Picada de escorpião: o que fazer e como tratar ao encontrar
o animal em casa
Os escorpiões são animais aracnídeos
peçonhentos que comem insetos, mas cuja dieta alimentar é
extremamente variada. Isso explica sua capacidade de
sobrevivência em locais tão variados, alguns deles até
mesmo hostis. Todas as espécies de escorpião são
venenosas.
No Brasil, a presença de escorpiões em cidades
vem aumentando, como mostram registros recentes de
incidentes envolvendo picadas deste animal. Dados da
Secretaria de Saúde do governo de São Paulo, por exemplo,
registram um aumento de 12,5% de casos entre 2022 e
2023, com 49.381 episódios registrados no estado.
Como resultado, a cada 5,6 horas uma pessoa foi
picada por escorpião em São Paulo em 2023. O
envenenamento causado pela picada do escorpião se dá
quando as toxinas presentes no aparelho inoculador do
animal, ou seja, o seu ferrão, atinge o corpo humano,
podendo gerar alterações na região da picada, bem como
efeitos sistêmicos no organismo como um todo.
A gravidade da picada de um escorpião depende
da espécie que inoculou o veneno e da quantidade injetada.
Recomenda-se lavar a área com água e sabão e aplicar uma
compressa morna no local, mas a ação necessária é sempre
procurar atendimento médico. É o especialista que pode
decidir aplicar (ou não) o soro antiescorpiônico
(disponibilizado em hospitais de referência do Sistema Único
de Saúde, o SUS), que combate a ação da toxina do
aracnídeo no organismo, como informa um artigo do
Hospital Israelita Albert Einstein sobre o tema. Segundo o
Instituto Butantan, os escorpiões preferem locais quentes e
úmidos para viver. Além disso, se encontram alimento, água,
abrigo e acesso, diz o órgão, “podem sobreviver em
qualquer terreno”.
O Instituto Butantan ressalta, no entanto, que o
escorpião não é um animal que ataca: “Na verdade, ele se
defende se uma pessoa colocar a mão ou pisar. Seu instinto
é fugir em caso de ameaça”, informa.
O site do órgão ainda reforça que os escorpiões
não devem ser banidos do mundo animal, já que como todos
os seres vivos, desempenham um papel importante no
equilíbrio ecológico ao serem predadores de outros animais.
O que se deve fazer, é evitar sua proliferação em áreas
urbanas “por meio de ações de controle, captura (busca
ativa) e manejo ambiental”, explica.
National Geographic Brasil. Adaptado.