Questões de Concurso Público Prefeitura de Timon - MA 2020 para Professor Educação Básica - História

Foram encontradas 50 questões

Q1735421 História
Esperemos da história uma certa objetividade, a objetividade que lhe convém: a maneira pela qual a história nasce e renasce nô-lo atesta; procede ela sempre da retificação da arrumação oficial e pragmática feita pelas sociedades tradicionais com relação ao seu passado. Tal retificação não é de espírito diferente da retificação operada pelas ciências físicas em relação ao primeiro arranjo das aparências na percepção e nas cosmologias que lhe são tributárias. (RICOEUR, Paul. História e verdade. São Paulo: Forense, 1968, p. 24-25).
No texto acima, Paul Ricoeur serve-se da obra de Marc Bloch “Apologia da História”, para caracterizar a objetividade histórica, afirmando que tudo que o historiador necessita, para uma reflexão sobre essa objetividade incompleta, encontra nessa obra, pois, nela, o autor deixa evidente que
Alternativas
Q1735422 História
TEXTO EGÍPICIO
Limpe-se antes dos seus (próprios) olhos, Para que outro não o limpe. Tome uma esposa saudável, um filho vai nascer você. É para o filho que você constrói uma casa, Quando você faz um lugar para você. Faça sua morada no cemitério, Faça digna sua estação no oeste. Dado que a morte nos humilha, Dado que a vida nos exalta, A casa da morte é para a vida. Procure por você mesmo campos bem regados. (Lichtheim 2006, 58).
Para as pesquisadoras Gabriela Cruz Vásquez e Adriana Pastorello Buim Arena, em “As contribuições da civilização egípcia na literatura e na educação: primeiras relações históricas entre texto verbal e texto não verbal” (2017), o Antigo Egito exerce fascínio às civilizações modernas pela magia da sua cultura, sua arte, sua religião e sua literatura. Para as autoras, dois elementos foram superiores a qualquer relíquia, aos saques e, inclusive, ao tempo. Tais elementos pareciam profetizar o futuro do Egito e os perigos aos quais sua cultura estaria exposta na época atual. Estes elementos são tesouros inestimáveis, que nos permitem compreender esse passado. Referimo-nos à escrita e à pintura, pois
Alternativas
Q1735423 História
Ao longo do século III a. C., a costa da Itália tornou-se uma potência marítima e enfrentou, com sucesso, o domínio da marinha cartaginesa (também chamada de púnica) no mar ocidental, em duas sangrentas guerras. A segunda guerra púnica foi particularmente violenta. Os cartagineses, que haviam sido expulsos do mar, voltaram sua atenção para a península ibérica e suas ricas fontes de metais. De lá lançaram um ataque por terra à própria Itália, comandados por Aníbal. O general cartaginês permaneceu 15 anos em terras italianas, sem conseguir romper a aliança romana. (GUARINELLO, Norberto Luiz.História Antiga. São Paulo: Contexto, 2013, p.128)
As Guerras Púnicas foram enfrentamentos entre Roma e Cartago, nos anos de 264 a.C. a 146 a.C. Essas guerras foram marcadas
Alternativas
Q1735424 História
A cidade medieval é, antes de mais nada, uma sociedade da abundância, concentrada num pequeno espaço em meio a vastas regiões pouco povoadas. Em seguida, é um lugar de produção e de trocas, onde se articulam o artesanato e o comércio, sustentados por uma economia monetária. É também o centro de um sistema de valores particular, do qual emerge a prática laboriosa e criativa do trabalho, o gosto pelo negócio e pelo dinheiro, a inclinação para o luxo, o senso da beleza. (LE GOFF, Jacques. Cidade. IN: LE GOFF, Jacques e SCHIMIDIT, Jean-Claude. Dicionário temático do Ocidente Medieval. Bauru, SP: EDUSC; São Paulo, SP: IMPRENSA Oficial do Estado, 2002, p.223, v.I)
O desenvolvimento das cidades na Europa, durante a Segunda Idade Média, deve-se
Alternativas
Q1735425 História
O destino da Europa foi comandado, de ponta a ponta, pelo desenvolvimento obstinado de liberdades particulares, de franquias, que constituem privilégios reservados a determinados grupos, uns estreitos, outros amplos. Tais liberdades se opõem com frequência e até se excluem mutuamente. Claro, tais liberdades só puderam vir à luz, quando a Europa Ocidental se constituiu enquanto espaço homogêneo, enquanto casa abrigada. Sem casa defendida, não há liberdades possíveis. Os dois problemas são um só. (BRAUDEL, Fernand. Gramática das civilizações. São Paulo: Martins Fontes,2004, p.287)
A liberdade, uma das grandes questões da história do homem, tem sido demandada em diversas modalidades e formas durante toda a trajetória da humanidade: pensamento, expressão, ação, organização, movimento, entre outras. Por seu caráter histórico, em cada experiência assume um propósito e uma feição própria. Com base no texto, a noção de liberdade (libertates), experimentada pelos europeus entre os séculos XI e XVIII, é identificada
Alternativas
Q1735426 História
O Renascimento, ou os renascimentos, essa prodigiosa riqueza de manifestações variadas e divergentes, presta-se de maneira excepcional, neste caso, como uma lição sobre a vitalidade incontrolável da cultura humana, quando atravessada por um sopro ou um anseio geral de liberdade. Se a complexidade que o movimento renascentista representou deve ser vista como a raiz de nossa consciência moderna, então não se deve ressaltar apenas a dimensão metódica e harmoniosa em torno de um só eixo dessa consciência. (SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento. 17 ed. São Paulo: Atual, 1994. p. 85. Coleção Discutindo a história).
