Questões de Concurso Público UFRJ 2017 para Assistente em Administração

Foram encontradas 50 questões

Q856879 Português

                                          


      O trecho adiante é um fragmento do romance Recordações do Escrivão Isaías Caminha, de Lima Barreto (1881-1922). Leia-o e responda às questões propostas a seguir:


      “(...) De manhã, pus-me a recapitular todos esses episódios; e sobre todos pairava a figura inflada, mescla de suíno e de símio, do célebre jornalista Raul Gusmão. O próprio Oliveira, tão parvo e tão besta, tinha alguma coisa dele, do seu fingimento de superioridade, dos seus gestos fabricados, da sua procura de frases de efeito, de seu galope para o espanto e para a surpresa. Era já o genial, com quem viria travar conhecimento mais tarde, que me assombrava com o seu maquinismo de pose e me colhia nos alçapões de apanhar os simples. E senti também que o espantoso Gusmão e o bobo Oliveira me tinham desviado da observação meticulosa a que vinha submetendo o padeiro de Itaporanga. Achava extraordinário que um varejista de um vilarejo longínquo cultivasse e mantivesse amizades tão fora do seu círculo; não se explicava bem aquele seu norteio para os jornalistas, a especial admiração com que os cercava, o carinho com que tratava todos. (...)” 

Assinale a alternativa com o trecho que expressa ironia.
Alternativas
Q856880 Português

                                          


      O trecho adiante é um fragmento do romance Recordações do Escrivão Isaías Caminha, de Lima Barreto (1881-1922). Leia-o e responda às questões propostas a seguir:


      “(...) De manhã, pus-me a recapitular todos esses episódios; e sobre todos pairava a figura inflada, mescla de suíno e de símio, do célebre jornalista Raul Gusmão. O próprio Oliveira, tão parvo e tão besta, tinha alguma coisa dele, do seu fingimento de superioridade, dos seus gestos fabricados, da sua procura de frases de efeito, de seu galope para o espanto e para a surpresa. Era já o genial, com quem viria travar conhecimento mais tarde, que me assombrava com o seu maquinismo de pose e me colhia nos alçapões de apanhar os simples. E senti também que o espantoso Gusmão e o bobo Oliveira me tinham desviado da observação meticulosa a que vinha submetendo o padeiro de Itaporanga. Achava extraordinário que um varejista de um vilarejo longínquo cultivasse e mantivesse amizades tão fora do seu círculo; não se explicava bem aquele seu norteio para os jornalistas, a especial admiração com que os cercava, o carinho com que tratava todos. (...)” 

Considere o que informa o trecho adiante no conjunto do fragmento dado. Assinale a alternativa com os termos que expressam, respectivamente, os sentidos dados pelo narrador às expressões em destaque.


“(...) Achava extraordinário que um varejista de um vilarejo longínquo cultivasse e mantivesse amizades tão fora do seu círculo; não se explicava bem aquele seu norteio para os jornalistas, a especial admiração com que os cercava, o carinho com que tratava todos. (...)”

Alternativas
Q856881 Português

                                          


      O trecho adiante é um fragmento do romance Recordações do Escrivão Isaías Caminha, de Lima Barreto (1881-1922). Leia-o e responda às questões propostas a seguir:


      “(...) De manhã, pus-me a recapitular todos esses episódios; e sobre todos pairava a figura inflada, mescla de suíno e de símio, do célebre jornalista Raul Gusmão. O próprio Oliveira, tão parvo e tão besta, tinha alguma coisa dele, do seu fingimento de superioridade, dos seus gestos fabricados, da sua procura de frases de efeito, de seu galope para o espanto e para a surpresa. Era já o genial, com quem viria travar conhecimento mais tarde, que me assombrava com o seu maquinismo de pose e me colhia nos alçapões de apanhar os simples. E senti também que o espantoso Gusmão e o bobo Oliveira me tinham desviado da observação meticulosa a que vinha submetendo o padeiro de Itaporanga. Achava extraordinário que um varejista de um vilarejo longínquo cultivasse e mantivesse amizades tão fora do seu círculo; não se explicava bem aquele seu norteio para os jornalistas, a especial admiração com que os cercava, o carinho com que tratava todos. (...)” 

