo simples de “inibição em cascata”: quando um dente se desenvolve, emite sinais que ativam ou reprimem os seus vizinhos, e a proporção entre esses dois sinais determina o tamanho dos dentes vizinhos.
Um dos colegas de Kavanagh naquele trabalho, Alistair Evans, da Universidade Monash em Victoria (Austrália), lidera hoje uma pesquisa publicada pela Nature em que aquele modelo se estende aos hominídeos. O estudo revela que o modelo da inibição em cascata de Kavanagh pode explicar desde a degeneração do terceiro molar nos australopitecos até o modesto e incômodo dente do siso que oprime o Homo sapiens.
Nos hominídeos mais primitivos – os mais próximos do chimpanzé, como os ardipitecos, australopitecos e parantropos –, a variação do tamanho e das formas relativas dos molares é meramente em função da posição: os dentes tendem a crescer mais na parte posterior da boca, o que provoca o gigantismo do terceiro molar, e as proporções entre alguns dentes e outros são constantes, sem que o tamanho global da dentição no seu conjunto importe muito.
No entanto, há cerca de dois milhões de anos, com o surgimento do nosso gênero (Homo), essas regras gerais se alteraram um pouco: os tamanhos relativos dos dentes passaram a depender do tamanho global da dentição. Isso fez com que a redução do tamanho global da dentição, que é própria da modernidade evolutiva, causasse uma diminuição desproporcional do terceiro molar. Ou seja: o dente do siso seria explicado pela existência de um mecanismo geral, que não precisou exigir coisas muito esquisitas para transformar o terceiro molar em um estorvo ridículo.
De um ponto de vista dental, deixamos de ser vítimas de uma evolução cruel e passamos a ser vítimas da simplicidade matemática. Um avanço e tanto.
(Disponível em:<http://brasil.elpais.com/brasil/2016/02/24/ciencia/1456335579_085153.htmll> . Acesso em 01/03/2016.)

Considere a seguinte oração, extraída do texto:

Nos hominídeos mais primitivos, a variação do tamanho e das formas relativas dos molares é meramente em função da posição.

Ao substituirmos “a variação” por “as variações”, passaria(m) para o plural, de acordo com norma escrita culta do português:

1. “função”.

2. “posição”.

3. “é”.

Assinale a alternativa correta. 

Alternativas
Q653754 Português

Paul McCartney concedeu entrevista a Michael Bonner, jornalista do El País. Relativamente a essa entrevista, numere a coluna da direita, relacionando as respostas com as respectivas perguntas que constam na coluna da esquerda.


1. Quando assassinaram John, você estava trabalhando no que seria Tug of War. Quando foi a última vez que o viu?


2. Acredita que as pessoas esperavam que escrevesse uma canção sobre John?

3. A canção se refere ao começo de sua relação com John. Era assim que costumava pensar nele após sua morte?

4. Acredita que Harrison se sentia intimidado quando apresentava canções a você e John?


( ) Pensei que queria fazer a canção mais maravilhosa, mas nem sempre se é capaz de responder a esse estímulo. Não sei por quê. Provavelmente fiquei esperando para ver se vinha algo, mas não podia me sentar e escrever uma canção como reação.


( ) Eu o vi com May Pang [sua namorada nos anos 70, quando esteve separado de Yoko Ono] em seu apartamento quando estavam juntos. Estava bem mais tranquilo. Era mais ele mesmo. [...] Acho que a última vez foi em Nova York, em seu apartamento no edifício Dakota.


( ) No início, compúnhamos canções para ele porque ele não compunha. Escrevemos Do You Want to Know a Secret para George, mas então nos mostrou pela primeira vez uma canção que se chamava Don't Bother Me e achamos boa. Fomos um pouco condescendentes. Estava boa, mas não tão boa como as que escrevíamos para ele.


( ) Os anos anteriores à sua morte foram dolorosos, sobretudo com relação à separação dos Beatles. Mas, como todo mundo, bloqueio as coisas ruins. Eu não gosto de ficar nelas. Por isso, mesmo agora, quando penso em John, penso em nós escrevendo juntos A Day in a Life. Coisas assim. Prefiro ficar com as coisas boas.


Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna da direita, de cima para baixo. 

