Questões de Concurso Público Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ 2012 para Professor I - Língua Portuguesa
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TEXTO 1: Planetania
Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.
No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.
A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.
Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.
(...)
Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.
(...)
Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.
Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.
Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.
(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10
de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>
TEXTO 1: Planetania
Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.
No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.
A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.
Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.
(...)
Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.
(...)
Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.
Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.
Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.
(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10
de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>
TEXTO 1: Planetania
Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.
No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.
A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.
Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.
(...)
Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.
(...)
Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.
Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.
Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.
(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10
de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>
TEXTO 1: Planetania
Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.
No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.
A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.
Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.
(...)
Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.
(...)
Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.
Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.
Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.
(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10
de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>
TEXTO 1: Planetania
Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.
No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.
A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.
Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.
(...)
Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.
(...)
Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.
Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.
Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.
(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10
de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>
TEXTO 1: Planetania
Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.
No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.
A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.
Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.
(...)
Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.
(...)
Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.
Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.
Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.
(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10
de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>
TEXTO 1: Planetania
Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.
No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.
A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.
Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.
(...)
Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.
(...)
Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.
Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.
Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.
(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10
de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>
“A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo.”
A enunciação da frase acima parece basear-se em uma pressuposição acerca da cidadania. De acordo com o ponto de vista apresentado no texto 1, pode-se entender que essa pressuposição corresponde a uma crítica à forma atual de exercício da cidadania, que, frente aos dilemas de hoje, apresenta a característica de:
TEXTO 1: Planetania
Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.
No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.
A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.
Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.
(...)
Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.
(...)
Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.
Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.
Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.
(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10
de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>
Um exemplo de construção metonímica do texto
pode ser claramente identificado em:
TEXTO 1: Planetania
Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.
No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.
A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.
Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.
(...)
Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.
(...)
Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.
Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.
Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.
(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10
de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>
TEXTO 1: Planetania
Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.
No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.
A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.
Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.
(...)
Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.
(...)
Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.
Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.
Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.
(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10
de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>
“Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais.”
No segmento acima, os dois períodos poderiam ser unificados em apenas um, mantendo-se a relação de sentido estabelecida entre eles, por meio do emprego do seguinte conectivo:
TEXTO 1: Planetania
Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.
No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.
A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.
Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.
(...)
Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.
(...)
Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.
Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.
Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.
(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10
de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>
Considerando principalmente a segunda acepção, ao vincular o sentido da cidadania ao composto “cidadãos-urbanos”, o autor do texto 1 reforça uma:
TEXTO 1: Planetania
Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.
No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.
A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.
Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.
(...)
Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.
(...)
Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.
Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.
Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.
(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10
de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>
TEXTO 1: Planetania
Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.
No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.
A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.
Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.
(...)
Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.
(...)
Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.
Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.
Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.
(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10
de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>
“A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global.”
O trecho acima exemplifica um uso reiterado do verbo “dever”, que contribui para a construção do sentido do texto, no qual Cristovam Buarque busca expor, de maneira convincente, suas opiniões acerca das novas demandas da cidadania no contexto da globalização. Por pertencer à classificação dos chamados verbos auxiliares “modais”, pode-se concluir que a contribuição do emprego do verbo “dever”, no texto dado, ocorre porque:
TEXTO 1: Planetania
Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.
No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.
A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.
Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.
(...)
Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.
(...)
Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.
Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.
Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.
(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10
de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>
TEXTO 1: Planetania
Deve-se ao ex-governador do Acre, Jorge Viana, a criação da palavra “florestania”, em contraposição a “cidadania”. À palavra diferente corresponde um conceito diferente. Cidadania se refere a direitos e responsabilidades dos moradores das cidades democráticas. O termo está vinculado aos direitos e deveres dos cidadãos-urbanos, distantes dos moradores das florestas e ainda mais da própria floresta. Florestania significa a cidadania adaptada aos moradores da floresta e a responsabilidade deles com o meio ambiente natural onde vivem. Apesar de um enorme avanço, esse novo conceito ainda ficou restrito ao local.
No entanto, a civilização de hoje exige um salto que vá além da cidadania e da florestania locais, que nos dê uma visão de cidadania e florestania em escala mundial: a “planetania”.
A planetania deve ter cinco características essenciais. Primeiro, diferentemente da cidadania e da florestania, ela deve ser global. Mesmo agindo nos limites de cada país, a cidadania não permitirá ações que tenham influência nos assuntos de toda a civilização. Os problemas de hoje exigem enfrentamentos globais. A cidadania não pode mais se limitar às eleições dentro de um país ou cidade, ela deve levar em conta a responsabilidade e os direitos de cada cidadão para com o mundo todo. O meio ambiente, o terrorismo, a economia, a migração, a ilicitude, o tráfico, as drogas, qualquer problema da vida social está vinculado ao resto do mundo. Cada país faz parte do condomínio Terra, cada pessoa já não é somente cidadão de um país: faz parte de toda humanidade.
Segundo, a planetania precisa estar relacionada com a natureza. Não há cidadania moderna que não leve em conta o rural, as florestas, a água, a terra arável. Além de global, a nova cidadania deve ser ecológica.
(...)
