Questões de Concurso Público UFRJ 2015 para Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte
Foram encontradas 50 questões
Ano: 2015
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Provas:
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte
|
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Administrador de Edifícios |
Q683331
Português
Texto associado
Diante da Lei está um porteiro. Um homem que
vem do campo acerca-se dele e pede para entrar na
Lei. O porteiro, porém, responde que naquele momento
não pode deixá-lo entrar. O homem medita e
pergunta se mais tarde terá autorização para entrar.
“É possível”, responde o porteiro, “mas agora não
pode ser”. Como o portão que dá acesso à Lei se encontra,
como sempre, aberto, e o porteiro se afasta
um pouco para o lado, o homem inclina-se a fim de
olhar para o interior. Assim que o porteiro percebe
isso, desata a rir e diz: “se te sentes tão atraído, experimenta
entrar, apesar da minha proibição. Contudo,
repara: sou forte. E ainda assim sou o mais ínfimo
dos porteiros. De sala para sala, há outros sentinelas,
cada um mais forte que o outro. Eu não posso sequer
suportar o olhar do terceiro.”
O camponês não esperava encontrar tais dificuldades,
“a Lei devia ser sempre acessível a toda a
gente”, pensa ele. Porém, ao observar melhor o porteiro
envolto no seu capote de peles, o seu grande
nariz afilado, a longa barba rala e negra à tártaros,
acha que é melhor esperar até lhe darem autorização
para entrar. O porteiro dá ao jovem um banquinho e o
faz sentar-se a um lado, frente à porta. Durante anos
ele permanece sentado. Faz diversas diligências para
entrar e fatiga o porteiro com os seus pedidos. Às
vezes, o sentinela o submetia a pequenos interrogatórios
sobre a sua terra e muitas outras coisas, mas
de uma maneira indiferente, como fazem os grandes
senhores, e no fim, diz-lhe sempre que ainda não
pode deixá-lo entrar. O homem, que se provera bem
para a viagem, emprega tudo, por mais valioso que
fosse, para subornar o porteiro. Este aceita tudo, mas
diz: “só aceito o que me dás para que te convenças
de que nada omitiste.”
Durante todos aqueles longos anos, o homem olha
quase ininterruptamente para o porteiro. Esquece-se
dos outros porteiros; parece-lhe que o porteiro é o único
obstáculo que se opõe à sua entrada na Lei. Amaldiçoa
em voz alta o infeliz acaso dos primeiros anos;
mais tarde, à medida que envelhece, já não faz outra
coisa senão resmungar. Torna-se acriançado e, como
durante anos a fio estudou o porteiro, acaba também
por conhecer as pulgas da gola do seu capote; assim,
pede-lhes que o ajudem a demover o porteiro. Por
fim, a sua vista torna-se tão fraca que já nem sabe se
escurece realmente à sua volta ou se é apenas ilusão
dos seus olhos. Agora, em meio às trevas, percebe
um raio de luz inextinguível através da porta da Lei.
Mas ele já não tem muito tempo de vida.
Antes de morrer, todas as experiências por que
passara durante esse tempo convergem para uma pergunta
que, até essa altura, ainda não formulara. Faz
um sinal ao porteiro para que se aproxime, pois não
podia mover o seu corpo já arrefecido. O porteiro tem
de curvar-se profundamente, visto que a diferença das
estaturas se modificara bastante. “Que queres tu ainda
saber?”, pergunta o porteiro. “És insaciável.” “Se todos
aspiram à Lei”, diz o homem, “como é que, durante todos
esses anos, ninguém mais, além de mim, pediu
para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está às portas da morte, de modo que para alcançar o seu
ouvido moribundo, berra: “Aqui, ninguém, a não ser tu,
podia entrar, pois esta entrada era apenas destinada a
ti. Agora, vou-me embora e a fecho.”
KAFKA, F. O Processo. Biblioteca Visão. p. 152-153.
Tradução Gervásio Álvaro. (Fragmento adaptado)
No trecho “Se te sentes tão atraído, experimenta
entrar, apesar da minha proibição.”, é correto
afirmar que:
Ano: 2015
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Provas:
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte
|
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Administrador de Edifícios |
Q683332
Português
Texto associado
Diante da Lei está um porteiro. Um homem que
vem do campo acerca-se dele e pede para entrar na
Lei. O porteiro, porém, responde que naquele momento
não pode deixá-lo entrar. O homem medita e
pergunta se mais tarde terá autorização para entrar.
“É possível”, responde o porteiro, “mas agora não
pode ser”. Como o portão que dá acesso à Lei se encontra,
como sempre, aberto, e o porteiro se afasta
um pouco para o lado, o homem inclina-se a fim de
olhar para o interior. Assim que o porteiro percebe
isso, desata a rir e diz: “se te sentes tão atraído, experimenta
entrar, apesar da minha proibição. Contudo,
repara: sou forte. E ainda assim sou o mais ínfimo
dos porteiros. De sala para sala, há outros sentinelas,
cada um mais forte que o outro. Eu não posso sequer
suportar o olhar do terceiro.”
O camponês não esperava encontrar tais dificuldades,
“a Lei devia ser sempre acessível a toda a
gente”, pensa ele. Porém, ao observar melhor o porteiro
envolto no seu capote de peles, o seu grande
nariz afilado, a longa barba rala e negra à tártaros,
acha que é melhor esperar até lhe darem autorização
para entrar. O porteiro dá ao jovem um banquinho e o
faz sentar-se a um lado, frente à porta. Durante anos
ele permanece sentado. Faz diversas diligências para
entrar e fatiga o porteiro com os seus pedidos. Às
vezes, o sentinela o submetia a pequenos interrogatórios
sobre a sua terra e muitas outras coisas, mas
de uma maneira indiferente, como fazem os grandes
senhores, e no fim, diz-lhe sempre que ainda não
pode deixá-lo entrar. O homem, que se provera bem
para a viagem, emprega tudo, por mais valioso que
fosse, para subornar o porteiro. Este aceita tudo, mas
diz: “só aceito o que me dás para que te convenças
de que nada omitiste.”