O texto faz referência à “racionalização crescente e avassaladora da experiência humana”. Esse importante processo
Alternativas
Q1735427 História
Procurando determinar os contrastes entre o comércio de africanos e o comércio de índios, examino o contexto ligado às práticas comutativas por meio das quais o escravo é obtido por métodos convencionados e transações preestabelecidas. Leis sucessivamente editadas permitiam três modos de apropriação de indígenas: os resgates, os cativeiros e os descimentos. (ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p.119).
O autor cita os três principais modos de aquisição de mão de obra indígena para o trabalho compulsório, no Brasil colonial. Em relação a esses modos de aquisição, justifica-se considerar que
Alternativas
Q1735428 História
[...]. No mundo dos engenhos, a mobilidade que permitia a transformação de lavradores em proprietários, escravos em libertos, trabalhadores em patrões, ou simplesmente, de negro em branco, foi mais evidente nas categorias de trabalhadores assalariados, que sempre estiveram presentes no processo do fabrico do açúcar. Muito embora a mão de obra escrava caracterizasse a economia açucareira no Brasil, desde seus primórdios até o final século XIX e os cativos sempre fossem preponderantes como força de trabalho, o caráter da produção açucareira e suas exigências específicas criaram a necessidade de um grupo de assalariados no cerne do processo. [...]. (SCHWARTZ, Stuart B. Segredos internos: engenhos e escravos na sociedade colonial. São Paulo: Cia. das Letas, 2011. p. 261).
O trecho remete ao universo da produção do açúcar na economia colonial e às relações de trabalho que lhe deram suporte, dando destaque para
Alternativas
Q1735429 História e Geografia de Estados e Municípios

A coroa portuguesa instituiu o Estado do Maranhão independente do Estado do Brasil. Conforme Carta Régia de junho de 1621, o Estado do Maranhão abrangeu o vasto território do Ceará até as margens do Rio Oiapoque. Extinto em 1652 e restaurado em 1654, perdeu o Ceará, em 1656, e tomou nova forma em 1774, com o nome de Estado do Maranhão e Grão-Pará.

(LACROIX, Maria de Lourdes Lauande. A fundação francesa de São Luís e seus mitos. São Luís: Editora UEMA, 2008, p.63)


O período da organização administrativa do Maranhão, destacado no texto acima,

Alternativas
Q1735430 História
A historiadora Lynn Hunt, em História da Vida Privada: da Revolução Francesa à primeira Guerra Mundial (2001), afirma que, durante a Revolução Francesa, as fronteiras entre a vida privada e vida pública apresentaram grandes flutuações, tendo o espírito público invadido as esferas habitualmente privadas da vida, fazendo essa última sofrer a mais dura agressão da história ocidental.
Como se observa no texto, os revolucionários da França do século XVIII empenharam-se em traçar a diferença entre as dimensões do público e as do privado. Essa diferença é bem observada na
Alternativas
Q1735431 História
Iluminismo. Termo que expressa um conceito de extrema complexidade utilizado para, de modo geral, indicar um movimento de ideias desenvolvido essencialmente no século XVIII. Outros termos têm sido empregados para definir ou caracterizar o Iluminismo, dependendo do ambiente cultural em que o fenômeno venha a ser considerado. Assim o alemão aufklärung (“esclarecimento”, “descobrimento”, “reconhecimento”), o espanhol ilustracion (“ilustração”) ou o inglês enlightenment assumiram sentidos diferenciados, ainda que convergentes para um denominador comum. [...]. (AZEVEDO, Antonio Carlos do Amaral. Dicionário de nomes, termos e conceitos históricos. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1990.p.216-217).