Alternativas
Q653755 Português
Considere as seguintes sentenças, retiradas da entrevista da questão 07:
Fomos um pouco condescendentes. Estava boa, mas não tão boa como as que escrevíamos para ele.
Se elas fossem reescritas numa sentença só, seriam unidas por: 
Alternativas
Q653756 Português

A imagem ao lado reproduz uma interação em determinada rede social. Sobre essa interação, é correto afirmar:


Imagem associada para resolução da questão

Alternativas
Q653757 Português

Considere o texto a seguir, extraído de um edital de concurso público. 

Da isenção de pagamento da taxa de inscrição

7.14.1 Poderá ser concedida isenção da taxa de inscrição somente ao candidato que comprovar ser doador de sangue, nos termos da Lei Municipal nº 9.818/2000.

7.14.2 Para isenção da taxa de inscrição, o candidato deverá preencher o formulário de inscrição disponível no site www.nc.ufpr.br, imprimir o boleto, o extrato de dados ao final do processo de inscrição, anexar o comprovante original de doador regular de sangue, expedido por Bancos de Sangue ou Instituições de Saúde vinculadas ao SUS (Sistema Único de Saúde) e de reconhecida idoneidade e dirigir-se ao NC/UFPR, na Rua dos Funcionários, 1540, Juvevê, em Curitiba-PR, de 12/02/2016 a 19/02/2016, nos dias úteis, das 08h30min às 17h30min, para apresentação e entrega dos documentos.

7.14.3 A doação de sangue deverá ter ocorrido de 03/02/2014 a 03/02/2016. 

Ficará isento da taxa de inscrição quem:

Alternativas
Q653758 Matemática

A respeito de números inteiros, considere as seguintes afirmativas:


1. Todo número natural é um número inteiro.

2. O resto na divisão de 3622 por 3 é 1.

3. O número 121212 + 212121 é par.

4. O produto de dois números inteiros é sempre positivo.


Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Q653759 Matemática
Em uma pesquisa eleitoral, foram consultados 1200 eleitores. Destes, 40% declararam voto no candidato A, 30% disseram preferir o candidato B e 15% informaram que votariam no candidato C. Dentre os eleitores do candidato A, 60% declararam que manteriam seu voto em um eventual segundo turno. Sendo assim, o número de eleitores do candidato A que manteria seu voto no segundo turno é: 
Alternativas
Q653760 Matemática
De acordo com o censo realizado pelo IBGE em 2010, o Brasil possui em torno de 24.000 habitantes com mais de 100 anos de idade. Dentre estes, aproximadamente 3500 vivem na Bahia e 3000 residem em São Paulo. Sendo assim, a porcentagem que melhor representa o número de centenários que vivem nos demais estados brasileiros é de: 
Alternativas
Q653761 Matemática
O valor da expressão numérica 1977 + 3 . 28 ÷ 7 - 4 . (19 -16) é:
Alternativas
Q653762 Matemática
Uma empresa paga a um empregado o salário mensal de 1500 reais e um adicional de 30 reais a cada hora extra trabalhada. Qual será o valor recebido por ele, em reais, em um mês no qual ele trabalhou 20 horas extras? 
Alternativas
Q653763 Matemática
Um consumidor que possui uma motocicleta e uma bicicleta gasta 10% de seu salário mensal com a manutenção desses veículos. Desse valor, 80% são gastos na manutenção da motocicleta e 20% na manutenção da bicicleta. Sabendo que ele ganha 3.200 reais por mês, quanto ele gasta mensalmente, em reais, na manutenção de sua bicicleta?
Alternativas
Q653764 Matemática
Para um determinado trabalho, um pedreiro utiliza uma massa obtida a partir da mistura de areia, cimento e cal na proporção de 3 partes de areia para uma parte de cimento e uma parte de cal. Sabendo que ele utiliza 120 kg de areia na massa, o peso dessa será de: 
Alternativas
Q653765 Matemática
Quantos segundos tem uma semana? 
Alternativas
Q653766 Matemática
Um veículo consome 1 litro de combustível a cada 15 quilômetros rodados e percorre 70 quilômetros em 1 hora. Quantos litros de combustível são consumidos em uma viagem de 3 horas e 45 minutos? 
Alternativas
Q653767 Matemática
Bruno é 30 anos mais velho que Antônio. Sabendo que a idade de Antônio é a metade da idade de Bruno, quantos anos tem Antônio?
Alternativas
Respostas
1: A
2: A
3: E
4: B
5: D
6: B
7: E
8: C
9: D
10: D
11: B
12: C
13: D
14: C
15: A
16: C
17: A
18: E
19: B
20: E