Questões de Concurso Público CRBio-5ª Região 2013 para Agente Fiscal

Foram encontradas 50 questões

Q747566 Português
Para responder à questão, leia o texto abaixo.

Busca pela vida em águas profundas em Santos

    O navio de pesquisa oceanográfica japonês Yokosuka chegou ontem ao Porto de Santos, com o submarino Shinkai 6500 e um grupo de cientistas brasileiros a bordo, marcando assim o fim de uma expedição de duas semanas sobre o Platô de São Paulo, com mergulhos que chegaram a 3.600 metros de profundidade.
    E a grande descoberta da expedição, imagine só, foi não ter descoberto quase nada. Foi a primeira vez que cientistas mergulharam a grandes profundidades nessa região, e a escassez de vida surpreendeu tanto os pesquisadores japoneses quanto os brasileiros. "A expectativa era encontrar grandes concentrações de vida, mas infelizmente nada disso foi localizado", contou ao Estado o cientista chefe da expedição, Katsunori Fujikura, da Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia da Terra e do Mar (Jamstec). A expectativa baseava-se no fato de que, do ponto de vista geológico, o Platô de São Paulo (onde fica a Bacia de Santos) é muito parecido com o Golfo do México, onde há também muitas reservas de petróleo, gás, e uma grande concentração de ecossistemas quimiossintéticos, que é o que os biólogos esperavam encontrar por aqui também. "Foi uma surpresa para nós. Por que será que há tão pouca vida aqui? Esse será o escopo das pesquisas a partir de agora", completou Fujikura.
    Ecossistemas quimiossintéticos são ambientes de grande profundidade associados a falhas no assoalho oceânico, nos quais a fonte primária de energia para a vida não é a fotossíntese, como realizada pelas plantas na superfície, mas o metabolismo de elementos químicos inorgânicos (como metano e enxofre) realizado por microorganismos especialmente adaptados a condições extremas de temperatura e pressão, que acabam dando suporte à vida de vários organismos maiores, incluindo moluscos, crustáceos e peixes. Há dois tipos principais desses ambientes: as fumarolas de água quente e as exsudações de água fria, que é o que os pesquisadores esperavam encontrar no Platô de São Paulo.
    A viagem de duas semanas, entre Rio e São Paulo, foi a segunda pernada de uma expedição iniciada cerca de um mês atrás, dentro de uma parceria entre a Jamstec, o Instituto Oceanográfico da USP e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), envolvendo pesquisadores de várias instituições brasileiras e japonesas. Na primeira pernada foram realizados sete mergulhos de até 4.200 metros de profundidade nas regiões da Elevação do Rio Grande e da Dorsal de São Paulo. Agora, na segunda pernada, foram nove mergulhos de  até 3.600 metros no Platô de São Paulo (estavam previstos 10 mergulhos, mas o último teve de ser cancelado por questões meteorológicas).
    Nenhum ambiente quimiossintético foi encontrado, e a quantidade de animais maiores observados também foi pequena — diferentemente do que foi observado nos mergulhos da primeira pernada. "Apesar de serem todos da mesma região, os três locais têm biodiversidades distintas", observou Fujikura. "Aqui não vimos animais de grande porte e a quantidade de vida era muito menor."
    O que não significa que a expedição tenha sido um fracasso, nem que não existam ecossistemas quimiossintéticos no Platô de São Paulo, segundo a pesquisadora Vivian Pellizari, do Instituto Oceanográfico da USP. "O que nós vimos foi uma parte muito pequena do platô", destaca ela. "É impossível que numa área enorme como essa, com todo o petróleo que sabemos ter aqui, não haja nenhum escape de gás, nenhuma exsudação fria, como há no Golfo do México. Temos de continuar procurando; é uma agulha no palheiro."
    Mesmo sem ter encontrado nenhum ambiente quimiossintético, os cientistas vão voltar para casa com uma grande quantidade de dados e amostras, suficiente para muitos anos de pesquisa. Dezenas de amostras de água, sedimentos e animais de águas profundas foram coletadas, incluindo caranguejos, camarões, mexilhões, esponjas, pepinos e estrelas do mar. "É bem possível que tenhamos espécies novas nessas amostras", diz o biólogo Angelo Bernardino, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), que fez um mergulho com o Shinkai a 2.800 metros de profundidade. "Acho que vão aparecer coisas muito interessantes nas análises."
    Vivian e Bernardino destacam que o Atlântico Sul nunca havia sido prospectado cientificamente dessa maneira, e foi a primeira vez que cientistas brasileiros tiveram oportunidade de descer a essas profundidades na costa brasileira. "Foi uma oportunidade única para a ciência do Brasil", disse Vivian, ressaltando que várias instituições do País, de vários Estados, vão receber amostras coletadas na expedição para pesquisa. "Apesar de a biodiversidade observada ter sido bem menor do que esperávamos, o desafio será maior ainda agora para explicar esses resultados", avaliou a bióloga. "É a primeira vez que coletamos esse tipo de dado no Brasil; então, toda informação que pudermos extrair deles será muito importante."
    As amostras de água e sedimento, por exemplo, serão minuciosamente analisadas quimicamente e geneticamente para entender que elementos e microorganismos estão presentes nesses ambientes.
(Disponível em www.estadao.com.br)
Leia o trecho abaixo, que aparece em destaque no texto.
"(...)mergulhos que chegaram a 3.600 metros de profundidade"
Sobre o "que" no trecho em destaque pode-se afirmar corretamente o seguinte:
Alternativas
Q747567 Português
Para responder à questão, leia o texto abaixo.