Em relação à vírgula no trecho “(...) De manhã, pus-me a recapitular todos esses episódios; (...)” – considerado o que estabelece a norma culta da língua – pode-se afirmar que seu emprego é:
Alternativas
Q856882 Português

ESTÁCIO, HOLLY ESTÁCIO


Se alguém quer matar-me de amor

Que me mate no Estácio

Bem no compasso,

Bem junto ao passo

Do passista da escola de samba

Do Largo do Estácio


O Estácio acalma o sentido dos erros que eu faço

Trago não traço,

Faço não caço

O amor da morena maldita

Domingo no espaço

             

Fico manso, amanso a dor

Holliday é um dia de paz

Solto o ódio, mato o amor

Holliday eu já não penso mais


Luiz Melodia

Dentre as alternativas a seguir, assinale o verso que NÃO expressa a frustração amorosa do eu poético de Estácio, Holly Estácio.
Alternativas
Q856883 Português

ESTÁCIO, HOLLY ESTÁCIO


Se alguém quer matar-me de amor

Que me mate no Estácio

Bem no compasso,

Bem junto ao passo

Do passista da escola de samba

Do Largo do Estácio


O Estácio acalma o sentido dos erros que eu faço

Trago não traço,

Faço não caço

O amor da morena maldita

Domingo no espaço

             

Fico manso, amanso a dor

Holliday é um dia de paz

Solto o ódio, mato o amor

Holliday eu já não penso mais


Luiz Melodia

Nos versos “Se alguém quer matar-me de amor/ Que me mate no Estácio”, as expressões destacadas apresentam respectivamente:
Alternativas
Q856884 Português

                              


      O texto adiante é um fragmento do artigo Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. Sua autora, Sueli Carneiro, é filósofa, escritora, ativista antirracismo do movimento social negro brasileiro, fundadora e coordenadora executiva do Geledés – Instituto da Mulher Negra São Paulo SP.


Leia-o, atentamente, e responda à questão.


      “Insisto em contar a forma pela qual foi assegurada, no registro de nascimento de minha filha Luanda, a sua identidade negra. O pai, branco, vai ao cartório, o escrivão preenche o registro e, no campo destinado à cor, escreve: branca. O pai diz ao escrivão que a cor está errada, porque a mãe da criança é negra. O escrivão, resistente, corrige o erro e planta a nova cor: parda. O pai novamente reage e diz que sua filha não é parda. O escrivão irritado pergunta, ‘Então qual a cor de sua filha?’. O pai responde, ‘Negra’. O escrivão retruca, ‘Mas ela não puxou nem um pouquinho ao senhor?’ É assim que se vão clareando as pessoas no Brasil e o Brasil.

      Esse pai, brasileiro naturalizado e de fenótipo ariano, não tem, como branco que de fato é, as dúvidas metafísicas que assombram a racialidade no Brasil, um país percebido por ele e pela maioria de estrangeiros brancos como de maioria negra. Não fosse a providência e insistência paternas, minha filha pagaria eternamente o mico de, com sua vasta carapinha, ter o registro de branca, como ocorre com filhos de um famoso jogador de futebol negro.”

Quanto à tipologia textual, podemos afirmar que no primeiro e no segundo parágrafos do texto dado predominam respectivamente:
Alternativas
Q856885 Português

                              


      O texto adiante é um fragmento do artigo Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. Sua autora, Sueli Carneiro, é filósofa, escritora, ativista antirracismo do movimento social negro brasileiro, fundadora e coordenadora executiva do Geledés – Instituto da Mulher Negra São Paulo SP.


Leia-o, atentamente, e responda à questão.


      “Insisto em contar a forma pela qual foi assegurada, no registro de nascimento de minha filha Luanda, a sua identidade negra. O pai, branco, vai ao cartório, o escrivão preenche o registro e, no campo destinado à cor, escreve: branca. O pai diz ao escrivão que a cor está errada, porque a mãe da criança é negra. O escrivão, resistente, corrige o erro e planta a nova cor: parda. O pai novamente reage e diz que sua filha não é parda. O escrivão irritado pergunta, ‘Então qual a cor de sua filha?’. O pai responde, ‘Negra’. O escrivão retruca, ‘Mas ela não puxou nem um pouquinho ao senhor?’ É assim que se vão clareando as pessoas no Brasil e o Brasil.

      Esse pai, brasileiro naturalizado e de fenótipo ariano, não tem, como branco que de fato é, as dúvidas metafísicas que assombram a racialidade no Brasil, um país percebido por ele e pela maioria de estrangeiros brancos como de maioria negra. Não fosse a providência e insistência paternas, minha filha pagaria eternamente o mico de, com sua vasta carapinha, ter o registro de branca, como ocorre com filhos de um famoso jogador de futebol negro.”

No trecho “O escrivão, resistente, corrige o erro e planta a nova cor: parda.”; as vírgulas estão empregadas para separar:
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Q856886 Português

                                                      TEXTO 4


Leia atentamente o texto abaixo e responda a questão.


      Maria Firmina dos Reis (1825-1917), escritora e educadora, autodidata, nasceu na ilha de São Luís do Maranhão. Viveu parte de sua vida na casa de uma tia materna, acolhimento esse crucial para a sua formação. Foi incentivada pelo escritor e gramático Sotero dos Reis, seu primo por parte de mãe, a dedicar-se na busca pelo conhecimento. Em 1847, concorreu à cadeira de Instrução primária no município de Viamão e foi aprovada. Nessa região, até 1881, exerceu a profissão de professora de primeiras letras. Em 1859, publicou o que é considerada sua principal obra e um dos primeiros romances abolicionistas da literatura brasileira – Úrsula. A obra foi classificada como um dos primeiros escritos de uma mulher negra brasileira, com forte imersão em elementos da tradição africana, que trata a tragédia da escravidão a partir da perspectiva dos negros escravizados.

                                                                             Trecho adaptado de Antigo – A cor da Cultura 

No trecho “Em 1847, concorreu à cadeira de Instrução primária no município de Viamão e foi aprovada.”, o verbo destacado, quanto a sua regência, é:
Alternativas
Q856887 Português

                                                      TEXTO 4


Leia atentamente o texto abaixo e responda a questão.


      Maria Firmina dos Reis (1825-1917), escritora e educadora, autodidata, nasceu na ilha de São Luís do Maranhão. Viveu parte de sua vida na casa de uma tia materna, acolhimento esse crucial para a sua formação. Foi incentivada pelo escritor e gramático Sotero dos Reis, seu primo por parte de mãe, a dedicar-se na busca pelo conhecimento. Em 1847, concorreu à cadeira de Instrução primária no município de Viamão e foi aprovada. Nessa região, até 1881, exerceu a profissão de professora de primeiras letras. Em 1859, publicou o que é considerada sua principal obra e um dos primeiros romances abolicionistas da literatura brasileira – Úrsula. A obra foi classificada como um dos primeiros escritos de uma mulher negra brasileira, com forte imersão em elementos da tradição africana, que trata a tragédia da escravidão a partir da perspectiva dos negros escravizados.

                                                                             Trecho adaptado de Antigo – A cor da Cultura 

Nesse mesmo trecho “Em 1847, concorreu à cadeira de Instrução primária no município de Viamão e foi aprovada.”, há um período:
Alternativas
Q856888 Português

TEXTO 5


Há alguns anos circula na internet o “teste do pescoço”, que instiga o leitor a refletir sobre as desigualdades em nossa sociedade a partir de suas experiências cotidianas, particularmente no tocante à presença ou ausência de negros e brancos em diferentes atividades e espaços sociais: qual a cor dos médicos, dos trabalhadores domésticos, dos políticos, de professores, alunos e funcionários em colégios de elite e nas universidades etc. A ideia é que a contemplação desses lugares permite uma resposta intuitiva à questão se há ou não discriminação no Brasil: pretos e pardos são raramente encontrados nas áreas e funções de maior poder aquisitivo e status social, ao passo que brancos nelas dominam. (...)”

Fragmento inicial, adaptado, do Relatório das desigualdades de raça, gênero e classe / ano 2017 / Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa | UERJ


Considere este trecho inicial do texto: “Há alguns anos circula na internet o ‘teste do pescoço’, que instiga o leitor a refletir sobre as desigualdades em nossa sociedade (...)”. Se quisermos preservar suas coesão e coerência textuais, podemos substituir os termos em destaque, respectivamente, por:

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Q856889 Português

 


VOZ DE SANGUE


  1. Palpitam-me

os sons do batuque

e os ritmos melancólicos do blue


  1. Ó negro esfarrapado do Harlem...

ó dançarino de Chicago

ó negro servidor do South


  1. Ó negro de África

negros de todo o mundo

eu junto ao vosso canto

a minha pobre voz

os meus humildes ritmos.


  1. Eu vos acompanho

pelas emaranhadas áfricas

do nosso Rumo


  1. Eu vos sinto

negros de todo o mundo

eu vivo a vossa Dor

meus irmãos.

 (António) AGOSTINHO NETO (1922-1979), médico, formado nas Universidades de Coimbra e de Lisboa, foi Presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPL, e, em 1975, tornou-se o primeiro Presidente de Angola, cargo que exerceu até 1979. 

Assinale a alternativa em que aparecem os três elementos em torno dos quais se articula a mensagem poética de Voz de Sangue.
Alternativas
Q856890 Português

 


VOZ DE SANGUE


  1. Palpitam-me

os sons do batuque

e os ritmos melancólicos do blue


  1. Ó negro esfarrapado do Harlem...

ó dançarino de Chicago

ó negro servidor do South


  1. Ó negro de África

negros de todo o mundo

eu junto ao vosso canto

a minha pobre voz

os meus humildes ritmos.


  1. Eu vos acompanho

pelas emaranhadas áfricas

do nosso Rumo


  1. Eu vos sinto

negros de todo o mundo

eu vivo a vossa Dor

meus irmãos.

 (António) AGOSTINHO NETO (1922-1979), médico, formado nas Universidades de Coimbra e de Lisboa, foi Presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPL, e, em 1975, tornou-se o primeiro Presidente de Angola, cargo que exerceu até 1979. 

Marque a alternativa em que a reescrita do primeiro verso do poema mantém o significado que lhe foi dado pelo autor.
Alternativas
Q856891 Português

                                     TEXTO 7


      O texto adiante apresenta fragmentos do poema Às mulheres da minha terra, de Alda Espírito Santo, poeta, professora e jornalista de São Tomé e Príncipe. Leia-o e responda à questão proposta a seguir:


ÀS MULHERES DA MINHA TERRA


“Irmãs do meu torrão pequeno

Que passais pela estrada do meu país de África

É para vós, irmãs, a minha alma toda inteira

— Há em mim uma lacuna amarga —

Eu queria falar convosco no nosso crioulo cantante

Queria levar até vós, a mensagem das nossas vidas

Na língua maternal, bebida com o leite dos nossos primeiros dias

Mas, irmãs, vou buscar um idioma emprestado

Para mostrar-vos a nossa terra

O nosso grande continente,

Duma ponta a outra.

(...)


Amigas, as nossas mãos juntas,

As nossas mãos negras

Prendendo os nossos sonhos estéreis

Varrendo com fúria Com a fúria das nossas “palayês”1

Das nossas feiras,

As coisas más da nossa vida.

(...)”


