Leia o texto abaixo e responda à questão.
"Para início de conversa, com o intuito de
compreendermos, de forma mais ampla, a
instalação do modernismo no Brasil,
marcado por um processo de choque e de
descoberta da cultura brasileira, faz-se
necessário contextualizarmos o que se
passava no Brasil durante o início da década
de 1920. Há uma convergência de
acontecimentos que se interligavam no ano
de 1922: a fundação do Partido Comunista
do Brasil (PCB), a revolta tenentista do Forte
de Copacabana e a Semana de Arte
Moderna. Esses movimentos são sintomas
da necessidade de se repensar o Brasil após
a Primeira Guerra Mundial.
É neste período que os artistas buscavam
novas formas de expressão. O movimento
futurista do italiano Filippo Tomaso Marinetti
exaltava a vida moderna, sons de fábricas,
máquinas, velocidade. Já o expressionismo
desprezava os conceitos de belo e feio,
deformando o real. O cubismo valorizava as
formas geométricas e os objetos em seus
múltiplos ângulos. O surrealismo defendia a
arte produzida pelo inconsciente. O
dadaísmo, a mais radical das tendências
modernistas, revelava a total falta de
perspectiva diante da guerra, negava o
passado, o presente e o futuro. Era contra
teorias, ordenações lógicas, desprezando,
inclusive, o próprio público.
Os artistas brasileiros, extasiados por essas
ideias das vanguardas que agitavam a Europa em guerra, optaram por descobrir o
Brasil a partir de uma concepção
revolucionária de arte, com orientação
eminentemente crítica, o que causou um
intenso impacto na esfera cultural, uma vez
que o cenário literário ainda era marcado
pela estética parnasiana, de poemas
metrificados e rimados. Assim, entre nós,
vivia-se nostalgicamente a “novidade” do
ultrapassado."
Disponível em:
https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/14183509042014Temas_de_Historia_do_Brasil_Contemporaneo_Aula_6.pdf
Acesso em jan, 2024.