Durante todos aqueles longos anos, o homem olha
quase ininterruptamente para o porteiro. Esquece-se
dos outros porteiros; parece-lhe que o porteiro é o único
obstáculo que se opõe à sua entrada na Lei. Amaldiçoa
em voz alta o infeliz acaso dos primeiros anos;
mais tarde, à medida que envelhece, já não faz outra
coisa senão resmungar. Torna-se acriançado e, como
durante anos a fio estudou o porteiro, acaba também
por conhecer as pulgas da gola do seu capote; assim,
pede-lhes que o ajudem a demover o porteiro. Por
fim, a sua vista torna-se tão fraca que já nem sabe se
escurece realmente à sua volta ou se é apenas ilusão
dos seus olhos. Agora, em meio às trevas, percebe
um raio de luz inextinguível através da porta da Lei.
Mas ele já não tem muito tempo de vida.
Antes de morrer, todas as experiências por que
passara durante esse tempo convergem para uma pergunta
que, até essa altura, ainda não formulara. Faz
um sinal ao porteiro para que se aproxime, pois não
podia mover o seu corpo já arrefecido. O porteiro tem
de curvar-se profundamente, visto que a diferença das
estaturas se modificara bastante. “Que queres tu ainda
saber?”, pergunta o porteiro. “És insaciável.” “Se todos
aspiram à Lei”, diz o homem, “como é que, durante todos
esses anos, ninguém mais, além de mim, pediu
para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está às portas da morte, de modo que para alcançar o seu
ouvido moribundo, berra: “Aqui, ninguém, a não ser tu,
podia entrar, pois esta entrada era apenas destinada a
ti. Agora, vou-me embora e a fecho.”
KAFKA, F. O Processo. Biblioteca Visão. p. 152-153.
Tradução Gervásio Álvaro. (Fragmento adaptado)
O autor lança mão de metáforas, de modo que
os elementos presentes no texto podem ser reinterpretados
conforme o olhar do leitor. Assinale a
alternativa que NÃO constitui uma informação ou
possível interpretação do texto.
Ano: 2015
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Provas:
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte
|
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Administrador de Edifícios |
Q683333
Português
Texto associado
Diante da Lei está um porteiro. Um homem que
vem do campo acerca-se dele e pede para entrar na
Lei. O porteiro, porém, responde que naquele momento
não pode deixá-lo entrar. O homem medita e
pergunta se mais tarde terá autorização para entrar.
“É possível”, responde o porteiro, “mas agora não
pode ser”. Como o portão que dá acesso à Lei se encontra,
como sempre, aberto, e o porteiro se afasta
um pouco para o lado, o homem inclina-se a fim de
olhar para o interior. Assim que o porteiro percebe
isso, desata a rir e diz: “se te sentes tão atraído, experimenta
entrar, apesar da minha proibição. Contudo,
repara: sou forte. E ainda assim sou o mais ínfimo
dos porteiros. De sala para sala, há outros sentinelas,
cada um mais forte que o outro. Eu não posso sequer
suportar o olhar do terceiro.”
O camponês não esperava encontrar tais dificuldades,
“a Lei devia ser sempre acessível a toda a
gente”, pensa ele. Porém, ao observar melhor o porteiro
envolto no seu capote de peles, o seu grande
nariz afilado, a longa barba rala e negra à tártaros,
acha que é melhor esperar até lhe darem autorização
para entrar. O porteiro dá ao jovem um banquinho e o
faz sentar-se a um lado, frente à porta. Durante anos
ele permanece sentado. Faz diversas diligências para
entrar e fatiga o porteiro com os seus pedidos. Às
vezes, o sentinela o submetia a pequenos interrogatórios
sobre a sua terra e muitas outras coisas, mas
de uma maneira indiferente, como fazem os grandes
senhores, e no fim, diz-lhe sempre que ainda não
pode deixá-lo entrar. O homem, que se provera bem
para a viagem, emprega tudo, por mais valioso que
fosse, para subornar o porteiro. Este aceita tudo, mas
diz: “só aceito o que me dás para que te convenças
de que nada omitiste.”
Durante todos aqueles longos anos, o homem olha
quase ininterruptamente para o porteiro. Esquece-se
dos outros porteiros; parece-lhe que o porteiro é o único
obstáculo que se opõe à sua entrada na Lei. Amaldiçoa
em voz alta o infeliz acaso dos primeiros anos;
mais tarde, à medida que envelhece, já não faz outra
coisa senão resmungar. Torna-se acriançado e, como
durante anos a fio estudou o porteiro, acaba também
por conhecer as pulgas da gola do seu capote; assim,
pede-lhes que o ajudem a demover o porteiro. Por
fim, a sua vista torna-se tão fraca que já nem sabe se
escurece realmente à sua volta ou se é apenas ilusão
dos seus olhos. Agora, em meio às trevas, percebe
um raio de luz inextinguível através da porta da Lei.
Mas ele já não tem muito tempo de vida.