1 vendedoras

Alda Espírito Santo, poeta, professora e jornalista, também conhecida por Alda Graça, nasceu em 30 de abril de 1926, na cidade de São Tomé, capital do Arquipélago de São Tomé e Príncipe. Após a independência do país, ocorrida em 12 de junho de 1975, Alda Espírito Santo ocupou vários cargos sucessivos no governo da jovem nação, entre os quais os de Ministra da Educação e Cultura, Ministra da Informação e Cultura, Presidente da Assembleia Nacional e Secretária Geral da União Nacional de Escritores e Artistas de São Tomé e Príncipe. Nesse ano, em novembro, compõe a letra do Hino Nacional de São Tomé e Príncipe, intitulado “Independência Total”. No ano de 1976, publica seu primeiro livro de poemas, intitulado “O jogral das Ilhas”. Em 1978, publica o livro de poemas “É nosso o solo sagrado da terra-poesia de protesto e luta”, que reúne uma coletânea dos poemas produzidos por Alda entre os anos de 1950- 1970. Em 9 de março de 2010, falece a poeta Alda Espírito Santo, em Luanda (Angola).

Esses fragmentos do texto dado expressam algumas tensões. Mais que isso, eles expõem alguns temas centrais, em torno dos quais se estrutura a mensagem poética. Marque a alternativa que menciona combinação NÃO tratada nessas estrofes do poema.
Alternativas
Q856892 Português

                                     TEXTO 7


      O texto adiante apresenta fragmentos do poema Às mulheres da minha terra, de Alda Espírito Santo, poeta, professora e jornalista de São Tomé e Príncipe. Leia-o e responda à questão proposta a seguir:


ÀS MULHERES DA MINHA TERRA


“Irmãs do meu torrão pequeno

Que passais pela estrada do meu país de África

É para vós, irmãs, a minha alma toda inteira

— Há em mim uma lacuna amarga —

Eu queria falar convosco no nosso crioulo cantante

Queria levar até vós, a mensagem das nossas vidas

Na língua maternal, bebida com o leite dos nossos primeiros dias

Mas, irmãs, vou buscar um idioma emprestado

Para mostrar-vos a nossa terra

O nosso grande continente,

Duma ponta a outra.

(...)


Amigas, as nossas mãos juntas,

As nossas mãos negras

Prendendo os nossos sonhos estéreis

Varrendo com fúria Com a fúria das nossas “palayês”1

Das nossas feiras,

As coisas más da nossa vida.

(...)”


1 vendedoras

Alda Espírito Santo, poeta, professora e jornalista, também conhecida por Alda Graça, nasceu em 30 de abril de 1926, na cidade de São Tomé, capital do Arquipélago de São Tomé e Príncipe. Após a independência do país, ocorrida em 12 de junho de 1975, Alda Espírito Santo ocupou vários cargos sucessivos no governo da jovem nação, entre os quais os de Ministra da Educação e Cultura, Ministra da Informação e Cultura, Presidente da Assembleia Nacional e Secretária Geral da União Nacional de Escritores e Artistas de São Tomé e Príncipe. Nesse ano, em novembro, compõe a letra do Hino Nacional de São Tomé e Príncipe, intitulado “Independência Total”. No ano de 1976, publica seu primeiro livro de poemas, intitulado “O jogral das Ilhas”. Em 1978, publica o livro de poemas “É nosso o solo sagrado da terra-poesia de protesto e luta”, que reúne uma coletânea dos poemas produzidos por Alda entre os anos de 1950- 1970. Em 9 de março de 2010, falece a poeta Alda Espírito Santo, em Luanda (Angola).

Como o próprio título do poema indica, Alda Espírito Santo estabelece, belamente, um laço forte e profundo de si mesma com suas iguais, as mulheres africanas negras. Para isso, recorre a uma seleção de palavras que se apoia, principalmente, em determinada classe gramatical. Marque a alternativa que a identifica corretamente.
Alternativas
Q856893 Português

                          TEXTO 8


CANÇÃO NEGREIRA


Amo-te

com as raízes de uma canção negreira

na madrugada dos meus olhos pardos.


E derrotas de fome

nas minhas mãos de bronze

florescem languidamente na velha

e nervosa cadência marinheira

do cais donde os meus avós negros

embarcaram para hemisférios da escravidão


Mas se as madrugadas

das minhas órbitas violentadas

despertam as raízes do tempo antigo ...

mulher de olhos fadados de amor verde-claro

ventre sedoso de veludo

lábios de mampsincha(*) madura

e soluções de espasmo latejando no quarto

enche de beijos as sirenas do meu sangue

que meninos das mesmas raízes

e das mesmas dolorosas madrugadas

esperam a sua vez.


* fruto comestível de planta rasteira.

                              José Craveirinha, in Obra Poética.

Maputo: Direcção de Cultura, Universidade Eduardo

                                                          Mondlane, 2002.


A forma verbal florescem, na segunda estrofe do poema dado, concorda com a seguinte expressão:

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Q856894 Português

                                     TEXTO 9


      O carioca Joel Rufino dos Santos (1941-2015), além de escritor, foi historiador e professor (da UFRJ e um dos intelectuais de referência sobre o estudo da cultura africana no país.


      O texto a seguir é um fragmento adaptado do artigo Joel Rufino e o negro em cena, de Eduardo de Assis Duarte, publicado na revista LITERAFRO.


      Joel Rufino dos Santos figura indubitavelmente entre os mais destacados intelectuais negros brasileiros, com dezenas de títulos publicados desde meados do século passado. Em seu livro A história do negro no teatro brasileiro, o autor explicita como o negro aparece inicialmente reduzido a objeto (1) da escrita e da cena concebida pelo branco. E como, após o fim da escravatura, é impedido de atuar e tem que assistir a atores (2) brancos “brochados” de preto falarem por ele nos palcos. O que parece inacreditável para muitos ganha estatuto de verdade histórica: salvo as pouquíssimas (3) exceções que só fazem confirmar a regra (4), somente a partir de meados do século XX, com as atividades pioneiras do TEN – Teatro Experimental do Negro – este começa a se erguer a sujeito de seu discurso e a colocar em cena corpo, voz, fala e dramas por tanto tempo impedidos de chegar as plateias (5).

Indique a alternativa que apresenta a sequência correta relativamente ao uso do acento indicativo da crase em cada uma das expressões em destaque.
Alternativas
Q856895 Português

                                     TEXTO 9


      O carioca Joel Rufino dos Santos (1941-2015), além de escritor, foi historiador e professor (da UFRJ e um dos intelectuais de referência sobre o estudo da cultura africana no país.


      O texto a seguir é um fragmento adaptado do artigo Joel Rufino e o negro em cena, de Eduardo de Assis Duarte, publicado na revista LITERAFRO.


      Joel Rufino dos Santos figura indubitavelmente entre os mais destacados intelectuais negros brasileiros, com dezenas de títulos publicados desde meados do século passado. Em seu livro A história do negro no teatro brasileiro, o autor explicita como o negro aparece inicialmente reduzido a objeto (1) da escrita e da cena concebida pelo branco. E como, após o fim da escravatura, é impedido de atuar e tem que assistir a atores (2) brancos “brochados” de preto falarem por ele nos palcos. O que parece inacreditável para muitos ganha estatuto de verdade histórica: salvo as pouquíssimas (3) exceções que só fazem confirmar a regra (4), somente a partir de meados do século XX, com as atividades pioneiras do TEN – Teatro Experimental do Negro – este começa a se erguer a sujeito de seu discurso e a colocar em cena corpo, voz, fala e dramas por tanto tempo impedidos de chegar as plateias (5).

