Questões de Concurso Público UFRJ 2017 para Técnico de Laboratório - Acessibilidade Comunicacional
Foram encontradas 20 questões
TEXTO 2
O texto adiante é um fragmento do artigo Intelectuais negros e a identidade brasileira, publicado por Jonas Soares de Souza na revista Campo & Cidade. Leia-o, atentamente, e responda às questões 5, 6 e 7.
Machado de Assis
INTELECTUAIS NEGROS E A IDENTIDADE BRASILEIRA
“Neto de escrava liberta, Joaquim Maria Machado de Assis é o mais famoso e universal dos escritores brasileiros. Mulato de origem humilde, o autor de Dom Casmurro foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras e, hoje, é reconhecido como escritor de primeira linha da literatura mundial. Alguns intelectuais contemporâneos de Machado de Assis, no entanto, tentavam sublimar suas origens étnicas e o passado humilde para incorporá- lo de corpo e alma ao universo dos brancos.
O escritor Joaquim Nabuco, por exemplo, em uma carta de 1908 adverte o crítico José Veríssimo por ter se referido a Machado como ‘mulato’, em artigo de homenagem ao escritor recém-falecido. ‘Machado para mim era um branco, e creio que por tal se tomava; quando houvesse sangue estranho, isto em nada afetava a sua perfeita caracterização caucásica. Eu pelo menos só via nele o grego’.
Na literatura sobre relações raciais no Brasil existe um consenso de que a integração dos descendentes de africanos à sociedade deu-se pela via do “embranquecimento”, ou pelo que um sociólogo chama de ‘válvula de escape do mulato’, como no caso de Machado de Assis. O “embranquecimento” pode ser entendido como o processo pelo qual indivíduos negros, principalmente intelectuais, eram assimilados às elites nacionais brasileiras. Isso significava uma escalada da pobreza e subordinação baseada no preconceito de cor e na origem escrava em direção ao domínio de classe e cultura das elites predominantemente brancas. (...)”
A integração de Machado de Assis à sociedade pela via do “embranquecimento” teria ocorrido, segundo:
TEXTO 2
O texto adiante é um fragmento do artigo Intelectuais negros e a identidade brasileira, publicado por Jonas Soares de Souza na revista Campo & Cidade. Leia-o, atentamente, e responda às questões 5, 6 e 7.
Machado de Assis
INTELECTUAIS NEGROS E A IDENTIDADE BRASILEIRA
“Neto de escrava liberta, Joaquim Maria Machado de Assis é o mais famoso e universal dos escritores brasileiros. Mulato de origem humilde, o autor de Dom Casmurro foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras e, hoje, é reconhecido como escritor de primeira linha da literatura mundial. Alguns intelectuais contemporâneos de Machado de Assis, no entanto, tentavam sublimar suas origens étnicas e o passado humilde para incorporá- lo de corpo e alma ao universo dos brancos.
O escritor Joaquim Nabuco, por exemplo, em uma carta de 1908 adverte o crítico José Veríssimo por ter se referido a Machado como ‘mulato’, em artigo de homenagem ao escritor recém-falecido. ‘Machado para mim era um branco, e creio que por tal se tomava; quando houvesse sangue estranho, isto em nada afetava a sua perfeita caracterização caucásica. Eu pelo menos só via nele o grego’.
Na literatura sobre relações raciais no Brasil existe um consenso de que a integração dos descendentes de africanos à sociedade deu-se pela via do “embranquecimento”, ou pelo que um sociólogo chama de ‘válvula de escape do mulato’, como no caso de Machado de Assis. O “embranquecimento” pode ser entendido como o processo pelo qual indivíduos negros, principalmente intelectuais, eram assimilados às elites nacionais brasileiras. Isso significava uma escalada da pobreza e subordinação baseada no preconceito de cor e na origem escrava em direção ao domínio de classe e cultura das elites predominantemente brancas. (...)”
Quanto à tipologia textual, pode-se afirmar que no terceiro e último parágrafo do texto dado predomina:
TEXTO 3
Conceição Lima
Conceição Lima nasceu, em 1961, na ilha de São Tomé, em São Tomé e Príncipe, país africano de língua portuguesa que se tornou independente de Portugal em 1975, após 500 anos de colonização. Formada pelo King’s College de Londres, Conceição é jornalista e trabalha para a BBC de Londres.
A mão é um de seus mais conhecidos poemas. Leia-o, com atenção, e responda às questões 8, 9 e 10.
A MÃO
Toma o ventre da terra
e planta no pedaço que te cabe
esta raiz enxertada de epitáfios.
Não seja tua lágrima a maldição
que sequestra o ímpeto do grão
levanta do pó a nudez dos ossos,
a estilhaçada mão
e semeia
girassóis ou sinos, não importa
se agora uma gota anuncia
o latente odor dos tomateiros
a viva hora dos teus dedos.
A intenção poética de A mão não está orientada para a ideia de:
TEXTO 3
Conceição Lima
Conceição Lima nasceu, em 1961, na ilha de São Tomé, em São Tomé e Príncipe, país africano de língua portuguesa que se tornou independente de Portugal em 1975, após 500 anos de colonização. Formada pelo King’s College de Londres, Conceição é jornalista e trabalha para a BBC de Londres.
A mão é um de seus mais conhecidos poemas. Leia-o, com atenção, e responda às questões 8, 9 e 10.
A MÃO
Toma o ventre da terra
e planta no pedaço que te cabe
esta raiz enxertada de epitáfios.
Não seja tua lágrima a maldição
que sequestra o ímpeto do grão
levanta do pó a nudez dos ossos,
a estilhaçada mão
e semeia
girassóis ou sinos, não importa
se agora uma gota anuncia
o latente odor dos tomateiros
a viva hora dos teus dedos.
Quanto à classe gramatical das palavras selecionadas pela autora no verso “Não seja tua lágrima a maldição”, é correto afirmar que tem-se respectivamente:
TEXTO 3
Conceição Lima
Conceição Lima nasceu, em 1961, na ilha de São Tomé, em São Tomé e Príncipe, país africano de língua portuguesa que se tornou independente de Portugal em 1975, após 500 anos de colonização. Formada pelo King’s College de Londres, Conceição é jornalista e trabalha para a BBC de Londres.
A mão é um de seus mais conhecidos poemas. Leia-o, com atenção, e responda às questões 8, 9 e 10.
A MÃO
Toma o ventre da terra
e planta no pedaço que te cabe
esta raiz enxertada de epitáfios.
Não seja tua lágrima a maldição
que sequestra o ímpeto do grão
levanta do pó a nudez dos ossos,
a estilhaçada mão
e semeia
girassóis ou sinos, não importa
se agora uma gota anuncia
o latente odor dos tomateiros
a viva hora dos teus dedos.
Sobre o termo em destaque nos versos “se agora uma gota anuncia / o latente odor dos tomateiros”, pode-se afirmar que se trata de verbo: