Questões de Concurso Público Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ 2019 para Professor - Ciências

Foram encontradas 50 questões

Q1054478 Biologia
Um grupo de alunos preparou para a feira de Ciências um folder explicativo contendo as mais importantes doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) humanas. Uma delas foi descrita da seguinte forma: “DST bacteriana que apresenta período de incubação de aproximadamente três semanas e pode possuir três fases de desenvolvimento. O primeiro sintoma, na maioria dos casos, é o aparecimento de um cancro no local da infecção, podendo o mesmo desaparecer, mesmo sem nenhum tipo de tratamento”. A DST em questão é a:
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Q1054479 Biologia
Leia atentamente o trecho da reportagem a seguir:
Vinicius Junior rompe ligamento do tornozelo
“A lesão aconteceu aos 30 minutos do primeiro tempo, logo no principal momento de Vinicius Junior no jogo. O brasileiro arrancou do meio de campo até a área, terminando a jogada com um chute perigoso para fora. Em seguida, ele caiu com dores e deixou o gramado pouco depois para a entrada de Asensio”. Fonte: https://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/ futebol-espanhol/noticia/vinicius-junior-rompe-ligamento-do- tornozelo.ghtml
A função da estrutura rompida, localizada no tornozelo do atleta, é:
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Q1054480 Química
Na atividade mineradora é utilizado, com frequência, um método muito eficiente para separar os minérios de suas impurezas. A rocha a ser explorada é submetida a uma trituração e, em seguida, adiciona-se óleo. As partículas de minério, retiradas da rocha, fixam-se ao óleo. Se for acrescentada água ao conjunto, as partículas fixadas no óleo vão para a superfície, e as impurezas ficam no fundo do recipiente. Tal método de separação é denominado:
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Q1054481 Biologia
O fluido alcalino responsável pela emulsificação dos lipídios, facilitando a ação das enzimas lipolíticas digestivas é chamado de:
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Q1054482 Biologia
Os estudantes Carolina e Arthur, que nunca doaram ou receberam sangue durante a vida, conversavam sobre os diferentes tipos sanguíneos existentes. Carolina disse que seu sangue possuí aglutinina anti-A, mas não a aglutinina anti-B. Já Arthur revelou que seu sangue possui os dois tipos de aglutinogênios (A e B). Os tipos sanguíneos de Carolina e Arthur são, respectivamente:
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Q1054483 Biologia
O albinismo é uma doença genética autossômica recessiva que provoca deficiência na produção de melanina em humanos. Observe a genealogia a seguir:
Imagem associada para resolução da questão

Sabendo que Cristina, Hélio, Maria e Alice são albinos e que todos os outros membros da genealogia não são albinos, a probabilidade do nascimento de uma criança com albinismo do casamento entre Fábio e Alice seria de:
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Q1054484 Biologia
Durante a aula de Ciências, o aluno Gabriel fez a seguinte pergunta ao seu professor: “É verdade que toda artéria do corpo humano transporta sangue arterial?”. O professor explicou que essa afirmação não procedia, pois existe, por exemplo, uma importante artéria conectada ao coração, que transporta sangue venoso. A artéria citada pelo professor é a:
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Q1054485 Biologia
Os erros refrativos, popularmente conhecidos como “grau”, constituem a causa mais comum de deficiência visual. Uma dessas deficiências, acarreta uma focalização da imagem antes desta chegar à retina, possibilitando que objetos próximos sejam vistos com nitidez, mas que os distantes sejam visualizados como se estivessem embaçados (desfocados). Tal deficiência visual é conhecida como:
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Q1054486 Biologia
Durante uma aula sobre sistema endócrino, o professor perguntou aos alunos se eles já tinham ouvido falar sobre o hormônio insulina e sua importância para o organismo humano. O aluno Eduardo disse que conhecia bem o tema da aula, pois sua mãe tomava insulina regularmente para tratar um distúrbio denominado:
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Q1054487 Biologia
Os órgãos e estruturas dos sentidos, juntamente com o sistema nervoso, são essenciais para a percepção, interpretação e interação com o mundo que nos cerca. A cóclea e a janela do vestíbulo são estruturas sensoriais que auxiliam no processo de:
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Q1054488 Geografia
A litosfera do nosso planeta é constituída de rochas que diferem entre si, basicamente, pela composição mineralógica e pela textura e, de acordo com essas diferenças, são classificadas pelos cientistas. O basalto, por exemplo, é uma rocha classificada como do tipo:
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Q1054489 Ciências
Em um vídeo científico sobre o sol, a Terra e a lua, o locutor narrou da seguinte forma uma das quatro fases da lua: “A face da lua iluminada pelo sol está toda voltada para o espaço exterior e não para a Terra. Sendo assim, a lua mostra apenas a face escura para a Terra”. O locutor descreveu a fase da lua denominada:
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Q1054490 Química
Os elementos químicos são classificados e agrupados na tabela periódica de acordo com as semelhanças de suas propriedades químicas, entre outras características comuns. Os elementos pertencentes ao grupo dos gases nobres ou inertes têm como características principais:
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Q1054491 Biologia
Em um famoso programa de decoração na televisão, um paisagista recomendou o uso de samambaias para os ambientes internos da casa e ciprestes para o jardim externo. As plantas recomendadas pelo paisagista são exemplos de vegetais classificados, respectivamente, como:
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Q1054492 Biologia

Observe a figura a seguir:


Imagem associada para resolução da questão

A estrutura do peixe identificada na figura tem como funções principais:
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Q1054493 Química
A atmosfera terrestre é composta por uma mistura de gases e outras substâncias químicas importantes para a preservação e desenvolvimento da vida no planeta. Dentre todos esses compostos, o gás mais abundante na nossa atmosfera é o:
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Q1054494 Português
Texto: Deveríamos viver a vida ou capturá-la?

    Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais.
    Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida, e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou?
    Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.
    Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
    Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse”, pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita um comprometimento total e foco de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.
    Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses, e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.
    O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo, e a gratificação (quantos “curtir” a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.
    Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento porque temos essa necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O’Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos. Nick Denton, diretor da Gawker, disse a seus convidados: “Vocês podem dar atenção à sua presença virtual – e seus seguidores no Twitter e no Instagram – amanhã”.
    Nisso podemos incluir palestrar usando o PowerPoint ou o Keynote, como posso afirmar por experiência própria. Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, para mostrar imagens e gráficos ou citações significativas.
Marcelo Gleiser
Disponível em: https://www.fronteiras.com/artigos/marcelo-gleiserdeveriamos-viver-a-vida-ou-captura-la
O dilema proposto no título antecipa a seguinte ideia, discutida no texto:
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Q1054498 Português
Texto: Deveríamos viver a vida ou capturá-la?

    Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais.
    Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida, e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou?
    Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.
    Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
    Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse”, pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita um comprometimento total e foco de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.
    Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses, e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.
    O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo, e a gratificação (quantos “curtir” a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.
    Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento porque temos essa necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O’Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos. Nick Denton, diretor da Gawker, disse a seus convidados: “Vocês podem dar atenção à sua presença virtual – e seus seguidores no Twitter e no Instagram – amanhã”.
    Nisso podemos incluir palestrar usando o PowerPoint ou o Keynote, como posso afirmar por experiência própria. Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, para mostrar imagens e gráficos ou citações significativas.
Marcelo Gleiser
Disponível em: https://www.fronteiras.com/artigos/marcelo-gleiserdeveriamos-viver-a-vida-ou-captura-la
“Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais”. No trecho, o elemento destacado é equivalente a:
Alternativas
Q1054499 Português
Texto: Deveríamos viver a vida ou capturá-la?

    Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais.
    Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida, e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou?
    Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.
    Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
    Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse”, pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita um comprometimento total e foco de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.
    Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses, e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.
    O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo, e a gratificação (quantos “curtir” a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.
    Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento porque temos essa necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O’Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos. Nick Denton, diretor da Gawker, disse a seus convidados: “Vocês podem dar atenção à sua presença virtual – e seus seguidores no Twitter e no Instagram – amanhã”.
    Nisso podemos incluir palestrar usando o PowerPoint ou o Keynote, como posso afirmar por experiência própria. Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, para mostrar imagens e gráficos ou citações significativas.
Marcelo Gleiser
Disponível em: https://www.fronteiras.com/artigos/marcelo-gleiserdeveriamos-viver-a-vida-ou-captura-la
“... como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways” (2º parágrafo). A palavra “como” introduz expressão com valor de:
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Q1054502 Português
Texto: Deveríamos viver a vida ou capturá-la?

    Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais.
    Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida, e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas, como o mais recente do jornalista Scott Welsh, gravado durante um voo da companhia aérea Jetblue Airways, em que as máscaras de oxigênio baixaram devido a um defeito mecânico. Se você se depara com a morte, por que não compartilhar seus momentos derradeiros com aqueles que você deixou?
    Há um aspecto disso tudo que faz sentido; todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto que leva a um desligamento com o momento.
    Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, espalhando seu foco ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
    Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse”, pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita um comprometimento total e foco de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.
    Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses, e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.
    O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo, e a gratificação (quantos “curtir” a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.
    Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento porque temos essa necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O’Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos. Nick Denton, diretor da Gawker, disse a seus convidados: “Vocês podem dar atenção à sua presença virtual – e seus seguidores no Twitter e no Instagram – amanhã”.
    Nisso podemos incluir palestrar usando o PowerPoint ou o Keynote, como posso afirmar por experiência própria. Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, para mostrar imagens e gráficos ou citações significativas.
Marcelo Gleiser
Disponível em: https://www.fronteiras.com/artigos/marcelo-gleiserdeveriamos-viver-a-vida-ou-captura-la
No quarto parágrafo, é estabelecida uma relação entre as noções de “viver” e “ver” que pode ser resumida pelo seguinte par de palavras, respectivamente:
Alternativas
Respostas
21: C
22: A
23: B
24: C
25: A
26: C
27: D
28: C
29: B
30: A
31: A
32: C
33: B
34: D
35: A
36: D
37: C
38: B
39: D
40: D