Antes de morrer, todas as experiências por que
passara durante esse tempo convergem para uma pergunta
que, até essa altura, ainda não formulara. Faz
um sinal ao porteiro para que se aproxime, pois não
podia mover o seu corpo já arrefecido. O porteiro tem
de curvar-se profundamente, visto que a diferença das
estaturas se modificara bastante. “Que queres tu ainda
saber?”, pergunta o porteiro. “És insaciável.” “Se todos
aspiram à Lei”, diz o homem, “como é que, durante todos
esses anos, ninguém mais, além de mim, pediu
para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está às portas da morte, de modo que para alcançar o seu
ouvido moribundo, berra: “Aqui, ninguém, a não ser tu,
podia entrar, pois esta entrada era apenas destinada a
ti. Agora, vou-me embora e a fecho.”
KAFKA, F. O Processo. Biblioteca Visão. p. 152-153.
Tradução Gervásio Álvaro. (Fragmento adaptado)
“Aqui, ninguém, a não ser tu, podia entrar, pois
esta entrada era apenas destinada a ti. Agora,
vou-me embora e a fecho.” As frases que encerram
a parábola evidenciam que:
Ano: 2015
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Provas:
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte
|
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Administrador de Edifícios |
Q683334
Português
Texto associado
Diante da Lei está um porteiro. Um homem que
vem do campo acerca-se dele e pede para entrar na
Lei. O porteiro, porém, responde que naquele momento
não pode deixá-lo entrar. O homem medita e
pergunta se mais tarde terá autorização para entrar.
“É possível”, responde o porteiro, “mas agora não
pode ser”. Como o portão que dá acesso à Lei se encontra,
como sempre, aberto, e o porteiro se afasta
um pouco para o lado, o homem inclina-se a fim de
olhar para o interior. Assim que o porteiro percebe
isso, desata a rir e diz: “se te sentes tão atraído, experimenta
entrar, apesar da minha proibição. Contudo,
repara: sou forte. E ainda assim sou o mais ínfimo
dos porteiros. De sala para sala, há outros sentinelas,
cada um mais forte que o outro. Eu não posso sequer
suportar o olhar do terceiro.”
O camponês não esperava encontrar tais dificuldades,
“a Lei devia ser sempre acessível a toda a
gente”, pensa ele. Porém, ao observar melhor o porteiro
envolto no seu capote de peles, o seu grande
nariz afilado, a longa barba rala e negra à tártaros,
acha que é melhor esperar até lhe darem autorização
para entrar. O porteiro dá ao jovem um banquinho e o
faz sentar-se a um lado, frente à porta. Durante anos
ele permanece sentado. Faz diversas diligências para
entrar e fatiga o porteiro com os seus pedidos. Às
vezes, o sentinela o submetia a pequenos interrogatórios
sobre a sua terra e muitas outras coisas, mas
de uma maneira indiferente, como fazem os grandes
senhores, e no fim, diz-lhe sempre que ainda não
pode deixá-lo entrar. O homem, que se provera bem
para a viagem, emprega tudo, por mais valioso que
fosse, para subornar o porteiro. Este aceita tudo, mas
diz: “só aceito o que me dás para que te convenças
de que nada omitiste.”
Durante todos aqueles longos anos, o homem olha
quase ininterruptamente para o porteiro. Esquece-se
dos outros porteiros; parece-lhe que o porteiro é o único
obstáculo que se opõe à sua entrada na Lei. Amaldiçoa
em voz alta o infeliz acaso dos primeiros anos;
mais tarde, à medida que envelhece, já não faz outra
coisa senão resmungar. Torna-se acriançado e, como
durante anos a fio estudou o porteiro, acaba também
por conhecer as pulgas da gola do seu capote; assim,
pede-lhes que o ajudem a demover o porteiro. Por
fim, a sua vista torna-se tão fraca que já nem sabe se
escurece realmente à sua volta ou se é apenas ilusão
dos seus olhos. Agora, em meio às trevas, percebe
um raio de luz inextinguível através da porta da Lei.
Mas ele já não tem muito tempo de vida.
Antes de morrer, todas as experiências por que
passara durante esse tempo convergem para uma pergunta
que, até essa altura, ainda não formulara. Faz
um sinal ao porteiro para que se aproxime, pois não
podia mover o seu corpo já arrefecido. O porteiro tem
de curvar-se profundamente, visto que a diferença das
estaturas se modificara bastante. “Que queres tu ainda
saber?”, pergunta o porteiro. “És insaciável.” “Se todos
aspiram à Lei”, diz o homem, “como é que, durante todos
esses anos, ninguém mais, além de mim, pediu
para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está às portas da morte, de modo que para alcançar o seu
ouvido moribundo, berra: “Aqui, ninguém, a não ser tu,
podia entrar, pois esta entrada era apenas destinada a
ti. Agora, vou-me embora e a fecho.”
KAFKA, F. O Processo. Biblioteca Visão. p. 152-153.
Tradução Gervásio Álvaro. (Fragmento adaptado)
“Esquece-se dos outros porteiros; parece-lhe que
o porteiro é o único [...]”. O uso do termo destacado
sugere que:
Ano: 2015
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Provas:
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte
|
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Administrador de Edifícios |
Q683335
Português
Texto associado
Diante da Lei está um porteiro. Um homem que
vem do campo acerca-se dele e pede para entrar na
Lei. O porteiro, porém, responde que naquele momento
não pode deixá-lo entrar. O homem medita e
pergunta se mais tarde terá autorização para entrar.
“É possível”, responde o porteiro, “mas agora não
pode ser”. Como o portão que dá acesso à Lei se encontra,
como sempre, aberto, e o porteiro se afasta
um pouco para o lado, o homem inclina-se a fim de
olhar para o interior. Assim que o porteiro percebe
isso, desata a rir e diz: “se te sentes tão atraído, experimenta
entrar, apesar da minha proibição. Contudo,
repara: sou forte. E ainda assim sou o mais ínfimo
dos porteiros. De sala para sala, há outros sentinelas,
cada um mais forte que o outro. Eu não posso sequer
suportar o olhar do terceiro.”