Busca pela vida em águas profundas em Santos

    O navio de pesquisa oceanográfica japonês Yokosuka chegou ontem ao Porto de Santos, com o submarino Shinkai 6500 e um grupo de cientistas brasileiros a bordo, marcando assim o fim de uma expedição de duas semanas sobre o Platô de São Paulo, com mergulhos que chegaram a 3.600 metros de profundidade.
    E a grande descoberta da expedição, imagine só, foi não ter descoberto quase nada. Foi a primeira vez que cientistas mergulharam a grandes profundidades nessa região, e a escassez de vida surpreendeu tanto os pesquisadores japoneses quanto os brasileiros. "A expectativa era encontrar grandes concentrações de vida, mas infelizmente nada disso foi localizado", contou ao Estado o cientista chefe da expedição, Katsunori Fujikura, da Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia da Terra e do Mar (Jamstec). A expectativa baseava-se no fato de que, do ponto de vista geológico, o Platô de São Paulo (onde fica a Bacia de Santos) é muito parecido com o Golfo do México, onde há também muitas reservas de petróleo, gás, e uma grande concentração de ecossistemas quimiossintéticos, que é o que os biólogos esperavam encontrar por aqui também. "Foi uma surpresa para nós. Por que será que há tão pouca vida aqui? Esse será o escopo das pesquisas a partir de agora", completou Fujikura.
    Ecossistemas quimiossintéticos são ambientes de grande profundidade associados a falhas no assoalho oceânico, nos quais a fonte primária de energia para a vida não é a fotossíntese, como realizada pelas plantas na superfície, mas o metabolismo de elementos químicos inorgânicos (como metano e enxofre) realizado por microorganismos especialmente adaptados a condições extremas de temperatura e pressão, que acabam dando suporte à vida de vários organismos maiores, incluindo moluscos, crustáceos e peixes. Há dois tipos principais desses ambientes: as fumarolas de água quente e as exsudações de água fria, que é o que os pesquisadores esperavam encontrar no Platô de São Paulo.
    A viagem de duas semanas, entre Rio e São Paulo, foi a segunda pernada de uma expedição iniciada cerca de um mês atrás, dentro de uma parceria entre a Jamstec, o Instituto Oceanográfico da USP e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), envolvendo pesquisadores de várias instituições brasileiras e japonesas. Na primeira pernada foram realizados sete mergulhos de até 4.200 metros de profundidade nas regiões da Elevação do Rio Grande e da Dorsal de São Paulo. Agora, na segunda pernada, foram nove mergulhos de  até 3.600 metros no Platô de São Paulo (estavam previstos 10 mergulhos, mas o último teve de ser cancelado por questões meteorológicas).
    Nenhum ambiente quimiossintético foi encontrado, e a quantidade de animais maiores observados também foi pequena — diferentemente do que foi observado nos mergulhos da primeira pernada. "Apesar de serem todos da mesma região, os três locais têm biodiversidades distintas", observou Fujikura. "Aqui não vimos animais de grande porte e a quantidade de vida era muito menor."
    O que não significa que a expedição tenha sido um fracasso, nem que não existam ecossistemas quimiossintéticos no Platô de São Paulo, segundo a pesquisadora Vivian Pellizari, do Instituto Oceanográfico da USP. "O que nós vimos foi uma parte muito pequena do platô", destaca ela. "É impossível que numa área enorme como essa, com todo o petróleo que sabemos ter aqui, não haja nenhum escape de gás, nenhuma exsudação fria, como há no Golfo do México. Temos de continuar procurando; é uma agulha no palheiro."
    Mesmo sem ter encontrado nenhum ambiente quimiossintético, os cientistas vão voltar para casa com uma grande quantidade de dados e amostras, suficiente para muitos anos de pesquisa. Dezenas de amostras de água, sedimentos e animais de águas profundas foram coletadas, incluindo caranguejos, camarões, mexilhões, esponjas, pepinos e estrelas do mar. "É bem possível que tenhamos espécies novas nessas amostras", diz o biólogo Angelo Bernardino, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), que fez um mergulho com o Shinkai a 2.800 metros de profundidade. "Acho que vão aparecer coisas muito interessantes nas análises."
    Vivian e Bernardino destacam que o Atlântico Sul nunca havia sido prospectado cientificamente dessa maneira, e foi a primeira vez que cientistas brasileiros tiveram oportunidade de descer a essas profundidades na costa brasileira. "Foi uma oportunidade única para a ciência do Brasil", disse Vivian, ressaltando que várias instituições do País, de vários Estados, vão receber amostras coletadas na expedição para pesquisa. "Apesar de a biodiversidade observada ter sido bem menor do que esperávamos, o desafio será maior ainda agora para explicar esses resultados", avaliou a bióloga. "É a primeira vez que coletamos esse tipo de dado no Brasil; então, toda informação que pudermos extrair deles será muito importante."
    As amostras de água e sedimento, por exemplo, serão minuciosamente analisadas quimicamente e geneticamente para entender que elementos e microorganismos estão presentes nesses ambientes.
(Disponível em www.estadao.com.br)
Em "que acabam dando suporte à vida", o termo em destaque:
I. Não deveria conter acento indicativo de crase. II. É um complemento nominal. III. Liga-se diretamente a "suporte", em termos sintáticos. IV. Foi utilizado corretamente no texto.
É correto o que se afirma em:
Alternativas
Q747568 Português
Para responder à questão, leia o texto abaixo.

Busca pela vida em águas profundas em Santos

    O navio de pesquisa oceanográfica japonês Yokosuka chegou ontem ao Porto de Santos, com o submarino Shinkai 6500 e um grupo de cientistas brasileiros a bordo, marcando assim o fim de uma expedição de duas semanas sobre o Platô de São Paulo, com mergulhos que chegaram a 3.600 metros de profundidade.
    E a grande descoberta da expedição, imagine só, foi não ter descoberto quase nada. Foi a primeira vez que cientistas mergulharam a grandes profundidades nessa região, e a escassez de vida surpreendeu tanto os pesquisadores japoneses quanto os brasileiros. "A expectativa era encontrar grandes concentrações de vida, mas infelizmente nada disso foi localizado", contou ao Estado o cientista chefe da expedição, Katsunori Fujikura, da Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia da Terra e do Mar (Jamstec). A expectativa baseava-se no fato de que, do ponto de vista geológico, o Platô de São Paulo (onde fica a Bacia de Santos) é muito parecido com o Golfo do México, onde há também muitas reservas de petróleo, gás, e uma grande concentração de ecossistemas quimiossintéticos, que é o que os biólogos esperavam encontrar por aqui também. "Foi uma surpresa para nós. Por que será que há tão pouca vida aqui? Esse será o escopo das pesquisas a partir de agora", completou Fujikura.
    Ecossistemas quimiossintéticos são ambientes de grande profundidade associados a falhas no assoalho oceânico, nos quais a fonte primária de energia para a vida não é a fotossíntese, como realizada pelas plantas na superfície, mas o metabolismo de elementos químicos inorgânicos (como metano e enxofre) realizado por microorganismos especialmente adaptados a condições extremas de temperatura e pressão, que acabam dando suporte à vida de vários organismos maiores, incluindo moluscos, crustáceos e peixes. Há dois tipos principais desses ambientes: as fumarolas de água quente e as exsudações de água fria, que é o que os pesquisadores esperavam encontrar no Platô de São Paulo.
    A viagem de duas semanas, entre Rio e São Paulo, foi a segunda pernada de uma expedição iniciada cerca de um mês atrás, dentro de uma parceria entre a Jamstec, o Instituto Oceanográfico da USP e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), envolvendo pesquisadores de várias instituições brasileiras e japonesas. Na primeira pernada foram realizados sete mergulhos de até 4.200 metros de profundidade nas regiões da Elevação do Rio Grande e da Dorsal de São Paulo. Agora, na segunda pernada, foram nove mergulhos de  até 3.600 metros no Platô de São Paulo (estavam previstos 10 mergulhos, mas o último teve de ser cancelado por questões meteorológicas).
    Nenhum ambiente quimiossintético foi encontrado, e a quantidade de animais maiores observados também foi pequena — diferentemente do que foi observado nos mergulhos da primeira pernada. "Apesar de serem todos da mesma região, os três locais têm biodiversidades distintas", observou Fujikura. "Aqui não vimos animais de grande porte e a quantidade de vida era muito menor."
    O que não significa que a expedição tenha sido um fracasso, nem que não existam ecossistemas quimiossintéticos no Platô de São Paulo, segundo a pesquisadora Vivian Pellizari, do Instituto Oceanográfico da USP. "O que nós vimos foi uma parte muito pequena do platô", destaca ela. "É impossível que numa área enorme como essa, com todo o petróleo que sabemos ter aqui, não haja nenhum escape de gás, nenhuma exsudação fria, como há no Golfo do México. Temos de continuar procurando; é uma agulha no palheiro."
    Mesmo sem ter encontrado nenhum ambiente quimiossintético, os cientistas vão voltar para casa com uma grande quantidade de dados e amostras, suficiente para muitos anos de pesquisa. Dezenas de amostras de água, sedimentos e animais de águas profundas foram coletadas, incluindo caranguejos, camarões, mexilhões, esponjas, pepinos e estrelas do mar. "É bem possível que tenhamos espécies novas nessas amostras", diz o biólogo Angelo Bernardino, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), que fez um mergulho com o Shinkai a 2.800 metros de profundidade. "Acho que vão aparecer coisas muito interessantes nas análises."
    Vivian e Bernardino destacam que o Atlântico Sul nunca havia sido prospectado cientificamente dessa maneira, e foi a primeira vez que cientistas brasileiros tiveram oportunidade de descer a essas profundidades na costa brasileira. "Foi uma oportunidade única para a ciência do Brasil", disse Vivian, ressaltando que várias instituições do País, de vários Estados, vão receber amostras coletadas na expedição para pesquisa. "Apesar de a biodiversidade observada ter sido bem menor do que esperávamos, o desafio será maior ainda agora para explicar esses resultados", avaliou a bióloga. "É a primeira vez que coletamos esse tipo de dado no Brasil; então, toda informação que pudermos extrair deles será muito importante."
    As amostras de água e sedimento, por exemplo, serão minuciosamente analisadas quimicamente e geneticamente para entender que elementos e microorganismos estão presentes nesses ambientes.
(Disponível em www.estadao.com.br)
A palavra "pequena", em destaque no texto, exerce a mesma função do termo destacado em:
Alternativas
Q747569 Português
Para responder à questão, leia o texto abaixo.

