Questões de Concurso Público Prefeitura de Campinas - SP 2016 para Terapeuta Ocupacional
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As doenças do trabalho referem-se a um conjunto de danos ou agravos que incidem sobre a saúde dos trabalhadores, causados, desencadeados ou agravados por fatores de risco presentes nos locais de trabalho. Manifestam-se de forma lenta, insidiosa, podendo levar anos, para se manifestarem o que, na prática, tem demonstrado ser um fator dificultador no estabelecimento da relação entre uma doença sob investigação e o trabalho. Tradicionalmente, os riscos presentes nos locais de trabalho são classificados como
Considere a situação hipotética abaixo.
Quadro caracterizado por uma polarização do humor, marcado por um conjunto de sintomas com duração e gravidade suficientes para comprometer a capacidade funcional do indivíduo. Um polo do quadro é caracterizado por perda do prazer, diminuição da energia, fatigabilidade, sentimento de auto-reprovação. O outro polo, caracteriza-se por aumento da atividade e inquietação, fuga de ideias ou experiência subjetiva de pensamento acelerado, desinibição social, aumento da auto-estima e grandiosidade.
De acordo com CID-10, refere-se a
Rapaz de 29 anos refere estar ouvindo vozes e sente-se perseguido. Procura a Terapeuta Ocupacional, pois percebe que ao fazer atividades estes sintomas diminuem, principalmente a intensidade das vozes. Paciente frequenta CAPS há 2 anos e mantém este quadro no último ano. Cabe à Terapeuta Ocupacional
O grupo de Terapia Ocupacional é um tratamento bastante utilizado na clínica em Saúde Mental. Pode-se afirmar que
De acordo com o Ministério da Saúde, este procedimento é “uma das principais formas de tratamento oferecido nos CAPS. São realizados em grupo com a presença e orientação de um ou mais profissionais, monitores e/ou estagiários. Este procedimento se caracteriza por vários tipos de atividades que podem ser definidas através do interesse dos usuários, das possibilidades dos técnicos do serviço, das necessidades, tendo em vista a maior integração social e familiar, a manifestação de sentimentos e problemas, o desenvolvimento de habilidades corporais, a realização de atividades produtivas, o exercício coletivo da cidadania”.
Este texto refere-se à
Considere o texto e as afirmativas abaixo.
A atual política de saúde mental brasileira é resultado da mobilização de usuários, familiares e trabalhadores da Saúde iniciada na década de 1980 com o objetivo de mudar a realidade dos manicômios onde viviam mais de 100 mil pessoas com transtornos mentais. O movimento foi impulsionado pela importância que o tema dos direitos humanos adquiriu no combate à ditadura militar e alimentou-se das experiências exitosas de países europeus na substituição de um modelo de saúde mental baseado no hospital psiquiátrico por um modelo de serviços comunitários com forte inserção territorial. Nas últimas décadas, esse processo de mudança se expressa especialmente por meio do Movimento Social da Luta Antimanicomial e de um projeto coletivamente produzido de mudança do modelo de atenção e de gestão do cuidado: a Reforma Psiquiátrica.
I. Na década de 2000, com financiamento e regulação tripartite, amplia-se fortemente a rede de atenção psicossocial − Raps, que passa a integrar, a partir do Decreto Presidencial no 7508/2011. Entre os equipamentos substitutivos ao modelo manicomial podemos citar os Centros de Atenção Psicossocial − Caps, os Serviços Residenciais Terapêuticos − SRT, os Centros de Convivência − Cecos, as Enfermarias de Saúde Mental em hospitais gerais, as oficinas de geração de renda, entre outros.
II. As práticas em saúde mental na Atenção Básica podem e devem ser realizadas por todos os profissionais de Saúde. O que unifica o objetivo dos profissionais para o cuidado em saúde mental devem ser o entendimento do território e a relação de vínculo da equipe de Saúde com os usuários, mais do que a escolha entre uma das diferentes compreensões sobre a saúde mental que uma equipe venha a se identificar.
III. A divisão de tarefas e responsabilidade envolve o profundo conhecimento técnico de cada especialidade. Assim, a presença de um psiquiatra e outro profissional da saúde mental é indispensável pois somente estes profissionais podem oferecer a escuta adequada ao sofrimento do paciente.
IV. A Saúde Mental e Atenção Básica são campos que convergem a um objeto comum e o que está em jogo em ambos é a superação das limitações da visão dualista do homem, a construção de um novo modelo dinâmico, complexo e não reducionista e a orientação para novas formas de prática na área de Saúde.
Está correto o que se afirma APENAS em
Paciente de 75 anos é trazida pelo marido ao Ambulatório pois está muito distraída. Pela terceira vez esqueceu o fogão ligado. Deixa as portas abertas, perde-se com facilidade na rua, em um bairro onde mora há 30 anos. Não consegue mais fazer compras sozinha pois não se lembra do que comprar e esquece a senha do cartão. Na última semana, brigou com uma vizinha de quem é amiga desde que mora na rua dizendo que ela havia entrado em sua casa e roubado suas joias. O quadro teve início há 4 anos quando passou a esquecer nomes e números de telefone. A tomografia computadorizada mostrou atrofia cortical generalizada de moderada intensidade e dilatação ventricular.
Este é um quadro típico de
Menino, 7 anos, vem acompanhado pela mãe com as seguintes queixas: “é uma criança muito ativa e impulsiva, não pensa para fazer. Não consegue terminar o que começa pois logo pula para outra atividade”. A escola refere desempenho insatisfatório além de problemas de relacionamento com demais alunos.
Estas queixas são típicas do seguinte transtorno da infância:
Considere o texto e as afirmativas abaixo.
Desde 2006, o Ministério da Saúde, com a finalidade de conhecer a magnitude dos casos de acidentes e violências no país que não levam ao óbito ou à internação, estruturou o Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes − VIVA, para possibilitar a obtenção de informações e o planejamento das ações de prevenção a esses agravos. A rede de serviços do SUS constitui-se num espaço privilegiado para a identificação, acolhimento, atendimento, notificação, cuidados e proteção de crianças e adolescentes em situação de violência, bem como para a orientação às famílias. Para capacitar os profissionais a identificar sinais de alerta e sintomas de violência, foi criado, em 2010, a Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violência.
I. Essas ações e diretrizes são articuladas com as políticas sociais e de direitos humanos e são pactuadas entre as instâncias colegiadas da gestão do SUS, nas três esferas de governo, por intermédio do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde − CONASS e do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde − CONASEMS, e no âmbito estadual, municipal e do Distrito Federal nos conselhos locais.
II. O fortalecimento da resiliência é fundamental ao se elaborar ações preventivas na comunidade para a redução dos riscos de violência e promoção da cultura de paz no território.
III. No contato com as famílias, por menor que seja o tempo disponível para o atendimento, os profissionais de saúde precisam enfatizar alguns valores familiares e sociais importantes para uma convivência familiar saudável, tais como respeitar os direitos da criança e do adolescente e expressar afeto e carinho, dentre outros.
IV. Um exemplo de medida preventiva para riscos de violência que pode ocorrer no território é a redução da presença ou do acesso às drogas, ao álcool e às armas.
Está correto o que se afirma em
Sobre a Política de Saúde Mental voltada à Rede Básica de Atenção:
Este transtorno caracteriza-se, em geral, por distorções fundamentais do pensamento e da percepção e por afetos inapropriados ou embotados. Usualmente mantém-se clara a consciência e a capacidade intelectual, embora certos déficits cognitivos possam evoluir no curso do tempo. Os fenômenos psicopatológicos mais importantes incluem o eco do pensamento, a imposição ou o roubo do pensamento, a divulgação do pensamento, a percepção delirante, ideias delirantes de controle, de influência ou de passividade, vozes alucinatórias que comentam ou discutem com o paciente na terceira pessoa, transtornos do pensamento e sintomas negativos (CID-10).
Estas características referem-se:
Na literatura referente à Terapia Ocupacional, percebe-se um aumento quanto à elaboração e utilização de instrumentos de avaliação específicos. Dentre os instrumentos disponibilizados para uso na clínica da terapia ocupacional:
Os CAPSad são voltados para o atendimento diário de usuários de álcool e outras drogas, podendo ter leitos de repouso, com a finalidade exclusiva de tratamento de desintoxicação e devem estar baseados na Redução de Danos como estratégia de intervenção. Utilizadas internacionalmente e apoiadas pelas instituições responsáveis pela formulação da Política Nacional sobre Drogas, as estratégias de Redução de Danos constituem
A Terapia Ocupacional, na clínica da dependência química, entende que
Considere a tabela abaixo sobre os vários modelos que subsidiam a prática do Terapeuta Ocupacional. Em comum, entre eles, está a importância fundamental da ocupação na vida das pessoas.
