Questões de Concurso Público UFRJ 2017 para Técnico em Química

Foram encontradas 20 questões

Q1020696 Português

                                             TEXTO 1

     Conceição Lima nasceu em 1961, na ilha de São Tomé, em São Tomé e Príncipe, país africano de língua portuguesa que se tornou independente de Portugal em 1975, após 500 anos de colonização. Ela cresceu em meio às lutas políticas pela independência de seu país. Formada pelo King’s College de Londres, Conceição é jornalista e trabalha para a BBC.        


                 


Certos pequenos tiranos

“A certos pequenos tiranos

comove-os o enigma na pétala de uma orquídea

e o langor1 da linha na palma da própria mão.

Algures2 , um estranho brinquedo falece

na secretária onde existem.

Por vezes articulam breves sentenças

e estão sempre em atritos com o mesmo

orçamento.

Mas crêem no amparo de feitiços e amuletos

e segregam uma teia de invencível apatia

que tolhe as impressoras, as portas dos armários

e contrai as linhas das quatro paredes.


Porque os emociona a própria bondade

tomam por amor a vénia3 dos vassalos4

os pequenos tiranos

que publicam altos amigos como títulos de jornal

e distribuem grãos de favor como quem outorga um

foral.

São meticulosos no arrumar dos papéis

pois na simetria das coisas enterram a luz das ideias.


Mortifica-os a idade, são hipocondríacos

e só por distracção morrerão em África.

(...)”

1 Languidez

2 Em algum Lugar

3 Reverência

4 Subordinado, submisso
Nesse belo poema, a autora são-tomense refere-se à:
Alternativas
Q1020697 Português

                                             TEXTO 1

     Conceição Lima nasceu em 1961, na ilha de São Tomé, em São Tomé e Príncipe, país africano de língua portuguesa que se tornou independente de Portugal em 1975, após 500 anos de colonização. Ela cresceu em meio às lutas políticas pela independência de seu país. Formada pelo King’s College de Londres, Conceição é jornalista e trabalha para a BBC.        


                 


Certos pequenos tiranos

“A certos pequenos tiranos

comove-os o enigma na pétala de uma orquídea

e o langor1 da linha na palma da própria mão.

Algures2 , um estranho brinquedo falece

na secretária onde existem.

Por vezes articulam breves sentenças

e estão sempre em atritos com o mesmo

orçamento.

Mas crêem no amparo de feitiços e amuletos

e segregam uma teia de invencível apatia

que tolhe as impressoras, as portas dos armários

e contrai as linhas das quatro paredes.


Porque os emociona a própria bondade

tomam por amor a vénia3 dos vassalos4

os pequenos tiranos

que publicam altos amigos como títulos de jornal

e distribuem grãos de favor como quem outorga um

foral.

São meticulosos no arrumar dos papéis

pois na simetria das coisas enterram a luz das ideias.


Mortifica-os a idade, são hipocondríacos

e só por distracção morrerão em África.

(...)”

1 Languidez

2 Em algum Lugar

3 Reverência

4 Subordinado, submisso
Assinale a alternativa com os versos que sintetizam a posição que tomam os burocratas no conflito entre a estreiteza tacanha da burocracia e a generosidade do pensamento livre.
Alternativas
Q1020698 Português

                                             TEXTO 1

     Conceição Lima nasceu em 1961, na ilha de São Tomé, em São Tomé e Príncipe, país africano de língua portuguesa que se tornou independente de Portugal em 1975, após 500 anos de colonização. Ela cresceu em meio às lutas políticas pela independência de seu país. Formada pelo King’s College de Londres, Conceição é jornalista e trabalha para a BBC.        


                 


Certos pequenos tiranos

“A certos pequenos tiranos

comove-os o enigma na pétala de uma orquídea

e o langor1 da linha na palma da própria mão.

Algures2 , um estranho brinquedo falece

na secretária onde existem.

Por vezes articulam breves sentenças

e estão sempre em atritos com o mesmo

orçamento.

Mas crêem no amparo de feitiços e amuletos

e segregam uma teia de invencível apatia

que tolhe as impressoras, as portas dos armários

e contrai as linhas das quatro paredes.


Porque os emociona a própria bondade

tomam por amor a vénia3 dos vassalos4

os pequenos tiranos

que publicam altos amigos como títulos de jornal

e distribuem grãos de favor como quem outorga um

foral.

São meticulosos no arrumar dos papéis

pois na simetria das coisas enterram a luz das ideias.


Mortifica-os a idade, são hipocondríacos

e só por distracção morrerão em África.

(...)”

1 Languidez

2 Em algum Lugar

3 Reverência

4 Subordinado, submisso

Leia o trecho a seguir:


Porque os emociona a própria bondade tomam por amor a vénia dos vassalos


Nesses versos sobressai uma característica dos “certos pequenos tiranos”. Marque a alternativa que apresenta tal característica.

Alternativas
Q1020699 Português

                                             TEXTO 1

     Conceição Lima nasceu em 1961, na ilha de São Tomé, em São Tomé e Príncipe, país africano de língua portuguesa que se tornou independente de Portugal em 1975, após 500 anos de colonização. Ela cresceu em meio às lutas políticas pela independência de seu país. Formada pelo King’s College de Londres, Conceição é jornalista e trabalha para a BBC.        


                 


Certos pequenos tiranos

“A certos pequenos tiranos

comove-os o enigma na pétala de uma orquídea

e o langor1 da linha na palma da própria mão.

Algures2 , um estranho brinquedo falece

na secretária onde existem.

Por vezes articulam breves sentenças

e estão sempre em atritos com o mesmo

orçamento.

Mas crêem no amparo de feitiços e amuletos

e segregam uma teia de invencível apatia

que tolhe as impressoras, as portas dos armários

e contrai as linhas das quatro paredes.


Porque os emociona a própria bondade

tomam por amor a vénia3 dos vassalos4

os pequenos tiranos

que publicam altos amigos como títulos de jornal

e distribuem grãos de favor como quem outorga um

foral.

São meticulosos no arrumar dos papéis

pois na simetria das coisas enterram a luz das ideias.


Mortifica-os a idade, são hipocondríacos

e só por distracção morrerão em África.

(...)”

1 Languidez

2 Em algum Lugar

3 Reverência

4 Subordinado, submisso
Nessa mensagem poético-social de Conceição Lima há tinturas evidentes de ironia. Marque a alternativa em que elas NÃO aparecem:
Alternativas
Q1020700 Português

                                             TEXTO 1

     Conceição Lima nasceu em 1961, na ilha de São Tomé, em São Tomé e Príncipe, país africano de língua portuguesa que se tornou independente de Portugal em 1975, após 500 anos de colonização. Ela cresceu em meio às lutas políticas pela independência de seu país. Formada pelo King’s College de Londres, Conceição é jornalista e trabalha para a BBC.        


                 


Certos pequenos tiranos

“A certos pequenos tiranos

comove-os o enigma na pétala de uma orquídea

e o langor1 da linha na palma da própria mão.

Algures2 , um estranho brinquedo falece

na secretária onde existem.

Por vezes articulam breves sentenças

e estão sempre em atritos com o mesmo

orçamento.

Mas crêem no amparo de feitiços e amuletos

e segregam uma teia de invencível apatia

que tolhe as impressoras, as portas dos armários

e contrai as linhas das quatro paredes.


Porque os emociona a própria bondade

tomam por amor a vénia3 dos vassalos4

os pequenos tiranos

que publicam altos amigos como títulos de jornal

e distribuem grãos de favor como quem outorga um

foral.

São meticulosos no arrumar dos papéis

pois na simetria das coisas enterram a luz das ideias.


Mortifica-os a idade, são hipocondríacos

e só por distracção morrerão em África.

(...)”

1 Languidez

2 Em algum Lugar

3 Reverência

4 Subordinado, submisso

Leia o trecho a seguir:


“A certos pequenos tiranos comove-os o enigma na pétala de uma orquídea e o langor da linha na palma da própria mão.”


O termo em destaque nesses versos foi utilizado como um recurso de coesão textual e refere-se:

Alternativas
Q1020701 Português

O texto adiante é um fragmento do romance Infância, de Graciliano Ramos, publicado em 1945. Leia-o e responda à questão proposta.


TEXTO 2


“Poder ser alguém em uma sociedade, para muitas pessoas sempre esteve ligado ao fato de ter conhecimento da letra, ser letrado. O pai tinha consciência da importância do poder que tinha a escrita, pois, em sua concepção, um homem letrado era um homem ‘sabido’ que possuía armas terríveis, as letras. No entanto, o sujeito aprende a ler, mas não adquire, muitas vezes, a capacidade de fazer uso da escrita. Como aconteceu com o menino: Certamente meu pai usara um horrível embuste naquela maldita manhã, inculcando-me a excelência do papel impresso. Eu não lia direito, mas, arfando penosamente, conseguia mastigar os conceitos sisudos: ‘A preguiça é a chave da pobreza – Quem não ouve conselhos raras vezes acerta – Fala pouco e bem: ter-te-ão por alguém.’

Esse Terteão para mim era um homem, e não pude saber que fazia ele na página final da carta. As outras folhas se desprendiam, restavam-me as linhas em negrita, resumo da ciência anunciada por meu pai.

- Mocinha, quem é Terteão?

Mocinha estranhou a pergunta. Não havia pensado que Terteão fosse homem. Talvez fosse. “Fala pouco e bem: ter-te-ão por alguém”.

- Mocinha, que quer dizer isso?

Mocinha confessou honestamente que não conhecia Terteão. E eu fiquei triste, remoendo a promessa de meu pai, aguardando novas decepções.”


Considerando as informações que o trecho dado oferece, assinale a alternativa com a afirmação INCORRETA.

Alternativas
Q1020702 Português

                                                TEXTO 3


                            


      “Há alguns anos circula na internet o ‘teste do pescoço’, que instiga o leitor a refletir sobre as desigualdades em nossa sociedade a partir de suas experiências cotidianas, particularmente naquilo que toca a presença ou ausência de negros e brancos em diferentes atividades e espaços sociais: qual a cor dos médicos, dos trabalhadores domésticos, dos políticos, de professores, alunos e funcionários em colégios de elite e nas universidades etc. A ideia é que a contemplação desses lugares permite uma resposta intuitiva à questão se há ou não discriminação no Brasil: pretos e pardos são raramente encontrados nas áreas e funções de maior poder aquisitivo e status social, ao passo que brancos nelas dominam. (...)”.

Fragmento inicial do Relatório das desigualdades de raça, gênero e classe / ano 2017 / n. 1 / p. 1 gemaa / Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa | UERJ.

Assinale a alternativa em que figuram apenas palavras proparoxítonas.
Alternativas
Q1020703 Português

                                                TEXTO 3


                            


      “Há alguns anos circula na internet o ‘teste do pescoço’, que instiga o leitor a refletir sobre as desigualdades em nossa sociedade a partir de suas experiências cotidianas, particularmente naquilo que toca a presença ou ausência de negros e brancos em diferentes atividades e espaços sociais: qual a cor dos médicos, dos trabalhadores domésticos, dos políticos, de professores, alunos e funcionários em colégios de elite e nas universidades etc. A ideia é que a contemplação desses lugares permite uma resposta intuitiva à questão se há ou não discriminação no Brasil: pretos e pardos são raramente encontrados nas áreas e funções de maior poder aquisitivo e status social, ao passo que brancos nelas dominam. (...)”.

Fragmento inicial do Relatório das desigualdades de raça, gênero e classe / ano 2017 / n. 1 / p. 1 gemaa / Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa | UERJ.