Busca pela vida em águas profundas em Santos

    O navio de pesquisa oceanográfica japonês Yokosuka chegou ontem ao Porto de Santos, com o submarino Shinkai 6500 e um grupo de cientistas brasileiros a bordo, marcando assim o fim de uma expedição de duas semanas sobre o Platô de São Paulo, com mergulhos que chegaram a 3.600 metros de profundidade.
    E a grande descoberta da expedição, imagine só, foi não ter descoberto quase nada. Foi a primeira vez que cientistas mergulharam a grandes profundidades nessa região, e a escassez de vida surpreendeu tanto os pesquisadores japoneses quanto os brasileiros. "A expectativa era encontrar grandes concentrações de vida, mas infelizmente nada disso foi localizado", contou ao Estado o cientista chefe da expedição, Katsunori Fujikura, da Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia da Terra e do Mar (Jamstec). A expectativa baseava-se no fato de que, do ponto de vista geológico, o Platô de São Paulo (onde fica a Bacia de Santos) é muito parecido com o Golfo do México, onde há também muitas reservas de petróleo, gás, e uma grande concentração de ecossistemas quimiossintéticos, que é o que os biólogos esperavam encontrar por aqui também. "Foi uma surpresa para nós. Por que será que há tão pouca vida aqui? Esse será o escopo das pesquisas a partir de agora", completou Fujikura.
    Ecossistemas quimiossintéticos são ambientes de grande profundidade associados a falhas no assoalho oceânico, nos quais a fonte primária de energia para a vida não é a fotossíntese, como realizada pelas plantas na superfície, mas o metabolismo de elementos químicos inorgânicos (como metano e enxofre) realizado por microorganismos especialmente adaptados a condições extremas de temperatura e pressão, que acabam dando suporte à vida de vários organismos maiores, incluindo moluscos, crustáceos e peixes. Há dois tipos principais desses ambientes: as fumarolas de água quente e as exsudações de água fria, que é o que os pesquisadores esperavam encontrar no Platô de São Paulo.
    A viagem de duas semanas, entre Rio e São Paulo, foi a segunda pernada de uma expedição iniciada cerca de um mês atrás, dentro de uma parceria entre a Jamstec, o Instituto Oceanográfico da USP e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), envolvendo pesquisadores de várias instituições brasileiras e japonesas. Na primeira pernada foram realizados sete mergulhos de até 4.200 metros de profundidade nas regiões da Elevação do Rio Grande e da Dorsal de São Paulo. Agora, na segunda pernada, foram nove mergulhos de  até 3.600 metros no Platô de São Paulo (estavam previstos 10 mergulhos, mas o último teve de ser cancelado por questões meteorológicas).
    Nenhum ambiente quimiossintético foi encontrado, e a quantidade de animais maiores observados também foi pequena — diferentemente do que foi observado nos mergulhos da primeira pernada. "Apesar de serem todos da mesma região, os três locais têm biodiversidades distintas", observou Fujikura. "Aqui não vimos animais de grande porte e a quantidade de vida era muito menor."
    O que não significa que a expedição tenha sido um fracasso, nem que não existam ecossistemas quimiossintéticos no Platô de São Paulo, segundo a pesquisadora Vivian Pellizari, do Instituto Oceanográfico da USP. "O que nós vimos foi uma parte muito pequena do platô", destaca ela. "É impossível que numa área enorme como essa, com todo o petróleo que sabemos ter aqui, não haja nenhum escape de gás, nenhuma exsudação fria, como há no Golfo do México. Temos de continuar procurando; é uma agulha no palheiro."
    Mesmo sem ter encontrado nenhum ambiente quimiossintético, os cientistas vão voltar para casa com uma grande quantidade de dados e amostras, suficiente para muitos anos de pesquisa. Dezenas de amostras de água, sedimentos e animais de águas profundas foram coletadas, incluindo caranguejos, camarões, mexilhões, esponjas, pepinos e estrelas do mar. "É bem possível que tenhamos espécies novas nessas amostras", diz o biólogo Angelo Bernardino, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), que fez um mergulho com o Shinkai a 2.800 metros de profundidade. "Acho que vão aparecer coisas muito interessantes nas análises."
    Vivian e Bernardino destacam que o Atlântico Sul nunca havia sido prospectado cientificamente dessa maneira, e foi a primeira vez que cientistas brasileiros tiveram oportunidade de descer a essas profundidades na costa brasileira. "Foi uma oportunidade única para a ciência do Brasil", disse Vivian, ressaltando que várias instituições do País, de vários Estados, vão receber amostras coletadas na expedição para pesquisa. "Apesar de a biodiversidade observada ter sido bem menor do que esperávamos, o desafio será maior ainda agora para explicar esses resultados", avaliou a bióloga. "É a primeira vez que coletamos esse tipo de dado no Brasil; então, toda informação que pudermos extrair deles será muito importante."
    As amostras de água e sedimento, por exemplo, serão minuciosamente analisadas quimicamente e geneticamente para entender que elementos e microorganismos estão presentes nesses ambientes.
(Disponível em www.estadao.com.br)
Releia a seguinte fala, presente no texto:
"É bem possível que tenhamos espécies novas nessas amostras"
A oração em destaque exerce função de:
Alternativas
Q747570 Português
Para responder à questão, leia o texto abaixo.

Busca pela vida em águas profundas em Santos

    O navio de pesquisa oceanográfica japonês Yokosuka chegou ontem ao Porto de Santos, com o submarino Shinkai 6500 e um grupo de cientistas brasileiros a bordo, marcando assim o fim de uma expedição de duas semanas sobre o Platô de São Paulo, com mergulhos que chegaram a 3.600 metros de profundidade.
    E a grande descoberta da expedição, imagine só, foi não ter descoberto quase nada. Foi a primeira vez que cientistas mergulharam a grandes profundidades nessa região, e a escassez de vida surpreendeu tanto os pesquisadores japoneses quanto os brasileiros. "A expectativa era encontrar grandes concentrações de vida, mas infelizmente nada disso foi localizado", contou ao Estado o cientista chefe da expedição, Katsunori Fujikura, da Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia da Terra e do Mar (Jamstec). A expectativa baseava-se no fato de que, do ponto de vista geológico, o Platô de São Paulo (onde fica a Bacia de Santos) é muito parecido com o Golfo do México, onde há também muitas reservas de petróleo, gás, e uma grande concentração de ecossistemas quimiossintéticos, que é o que os biólogos esperavam encontrar por aqui também. "Foi uma surpresa para nós. Por que será que há tão pouca vida aqui? Esse será o escopo das pesquisas a partir de agora", completou Fujikura.
    Ecossistemas quimiossintéticos são ambientes de grande profundidade associados a falhas no assoalho oceânico, nos quais a fonte primária de energia para a vida não é a fotossíntese, como realizada pelas plantas na superfície, mas o metabolismo de elementos químicos inorgânicos (como metano e enxofre) realizado por microorganismos especialmente adaptados a condições extremas de temperatura e pressão, que acabam dando suporte à vida de vários organismos maiores, incluindo moluscos, crustáceos e peixes. Há dois tipos principais desses ambientes: as fumarolas de água quente e as exsudações de água fria, que é o que os pesquisadores esperavam encontrar no Platô de São Paulo.
    A viagem de duas semanas, entre Rio e São Paulo, foi a segunda pernada de uma expedição iniciada cerca de um mês atrás, dentro de uma parceria entre a Jamstec, o Instituto Oceanográfico da USP e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), envolvendo pesquisadores de várias instituições brasileiras e japonesas. Na primeira pernada foram realizados sete mergulhos de até 4.200 metros de profundidade nas regiões da Elevação do Rio Grande e da Dorsal de São Paulo. Agora, na segunda pernada, foram nove mergulhos de  até 3.600 metros no Platô de São Paulo (estavam previstos 10 mergulhos, mas o último teve de ser cancelado por questões meteorológicas).
    Nenhum ambiente quimiossintético foi encontrado, e a quantidade de animais maiores observados também foi pequena — diferentemente do que foi observado nos mergulhos da primeira pernada. "Apesar de serem todos da mesma região, os três locais têm biodiversidades distintas", observou Fujikura. "Aqui não vimos animais de grande porte e a quantidade de vida era muito menor."
    O que não significa que a expedição tenha sido um fracasso, nem que não existam ecossistemas quimiossintéticos no Platô de São Paulo, segundo a pesquisadora Vivian Pellizari, do Instituto Oceanográfico da USP. "O que nós vimos foi uma parte muito pequena do platô", destaca ela. "É impossível que numa área enorme como essa, com todo o petróleo que sabemos ter aqui, não haja nenhum escape de gás, nenhuma exsudação fria, como há no Golfo do México. Temos de continuar procurando; é uma agulha no palheiro."
    Mesmo sem ter encontrado nenhum ambiente quimiossintético, os cientistas vão voltar para casa com uma grande quantidade de dados e amostras, suficiente para muitos anos de pesquisa. Dezenas de amostras de água, sedimentos e animais de águas profundas foram coletadas, incluindo caranguejos, camarões, mexilhões, esponjas, pepinos e estrelas do mar. "É bem possível que tenhamos espécies novas nessas amostras", diz o biólogo Angelo Bernardino, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), que fez um mergulho com o Shinkai a 2.800 metros de profundidade. "Acho que vão aparecer coisas muito interessantes nas análises."
    Vivian e Bernardino destacam que o Atlântico Sul nunca havia sido prospectado cientificamente dessa maneira, e foi a primeira vez que cientistas brasileiros tiveram oportunidade de descer a essas profundidades na costa brasileira. "Foi uma oportunidade única para a ciência do Brasil", disse Vivian, ressaltando que várias instituições do País, de vários Estados, vão receber amostras coletadas na expedição para pesquisa. "Apesar de a biodiversidade observada ter sido bem menor do que esperávamos, o desafio será maior ainda agora para explicar esses resultados", avaliou a bióloga. "É a primeira vez que coletamos esse tipo de dado no Brasil; então, toda informação que pudermos extrair deles será muito importante."
    As amostras de água e sedimento, por exemplo, serão minuciosamente analisadas quimicamente e geneticamente para entender que elementos e microorganismos estão presentes nesses ambientes.
(Disponível em www.estadao.com.br)
Sobre a forma verbal "esperávamos", em destaque no texto, assinale a afirmação incorreta.
Alternativas
Q747571 Português

Para responder à questão, leia a tirinha abaixo.


Sobre o primeiro quadrinho, analise as afirmações abaixo.
I. A forma verbal "conseguiu" pode ter como sujeito elíptico "você". II. Aparece uma locução verbal com uma forma de infinitivo em "conseguiu resolver". III. As formas verbais "conseguiu" e "coloquei" estão flexionadas na mesma pessoa.
Pode-se afirmar que:
Alternativas
Q747572 Português

Para responder à questão, leia a tirinha abaixo.


Ainda sobre o primeiro quadrinho, é possível notar que há um desvio em relação àquilo que a norma padrão prescreve como "linguagem formal". Caso o autor pretendesse seguir a norma padrão de nossa gramática, escreveria:
Alternativas
Q747573 Português

Para responder à questão, leia a tirinha abaixo.


Sobre o texto do segundo quadrinho, pode-se afirmar que:
Alternativas
Q747574 Português

Para responder à questão, leia a tirinha abaixo.


A função sintática de "Eva", que aparece no último quadrinho, é:
Alternativas
Q747575 Português

Para responder à questão, leia a tirinha abaixo.


Assinale a opção em que há, em destaque, um Adjunto Adnominal.
Alternativas
Q747576 Matemática Financeira
Qual deve ser a taxa anual de juros para que um valor de R$ 10.000,00, aplicado durante 4 anos, tenha um rendimento de R$ 6.300,00?
Alternativas
Q747577 Matemática
Dentre o total de pessoas presentes em uma escola, 2/3 das pessoas são alunos, 1/4 das pessoas são alunas e as restantes 40 pessoas são docentes e trabalhadores internos. Quantas são as alunas estudantes nessa escola?
Alternativas
Q747578 Matemática
Um reservatório d'água em forma de paralelepípedo tem 4,0 m de comprimento, 2,5 m de largura e 3,0 m de altura. Qual será o volume do reservatório ainda não preenchido se houver 60% de água nele?
Alternativas
Q747579 Raciocínio Lógico
Se Jonas briga com Marta, então Marta vai ao cinema. Se Marta vai ao cinema, então Carlos fica em casa. Se Carlos fica em casa, então Paula briga com Carlos. Ora, Paula não briga com Carlos. Logo:
Alternativas
Q747580 Matemática
Três placas de aço devem ser divididas em partes e tamanhos iguais, com o maior tamanho possível. Se as placas medem 90 m2, 108 m2 e 144 m2, qual deve ser a área de cada uma das partes?
Alternativas
Q747581 Matemática
Um determinado relógio tem um defeito, em conseqüência do qual adianta sempre 12 minutos a cada dia. Nesse caso, em 8 horas e 40 minutos, ele terá adiantado aproximadamente:
Alternativas
Q747582 Raciocínio Lógico
Qual o próximo número na seqüência abaixo?
100 98 94 88 80 70
Alternativas
Q747583 Matemática
Na sede do CRBio-5, 25 operários levam 5 dias trabalhando 8 horas por dia na reforma do prédio. Quantos dias serão necessários para 20 operários realizarem a mesma tarefa trabalhando 5 horas por dia?
Alternativas
Q747584 Matemática
Um determinado produto sofreu um aumento de 12% e, logo depois, outro aumento de 20%. Se atualmente seu preço é de R$ 58,60, qual era seu preço antes do primeiro aumento?
Alternativas
Q747585 Matemática
Qual deve ser o valor de x, para que o determinante abaixo seja nulo?
Imagem associada para resolução da questão
Alternativas
Respostas
1: C
2: E
3: D
4: A
5: B
6: A
7: E
8: B
9: C
10: C
11: C
12: D
13: D
14: E
15: C
16: B
17: D
18: E
19: B
20: A