O camponês não esperava encontrar tais dificuldades,
“a Lei devia ser sempre acessível a toda a
gente”, pensa ele. Porém, ao observar melhor o porteiro
envolto no seu capote de peles, o seu grande
nariz afilado, a longa barba rala e negra à tártaros,
acha que é melhor esperar até lhe darem autorização
para entrar. O porteiro dá ao jovem um banquinho e o
faz sentar-se a um lado, frente à porta. Durante anos
ele permanece sentado. Faz diversas diligências para
entrar e fatiga o porteiro com os seus pedidos. Às
vezes, o sentinela o submetia a pequenos interrogatórios
sobre a sua terra e muitas outras coisas, mas
de uma maneira indiferente, como fazem os grandes
senhores, e no fim, diz-lhe sempre que ainda não
pode deixá-lo entrar. O homem, que se provera bem
para a viagem, emprega tudo, por mais valioso que
fosse, para subornar o porteiro. Este aceita tudo, mas
diz: “só aceito o que me dás para que te convenças
de que nada omitiste.”
Durante todos aqueles longos anos, o homem olha
quase ininterruptamente para o porteiro. Esquece-se
dos outros porteiros; parece-lhe que o porteiro é o único
obstáculo que se opõe à sua entrada na Lei. Amaldiçoa
em voz alta o infeliz acaso dos primeiros anos;
mais tarde, à medida que envelhece, já não faz outra
coisa senão resmungar. Torna-se acriançado e, como
durante anos a fio estudou o porteiro, acaba também
por conhecer as pulgas da gola do seu capote; assim,
pede-lhes que o ajudem a demover o porteiro. Por
fim, a sua vista torna-se tão fraca que já nem sabe se
escurece realmente à sua volta ou se é apenas ilusão
dos seus olhos. Agora, em meio às trevas, percebe
um raio de luz inextinguível através da porta da Lei.
Mas ele já não tem muito tempo de vida.
Antes de morrer, todas as experiências por que
passara durante esse tempo convergem para uma pergunta
que, até essa altura, ainda não formulara. Faz
um sinal ao porteiro para que se aproxime, pois não
podia mover o seu corpo já arrefecido. O porteiro tem
de curvar-se profundamente, visto que a diferença das
estaturas se modificara bastante. “Que queres tu ainda
saber?”, pergunta o porteiro. “És insaciável.” “Se todos
aspiram à Lei”, diz o homem, “como é que, durante todos
esses anos, ninguém mais, além de mim, pediu
para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está às portas da morte, de modo que para alcançar o seu
ouvido moribundo, berra: “Aqui, ninguém, a não ser tu,
podia entrar, pois esta entrada era apenas destinada a
ti. Agora, vou-me embora e a fecho.”
KAFKA, F. O Processo. Biblioteca Visão. p. 152-153.
Tradução Gervásio Álvaro. (Fragmento adaptado)
“Faz diversas diligências para entrar [...]”; “O homem,
que se provera bem para a viagem, emprega [...]”;
“[...] mover o seu corpo já arrefecido.” As palavras
destacadas poderiam ser substituídas, mantendo o
mesmo valor semântico, por, respectivamente:
Ano: 2015
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Provas:
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte
|
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Administrador de Edifícios |
Q683336
Português
Texto associado
Diante da Lei está um porteiro. Um homem que
vem do campo acerca-se dele e pede para entrar na
Lei. O porteiro, porém, responde que naquele momento
não pode deixá-lo entrar. O homem medita e
pergunta se mais tarde terá autorização para entrar.
“É possível”, responde o porteiro, “mas agora não
pode ser”. Como o portão que dá acesso à Lei se encontra,
como sempre, aberto, e o porteiro se afasta
um pouco para o lado, o homem inclina-se a fim de
olhar para o interior. Assim que o porteiro percebe
isso, desata a rir e diz: “se te sentes tão atraído, experimenta
entrar, apesar da minha proibição. Contudo,
repara: sou forte. E ainda assim sou o mais ínfimo
dos porteiros. De sala para sala, há outros sentinelas,
cada um mais forte que o outro. Eu não posso sequer
suportar o olhar do terceiro.”
O camponês não esperava encontrar tais dificuldades,
“a Lei devia ser sempre acessível a toda a
gente”, pensa ele. Porém, ao observar melhor o porteiro
envolto no seu capote de peles, o seu grande
nariz afilado, a longa barba rala e negra à tártaros,
acha que é melhor esperar até lhe darem autorização
para entrar. O porteiro dá ao jovem um banquinho e o
faz sentar-se a um lado, frente à porta. Durante anos
ele permanece sentado. Faz diversas diligências para
entrar e fatiga o porteiro com os seus pedidos. Às
vezes, o sentinela o submetia a pequenos interrogatórios
sobre a sua terra e muitas outras coisas, mas
de uma maneira indiferente, como fazem os grandes
senhores, e no fim, diz-lhe sempre que ainda não
pode deixá-lo entrar. O homem, que se provera bem
para a viagem, emprega tudo, por mais valioso que
fosse, para subornar o porteiro. Este aceita tudo, mas
diz: “só aceito o que me dás para que te convenças
de que nada omitiste.”
Durante todos aqueles longos anos, o homem olha
quase ininterruptamente para o porteiro. Esquece-se
dos outros porteiros; parece-lhe que o porteiro é o único
obstáculo que se opõe à sua entrada na Lei. Amaldiçoa
em voz alta o infeliz acaso dos primeiros anos;
mais tarde, à medida que envelhece, já não faz outra
coisa senão resmungar. Torna-se acriançado e, como
durante anos a fio estudou o porteiro, acaba também
por conhecer as pulgas da gola do seu capote; assim,
pede-lhes que o ajudem a demover o porteiro. Por
fim, a sua vista torna-se tão fraca que já nem sabe se
escurece realmente à sua volta ou se é apenas ilusão
dos seus olhos. Agora, em meio às trevas, percebe
um raio de luz inextinguível através da porta da Lei.