No trecho “A ideia é que a contemplação desses lugares permite uma resposta intuitiva à questão (...)”, o verbo em destaque, quanto à sua regência, é:
Alternativas
Q1020704 Português

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Congênito

Luiz Melodia


Se a gente falasse menos

Talvez compreendesse mais

Teatro, boate, cinema

Qualquer prazer não satisfaz

Palavra figura de espanto, quanto

Na terra tento descansar

(...)

Mas o tudo que se tem

Não representa nada

Tá na cara

Que o jovem tem seu automóvel

O tudo que se tem

Não representa tudo

O puro conteúdo é consideração


Quem não vê!

Não goza de consideração

Quem não vê!

Então sai a consideração

Quem não vê

Não goza de considera

(...)


No trecho a seguir:


“Tá na cara

Que o jovem tem seu automóvel”.


Nesses versos da canção, Luiz Melodia destaca:

Alternativas
Q1020705 Português

Imagem associada para resolução da questão


Os decanos e diretores presentes à 102ª Reunião da Plenária de Decanos e Diretores da UFRJ reafirmam a defesa da plena gratuidade nos estabelecimentos oficiais, nos termos do Art. 206, IV, da Constituição Federal, um requisito para a democracia e o desenvolvimento nacional comprometido com o bem viver de todo o povo. A gratuidade é uma conquista republicana que assegura o direito de todos à educação e estabelece o dever do Estado no fomento da educação, cultura, ciência e tecnologia, tal como ocorre nos países que possuem elevada qualidade de vida.(...)”.

Trecho inicial do documento “Futuro da universidade federal ameaçado, futuro da nação ameaçado: nota da Plenária de Decanos e Diretores da UFRJ”, de 31 de julho de 2017.


Conforme a nota de Decanos e Diretores da UFRJ, entre a gratuidade do ensino como uma conquista republicana que assegura direitos e o que ocorre nos países que possuem elevada qualidade de vida, há uma relação de:

Alternativas
Q1020706 Português

    “(...) — O doutor é formado em Direito? indaguei por minha vez — Não. Formei-me em Línguas Orientais e Exegese Bíblica, na Universidade de Sófia, tendo começado o curso no Cairo. Disfarcei a vontade que me deu de rir, ouvindo tão extravagante titulo escolar. Havia alguma coisa de opereta, mas o homem era tão simpático, tinha sido tão amável e parecia tão ilustrado que me esforcei por sujeitar o meu ímpeto de rir, soltando uma frase à-toa: — Na Europa o homem de estudo tem campo, sabe onde deve chegar; aqui... — Qual, doutor! Não há como a sua terra! A questão é pendurar, quando se entra, a sobrecasaca de cavalheiro no Pão de Açúcar; e no mais — tudo vai às mil maravilhas! O padeiro ficou atônito com a cínica franqueza do julgamento do jornalista. Teve um assomo de virtude e objetou pudicamente: — Nem tanto, doutor! Nem tanto! olhe que ainda há homens honestos nesta terra e em altas posições — o que é mais raro! O doutor Gregoróvitch dardejou-lhe um breve olhar sarcástico e expelindo uma longa fumaça cheia de dúvida e de troça, disse devagar: — Pode ser, Laje! Quem sabe?”

Fragmento de “O triste fim de Policarpo Quaresma” Lima Barreto. p. 19.