Modelo |
Pressuposto básico |
I. Ocupação Humana |
A. Serve para suplantar alguns hábitos, modificar outros e construir novos para que ao final as reações de hábitos sejam favoráveis à restauração e manutenção da saúde. |
II. Treinamento de Hábitos |
B. O Homem requer um tratamento holístico, centrado no cliente, devendo-se considerar os papéis, o ambiente e as experiências individuais. |
III. Modelo Canadense de Desempenho Ocupacional |
C. O desempenho ocupacional decorre da interação de um sistema dinâmico, composto de volição, habituação e desempenho. |
IV. Modelo da Incapacidade Cognitiva |
D. As atividades e intervenções devem ser indicadas a partir do nível inicial de desenvolvimento do indivíduo e progredir à medida que ele domine cada etapa. |
V. Desempenho Adaptativo e Funcional |
E. Diante de uma incapacidade cognitiva o terapeuta pode ajudar o paciente a compensá-la pelo uso de adaptações ambientais. |
VI. Terapia Ocupacional Dinâmica |
F. Trilhas associativas é a principal técnica na qual o paciente compara suas atividades e daí significa seu processo na relação com a terapeuta ocupacional. |
A associação correta é:
O grupo de Terapia Ocupacional tem indicação e é, de fato, muito utilizado para pacientes psicóticos. Cabe ao Terapeuta Ocupacional:
Considere a situação hipotética abaixo.
Paciente com dificuldade de socialização, com suspeita de esquizofrenia, inicia tratamento em um CAPS II. Após avaliação na qual o Terapeuta Ocupacional levanta interesses e habilidades do paciente, percebe que o mesmo se interessa pela oficina de jardinagem, entretanto permanece em um grupo de pessoas que ainda não conhece. O paciente se cala e permanece em um canto do jardim. Diante disso, o Terapeuta combina com o paciente que nos primeiros dias ele o ajude a separar os materiais que serão utilizados na oficina. No decorrer dos dias, o paciente entra na oficina junto com o Terapeuta para observar o ambiente e as pessoas, e consegue permanecer por um período. Com a evolução, passa a executar uma das tarefas da atividade, como por exemplo, replantar pequenas mudas de verduras e aos poucos passa a dar sugestões de outros tipos de plantas para compor a horta e a trocar com outros pacientes receitas de chás, de plantas presentes na horta. Desta forma, passa a conhecer os demais participantes e perceber o ambiente como um local acolhedor das diferenças. Com isso, consegue permanecer na oficina do início ao fim, em todas as etapas.
O Terapeuta Ocupacional realizou
O interesse pela reabilitação psicossocial aconteceu no contexto da diminuição das internações psiquiátricas, da necessidade de uma nova forma de efetivamente inserir os egressos de longas internações na comunidade, de ampliação dos direitos dos doentes mentais e da evolução do conhecimento psiquiátrico sobre a heterogeneidade das psicoses. É correto afirmar:
A perspectiva socioterápica é conceituada como aquela que
Sobre o conceito de Reabilitação Psicossocial, considere as afirmativas abaixo.
I. São vários os modelos. “Pitta (1996) compreende a reabilitação psicossocial como um processo que facilita ao indivíduo, a despeito de suas limitações, maior autonomia na comunidade. Saraceno (1996) descreve a reabilitação psicossocial como um exercício de cidadania e contratualidade estabelecida em esferas distintas e complementares como o habitar, a rede de relações sociais e o trabalho. Para Kinoshita (1996) a reabilitação psicossocial seria um processo de restituição do poder contratual do usuário visando ampliar sua autonomia.”
II. Para Guerra (2004) existem três grandes modelos de reabilitação psicossocial: o psicoeducativo, o sociopolítico e o de orientação clínica.
III. A noção de Recovery tem sido usada em alguns países, para re-orientar programas de saúde mental. Esses novos programas orientados pelo recovery utilizam-se do modelo comunitário de intervenção como principal mecanismo para atingir seus objetivos se afastando dos pressupostos da reabilitação psicossocial.
IV. Para Benetton (1996), a Terapia Ocupacional nasceu sob o signo da reabilitação, integrando o núcleo de sustentação dos centros de reabilitação uma vez que ela tem sua ação voltada para o treinamento e para o desenvolvimento de habilidades, na construção de um cotidiano para indivíduos da sociedade.
Está correto o que se afirma APENAS em