Mas ele já não tem muito tempo de vida.
Antes de morrer, todas as experiências por que
passara durante esse tempo convergem para uma pergunta
que, até essa altura, ainda não formulara. Faz
um sinal ao porteiro para que se aproxime, pois não
podia mover o seu corpo já arrefecido. O porteiro tem
de curvar-se profundamente, visto que a diferença das
estaturas se modificara bastante. “Que queres tu ainda
saber?”, pergunta o porteiro. “És insaciável.” “Se todos
aspiram à Lei”, diz o homem, “como é que, durante todos
esses anos, ninguém mais, além de mim, pediu
para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está às portas da morte, de modo que para alcançar o seu
ouvido moribundo, berra: “Aqui, ninguém, a não ser tu,
podia entrar, pois esta entrada era apenas destinada a
ti. Agora, vou-me embora e a fecho.”
KAFKA, F. O Processo. Biblioteca Visão. p. 152-153.
Tradução Gervásio Álvaro. (Fragmento adaptado)
Os vocábulos acriançado e demover são formados,
respectivamente, a partir dos processos de:
Ano: 2015
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Provas:
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte
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PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Administrador de Edifícios |
Q683337
Português
Texto associado
Diante da Lei está um porteiro. Um homem que
vem do campo acerca-se dele e pede para entrar na
Lei. O porteiro, porém, responde que naquele momento
não pode deixá-lo entrar. O homem medita e
pergunta se mais tarde terá autorização para entrar.
“É possível”, responde o porteiro, “mas agora não
pode ser”. Como o portão que dá acesso à Lei se encontra,
como sempre, aberto, e o porteiro se afasta
um pouco para o lado, o homem inclina-se a fim de
olhar para o interior. Assim que o porteiro percebe
isso, desata a rir e diz: “se te sentes tão atraído, experimenta
entrar, apesar da minha proibição. Contudo,
repara: sou forte. E ainda assim sou o mais ínfimo
dos porteiros. De sala para sala, há outros sentinelas,
cada um mais forte que o outro. Eu não posso sequer
suportar o olhar do terceiro.”
O camponês não esperava encontrar tais dificuldades,
“a Lei devia ser sempre acessível a toda a
gente”, pensa ele. Porém, ao observar melhor o porteiro
envolto no seu capote de peles, o seu grande
nariz afilado, a longa barba rala e negra à tártaros,
acha que é melhor esperar até lhe darem autorização
para entrar. O porteiro dá ao jovem um banquinho e o
faz sentar-se a um lado, frente à porta. Durante anos
ele permanece sentado. Faz diversas diligências para
entrar e fatiga o porteiro com os seus pedidos. Às
vezes, o sentinela o submetia a pequenos interrogatórios
sobre a sua terra e muitas outras coisas, mas
de uma maneira indiferente, como fazem os grandes
senhores, e no fim, diz-lhe sempre que ainda não
pode deixá-lo entrar. O homem, que se provera bem
para a viagem, emprega tudo, por mais valioso que
fosse, para subornar o porteiro. Este aceita tudo, mas
diz: “só aceito o que me dás para que te convenças
de que nada omitiste.”
Durante todos aqueles longos anos, o homem olha
quase ininterruptamente para o porteiro. Esquece-se
dos outros porteiros; parece-lhe que o porteiro é o único
obstáculo que se opõe à sua entrada na Lei. Amaldiçoa
em voz alta o infeliz acaso dos primeiros anos;
mais tarde, à medida que envelhece, já não faz outra
coisa senão resmungar. Torna-se acriançado e, como
durante anos a fio estudou o porteiro, acaba também
por conhecer as pulgas da gola do seu capote; assim,
pede-lhes que o ajudem a demover o porteiro. Por
fim, a sua vista torna-se tão fraca que já nem sabe se
escurece realmente à sua volta ou se é apenas ilusão
dos seus olhos. Agora, em meio às trevas, percebe
um raio de luz inextinguível através da porta da Lei.
Mas ele já não tem muito tempo de vida.
Antes de morrer, todas as experiências por que
passara durante esse tempo convergem para uma pergunta
que, até essa altura, ainda não formulara. Faz
um sinal ao porteiro para que se aproxime, pois não
podia mover o seu corpo já arrefecido. O porteiro tem
de curvar-se profundamente, visto que a diferença das
estaturas se modificara bastante. “Que queres tu ainda
saber?”, pergunta o porteiro. “És insaciável.” “Se todos
aspiram à Lei”, diz o homem, “como é que, durante todos
esses anos, ninguém mais, além de mim, pediu
para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está às portas da morte, de modo que para alcançar o seu
ouvido moribundo, berra: “Aqui, ninguém, a não ser tu,
podia entrar, pois esta entrada era apenas destinada a
ti. Agora, vou-me embora e a fecho.”
KAFKA, F. O Processo. Biblioteca Visão. p. 152-153.
Tradução Gervásio Álvaro. (Fragmento adaptado)
Assinale a alternativa em que a regra de regência
verbal é a mesma empregada em: “Esquece-se
dos outros porteiros.”
Ano: 2015
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Provas:
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte
|
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Administrador de Edifícios |
Q683338
Português
Texto associado
Diante da Lei está um porteiro. Um homem que
vem do campo acerca-se dele e pede para entrar na
Lei. O porteiro, porém, responde que naquele momento
não pode deixá-lo entrar. O homem medita e
pergunta se mais tarde terá autorização para entrar.
“É possível”, responde o porteiro, “mas agora não
pode ser”. Como o portão que dá acesso à Lei se encontra,
como sempre, aberto, e o porteiro se afasta
um pouco para o lado, o homem inclina-se a fim de
olhar para o interior. Assim que o porteiro percebe
isso, desata a rir e diz: “se te sentes tão atraído, experimenta
entrar, apesar da minha proibição. Contudo,
repara: sou forte. E ainda assim sou o mais ínfimo
dos porteiros. De sala para sala, há outros sentinelas,
cada um mais forte que o outro. Eu não posso sequer
suportar o olhar do terceiro.”
O camponês não esperava encontrar tais dificuldades,
“a Lei devia ser sempre acessível a toda a
gente”, pensa ele. Porém, ao observar melhor o porteiro
envolto no seu capote de peles, o seu grande
nariz afilado, a longa barba rala e negra à tártaros,
acha que é melhor esperar até lhe darem autorização
para entrar. O porteiro dá ao jovem um banquinho e o
faz sentar-se a um lado, frente à porta. Durante anos
ele permanece sentado. Faz diversas diligências para
entrar e fatiga o porteiro com os seus pedidos. Às
vezes, o sentinela o submetia a pequenos interrogatórios
sobre a sua terra e muitas outras coisas, mas
de uma maneira indiferente, como fazem os grandes
senhores, e no fim, diz-lhe sempre que ainda não
pode deixá-lo entrar. O homem, que se provera bem
para a viagem, emprega tudo, por mais valioso que
fosse, para subornar o porteiro. Este aceita tudo, mas
diz: “só aceito o que me dás para que te convenças
de que nada omitiste.”
Durante todos aqueles longos anos, o homem olha
quase ininterruptamente para o porteiro. Esquece-se
dos outros porteiros; parece-lhe que o porteiro é o único
obstáculo que se opõe à sua entrada na Lei. Amaldiçoa
em voz alta o infeliz acaso dos primeiros anos;
mais tarde, à medida que envelhece, já não faz outra
coisa senão resmungar. Torna-se acriançado e, como
durante anos a fio estudou o porteiro, acaba também
por conhecer as pulgas da gola do seu capote; assim,
pede-lhes que o ajudem a demover o porteiro. Por
fim, a sua vista torna-se tão fraca que já nem sabe se
escurece realmente à sua volta ou se é apenas ilusão
dos seus olhos. Agora, em meio às trevas, percebe
um raio de luz inextinguível através da porta da Lei.
Mas ele já não tem muito tempo de vida.
Antes de morrer, todas as experiências por que
passara durante esse tempo convergem para uma pergunta
que, até essa altura, ainda não formulara. Faz
um sinal ao porteiro para que se aproxime, pois não
podia mover o seu corpo já arrefecido. O porteiro tem
de curvar-se profundamente, visto que a diferença das
estaturas se modificara bastante. “Que queres tu ainda
saber?”, pergunta o porteiro. “És insaciável.” “Se todos
aspiram à Lei”, diz o homem, “como é que, durante todos
esses anos, ninguém mais, além de mim, pediu
para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está às portas da morte, de modo que para alcançar o seu
ouvido moribundo, berra: “Aqui, ninguém, a não ser tu,
podia entrar, pois esta entrada era apenas destinada a
ti. Agora, vou-me embora e a fecho.”
KAFKA, F. O Processo. Biblioteca Visão. p. 152-153.
Tradução Gervásio Álvaro. (Fragmento adaptado)
O emprego da crase está corretamente justificado
em:
Ano: 2015
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Provas:
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte
|
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Administrador de Edifícios |
Q683339
Português
Texto associado
Diante da Lei está um porteiro. Um homem que
vem do campo acerca-se dele e pede para entrar na
Lei. O porteiro, porém, responde que naquele momento
não pode deixá-lo entrar. O homem medita e
pergunta se mais tarde terá autorização para entrar.
“É possível”, responde o porteiro, “mas agora não
pode ser”. Como o portão que dá acesso à Lei se encontra,
como sempre, aberto, e o porteiro se afasta
um pouco para o lado, o homem inclina-se a fim de
olhar para o interior. Assim que o porteiro percebe
isso, desata a rir e diz: “se te sentes tão atraído, experimenta
entrar, apesar da minha proibição. Contudo,
repara: sou forte. E ainda assim sou o mais ínfimo
dos porteiros. De sala para sala, há outros sentinelas,
cada um mais forte que o outro. Eu não posso sequer
suportar o olhar do terceiro.”
O camponês não esperava encontrar tais dificuldades,
“a Lei devia ser sempre acessível a toda a
gente”, pensa ele. Porém, ao observar melhor o porteiro
envolto no seu capote de peles, o seu grande
nariz afilado, a longa barba rala e negra à tártaros,
acha que é melhor esperar até lhe darem autorização
para entrar. O porteiro dá ao jovem um banquinho e o
faz sentar-se a um lado, frente à porta. Durante anos
ele permanece sentado. Faz diversas diligências para
entrar e fatiga o porteiro com os seus pedidos. Às
vezes, o sentinela o submetia a pequenos interrogatórios
sobre a sua terra e muitas outras coisas, mas
de uma maneira indiferente, como fazem os grandes
senhores, e no fim, diz-lhe sempre que ainda não
pode deixá-lo entrar. O homem, que se provera bem
para a viagem, emprega tudo, por mais valioso que
fosse, para subornar o porteiro. Este aceita tudo, mas
diz: “só aceito o que me dás para que te convenças
de que nada omitiste.”