Na frase “O doutor Gregoróvitch dardejou-lhe um breve olhar sarcástico (...)”, o termo em destaque apresenta um pronome: 

Alternativas
Q1020707 Português

    “(...) — O doutor é formado em Direito? indaguei por minha vez — Não. Formei-me em Línguas Orientais e Exegese Bíblica, na Universidade de Sófia, tendo começado o curso no Cairo. Disfarcei a vontade que me deu de rir, ouvindo tão extravagante titulo escolar. Havia alguma coisa de opereta, mas o homem era tão simpático, tinha sido tão amável e parecia tão ilustrado que me esforcei por sujeitar o meu ímpeto de rir, soltando uma frase à-toa: — Na Europa o homem de estudo tem campo, sabe onde deve chegar; aqui... — Qual, doutor! Não há como a sua terra! A questão é pendurar, quando se entra, a sobrecasaca de cavalheiro no Pão de Açúcar; e no mais — tudo vai às mil maravilhas! O padeiro ficou atônito com a cínica franqueza do julgamento do jornalista. Teve um assomo de virtude e objetou pudicamente: — Nem tanto, doutor! Nem tanto! olhe que ainda há homens honestos nesta terra e em altas posições — o que é mais raro! O doutor Gregoróvitch dardejou-lhe um breve olhar sarcástico e expelindo uma longa fumaça cheia de dúvida e de troça, disse devagar: — Pode ser, Laje! Quem sabe?”

Fragmento de “O triste fim de Policarpo Quaresma” Lima Barreto. p. 19.

Se quisermos manter a coesão e a coerência textuais deste período do texto dado “Havia alguma coisa de opereta, mas o homem era tão simpático,(...)”, podemos substituir a palavra em destaque por:
Alternativas
Q1020708 Português

    “(...) — O doutor é formado em Direito? indaguei por minha vez — Não. Formei-me em Línguas Orientais e Exegese Bíblica, na Universidade de Sófia, tendo começado o curso no Cairo. Disfarcei a vontade que me deu de rir, ouvindo tão extravagante titulo escolar. Havia alguma coisa de opereta, mas o homem era tão simpático, tinha sido tão amável e parecia tão ilustrado que me esforcei por sujeitar o meu ímpeto de rir, soltando uma frase à-toa: — Na Europa o homem de estudo tem campo, sabe onde deve chegar; aqui... — Qual, doutor! Não há como a sua terra! A questão é pendurar, quando se entra, a sobrecasaca de cavalheiro no Pão de Açúcar; e no mais — tudo vai às mil maravilhas! O padeiro ficou atônito com a cínica franqueza do julgamento do jornalista. Teve um assomo de virtude e objetou pudicamente: — Nem tanto, doutor! Nem tanto! olhe que ainda há homens honestos nesta terra e em altas posições — o que é mais raro! O doutor Gregoróvitch dardejou-lhe um breve olhar sarcástico e expelindo uma longa fumaça cheia de dúvida e de troça, disse devagar: — Pode ser, Laje! Quem sabe?”

Fragmento de “O triste fim de Policarpo Quaresma” Lima Barreto. p. 19.

No trecho “— Qual, doutor! (...)”, a vírgula está empregada para:
Alternativas
Q1020709 Português

 

Pra que discutir com madame?

De Haroldo Barbosa e Janet de Almeida (1945)


Madame diz que a raça não melhora

Que a vida piora por causa do samba,

Madame diz que o samba tem pecado

Que o samba é coitado e devia acabar,

Madame diz que o samba tem cachaça,

Mistura de raça, mistura de cor.


Madame diz que o samba democrata,

é música barata sem nenhum valor,

Vamos acabar com o samba,

Madame não gosta que ninguém sambe

Vive dizendo que samba é vexame

Pra que discutir com madame?


No carnaval que vem também concorro,

Meu bloco de morro vai cantar ópera,

E na avenida, entre mil apertos,

Vocês vão ver gente cantando concerto

Madame tem um parafuso a menos

Só fala veneno, meu Deus, que horror!

O samba brasileiro democrata

Brasileiro na batata é que tem valor.


Assinale a alternativa que apresenta uma oposição NÃO abordada na letra de “Pra que discutir com Madame?”.

Alternativas
Q1020710 Português

 

Pra que discutir com madame?

De Haroldo Barbosa e Janet de Almeida (1945)


Madame diz que a raça não melhora

Que a vida piora por causa do samba,

Madame diz que o samba tem pecado

Que o samba é coitado e devia acabar,

Madame diz que o samba tem cachaça,

Mistura de raça, mistura de cor.


Madame diz que o samba democrata,

é música barata sem nenhum valor,

Vamos acabar com o samba,

Madame não gosta que ninguém sambe

Vive dizendo que samba é vexame

Pra que discutir com madame?


No carnaval que vem também concorro,

Meu bloco de morro vai cantar ópera,

E na avenida, entre mil apertos,

Vocês vão ver gente cantando concerto

Madame tem um parafuso a menos

Só fala veneno, meu Deus, que horror!

O samba brasileiro democrata

Brasileiro na batata é que tem valor.


No trecho a seguir:


“Madame tem um parafuso a menos

Só fala veneno, meu Deus, que horror!”


Esses versos são exemplos de linguagem informal. Marque a alternativa que NÃO apresenta uma característica desse tipo de uso da língua.

Alternativas
Q1020711 Português

 

Pra que discutir com madame?

De Haroldo Barbosa e Janet de Almeida (1945)


Madame diz que a raça não melhora

Que a vida piora por causa do samba,

Madame diz que o samba tem pecado

Que o samba é coitado e devia acabar,

Madame diz que o samba tem cachaça,

Mistura de raça, mistura de cor.


Madame diz que o samba democrata,

é música barata sem nenhum valor,

Vamos acabar com o samba,

Madame não gosta que ninguém sambe

Vive dizendo que samba é vexame

Pra que discutir com madame?


No carnaval que vem também concorro,

Meu bloco de morro vai cantar ópera,

E na avenida, entre mil apertos,

Vocês vão ver gente cantando concerto

Madame tem um parafuso a menos

Só fala veneno, meu Deus, que horror!

O samba brasileiro democrata

Brasileiro na batata é que tem valor.


Relativamente aos elementos da comunicação, é correto afirmar que, quanto ao texto dado, o receptor e o código são respectivamente:
Alternativas
Q1020712 Português

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Construir sobre a fachada do luar das nossas terras

Um mundo novo onde o amor campeia, unindo os homens de todas as terras

Por sobre os recalques, os ódios e as incompreensões, as torturas de todas as eras.

É um longo caminho a percorrer no mundo dos homens.

É difícil, sim, percorrer este longo caminho

De longe de toda a África martirizada.

Crucificada todos os dias na alma dos seus filhos.

(…)


Fragmento do poema CONSTRUIR, de Alda do Espírito Santo (1926, São Tomé e Príncipe – 2010, Luanda, Angola).


Leia o trecho a seguir:


“Um mundo novo onde o amor campeia, unindo os homens de todas as terras”.


Esses versos, destacados do poema dado, se estruturam num período:

Alternativas
Q1020713 Português

                     


O texto adiante é um fragmento da cobertura jornalística, feita na Feira Literária Internacional de Parati (FLIP), da mesa que reuniu as escritoras Conceição Evaristo e Ana Maria Gonçalves, na 15ª edição do evento, realizada em 2017. Leia-o e responda à questão proposta a seguir. 


“A escrevivência de Conceição Evaristo e a visibilidade negra na literatura

      Atravessada por falas de afeto e resistência, Ana Maria perguntou a Conceição como amar em tempos tão difíceis, especialmente para os negros. ‘Tem um projeto histórico de nos apartarmos uns dos outros. […] Os laços afetivos nos permitem sobreviver nessa sociedade. Amamos e nos damos, nos damos e amamos.’

      Em dado momento, pontuou a dificuldade das mulheres negras de publicar livros. ‘Nunca nos dão a competência da arte literária. Há um imaginário de que dançamos, cozinhamos, cuidamos bem de uma casa. Somos, sim, capazes de lavar, de passar, mas também de dar aula, de exercer a medicina, de sermos políticas, de sermos professoras, de sermos escritoras’, ressaltou ela, que inclusive trabalhou como educadora no bairro do Caju (RJ), na década de 1970.