Azevedo destaca, no verbete acima, a natureza histórica do conceito Iluminismo, evidenciando a dificuldade de elaborar uma compreensão única para o termo, ao longo da história contemporânea. Na atualidade essa expressão vincula-se a debates
Alternativas
Q1735432 Conhecimentos Gerais
A América Latina (AL), como se sabe, “nasceu” católica. Isto é, os primeiros viajantes e exploradores espanhóis e portugueses aqui chegaram com o intuito não somente de conquistar economicamente terras e riquezas naturais, mas, também, de ver concretizado o sonho milenarista e salvacionista cristão, acalentado pelo imaginário europeu, de encontrar o paraíso terrestre, noção baseada no Gênesis e recheada pelo imaginário edênico ao longo dos séculos. Portanto, a expansão ibérica significou também a expansão do catolicismo na América Latina, mediante a união da cruz e da espada, do trono e do altar, fato este que não mudou durante as décadas e os séculos, mesmo com a constituição dos Estados-Nações no continente, posto que muitos países adotaram legalmente o catolicismo como religião oficial, com a consequente ausência ou limitação da liberdade religiosa na região. ORO,Pedro e URETA, Marcela. Religião e política na América Latina: uma análise da legislação dos países. In: Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 13, n. 27, , jan./jun. 2007, p. 281-282).
Embora a situação descrita acima para a América Latina (AL) tenha passado por mudanças em diferentes aspectos, permitindo que exista hoje nos países que integram essa parte do continente uma heterogeneidade de posicionamentos, no que concerne às relações oficiais entre religião e política, Igreja e Estado, observa-se nessa trajetória
Alternativas
Q1735433 História
Em várias outras províncias, os movimentos separatistas ou federalistas se sucedem, assumindo designações que lembravam o mês de sua ocorrência – Abrilada, Novembrada – ou o nome de seus líderes, como no caso da Sabinada. Vez por outra, porém, tais movimentos fugiam ao controle da elite, tornando-se levantes populares. As chances de esses grupos alimentarem seus projetos de independência eram grandes, pois, nos embates com as tropas oficiais, os fazendeiros armavam os cativos e homens pobres. Além disso, os movimentos separatistas criavam divisões no interior das elites, como era o caso dos liberais exaltados se contrapondo aos grupos que procuram se alinhar ao governo regencial. (DEL PRIORE, Mary & VENANCIO, Renato. Uma breve História do Brasil. São Paulo: Editora Planeta, 2010.p. 168).
O texto faz referência às conjunturas de surgimento dos movimentos separatistas ou federalista da Regência e do Império que ganharam notoriedade, como
Alternativas
Q1735434 História e Geografia de Estados e Municípios
Os portugueses eram os dirigentes do Maranhão e, protestando contra a separação do Brasil dos territórios lusitanos, reuniram-se para resistir, organizando um Governo – a Junta provisória – presidida pelo Bispo Dom Frei Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré. Esse foi o mais destacado ator político na defesa da pregação da obediência brasileira ao ordenamento constitucional português. Não obstante os cuidados do religioso e companheiros, nos campos e nas cidades eram crescentes os rumores favoráveis à liquidação da subordinação do Brasil a Portugal: o Maranhão, ainda que, a princípio, minoritário, estava contagiado. (CORRÊA, José Rossini Campos do Couto. Formação Social do Maranhão: o presente de uma arqueologia. São Luis: Engenho, 2017, p.93, V.II)
À medida, então, que os independentistas se aproximavam do Maranhão, os portugueses,
Alternativas
Q1735435 Conhecimentos Gerais
Imagem associada para resolução da questão
Disponível:em SenadoNoticiais 07/07/2015)
A historiadora Mary Del Priore, em História das Crianças no Brasil (2015), pontua que, desde o século XIX, quando foram elaboradas as estatística criminais sobre a cidade de São Paulo, o menor de idade esteve sempre representado, como atesta a notícia acima. A especialização dos aparelhos policiais e os avanços das técnicas de controle e vigilância ao longo da República permitiram identificações cada vez mais precisas de crimes e dos “criminosos” menores que transitavam pelas ruas das grandes cidades brasileiras. Na tipificação criminal desse segmento da população, a literatura revela que, 
Alternativas
Q1735436 História
A primeira era da globalização e da liberalização terminou no banho de sangue da Primeira Guerra Mundial, quando a disputa geopolítica imperial interrompeu precocemente a marcha global para o progresso. Nos dias seguintes ao assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando em Sarajevo, constatou-se que as grandes potências acreditavam muito mais no imperialismo que no liberalismo, em vez de unir o mundo mediante um comércio livre e pacífico elas se concentraram em conquistar uma fatia maior do mundo pela força bruta. (HARARI, Yuval Noah. 21 lições para o século 21. São Paulo: Companhia das Letras. 2018, p. 28)
Nos primeiros dias de agosto de 1914, o mundo presenciou o início de um conflito, “a grande guerra mundial”, do tipo que a Europa e o restante do mundo não viam há mais de um século, quando os exércitos napoleônicos foram derrotados. A crise que resultou na Primeira Guerra Mundial deu-se em um contexto internacional, cujas raízes estão relacionadas
Alternativas
Q1735437 História
Novos países emergiram da luta contra o colonialismo [...]. Tratava-se de um processo de mudança que teve inicio logo após o término da guerra na Europa, e se intensificou na década de 1950 [...]. Os impérios coloniais construídos, em grande parte, no século XIX, pareciam iniciar, de fato, um processo de liquidação. Na África, na Índia, Indonésia, era como se ingleses, franceses, belgas, portugueses e holandeses começassem a sentir que a dominação do homem branco sobre o planeta terra entrava em fase de extinção. (LINHARES, Maria Yedda. Descolonização e lutas de libertação nacional . IN: REIS, Daniel Aarão; FERREIRA, Jorge e ZENHA, Celeste. O século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002, p.40-41).
Os processos de descolonização da Ásia e da África referidos no texto ocorreram no pós-guerra, num contexto em que
Alternativas
Q1735438 História
[...]. A partir da primeira Revolução, os mencheviques deduziam a necessidade de uma aliança com os liberais, segundo o caráter burguês da Revolução, e colocavam esta aliança acima de uma colaboração com a classe camponesa, considerada como aliada pouco segura. Os bolcheviques, contrariamente, baseavam toda a perspectiva da Revolução numa aliança do proletariado com os camponeses contra a burguesia liberal. Como os socialistas revolucionários julgavam-se, antes de mais nada, partido camponês, era de esperar que na Revolução se efetuasse a aliança entre bolcheviques e populistas, em contraposição à aliança dos mencheviques com a burguesia liberal. [...]. (TROTSKY, Leon. A História da Revolução Russa – A queda do Tzarismo. Brasília: Editora do Senado. v.1. p.245. Coleção Edições do Senado Federal, v. 240-A).
O texto acima, escrito por um contemporâneo da Revolução e membro ativo do processo revolucionário, faz referência
Alternativas
Q1735439 História
Em novembro de 1937 instaura-se no país um regime político que afirma inaugurar uma experiência única na história do Brasil. Assim, o Estado Novo, ou o novo Estado Nacional, procura articular uma política ideológica que assinale toda a grandeza de sua inovação e que legitime seu formato político-institucional perante todos os atores relevantes do sistema. Com este objetivo, mobiliza uma série de recursos específicos que asseguram a produção e a divulgação de um certo conjunto de ideias que conforma o seu projeto político. [...]. (GOMES, Angela Maria de Castro. O redescobrimento do Brasil. p.109-150. In.: OLIVEIRA, Lucia Lippi; VELLOSO, Mônica Pimenta; GOMES, Ângela Maria de Castro. Estado Novo – Ideologia e Poder. Rio de Janeiro: Zahar Ed. 1982. p.109).
O texto de Ângela Maria de Castro Gomes trata da organização do Estado Novo, durante a Era Vargas. São aspectos dessa estrutura
Alternativas
Q1735440 História
Provavelmente, a figura mais eminente no estudo do totalitarismo foi Hannah Arendt, que o definiu em seu livro Origens do Totalitarismo, de 1949, como uma “nova forma de governo” propiciada pelo advento da modernidade. Segundo ela, a destruição das sociedades e dos modos de vida tradicionais criou as condições para o desenvolvimento da “personalidade autoritária”, homens e mulheres cujas identidades são inteiramente dependentes do Estado. (APPLEBAUM, Anne. Cortina de ferro: o esfacelamento do leste europeu (1944-1956). São Paulo: Três Estrelas, 2016, p.18).
Entre os anos 40 e os anos 80 do século XX, o “totalitarismo” foi mais que um conceito teórico. Ele adquiriu associações políticas concretas, produzindo diferentes debates e práticas sobre sua natureza e capacidade, estando alguns fundamentados na ideia
Alternativas
Respostas
21: C
22: E
23: A
24: D
25: A
26: D
27: B
28: D
29: B
30: C
31: C
32: E
33: E
34: A
35: E
36: A
37: D
38: A
39: B
40: B