Se quisermos manter o mesmo sentido do trecho “(...) salvo as pouquíssimas exceções que só fazem confirmar a regra (...)”, ao reescrevê-lo, devemos substituir a palavra em destaque por:
Alternativas
Q856896 Português

TEXTO 10


Nascido no dia 24 de novembro de 1861, em Florianópolis, Santa Catarina, Cruz e Sousa era filho de escravos; foi apadrinhado por uma família aristocrática que financiou seus estudos e, com a morte de seu protetor, abandonou os estudos e deu início à carreira de escritor. Colaborou ativamente com a imprensa catarinense, assinando crônicas abolicionistas e participando de campanhas em favor da causa negra. Em 1890 mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro, onde desempenhou várias funções simultaneamente à vida de escritor. Faleceu vítima de tuberculose, aos 36 anos, no dia 19 de março de 1898, na cidade de Antônio Carlos, interior do estado de Minas Gerais.


ALMA SOLITÁRIA


Ó Alma doce e triste e palpitante!

que cítaras soluçam solitárias

pelas Regiões longínquas, visionárias

do teu Sonho secreto e fascinante!


Quantas zonas de luz purificante,

quantos silêncios, quantas sombras várias

de esferas imortais, imaginárias,

falam contigo, ó Alma cativante!


que chama acende os teus faróis noturnos

e veste os teus mistérios taciturnos

dos esplendores do arco de aliança?


Por que és assim, melancolicamente,

como um arcanjo infante, adolescente,

esquecido nos vales da Esperança?!


A partir da análise do vocabulário usado pelo poeta, marque a alternativa que relaciona, respectivamente, um substantivo, um adjetivo, uma interjeição, uma conjunção.

Alternativas
Q856897 Português

                             


      “(...) Entre os fatores constitutivos da globalização, em seu caráter perverso atual, encontram-se a forma como a informação é oferecida à humanidade e a emergência do dinheiro em estado puro como motor da vida econômica e social. (...). O que é transmitido à maioria da humanidade é, de fato, uma informação manipulada que, em lugar de esclarecer, confunde. Isso é tanto mais grave porque, nas condições atuais da vida econômica e social, a informação constitui um dado essencial e imprescindível. (...)”

Fragmento de Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal, 2015, de MILTON SANTOS (3 de maio de 1926, Brotas de Macaúba, Bahia – 24 de junho de 2001, São Paulo). O geógrafo e professor foi preso, durante o golpe de 1964, e permaneceu no exílio por 13 anos. Depois de seu retorno ao Brasil, foi professor e pesquisador na UFRJ até 1983. Milton Santos recebeu 20 títulos Doutor Honoris Causa de universidades brasileiras e estrangeiras.

No período “Isso é tanto mais grave porque, nas condições atuais da vida econômica e social, a informação constitui um dado essencial e imprescindível. (...)”; a segunda oração, em relação à primeira, exprime:
Alternativas
Q856898 Português

                             


      “(...) Entre os fatores constitutivos da globalização, em seu caráter perverso atual, encontram-se a forma como a informação é oferecida à humanidade e a emergência do dinheiro em estado puro como motor da vida econômica e social. (...). O que é transmitido à maioria da humanidade é, de fato, uma informação manipulada que, em lugar de esclarecer, confunde. Isso é tanto mais grave porque, nas condições atuais da vida econômica e social, a informação constitui um dado essencial e imprescindível. (...)”

Fragmento de Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal, 2015, de MILTON SANTOS (3 de maio de 1926, Brotas de Macaúba, Bahia – 24 de junho de 2001, São Paulo). O geógrafo e professor foi preso, durante o golpe de 1964, e permaneceu no exílio por 13 anos. Depois de seu retorno ao Brasil, foi professor e pesquisador na UFRJ até 1983. Milton Santos recebeu 20 títulos Doutor Honoris Causa de universidades brasileiras e estrangeiras.

Sobre a afirmação inicial do trecho dado é correto afirmar que “a forma como a informação é oferecida à humanidade e a emergência do dinheiro em estado puro como motor da vida econômica e social” são:
Alternativas
Respostas
1: B
2: C
3: D
4: E
5: C
6: A
7: D
8: C
9: B
10: B
11: D
12: A
13: E
14: B
15: C
16: A
17: A
18: E
19: E
20: C