      Termo criado por Conceição, escrevivências define a escrita marcada por suas experiências como mulher negra. E acrescentou: ‘Quero escrever um texto que se aproxime o máximo possível de uma linguagem oralizada, aproximá-lo da língua viva do cotidiano’.”

Tendo como referência os padrões da norma culta e da gramática da língua portuguesa, pode- -se afirmar que, quanto à sua classe gramatical, o interessante neologismo criado por Conceição Evaristo, escrevivência, é um:
Alternativas
Q1020714 Português

                     


O texto adiante é um fragmento da cobertura jornalística, feita na Feira Literária Internacional de Parati (FLIP), da mesa que reuniu as escritoras Conceição Evaristo e Ana Maria Gonçalves, na 15ª edição do evento, realizada em 2017. Leia-o e responda à questão proposta a seguir. 


“A escrevivência de Conceição Evaristo e a visibilidade negra na literatura

      Atravessada por falas de afeto e resistência, Ana Maria perguntou a Conceição como amar em tempos tão difíceis, especialmente para os negros. ‘Tem um projeto histórico de nos apartarmos uns dos outros. […] Os laços afetivos nos permitem sobreviver nessa sociedade. Amamos e nos damos, nos damos e amamos.’

      Em dado momento, pontuou a dificuldade das mulheres negras de publicar livros. ‘Nunca nos dão a competência da arte literária. Há um imaginário de que dançamos, cozinhamos, cuidamos bem de uma casa. Somos, sim, capazes de lavar, de passar, mas também de dar aula, de exercer a medicina, de sermos políticas, de sermos professoras, de sermos escritoras’, ressaltou ela, que inclusive trabalhou como educadora no bairro do Caju (RJ), na década de 1970.

      Termo criado por Conceição, escrevivências define a escrita marcada por suas experiências como mulher negra. E acrescentou: ‘Quero escrever um texto que se aproxime o máximo possível de uma linguagem oralizada, aproximá-lo da língua viva do cotidiano’.”

No que se refere aos elementos que determinam a tipologia textual; nas intervenções da escritora Conceição Evaristo reproduzidas no texto 9, sobressaem marcas de:
Alternativas
Q1020715 Português

                                     TEXTO 10

O texto adiante é um fragmento do contoNÓS MATÁMOS O CÃO TINHOSO, do escritor moçambicano Luís Bernardo Honwana. Após a independência de Moçambique, o autor foi alto funcionário do governo e presidente da Organização Nacional dos Jornalistas. Desempenhou também funções de diretor do gabinete do Presidente Samora Machel e do Secretário de Estado da Cultura. Leia-o, atentamente, e responda às questões propostas a seguir.


                           Imagem associada para resolução da questão


“O Cão-Tinhoso olhava-me com força. Os seus olhos azuis não tinham brilho nenhum, mas eram enormes e estavam cheios de lágrimas que lhe escorriam pelo focinho. Metiam medo aqueles olhos, assim tão grandes, a olhar como uma pessoa a pedir qualquer coisa sem querer dizer. Quando eu olhava agora para dentro deles, sentia um peso muito maior do que quando tinha a corda a tremer de tão esticada, com os ossos a querer fugir da minha mão e com os latidos que saíam a chiar, afogados na boca fechada. (...)”.

Fragmento do conto “NÓS MATÁMOS O CÃO TINHOSO”, do escritor moçambicano Luís Bernardo Honwana.


Leia o trecho a seguir:


“Os seus olhos azuis não tinham brilho nenhum, mas eram enormes e estavam cheios de lágrimas que lhe escorriam pelo focinho.”

Quanto a esse período composto do texto dado, é correto afirmar que, além da oração principal, há:

Alternativas
Respostas
1: A
2: C
3: D
4: B
5: E
6: D
7: E
8: E
9: B
10: E
11: D
12: C
13: C
14: A
15: B
16: D
17: A
18: E
19: C
20: A