Terceiro, a planetania deve ser socialmente solidária em escala global. Em um tempo em que as informações são globais e instantâneas, qualquer lugar do mundo está dentro de qualquer sala em qualquer outra parte do mundo e o sofrimento de qualquer pessoa deve ser um sentimento global. Ninguém deve assistir em silêncio às tragédias das doenças na África, do desemprego na Europa.
(...)
Eticamente, não se justifica o abandono dos problemas sociais de países e regiões distantes.
Quarto, a planetania, diferentemente da cidadania, tem uma percepção de longo prazo dos assuntos do mundo. A cidadania busca defender os cidadãos de hoje nos seus interesses imediatos e pessoais; no máximo, os interesses de curto e médio prazos das cidades ou do país. A planetania olha com responsabilidade para o longo prazo e para todo o planeta.
Quinto, a planetania significa um compromisso global com a educação no mundo inteiro: com a garantia de igualdade de oportunidade a cada indivíduo e criação de uma mentalidade planetária. Em vez de centrar o processo civilizatório e o desenvolvimento no avanço e no crescimento econômico, a planetania defende uma revolução global pela educação de qualidade igual para todos.
(Cristovam Buarque, artigo publicado no Jornal do Commercio (PE), em 10
de julho de 2009. Disponível em <http://cristovam.org.br>
TEXTO 2: A rua diferente
Na minha rua estão cortando árvores
botando trilhos
construindo casas.
Minha rua acordou mudada.
Os vizinhos não se conformam.
Eles não sabem que a vida
tem dessas exigências brutas.
Só minha filha goza o espetáculo
e se diverte com os andaimes,
a luz da solda autógena
e o cimento escorrendo nas formas.
(ANDRADE, Carlos Drummond. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar Editora, 1973, p. 60)
“Eles não sabem que a vida / tem dessas exigências brutas.”
As duas formas pronominais grifadas são anafóricas, ou seja, remetem a enunciados anteriores. Entretanto, enquanto a primeira forma realiza um processo comum de substituição, a segunda permite associar, ao que fora enunciado anteriormente, o seguinte componente do sentido do texto 2:
TEXTO 2: A rua diferente
Na minha rua estão cortando árvores
botando trilhos
construindo casas.
Minha rua acordou mudada.
Os vizinhos não se conformam.
Eles não sabem que a vida
tem dessas exigências brutas.
Só minha filha goza o espetáculo
e se diverte com os andaimes,
a luz da solda autógena
e o cimento escorrendo nas formas.
(ANDRADE, Carlos Drummond. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar Editora, 1973, p. 60)
TEXTO 2: A rua diferente
Na minha rua estão cortando árvores
botando trilhos
construindo casas.
Minha rua acordou mudada.
Os vizinhos não se conformam.
Eles não sabem que a vida
tem dessas exigências brutas.
Só minha filha goza o espetáculo
e se diverte com os andaimes,
a luz da solda autógena
e o cimento escorrendo nas formas.
(ANDRADE, Carlos Drummond. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar Editora, 1973, p. 60)
Ao tratar das classes gramaticais, Bechara (2004) cita a inclusão, na Nomenclatura Gramatical Brasileira, de palavras denotativas, as quais, muitas vezes, “têm papel transfrástico e melhor atendem a fatores de função textual estranhos às relações semântico-sintáticas inerentes às orações em que se encontram inseridas”.
Um exemplo desse tipo de palavra se encontra no seguinte verso do poema:
TEXTO 2: A rua diferente
Na minha rua estão cortando árvores
botando trilhos
construindo casas.
Minha rua acordou mudada.
Os vizinhos não se conformam.
Eles não sabem que a vida
tem dessas exigências brutas.
Só minha filha goza o espetáculo
e se diverte com os andaimes,
a luz da solda autógena
e o cimento escorrendo nas formas.
(ANDRADE, Carlos Drummond. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar Editora, 1973, p. 60)
“e o cimento escorrendo nas formas.”
A palavra destacada, dependendo do timbre da vogal, remete a significados distintos, com diferentes registros nos dicionários: como “molde” (/fôrma/) ou como “formato, feitio” (/fórma/).
Com o último acordo ortográfico, quando se tratar de /fôrma/, a acentuação gráfica tornou-se facultativa. Observe a utilização das palavras no poema “Os sapos”, de Manuel Bandeira:
“Vai por cinquenta anos/ Que lhes dei a norma: / Reduzi sem danos / A fôrmas a forma.”
Nesse exemplo, a ausência do acento gráfico traria a seguinte decorrência:
TEXTO 2: A rua diferente
Na minha rua estão cortando árvores
botando trilhos
construindo casas.
Minha rua acordou mudada.
Os vizinhos não se conformam.
Eles não sabem que a vida
tem dessas exigências brutas.
Só minha filha goza o espetáculo
e se diverte com os andaimes,
a luz da solda autógena
e o cimento escorrendo nas formas.
(ANDRADE, Carlos Drummond. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar Editora, 1973, p. 60)