Durante todos aqueles longos anos, o homem olha
quase ininterruptamente para o porteiro. Esquece-se
dos outros porteiros; parece-lhe que o porteiro é o único
obstáculo que se opõe à sua entrada na Lei. Amaldiçoa
em voz alta o infeliz acaso dos primeiros anos;
mais tarde, à medida que envelhece, já não faz outra
coisa senão resmungar. Torna-se acriançado e, como
durante anos a fio estudou o porteiro, acaba também
por conhecer as pulgas da gola do seu capote; assim,
pede-lhes que o ajudem a demover o porteiro. Por
fim, a sua vista torna-se tão fraca que já nem sabe se
escurece realmente à sua volta ou se é apenas ilusão
dos seus olhos. Agora, em meio às trevas, percebe
um raio de luz inextinguível através da porta da Lei.
Mas ele já não tem muito tempo de vida.
Antes de morrer, todas as experiências por que
passara durante esse tempo convergem para uma pergunta
que, até essa altura, ainda não formulara. Faz
um sinal ao porteiro para que se aproxime, pois não
podia mover o seu corpo já arrefecido. O porteiro tem
de curvar-se profundamente, visto que a diferença das
estaturas se modificara bastante. “Que queres tu ainda
saber?”, pergunta o porteiro. “És insaciável.” “Se todos
aspiram à Lei”, diz o homem, “como é que, durante todos
esses anos, ninguém mais, além de mim, pediu
para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está às portas da morte, de modo que para alcançar o seu
ouvido moribundo, berra: “Aqui, ninguém, a não ser tu,
podia entrar, pois esta entrada era apenas destinada a
ti. Agora, vou-me embora e a fecho.”
KAFKA, F. O Processo. Biblioteca Visão. p. 152-153.
Tradução Gervásio Álvaro. (Fragmento adaptado)
Considere o período a seguir:
“O porteiro tem de curvar-se profundamente,
visto que a diferença das estaturas se modificara
bastante.”
A conjunção em destaque pode ser substituída, sem alterar o sentido do período, por:
A conjunção em destaque pode ser substituída, sem alterar o sentido do período, por:
Ano: 2015
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Provas:
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte
|
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Administrador de Edifícios |
Q683340
Português
Texto associado
Diante da Lei está um porteiro. Um homem que
vem do campo acerca-se dele e pede para entrar na
Lei. O porteiro, porém, responde que naquele momento
não pode deixá-lo entrar. O homem medita e
pergunta se mais tarde terá autorização para entrar.
“É possível”, responde o porteiro, “mas agora não
pode ser”. Como o portão que dá acesso à Lei se encontra,
como sempre, aberto, e o porteiro se afasta
um pouco para o lado, o homem inclina-se a fim de
olhar para o interior. Assim que o porteiro percebe
isso, desata a rir e diz: “se te sentes tão atraído, experimenta
entrar, apesar da minha proibição. Contudo,
repara: sou forte. E ainda assim sou o mais ínfimo
dos porteiros. De sala para sala, há outros sentinelas,
cada um mais forte que o outro. Eu não posso sequer
suportar o olhar do terceiro.”
O camponês não esperava encontrar tais dificuldades,
“a Lei devia ser sempre acessível a toda a
gente”, pensa ele. Porém, ao observar melhor o porteiro
envolto no seu capote de peles, o seu grande
nariz afilado, a longa barba rala e negra à tártaros,
acha que é melhor esperar até lhe darem autorização
para entrar. O porteiro dá ao jovem um banquinho e o
faz sentar-se a um lado, frente à porta. Durante anos
ele permanece sentado. Faz diversas diligências para
entrar e fatiga o porteiro com os seus pedidos. Às
vezes, o sentinela o submetia a pequenos interrogatórios
sobre a sua terra e muitas outras coisas, mas
de uma maneira indiferente, como fazem os grandes
senhores, e no fim, diz-lhe sempre que ainda não
pode deixá-lo entrar. O homem, que se provera bem
para a viagem, emprega tudo, por mais valioso que
fosse, para subornar o porteiro. Este aceita tudo, mas
diz: “só aceito o que me dás para que te convenças
de que nada omitiste.”
Durante todos aqueles longos anos, o homem olha
quase ininterruptamente para o porteiro. Esquece-se
dos outros porteiros; parece-lhe que o porteiro é o único
obstáculo que se opõe à sua entrada na Lei. Amaldiçoa
em voz alta o infeliz acaso dos primeiros anos;
mais tarde, à medida que envelhece, já não faz outra
coisa senão resmungar. Torna-se acriançado e, como
durante anos a fio estudou o porteiro, acaba também
por conhecer as pulgas da gola do seu capote; assim,
pede-lhes que o ajudem a demover o porteiro. Por
fim, a sua vista torna-se tão fraca que já nem sabe se
escurece realmente à sua volta ou se é apenas ilusão
dos seus olhos. Agora, em meio às trevas, percebe
um raio de luz inextinguível através da porta da Lei.
Mas ele já não tem muito tempo de vida.
Antes de morrer, todas as experiências por que
passara durante esse tempo convergem para uma pergunta
que, até essa altura, ainda não formulara. Faz
um sinal ao porteiro para que se aproxime, pois não
podia mover o seu corpo já arrefecido. O porteiro tem
de curvar-se profundamente, visto que a diferença das
estaturas se modificara bastante. “Que queres tu ainda
saber?”, pergunta o porteiro. “És insaciável.” “Se todos
aspiram à Lei”, diz o homem, “como é que, durante todos
esses anos, ninguém mais, além de mim, pediu
para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está às portas da morte, de modo que para alcançar o seu
ouvido moribundo, berra: “Aqui, ninguém, a não ser tu,
podia entrar, pois esta entrada era apenas destinada a
ti. Agora, vou-me embora e a fecho.”
KAFKA, F. O Processo. Biblioteca Visão. p. 152-153.
Tradução Gervásio Álvaro. (Fragmento adaptado)
“Torna-se acriançado e, como durante anos a
fio estudou o porteiro, acaba também por conhecer
as pulgas da gola do seu capote; assim, pede-lhes que o ajudem a demover o porteiro.”.
O pronome oblíquo em destaque estabelece a coesão textual, pois substitui o termo:
O pronome oblíquo em destaque estabelece a coesão textual, pois substitui o termo:
Ano: 2015
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Provas:
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte
|
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Administrador de Edifícios |
Q683342
Direito Administrativo
Pablo é um jovem argentino de 19 anos de idade.
Ele prestou concurso para o cargo de Técnico
de Laboratório na UFRJ e obteve aprovação. No
ato da investidura, verificou-se que ele possuía
todos os requisitos estabelecidos em lei, exceto a
nacionalidade brasileira. Nesse caso, Pablo:
Ano: 2015
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Provas:
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte
|
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Administrador de Edifícios |
Q683343
Direito Administrativo
Luiz foi aprovado e classificado no concurso
para o cargo de Técnico em Artes Gráficas da
UFRJ. Ao tomar posse e entrar em exercício, Luiz
será submetido ao estágio probatório para que
sua aptidão e capacidade para o desempenho do
cargo sejam avaliadas. Os fatores observados na
avaliação são:
Ano: 2015
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Prova:
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte |
Q683344
Direito Administrativo
Pedro é servidor da UFRJ no cargo de Técnico
em Restauração e, no mês de janeiro de 2015,
recebeu os seguintes valores em seu contracheque:
R$ 2.039,89, referente ao vencimento
básico; R$ 373,00, referente ao auxílio alimentação; R$ 117,92, referente ao auxílio saúde; e R$
141,61, referente ao auxílio transporte. De acordo
com a Lei nº 8.112/90, a soma desses valores,
descontado o Imposto de Renda, se couber, e a
contribuição para o Plano de Previdência Social,
recebe a denominação de:
Ano: 2015
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Provas:
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte
|
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Administrador de Edifícios |
Q683345
Direito Administrativo
Beatriz ingressou na UFRJ, há oito anos, no
cargo de Técnico em Alimentos e Laticínios. Há
dois meses ela foi convocada para atualizar seus
dados cadastrais junto à Seção de Pessoal da
UFRJ, mas se recusou a realizar tal procedimento,
alegando que não havia nada para atualizar
sem, contudo, apresentar os documentos solicitados.
Esse comportamento de Beatriz pode condicionar
a aplicação da penalidade denominada:
Ano: 2015
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Provas:
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte
|
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Administrador de Edifícios |
Q683346
Direito Administrativo
Andrea é servidora da UFRJ investida no cargo
de Técnico em Radiologia e cumpre jornada de
trabalho semanal de 24h. Recentemente Andrea
prestou novo concurso para a UFRJ para o cargo
de Técnico em Farmácia com jornada de trabalho
de 40h semanais. Considerando que Andrea foi
aprovada, classificada e preenche os requisitos
para assumir as responsabilidades do novo cargo,
a acumulação com o cargo anterior:
Ano: 2015
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Provas:
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte
|
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Administrador de Edifícios |
Q683347
Direito Administrativo
Paulo é servidor da UFRJ e, nos últimos doze
meses, faltou quarenta e sete dias, alternadamente,
sem apresentar justificativa. Para efeito
de aplicação das regras contidas no regime disciplinar
dos servidores públicos federais, considera-se inassiduidade habitual a falta ao serviço,
sem causa justificada, por:
Ano: 2015
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Prova:
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte |
Q683348
Direito Administrativo
Roberta é servidora da UFRJ investida no cargo
de Técnico em Tecnologia da Informação.
Recentemente Roberta deu à luz uma criança
e dirigiu-se à Seção de Pessoal da UFRJ para
solicitar os benefícios garantidos pelo Plano de
Seguridade Social do servidor. Os benefícios
que Roberta terá direito a receber em virtude do
nascimento do seu filho são:
Ano: 2015
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Prova:
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte |
Q683349
Direito Administrativo
Dona Guilhermina era servidora aposentada da
UFRJ e veio a falecer há duas semanas. Na última
sexta-feira, seu esposo, de 72 anos, procurou
a Seção de Pessoal da UFRJ para comunicar o
seu falecimento e solicitar os benefícios garantidos
pelo Plano de Seguridade Social do servidor.
Os benefícios que o esposo de Dona Guilhermina
terá direito a receber são:
Ano: 2015
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Provas:
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte
|
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Administrador de Edifícios |
Q683350
Direito Administrativo
Mariana está investida em um cargo em comissão
na UFRJ, mas não possui vínculo de caráter efetivo com a Administração Pública Federal.
Isso faz com que Mariana, mesmo sendo servidora,
tenha algumas restrições aos benefícios
do Plano de Seguridade Social dos servidores.
Considerando essas restrições, o benefício que
Mariana tem direito é:
Ano: 2015
Banca:
PR-4 UFRJ
Órgão:
UFRJ
Prova:
PR-4 UFRJ - 2015 - UFRJ - Técnico de Tecnologia da Informação - Suporte |
Q683351
Arquitetura de Computadores
Em um determinado momento da execução de
um programa de computador, foi calculado que o
endereço de memória a ser utilizado seria a soma
dos valores ‘K’ e ‘L’ listados a seguir:
K = (01100101)2 L = (01011101)2
Nesse caso, o endereço de memória calculado foi:
K = (01100101)2 L = (01011101)2
Nesse caso, o endereço de memória calculado foi: